12.04.2013 Views

MARTINS PERALVA - GE Fabiano de Cristo

MARTINS PERALVA - GE Fabiano de Cristo

MARTINS PERALVA - GE Fabiano de Cristo

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

106<br />

Não tem ele, evi<strong>de</strong>ntemente, a função <strong>de</strong> livrar-nos das provações que se<br />

enquadram em nosso <strong>de</strong>stino, em face da lei <strong>de</strong> causalida<strong>de</strong>.<br />

Todavia, pelas elevadas noções que consubstancia, faculta-nos os meios<br />

<strong>de</strong> atenuá-las ou modificá-las, segundo o nosso programa renovativo e a<br />

benefício <strong>de</strong> nossa felicida<strong>de</strong>.<br />

À luz dos conhecimentos doutrinários, os horizontes do nosso Espírito se<br />

dilatam, uma vez que nos dá, o Espiritismo, o que outras religiões não po<strong>de</strong>m<br />

oferecer aos seus a<strong>de</strong>ptos.<br />

Vivemos em permanente sintonia com entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sencarnadas e com<br />

pessoas <strong>de</strong> todos os tipos evolutivos, permutando, assim, criações mentais<br />

elevadas ou inferiores.<br />

«Pensamentos guerreiam pensamentos, assumindo as mais diversas<br />

formas <strong>de</strong> angústia e repulsão.<br />

«É a influenciação <strong>de</strong> almas encarnadas entre si que, às vezes, alcança o<br />

clima <strong>de</strong> perigosa obsessão.»<br />

Além disso, maus pensamentos têm o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> produzir <strong>de</strong>sequilíbrios<br />

interiores, enfermida<strong>de</strong>s e, até, a própria morte, da mesma forma que bons<br />

pensamentos estabelecem harmonia psíquica, saú<strong>de</strong> e felicida<strong>de</strong>.<br />

Temos, no capítulo em estudo, o caso <strong>de</strong> um lar que, pela intercessão <strong>de</strong><br />

uma irmã infeliz, está ameaçado em seus alicerces.<br />

De Anésia, esposa do irmão Jovino, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá, gran<strong>de</strong>mente, a solução<br />

do grave problema.<br />

A sua conduta vai influir, <strong>de</strong>cisivamente, para que as coisas voltem ao<br />

ponto <strong>de</strong> partida ou se agravem.<br />

Se as suas vibrações <strong>de</strong>scerem ao mesmo nível da irmã que lhe ameaça a<br />

paz doméstica, a tendência é para piorar; todavia, se souber compreen<strong>de</strong>r a<br />

infelicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> quem envolveu o esposo em perigosa cilada, perdoando<br />

sinceramente, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> algum tempo Anésia e Jovino, já <strong>de</strong>spertos para a<br />

execução <strong>de</strong> seus <strong>de</strong>veres, guardarão do atual inci<strong>de</strong>nte apenas tênue<br />

lembrança...<br />

A harmonia e o entendimento reinarão, <strong>de</strong> novo, no santuário doméstico<br />

em cuja entrada pequeno roseiral «dizia sem palavras dos belos sentimentos<br />

dos moradores”.<br />

A fim <strong>de</strong> que tenhamos idéia <strong>de</strong> como se verifica a ação telepática, vejamos<br />

<strong>de</strong> que maneira André Luiz <strong>de</strong>screve o ambiente familiar assediado, a<br />

distância, pela projeção mental da mulher:<br />

«O chefe da família, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> apurar o nó da gravata vivamente colorida,<br />

bateu a porta estrepitosamente sobre os próprios passos e retirou-se.<br />

A companheira humilhada caiu em pranto silencioso sobre velha poltrona e<br />

começou a pensar, articulando frases sem palavras:<br />

«Negócios, negócios... Quanta mentira sobre mentira! Uma nova<br />

mulher, isso sim!»<br />

Enquanto as reflexões <strong>de</strong>la se faziam audíveis para nós, irradiando-se<br />

na sala estreita, vimos <strong>de</strong> novo a mesma figura <strong>de</strong> mulher que surgira à<br />

frente <strong>de</strong> Jovino, aparecendo e reaparecendo ao redor da esposa triste,<br />

como que a fustigar-lhe o coração com invisíveis estiletes <strong>de</strong> angústia,<br />

porque Anésia acusava agora in<strong>de</strong>finível mal-estar.<br />

Não via com os olhos a estranha e in<strong>de</strong>sejável visita; no entanto,<br />

assinalava-lhe a presença em forma <strong>de</strong> incoercível tribulação mental. De<br />

inesperado, passou da meditação pacífica a tempestuosos pensamentos.»

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!