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13/12/1990 - Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco ...

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Ata da Centésima Quinquagésima Quarta Reunião Ordinária Quarta Sessão<br />

<strong>Legislativa</strong> da Décima Primeira Legislatura.<br />

Realizada em <strong>13</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>1990</strong>.<br />

Presidência <strong>do</strong> Excelentíssimo<br />

Senhores Deputa<strong>do</strong> Argemiro Pereira e<br />

Severino Cavalcanti.<br />

Aos treze (<strong>13</strong>) dias <strong>do</strong> mês <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />

<strong>do</strong> ano <strong>de</strong> mil novecentos e noventa<br />

(<strong>1990</strong>), às quatorze (14) horas e trinta (30)<br />

minutos. Comparecem os Deputa<strong>do</strong>s<br />

A<strong>do</strong>lfo José, Almeida Filho, Álvaro Ribeiro,<br />

Antônio Mariano, Argemiro Pereira, Arthur<br />

Correia, Áureo Bradley, Carlos Lapa,<br />

Carlos Porto, Clo<strong>do</strong>al<strong>do</strong> Torres, Fausto<br />

Freitas, Felipe Coelho, Fernan<strong>do</strong> Pessoa,<br />

Ferreira Lima Filho, Garibaldi Gurgel,<br />

Geral<strong>do</strong> Barbosa, Geral<strong>do</strong> coelho,<br />

Geral<strong>do</strong> Pinho, Gilvan Coriolano, Henrique<br />

Queiroz, Humberto Barradas, Inal<strong>do</strong> Lima,<br />

João Lyra, Joel <strong>de</strong> Hollanda, José<br />

Aglailson, José Amorim, José Humberto,<br />

José Liberato, Lúcia Heráclio, Luiz<br />

Epaminondas, Marcus Cunha, Manoel<br />

Alves, Manoel Ferreira, Manoel Luna,<br />

Manoel Ramos, Maviael Cavalcanti,<br />

Men<strong>do</strong>nça Filho, Murilo Paraíso, Nilton<br />

Carneiro, Osval<strong>do</strong> Rabelo, Paulo Guerra,<br />

Pedro Eurico, Ranilson Ramos, Roberto<br />

Fontes, Roldão Joaquim, Sérgio Guerra,<br />

Severino Cavalcanti e Vital Novaes.<br />

Ocupam respectivamente, as Ca<strong>de</strong>iras <strong>de</strong><br />

Primeiro e Segun<strong>do</strong> Secretários, os<br />

Deputa<strong>do</strong>s Severino Cavalcanti e Gilvan<br />

Coriolano.<br />

O Sr. PRESIDENTE - Haven<strong>do</strong> número<br />

legal <strong>de</strong> Srs. Deputa<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>claro aberta a<br />

Reunião.<br />

Passa-se à leitura da Ata da Reunião<br />

anterior.<br />

(O Sr. 2° Secretário lê a Ata.)<br />

O Sr. PRESIDENTE - Está em discussão<br />

a Ata que acaba <strong>de</strong> ser lida.<br />

(Pausa.)<br />

Não haven<strong>do</strong> impugnação, consi<strong>de</strong>ro-a<br />

aprovada.<br />

Passa-se à leitura <strong>do</strong> Expediente.<br />

(O Sr. 1º Secretário lê o Expediente.)<br />

EXPEDIENTE<br />

OFÍCIO Nº 116/90 - DA SECRETARIA DO<br />

GOVERNO, remeten<strong>do</strong> a esta Casa<br />

Cópias das Leis nºs 10.523 a 10.526,<br />

datadas em 10 <strong>do</strong> mês corrente.<br />

Inteirada.<br />

OFÍCIO Nº 4.830/90 - DA ASSEMBLÉIA<br />

LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ,<br />

encaminhan<strong>do</strong> a esta Casa, Cópia <strong>do</strong><br />

Requerimento <strong>de</strong> autoria <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong><br />

João Alfre<strong>do</strong>, aprova<strong>do</strong> naquela Casa<br />

<strong>Legislativa</strong>.<br />

Inteirada.<br />

O Sr. PRESIDENTE - Encerrada a leitura<br />

<strong>do</strong> Expediente, passamos ao Pequeno<br />

Expediente.<br />

(De parte <strong>do</strong>s Senhores Deputa<strong>do</strong>s<br />

Manoel Ferreira, Geral<strong>do</strong> Barbosa e Pedro<br />

Eurico (08), vêm à Mesa,<br />

respectivamente, as seguintes<br />

proposições):<br />

Requerimento Nº 3023<br />

Requeremos à Mesa, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

observadas as disponibilida<strong>de</strong>s <strong>do</strong><br />

Regimento, seja consigna<strong>do</strong> na Ata <strong>de</strong><br />

hoje um voto <strong>de</strong> profun<strong>do</strong> pesar pelo<br />

trágico falecimento <strong>do</strong> estudante Fabiano<br />

Formiga Gue<strong>de</strong>s, ocorri<strong>do</strong> recentemente<br />

nesta Capial.<br />

Da resolução <strong>de</strong>sta Casa dê-se<br />

conhecimento à família enlutada na<br />

pessoa <strong>de</strong> sua genitora Jeane Formiga<br />

Gue<strong>de</strong>s resi<strong>de</strong>nte na rua <strong>do</strong> Futuro, 157,<br />

Aflitos, nesta cida<strong>de</strong> e direção <strong>do</strong> Colégio<br />

Americano Batista.<br />

Justificativa<br />

E com pesar que registramos no; Anais da<br />

Casa o falecimento prematuro <strong>do</strong> jovem<br />

estudante <strong>do</strong> Colégio Americano Batista,<br />

Fabiano Formiga Gue<strong>de</strong>s, ocorri<strong>do</strong> a<br />

semana passada, vitima <strong>de</strong> um aci<strong>de</strong>nte,<br />

nesta cida<strong>de</strong>. Era, Fabiano, filho <strong>de</strong>


tradicional família paraibana, parte <strong>de</strong>la,<br />

atualmente, radicada em <strong>Pernambuco</strong>.<br />

Fabiano tinha apenas um pouco mais <strong>de</strong><br />

quinze anos e era um jovem bem cria<strong>do</strong>,<br />

educa<strong>do</strong>, alegre, dinâmico, estudioso,<br />

bom filho, bom neto, bom irmão, bom<br />

colega, bom amigo e bom surfista, esporte<br />

que sempre praticou com o apoio <strong>de</strong> sua<br />

mãe que o levava e trazia para as praias,<br />

muitas vezes cansada das suas ativida<strong>de</strong>s<br />

comerciais, mas o levava com o seu<br />

companheiro amigo Tarcisio, tu<strong>do</strong> para<br />

satisfazer o <strong>de</strong>sejo esportivo <strong>de</strong> seu filho.<br />

Fabiano era um bom menino, cria<strong>do</strong> num<br />

lar com muito carinho e receben<strong>do</strong> <strong>de</strong> sua<br />

mãe to<strong>do</strong> apoio para tu<strong>do</strong> o que fazia.<br />

Fabiano era um lí<strong>de</strong>r entre os seus<br />

colegas <strong>de</strong> Colégio. A presença <strong>de</strong> mais<br />

<strong>de</strong> 400 jovens no Hospital Santa Joana,<br />

on<strong>de</strong> esteve interna<strong>do</strong> na UTI comprovou<br />

sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer amigos e<br />

preservá-los. Seus amigos não estavam<br />

apenas prestan<strong>do</strong> ali sua solidarieda<strong>de</strong>,<br />

mas estavam choran<strong>do</strong> inconsola<strong>do</strong>s com<br />

a perda <strong>do</strong> amigo e colega. Fabiano era<br />

assim, um garoto calmo, <strong>de</strong> boa índloe um<br />

menino generoso, compreensivo, que<br />

Deus o levou para on<strong>de</strong> um dia iremos<br />

to<strong>do</strong>s nós. Ele agora está em boas mãos,<br />

ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong>s anjos, on<strong>de</strong> um dia também,<br />

iremos to<strong>do</strong>s nós. Este é o nosso maior<br />

conforto, saber que Fabiano está sob a<br />

proteção divina, moran<strong>do</strong> em um lugar<br />

on<strong>de</strong> não há choro, nem tristeza. Ali não<br />

existe noite, e não necessitam <strong>de</strong><br />

lâmpadas, nem <strong>de</strong> luz <strong>do</strong> sol, porque o<br />

Senhor Deus é quem o iluminará.<br />

Sala das Reuniões, em <strong>12</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />

<strong>de</strong> <strong>1990</strong>.<br />

Manoel Ferreira<br />

Deputa<strong>do</strong><br />

Requerimento Nº3022<br />

Requeremos à Mesa, cumpridas as<br />

formalida<strong>de</strong>s regimentais, seja consigna<strong>do</strong><br />

na Ata <strong>do</strong>s nossos trabalhos um voto <strong>de</strong><br />

aplauso com a Rádio Capibaribe (Jovem<br />

Cap), pela passagem <strong>do</strong> seu 30º<br />

aniversário.<br />

Da <strong>de</strong>cisão <strong>do</strong> Plenário, dê-se<br />

conhecimento à Dra. Carminha Pereira,<br />

Diretora da Emissora.<br />

Justificativa<br />

A Rádio Capibaribe tem presta<strong>do</strong> gran<strong>de</strong><br />

serviço ao povo <strong>de</strong> pernambuco.<br />

A programação é das melhores e a<br />

população prestigia os seus trabalhos.<br />

Através da divulgação das notícias<br />

mantém to<strong>do</strong>s informa<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s<br />

acontecimentos <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, <strong>do</strong> Brasil<br />

e <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong>.<br />

Com a música transmite alegria e bemestar<br />

aos seus ouvintes.<br />

Formulo votos <strong>de</strong> que permaneça<br />

divertin<strong>do</strong> e informan<strong>do</strong> a nossa gente, ao<br />

mesmo tempo em que parabenizo os seus<br />

dirigentes por ocasião <strong>do</strong> seu 30º<br />

aniversário.<br />

Sala das Reuniões, <strong>13</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />

<strong>1990</strong>.<br />

Geral<strong>do</strong> Barbosa<br />

Deputa<strong>do</strong><br />

Indicação Nº 4331<br />

Indicamos à Mesa, ouvi<strong>do</strong> o Plenário e<br />

cumpridas as formalida<strong>de</strong>s regimentais,<br />

que seja formula<strong>do</strong> um apelo ao Exmo. Sr.<br />

Prefeito da Cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Recife, Dr. Gilberto<br />

Marques Paulo, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> que seja<br />

<strong>de</strong>fini<strong>do</strong> uma data para o reinicio das<br />

obras <strong>de</strong> recuperação <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> São<br />

José.<br />

Da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>sta Casa dê-se<br />

conhecimento ao Sr. Cinésio Roberto, à<br />

rua Santa Tereza, 210 - Vara<strong>do</strong>uro -<br />

Olinda e Paulo, à rua José <strong>de</strong><br />

Vasconcelos, nº 103 - Tamarineira.<br />

Justificativa<br />

O incêndio que <strong>de</strong>struiu meta<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

Merca<strong>do</strong> São José, ocorreu há mais <strong>de</strong><br />

um ano, tu<strong>do</strong> continua <strong>do</strong> mesmo jeito,<br />

apenas muitas promessas <strong>de</strong> reinicio das<br />

obras <strong>de</strong> recuperação, mais na verda<strong>de</strong><br />

nada <strong>de</strong> concreto foi feito. Razão pela<br />

qual, solicitamos <strong>do</strong> Exmo. Sr. Prefeito,<br />

que <strong>de</strong>termine uma data certa. A situação<br />

é bem mais grave <strong>do</strong> que aparenta, vez<br />

que, 190 locatários que foram transferi<strong>do</strong>s<br />

para o Merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Cais <strong>de</strong> Santa Rita,<br />

não suportaram os prejuízos e hoje estão<br />

por aí, negocian<strong>do</strong> na rua como<br />

ambulantes. Este já não é mais um<br />

problema <strong>do</strong>s locatários atingi<strong>do</strong>s pelo<br />

incêndio, é também um problema <strong>do</strong>


Patrimônio da Cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> importância<br />

nacional, aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong> pelas autorida<strong>de</strong>s<br />

competentes.<br />

Diante <strong>do</strong> acima exposto, apelamos aos<br />

Srs. Deputa<strong>do</strong>s para que aprovem a<br />

presente proposição.<br />

Sala das Reuniões, 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />

<strong>1990</strong>.<br />

Pedro Eurico<br />

Deputa<strong>do</strong><br />

Indicação N° 4332<br />

Indicamos à Mesa, ouvi<strong>do</strong> o, Plenário e<br />

cumpridas as formalida<strong>de</strong>s regimentais,<br />

seja formula<strong>do</strong> um apelo ao Prefeito da<br />

Cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Recife, Dr. Gilberto Marques<br />

Paulo, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> ser autoriza<strong>do</strong> aos<br />

camelôs da rua <strong>do</strong> Rangel,<br />

comercializarem suas merca<strong>do</strong>rias com<br />

Baú.<br />

Da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>sta Casa, dê-se<br />

conhecimento ao Sr. Manoel Gomes <strong>do</strong><br />

Nascimento, à rua <strong>do</strong> Córrego <strong>do</strong><br />

Eucli<strong>de</strong>s, nº 739.<br />

Justificativa<br />

Sugerimos a comercialização das<br />

merca<strong>do</strong>rias através <strong>de</strong> Baú, por se tratar<br />

<strong>de</strong> uma solicitação <strong>do</strong>s camelôs da rua <strong>do</strong><br />

Rangel. Por acharem <strong>de</strong> dupla utilida<strong>de</strong>,<br />

pois além <strong>de</strong> servir para guardar a<br />

merca<strong>do</strong>ria com mais segurança, servirá<br />

também como expositor.<br />

Sala das Reuniões, 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />

<strong>1990</strong>.<br />

Pedro Eurico<br />

Deputa<strong>do</strong><br />

Indicação Nº 4333<br />

Indicamos à Mesa, ouvi<strong>do</strong> o Plenário e<br />

cumpridas as formalida<strong>de</strong>s regimentais;<br />

que seja feito um veemente apelo ao<br />

Exmo. Sr. Comandante da Polícia Militar,<br />

Coronel Genival<strong>do</strong> Cerqueira <strong>de</strong><br />

Albuquerque, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> que seja<br />

provi<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong> um policiamento<br />

permanente para as ruas: Rangel, Direita,<br />

Nossa Senhora da Penha e Praça <strong>do</strong><br />

Merca<strong>do</strong> São José, no horário <strong>de</strong> 4:00 às<br />

7:00 da manhã.<br />

Da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>sta Casa, dë-se ciência ao<br />

Sr. José Ferreira <strong>de</strong> Lima à rua Itaúba, nº<br />

156 - Imbiribeira e à Sra. Cizane Maria da<br />

Silva, à 1ª rua <strong>do</strong> Colégio, nº <strong>12</strong>7-A -<br />

Prazeres.<br />

Justificativa<br />

Os comerciantes das referidas ruas são<br />

vítimas constantes da ação <strong>do</strong>s marginais,<br />

no horário <strong>de</strong> 4:00 às 7:00 da manhã,<br />

viven<strong>do</strong> sob constante tensão. Os<br />

comerciantes se ressentem da falta <strong>de</strong><br />

policiamento na área e consi<strong>de</strong>ram <strong>de</strong><br />

fundamental importância o plantão<br />

permanente no referi<strong>do</strong> horário.<br />

Esperan<strong>do</strong> contar com a sensibilida<strong>de</strong> da<br />

PM em relação ao problema, apelamos<br />

aos Srs. Deputa<strong>do</strong>s para que aprovem a<br />

presente proposição.<br />

Sala das Reuniões, 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />

<strong>1990</strong>.<br />

Pedro Eurico<br />

Deputa<strong>do</strong><br />

Indicação Nº 4334<br />

Indicamos à Mesa, ouvi<strong>do</strong> o Plenário e<br />

cumpridas as formalida<strong>de</strong>s regimentais,<br />

que seda formula<strong>do</strong> apelo ao Comandante<br />

da Polícia Militar, Coronel Genival<strong>do</strong><br />

Cerqueira <strong>de</strong> Albuquerque, para que<br />

instale um módulo da PMPE, na rua<br />

Oiticica Lins em frente ao n° 222 - Vila<br />

Industriários - em Areias.<br />

Da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>sta Casa, dê-se<br />

conhecimento a Eral<strong>do</strong> á rua Arapuá, 45 -<br />

Areias.<br />

Justificativa<br />

A população <strong>de</strong> Areias vem sen<strong>do</strong> vítima<br />

frequente da ação <strong>do</strong>s marginais, viven<strong>do</strong><br />

sob constante tensão. Os mora<strong>do</strong>res se<br />

ressentem da falta <strong>de</strong> policiamento na<br />

área e consi<strong>de</strong>ram <strong>de</strong> fundamental<br />

importância a implantação <strong>de</strong> um módulo<br />

da Polícia Militar no bairro.<br />

Esperan<strong>do</strong> contar com a sensibilida<strong>de</strong> da<br />

PM em relação ao problema, apelamos<br />

aos Srs. Deputa<strong>do</strong>s para que aprovem a<br />

presente proposição.<br />

Sala das Reuniões, 30 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong><br />

<strong>1990</strong>.<br />

Pedro Eurico<br />

Deputa<strong>do</strong>


Indicação N° 4335<br />

Indicamos à Mesa, ouvi<strong>do</strong> a Plenário e<br />

cumpridas as formalida<strong>de</strong>s regimentais,<br />

que seja formula<strong>do</strong> um apelo ao<br />

Presi<strong>de</strong>nte da Celpe, Dr. José Marques<br />

Mariz, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> retirar o poste <strong>de</strong> nº<br />

4140/20 da rua Córrego Idalino n° 24.<br />

Da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>sta Casa dê-se ciência à<br />

Associação <strong>de</strong> Mora<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Guabiraba,<br />

à rua Cassiterita, S/Nº Guabiraba.<br />

Justificativa<br />

O proprietário <strong>do</strong> terreno on<strong>de</strong> está<br />

localiza<strong>do</strong> irregularmente o poste <strong>de</strong> nº<br />

4140/20, encontra-se prejudica<strong>do</strong>, sem<br />

condições <strong>de</strong> construir seu imóvel. Razão<br />

pela qual solicitamos a compreensão <strong>do</strong><br />

Exmo. Dr. José Marques Mariz, para as<br />

providências cabíveis.<br />

Sala das Reuniões, 30 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong><br />

<strong>1990</strong>.<br />

Pedro Eurico<br />

Deputa<strong>do</strong><br />

Indicação Nº 4336<br />

Indicamos à Mesa, ouvi<strong>do</strong> o Plenário e<br />

cumpridas as formalida<strong>de</strong>s regimentais,<br />

que seja formula<strong>do</strong> um veemente apelo ao<br />

Exmo. Sr. Prefeito da Cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Recife,<br />

Dr. Gilberto Marques Paulo, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

provi<strong>de</strong>nciar a retirada <strong>do</strong>s escombros<br />

causa<strong>do</strong>s pelo incêndio <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

São José.<br />

Da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>sta Casa dê-se ciência ao<br />

Sr. Cinésio Roberto à rua Santa Tereza n°<br />

210 - Vara<strong>do</strong>uro - Olinda, e Paulo à rua<br />

Jose <strong>de</strong> Vasconcelos no 103 -<br />

Tamarineira.<br />

Justificativa<br />

Um ano <strong>de</strong>pois <strong>do</strong> incêndio que <strong>de</strong>struiu<br />

to<strong>do</strong> o pavilhão direito <strong>do</strong> prédio <strong>do</strong><br />

Merca<strong>do</strong> São José, os escombros<br />

permanecem no mesmo local,<br />

prejudican<strong>do</strong> e geran<strong>do</strong> insatisfação <strong>do</strong>s<br />

locatários que precariamente<br />

comercializam suas merca<strong>do</strong>rias na área<br />

atingida pelo fogo.<br />

Não é justo que o Sr. Prefeito continue<br />

alheio a um problema tão grave e que já<br />

foi objeto <strong>de</strong> tantas reclamações. Em<br />

razão <strong>do</strong> exposto, esperamos contar com<br />

á compreensão <strong>do</strong>s meus nobres pares e<br />

a sensibilida<strong>de</strong> das autorida<strong>de</strong>s ligadas ao<br />

problema.<br />

Sala das Reuniões, <strong>13</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />

<strong>1990</strong>.<br />

Pedro Eurico<br />

Deputa<strong>do</strong><br />

Indicação Nº 4337<br />

Indicamos à Mesa, ouvi<strong>do</strong> o Plenário e<br />

cumpridas as formalida<strong>de</strong>s regimentais,<br />

que sejà formula<strong>do</strong> apelo ao Prefeito da<br />

Cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Recife, Dr. Gilberto Marques<br />

Paulo, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> provi<strong>de</strong>nciar a<br />

manutenção das calhas <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

Afoga<strong>do</strong>s.<br />

Da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>sta Casa dê-se ciência à<br />

Associação <strong>do</strong>s locatários <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong><br />

Público <strong>de</strong> Afoga<strong>do</strong>s, Estrada <strong>do</strong>s<br />

Remédios S/N.<br />

Justificativa<br />

Devi<strong>do</strong> à falta <strong>de</strong> conservação das calhas,<br />

os problemas estão se agravan<strong>do</strong> a cada<br />

dia que passa, aumentan<strong>do</strong> os<br />

vazamentos e infiltrações, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong><br />

bastante úmidas as pare<strong>de</strong>s e<br />

ocasionan<strong>do</strong> o estrago das merca<strong>do</strong>rias,<br />

causan<strong>do</strong> um gran<strong>de</strong> prejuízo aos<br />

locatários.<br />

Sala das Reuniões, 29 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong><br />

<strong>1990</strong>.<br />

Pedro Eurico<br />

Deputa<strong>do</strong><br />

Indicação Nº 4338<br />

Indicamos a Mesa, ouvi<strong>do</strong> o Plenário e<br />

cumpridas as formalida<strong>de</strong>s regimentais,<br />

seja formula<strong>do</strong> veemente apelo ao<br />

Presi<strong>de</strong>nte da Celpe, Exmo. Sr. Dr. José<br />

Marques Mariz, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> aue selam<br />

tomadas providências administrativas,<br />

para a implantação <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong><br />

eletrificação na rua Alto da Bica - Vila da<br />

Cohab - PE.<br />

Da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>sta Casa dê-se ciência a<br />

Maria Amélia <strong>de</strong> Oliveira à rua José<br />

Carvalheira nº 390 - Tamarineira.<br />

Justificativa<br />

As famílias que compõem a rua <strong>do</strong> Alto da<br />

Bica, não estão <strong>do</strong>tadas <strong>do</strong>s benefícios <strong>de</strong><br />

energia elétrica, serviços básico presta<strong>do</strong>s


pela Celpe.<br />

Constituídas <strong>de</strong> famílias carentes,<br />

formadas por subemprega<strong>do</strong>s que não<br />

possuem, por força da falta <strong>de</strong><br />

energização <strong>de</strong> suas residências, <strong>de</strong><br />

condições mínimas <strong>de</strong> lazer, e a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong><br />

preparo <strong>de</strong> alimentos.<br />

Formulamos este apelo, na certeza <strong>de</strong><br />

que o Exmo. Sr. Presi<strong>de</strong>nte se sensibilize<br />

e autorize, o mais breve possível, a<br />

implantação da energia na referida rua.<br />

Sala das Reuniões, 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />

<strong>1990</strong>.<br />

Pedro Eurico<br />

Deputa<strong>do</strong><br />

(Os Deputa<strong>do</strong>s Geral<strong>do</strong> Coelho, Inal<strong>do</strong><br />

Lima, João Coelho, José Amorim. José<br />

humberto, Luiz Epaminondas, Marcus<br />

Cunha, Manoel Alves, Manoel Ramos,<br />

Paulo Guerra, Ranilson Ramos e Roldão<br />

Joaquim na reunião <strong>do</strong> dia 07-<strong>12</strong>-90<br />

encontravam-se em missão autorizada.)<br />

O Sr. PRESIDENTE - Não haven<strong>do</strong><br />

ora<strong>do</strong>res inscritos no Pequeno<br />

Expediente, passamos ao Gran<strong>de</strong><br />

Expediente.<br />

Com a palavra o <strong>de</strong>puta<strong>do</strong> Gilvan<br />

Coriolano.<br />

O Sr. GILVAN CORIOLANO - Sr.<br />

Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Deputa<strong>do</strong>s.<br />

(Lê):<br />

Escolhi esta tar<strong>de</strong> para fazer uma<br />

avaliação sobre minha breve passagem<br />

por esta casa, porque esses quatro anos<br />

<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> foram importantes para to<strong>do</strong>s<br />

nós que representamos e povo <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong>.<br />

Tivemos pouca sorte durante esse<br />

perío<strong>do</strong> no campo econômico, politico e<br />

climático. Muitos po<strong>de</strong>mos colher na<br />

politica com a realização <strong>de</strong> três eleições,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1986 quan<strong>do</strong> fomos eleitos.<br />

Tivemos muitos problemas econômicos e<br />

continuamos enfrentan<strong>do</strong> dificulda<strong>de</strong>s.<br />

Essas dificulda<strong>de</strong>s se ampliam na região<br />

sertaneja e no agreste com a volta <strong>do</strong><br />

fisgelo, ocasionan<strong>do</strong> por mais uma crise<br />

no abastecimento dágua e na falta <strong>de</strong><br />

alimento.<br />

Somos um povo corajoso. Uma gente que<br />

apesar <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> os problemas ainda temos<br />

entusiasmo, sabe superar os momentos<br />

<strong>de</strong> tristeza; costuma agir com lealda<strong>de</strong> e<br />

persegue boas ações com a convivência,<br />

no dificil caminho da luta <strong>de</strong>mocrática.<br />

A Casa <strong>de</strong> Joaquim Nabuco é o retrato<br />

<strong>de</strong>sse povo por excelência. É aqui on<strong>de</strong><br />

se apren<strong>de</strong> a fazer a convivência <strong>do</strong>s<br />

contrários. As querelas partidárias e<br />

i<strong>de</strong>ológicas costumam a passar <strong>do</strong> último<br />

batente da rua da Aurora, até porque na<br />

posição que estamos hoje, no Anexo I,<br />

pisamos primeiro a rua da União. As<br />

emoções não <strong>de</strong>scambam para as<br />

paixões, e estas não têm duração. O<br />

equilibrio está sim é dura<strong>do</strong>uro.<br />

Esta é também a Casa que guarda no seu<br />

interior gran<strong>de</strong> muro das lamentações.<br />

Isso po<strong>de</strong>mos constatar nestes quatro<br />

anos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s. Parece que o lugar<br />

mais longe <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> está ali, <strong>do</strong> outro<br />

la<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio Capibaribe. Lá no casarão <strong>do</strong><br />

Palácio das Princesas a linguagem <strong>do</strong><br />

parlamentar nem sempre é <strong>de</strong>cifreda. Ali,<br />

costuma-se ampliar os chás das sextasfeiras,<br />

<strong>de</strong> outrora, para os chás <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ira<br />

<strong>de</strong> sempre.<br />

No interior, nossos correligionários jamais<br />

pensaram que <strong>de</strong>puta<strong>do</strong> recebe “Não”<br />

sofre maçada e tem seus pleitos<br />

relega<strong>do</strong>s a segun<strong>do</strong> plano. Mas, os<br />

apelos <strong>de</strong>sta tribuna e as repercussões<br />

<strong>do</strong>s nossos pronunciamentos po<strong>de</strong>m até<br />

encher as páginas <strong>do</strong>s jornais, ocupar o<br />

horário nobre da televisão, mas nunca<br />

sensibilizem os homens <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r, que<br />

não sabem o que é a consagração <strong>de</strong> um<br />

mandato pelo voto popular, e que o po<strong>de</strong>r<br />

é efêmero.<br />

Vivi momentos inesqueciveis, nesta Casa.<br />

Levarei daqui a lembrança imorre<strong>do</strong>ura <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong>s acontecimentos, como por<br />

exemplo, <strong>do</strong>s pronunciamentos corajosos<br />

<strong>de</strong> João Ferreira Lima, das posições<br />

firmes <strong>do</strong> sau<strong>do</strong>so Paulo Leite, das<br />

<strong>de</strong>cisões in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>do</strong> nosso<br />

irrequieta Humberto Barradas, <strong>do</strong><br />

memorável e corajoso <strong>de</strong>sabafo <strong>do</strong><br />

gran<strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte Clo<strong>do</strong>al<strong>do</strong> Torres.<br />

Lá muito longe, no Sertão, on<strong>de</strong> seca<br />

inclemente tu<strong>do</strong> <strong>de</strong>vasta<strong>do</strong>ra, o sertanejo<br />

tem a certeza <strong>de</strong> que estamos batalhan<strong>do</strong>


em favor da região. Ele até que acredita<br />

no seu representante, mas per<strong>de</strong> a<br />

esperança com o passar <strong>do</strong> tempo, e se<br />

transforma em um <strong>de</strong>scrente a mais <strong>do</strong>s<br />

políticos.<br />

Os <strong>de</strong>puta<strong>do</strong>s costumam ser visto como<br />

políticos com po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> resolver as coisas,<br />

embora sem o mínimo <strong>de</strong> força para<br />

resolver até questões pequenas. O po<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão está sim no Executivo.<br />

Diante <strong>de</strong> um quadro tão difícil como este<br />

que estamos atravessan<strong>do</strong>, com tantos<br />

problemas no País e particularmente em<br />

nosso Esta<strong>do</strong>, <strong>de</strong>sejamos que os<br />

companheiros que aqui vão continuar a<br />

sua longa jornada e àqueles que foram<br />

<strong>de</strong>fendi<strong>do</strong>s pelo voto popular, em três <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> outubro, busquem atingir os seu<br />

objetivo <strong>de</strong> servir aos pernambucanos e<br />

para isso tenham a inspiração <strong>de</strong> DEUS e<br />

apoio da socieda<strong>de</strong>.<br />

Para mim que volto a s li<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Araripe<br />

sinto-me na condição <strong>de</strong> dizer para to<strong>do</strong>s<br />

os compnaheiros <strong>de</strong>puta<strong>do</strong>s da minha<br />

bancada e <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os parti<strong>do</strong>s<br />

indistintamente, que tenho a consciência<br />

<strong>do</strong> <strong>de</strong>ver cumpri<strong>do</strong>: fiz o que pu<strong>de</strong>. Soube<br />

dizer sim na hora <strong>de</strong> dizer sime não e não<br />

tive coragem <strong>de</strong> discordar na hora <strong>de</strong><br />

discordar, pois é melhor seguir sem<br />

mandato porém, em paz com a minha<br />

consciência.<br />

Posso dizer agora, como alguns que por<br />

aqui passaram: “ninguém se per<strong>de</strong> no<br />

caminho <strong>de</strong> volta”. Desejo <strong>de</strong> coração a<br />

to<strong>do</strong>s os companheiros <strong>de</strong>puta<strong>do</strong>s, a<br />

to<strong>do</strong>s os servi<strong>do</strong>res <strong>de</strong>sta Casa, aos<br />

radialistas e jornalistas, com os quais tive<br />

o prazer <strong>de</strong> conviver, muito sucesso e um<br />

Natal <strong>de</strong> Paz e um Ano Novo <strong>de</strong><br />

prosperida<strong>de</strong>.<br />

O Sr. Humberto Barradas - Meu amigo,<br />

Dep. Gilvan Coriolano, V. Exa., não<br />

precisa dizer o tamanho da emoção que<br />

sente neste momento. A emoção <strong>de</strong> quem<br />

pensa que vai embora, <strong>de</strong> quem pensa<br />

que vai <strong>de</strong>ixar esta Casa <strong>de</strong>ixar os amigos<br />

V. Exa., por mais que queira sair, sai<br />

fican<strong>do</strong>, porque no coração <strong>de</strong> cada um<br />

<strong>de</strong> nós tem ai um lugar reserva<strong>do</strong> sempre<br />

para a esse amigo sertanejo Gilvan<br />

Coriolano e nos Anais <strong>de</strong>sta Casa, sem<br />

dúvida alguma, permanecerão os<br />

pronunciamentos feitos por V.Exa. em<br />

beneficio da sua comunida<strong>de</strong>, <strong>do</strong> seu<br />

queri<strong>do</strong> e sofri<strong>do</strong> povo sertanejo e ao Dep.<br />

Humberto Barradas que tem a honra e o<br />

privilégio <strong>de</strong> estar inclui<strong>do</strong> entre aqueles<br />

que V.Exa. consi<strong>de</strong>ra amigo, não po<strong>de</strong>ria<br />

neste momento, que sem dúvidas alguma<br />

marca a presença <strong>do</strong> parlamentar na<br />

Casa muito mais <strong>do</strong> que aqui,<br />

continuarão, V.Exa. como eu, neste<br />

momento, vamos levar a marca da<br />

sauda<strong>de</strong> daqueles que aqui vão ficar. Mas<br />

<strong>de</strong> um coisa, Deputa<strong>do</strong>, V.Exa. fique certa<br />

<strong>de</strong> que nós não vamos conseguir sair<br />

<strong>de</strong>sta Casa, por uma série <strong>de</strong> motivos<br />

<strong>de</strong>ntre eles reputo aquele <strong>de</strong> afinida<strong>de</strong><br />

que ligou V.Exa. a to<strong>do</strong>s os Deputa<strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong>sta Casa. V.Exa. tem si<strong>do</strong> aqui, ao<br />

longo <strong>de</strong>sses quatro anos um Deputa<strong>do</strong><br />

alegre, um Deputa<strong>do</strong> que mostra e<br />

<strong>de</strong>monstra a espontaneada<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

sertanejo, um Deputa<strong>do</strong> viril, forte um<br />

Deputa<strong>do</strong> que não se abate com as<br />

adversida<strong>de</strong>s, um Deputa<strong>do</strong> que sabe<br />

levar esportivamente as criticas que aqui<br />

surgem, um Deputa<strong>do</strong> que <strong>de</strong>monstrou,<br />

nesses quatro anos a competência <strong>de</strong><br />

jurista, a competência <strong>de</strong> administra<strong>do</strong>r<br />

que foi á frente da Prefeitura <strong>de</strong> Ouricuri, o<br />

político que V.Exa. é Lamento<br />

profundamente, Dep. Gilvan Coriolano,<br />

não po<strong>de</strong>r no próximo ano, ao visitar esta<br />

Assembléia visitar também o companheiro<br />

Deputa<strong>do</strong>, No entanto tenho certeza que<br />

nós iremos fazer com que a nossa<br />

amiza<strong>de</strong> encurte o caminho entre<br />

Jaboatão e Ouricuri, que passamos<br />

freqüentemente, lá em Ourucuri e lá em<br />

Jaboatão começar a discutir os problemas<br />

<strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong> e até relembrar episódios<br />

<strong>de</strong>sta Casa que V.Exa., sem dúvida, este<br />

inseri<strong>do</strong> nos gran<strong>de</strong>s episódios que<br />

ocorreram nesta Casa.<br />

Mas faça Deputa<strong>do</strong> Gilvan Coriolano,<br />

como eu , não faça uma <strong>de</strong>spedida, dê um<br />

até logo um até breve. V.Exa. não tem <strong>do</strong><br />

que ficar triste tenho certeza que to<strong>do</strong>s<br />

nós sabemos que nho certe.a que to<strong>do</strong>s<br />

nos aqui sabemos que V.Exa. cumpriu<br />

com sua obrigação <strong>de</strong> parlamentar.<br />

Volte Para Ouricuri, Deputa<strong>do</strong>, e abrace o<br />

Deputa<strong>do</strong> e amigo Humberto Barradas,<br />

aquele que tem em V.Exa. um verda<strong>de</strong>iro<br />

amigo, um Deputa<strong>do</strong> que apren<strong>de</strong>u a


admirar o cidadão Gilvan Coriolano, o<br />

amigo Gilvan o Dep. Humberto Barradas<br />

que tem V. Exa., hoje, como se fosse um<br />

membro da sua familia e que por isso<br />

mesmo po<strong>de</strong> dizee publicamente e<br />

carinhosarnente que o meu amigo como<br />

está <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> a Assembléia <strong>Legislativa</strong>.<br />

Mas gostaria que to<strong>do</strong>s soubesssem que<br />

muitas vezes brinca<strong>de</strong>iras aqui foram<br />

tiradas para alegrar este ambiente e que o<br />

Dep. Gilvan soube sempre receber com o<br />

maior carinho e sempre enten<strong>de</strong>u que<br />

aqui to<strong>do</strong>s tinham um zelo to<strong>do</strong> especial<br />

uma admiração e até mesmo o carinho<br />

que to<strong>do</strong>s nós nutrimos por V.Exa..<br />

Lembro-me <strong>de</strong> quan<strong>do</strong> começamos aqui e<br />

o Dep. Gilvan Coriolano como <strong>de</strong> rasto<br />

to<strong>do</strong>s nos tivemos os nossos apeli<strong>do</strong>s,<br />

tivemos aqui a intimida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s amigos<br />

quan<strong>do</strong> chamavamos o Dep. Gilvan<br />

Coriolano <strong>de</strong> Coalhada e nunca vimos, em<br />

hora nenhuma, outra coisa que não fosse<br />

um riso o riso largo aberto e franco <strong>do</strong><br />

Deputa<strong>do</strong> e amigo Gilvan Coriolano.<br />

Lembro-me bem que nós, o intuito <strong>de</strong><br />

amenizar as tensões provocadas nas<br />

votações <strong>de</strong>sta Casa fazíamos aqui a<br />

briga que nunca houve entre o Deputa<strong>do</strong><br />

Gilvan Coriolano e o tigre <strong>do</strong> Araripe,<br />

companheiro e amigo Felipe Coelho e o<br />

Dep. Gilvan Coriolano continuava<br />

sorrin<strong>do</strong>. Nós estamos <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong>, na<br />

pratica, o que é um político <strong>de</strong> larga<br />

escala, que sabe aceitar as críticas, sabe<br />

aceitar as brinca<strong>de</strong>iras, mas, sempre<br />

esteve muito acima <strong>de</strong> qualquer coisa que<br />

pu<strong>de</strong>sse ser entendi<strong>do</strong> como perjorativo.<br />

Meu queri<strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong>, meu preza<strong>do</strong> e<br />

dileto amigo Gilvan Coriolano, queria eu<br />

ter aqui nessa hora e, nesse momento a<br />

inspiração <strong>de</strong> Rui Barbosa pra po<strong>de</strong>r<br />

saudá-lo na hora que se <strong>de</strong>spe<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa<br />

Casa. No entanto como não tenho a<br />

riqueza <strong>de</strong>sse vocabulário, peço a V.Exa.<br />

que, leve daqui simplesmente, a<br />

lembrança <strong>de</strong> um Deputa<strong>do</strong> amigo,<br />

Humberto Barradas. Que nesse momento<br />

não podia <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> estar nesse microfone<br />

<strong>de</strong> Aparte, <strong>de</strong>sejan<strong>do</strong> a V.Exa., a toda a<br />

sua família, aqueles que são seus amigos,<br />

aqueles que são seus conterrâneos,<br />

levasse o testemunho que eu posso dar,<br />

que to<strong>do</strong>s nós po<strong>de</strong>remos dar, <strong>do</strong> trabalho<br />

eficaz que V.Exa. <strong>de</strong>senvolveu aqui nesta<br />

Casa. V. Exa., sem dúvida, é exemplo pra<br />

familia, é exemplo pros amigos e, hoje é<br />

exemplo pra <strong>Pernambuco</strong>. Deputa<strong>do</strong>, até<br />

logo, nós nos encontraremos, sem dúvida<br />

nenhuma, no caminho que nós<br />

conhecemos, o caminho da volta. Não se<br />

preocupe, não saia daqui com mágoa,<br />

com recentemento, porque esse nunca foi<br />

o comportamento <strong>de</strong> V. Exa.. Saia como<br />

sempre, com aquele sorriso bonito,<br />

aberto, franco, <strong>de</strong>ixe que o chame <strong>de</strong><br />

qualhada, <strong>de</strong>ixe que o chame <strong>de</strong> Corí,<br />

<strong>de</strong>ixe que o chame <strong>de</strong> sertanejo, mas,<br />

ninguém, sem dúvida nenhuma, <strong>de</strong>ixará<br />

<strong>de</strong> respeitar o Deputa<strong>do</strong>, o homem e o<br />

amigo Gilvan Coriolano. Um abraço<br />

Deputa<strong>do</strong>.<br />

O Sr. GILVAN CORIOLANO - Agra<strong>de</strong>ço<br />

<strong>de</strong> to<strong>do</strong> coração as palavras elogiosas <strong>do</strong><br />

gran<strong>de</strong> amigo Humberto Barradas,<br />

Betinho e, me lembro nesse momento,<br />

quan<strong>do</strong> chegarmos aqui, nesta<br />

Assembléia e, <strong>de</strong> infcio a conversa que<br />

havia em todas as ocasiões era que, a<br />

batalha que seria travada entre eu e o<br />

tigre <strong>do</strong> Araripe seria feroz. Mas, muitos<br />

que falavam <strong>de</strong>ssa maneira, falavam<br />

pensan<strong>do</strong> que nós, o Município <strong>de</strong><br />

Ouricuri vivíamos o tipo da política que se<br />

vive em Exú. Não, nada disso acontece.<br />

Com toda a nossa <strong>de</strong>ficiência, com toda a<br />

nossa precarieda<strong>de</strong>, nós sabemos nos<br />

respeitar. Eu, acho que nós <strong>de</strong>mos até<br />

lição aqui nessa Assembléia. Eu acho que<br />

o comportamento que o comportamento<br />

que tivemos aqui nessa Assembléia serviu<br />

até <strong>de</strong> lição para muitos que, se<br />

<strong>de</strong>gladiam, que as vezes partem até para<br />

o <strong>de</strong>respeito pessoal.<br />

Embora tivemos sempre, otimamente em<br />

campos opostos, eu e o Deputa<strong>do</strong> Felipe<br />

Coelho, mas, jamais em comício ou em<br />

qualque oportunida<strong>de</strong>, lá na nossa<br />

Região, alguém viu, eu ou o Deputa<strong>do</strong><br />

Felipe Coelho, se <strong>de</strong>gradiar ou se<br />

<strong>de</strong>respeitar, sempre nos tratamos <strong>de</strong><br />

forma educada, <strong>de</strong> forma elevada. Porque<br />

o povo da nossa Região não aceita outro<br />

tipo <strong>de</strong> conduta a não ser este. E, aqui<br />

tivemos essa convivência até hoje e,<br />

graças a Deus vou sair daqui sem que<br />

tenha agi<strong>do</strong> <strong>de</strong> outra forma e, levan<strong>do</strong><br />

comigo a certeza <strong>de</strong> que procurei fazer o


possivel para ser digno <strong>do</strong>s votos que<br />

recebi da minha Região. Mas, eu<br />

continuan<strong>do</strong> ouço com muita felicida<strong>de</strong>, o<br />

gran<strong>de</strong> Lí<strong>de</strong>r <strong>do</strong> PFL, Deputa<strong>do</strong> Arthur<br />

Corrêa.<br />

O Sr. Arthur Corrêa - Deputa<strong>do</strong> Gilvan<br />

Coriolano, cada homem <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a<br />

sua dimensão, tem os seus sonhos, as<br />

suas aspirações. Há poucos instantes eu<br />

ouvia, o Deputa<strong>do</strong> Humberto Barradas<br />

<strong>de</strong>sejar ser possui<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s <strong>do</strong>tes oratorios<br />

<strong>de</strong> Rui Barbosa, para po<strong>de</strong>r fazer uma<br />

saudação a V.Exa. Eu matuto como<br />

V.Exa., mo<strong>de</strong>sto, representante <strong>do</strong>s<br />

agrestinos, <strong>de</strong>sejaria menos, <strong>de</strong>sejaria os<br />

<strong>do</strong>tes oratórios <strong>do</strong> Dep. Humberto<br />

Barradas, já´seriam suficientes para nesta<br />

hora aparteá-lo. E dizer que este bravo<br />

sertanejo <strong>de</strong> Ouricuri, chegou a esta<br />

Casa, com o seu próprio estilo, <strong>de</strong> homem<br />

<strong>do</strong> interiorano, e que daqui sai ao meu<br />

verm, e acredito que na ótica <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os<br />

companheiros, V.Exa. sai <strong>de</strong> fronte<br />

erguida. V.Exa. aqui cumpriu o <strong>de</strong>ver<br />

politico <strong>de</strong> um interiorano, sempre<br />

reivindican<strong>do</strong>, pedin<strong>do</strong> e lutan<strong>do</strong> no<br />

senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> diminuir o sofrimento <strong>do</strong>s seus<br />

conterrâneos sofri<strong>do</strong>s <strong>do</strong> sertão <strong>de</strong><br />

Ouricuri, a região que V. Exa.,<br />

representou nesta Casa. E em meu nome<br />

pessoal, em nome da Bancada <strong>do</strong> PFL,<br />

quero dizer que V. Exa., só nos <strong>de</strong>ixa,<br />

aliás como V. Exa., sabe, acredito que na<br />

casa só <strong>de</strong>ixa sauda<strong>de</strong>s sauda<strong>de</strong>s e<br />

amiza<strong>de</strong>s que soube construir no <strong>de</strong>correr<br />

<strong>do</strong>s 4 anos. Muitas vezes tivemos<br />

divergências, principalmente no inicio,<br />

quan<strong>do</strong> V.Exa. ainda estava com aquela<br />

ilusão, ilusão que contaminou a gran<strong>de</strong><br />

maioria <strong>do</strong>s pernambucanos. V.Exa.<br />

<strong>de</strong>monstrou uma in<strong>de</strong>pendência muito<br />

gran<strong>de</strong>. E quan<strong>do</strong> ao sentir a <strong>de</strong>cepção<br />

não escon<strong>de</strong>u, veio a Tribuna e tornou<br />

público, <strong>de</strong>u conhecimento a <strong>Pernambuco</strong><br />

da sua <strong>de</strong>silusão. Traduzin<strong>do</strong> assim a<br />

franqueza, <strong>do</strong> bravo sertanejo que V.Exa.<br />

é. Tenho certeza, Dep. Gilvan Coriolano,<br />

que o povo <strong>de</strong> Ouricuri, e <strong>de</strong> to<strong>do</strong> sertão,<br />

receberá V.Exa. <strong>de</strong> braços abertos, pois<br />

aqui nunca V.Exa., foi omisso, sempre<br />

procurou a confiança mais honrosa que<br />

um cidadão recebe, a confiança <strong>do</strong> voto.<br />

Muito obriga<strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong>.<br />

O Sr. GILVAN CORIOLANO - Agra<strong>de</strong>ço<br />

as palavras sinceras <strong>do</strong> gran<strong>de</strong> Lí<strong>de</strong>r <strong>do</strong><br />

PFL, Dep. Artur Correa. Encontrei no Dep.<br />

esse homem que no início temos a<br />

impressão <strong>de</strong> ser uma pessoa difícil.<br />

Entretanto, encontrei no Dep. Artur<br />

Correia, nesta convivência, a sincerida<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong> homem que mantém em qualquer<br />

qualquer das circunstâncias. Portanto foi<br />

para mim uma felicida<strong>de</strong>, ter a amiza<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

V. Exa., porque a sua personalida<strong>de</strong><br />

assemelha-se muito a minha. Portanto<br />

agra<strong>de</strong>ço a sincerida<strong>de</strong> <strong>de</strong> V. Exa., e saio<br />

daqui com acerteza <strong>de</strong> que arranjei um<br />

gran<strong>de</strong> amigo sério e <strong>de</strong> todas as horas.<br />

Muito obriga<strong>do</strong> e ouço o gran<strong>de</strong> sertanejo<br />

e Lí<strong>de</strong>r <strong>do</strong> Governo, Dep. Àureo Bradley.<br />

O Sr. Áureo Bradley - Dep. Gilvan<br />

Coriolano a bifurcação <strong>do</strong>s caminhos<br />

po<strong>de</strong>m afastar os homens<br />

geometricamente, geograficamente, mas<br />

não necessariamente afastá-los na<br />

afetivida<strong>de</strong>, no carinho. E essa<br />

afetivida<strong>de</strong>, o carinho e o respeito, nós<br />

sempre mantivemos nesta Casa, quan<strong>do</strong><br />

estavamos no mesmo caminho,<br />

percorren<strong>do</strong> caminhos íngre<strong>de</strong>s, difíceis<br />

no início <strong>de</strong> Governo, e também <strong>de</strong>pois<br />

quan<strong>do</strong> houve a bifurcação. Pelo respeito,<br />

talvez nós, pela própria formação, ou até,<br />

mesmo pela estrutura <strong>de</strong> matuto,<br />

mantivemos intacto. V. Exa., foi como<br />

muito bem disse o Dep. Artur Correia, o<br />

vigilante em <strong>de</strong>fesa da nossa região. A<br />

região que infelizmente, assistimos no<br />

<strong>de</strong>correr <strong>de</strong> toda a nossa existência,<br />

diariamente se existissem pessoas<br />

qualificadas como V. Exa., no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

que se veja com melhores olhos para uma<br />

região tão sofrida. Infelizmerte, to<strong>do</strong>s<br />

sabemos que a seca é ciclica, a história<br />

comprova isso. Sempre quiseram dar<br />

soluções e jamais irem <strong>de</strong> encontro as<br />

verda<strong>de</strong>iras causas, que levam o nosso<br />

povo a uma situação <strong>de</strong> penúria em certos<br />

<strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s momentos. Mas, V.Exa. foi<br />

este vigilante, foi este homem que<br />

estan<strong>do</strong> ao nosso la<strong>do</strong> na bifurcação<br />

anteriormente citada, esteve sempre<br />

presente nesta Casa, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> aquilo<br />

que V.Exa. acreditava,. E em tu<strong>do</strong> aquilo<br />

que V.Exa. acreditava, V.Exa. <strong>de</strong>dicava


to<strong>do</strong> seu tempo, seu ar<strong>do</strong>r, sua<br />

inteligência e toda a sua vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

serviço sertão <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>. Então em<br />

<strong>de</strong>corrência disso, eu gosto <strong>de</strong> dizer que o<br />

povo nunca erra, o povo é sempre sábio,<br />

po<strong>de</strong> equivocar-se em certos momentos<br />

da história, mais haverei <strong>de</strong> rever seus<br />

equívocos, para no futuro bem próximo e<br />

colocar verda<strong>de</strong>iramente para representálo<br />

aqueles que tem compromisso com ele,<br />

aqueles que em momento algum, ouvidam<br />

da sua Região, ouvidam <strong>do</strong> seu povo.<br />

Por isso eu queria <strong>de</strong>ixar em nome <strong>do</strong><br />

meu parti<strong>do</strong>, em nome <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> on<strong>de</strong><br />

nós caminhávamos na mesma vereda em<br />

nome <strong>do</strong> Presente quan<strong>do</strong> houve a<br />

bifurcação o meu gran<strong>de</strong> abraço a V.Exa.<br />

e a esperança <strong>de</strong> que homens da<br />

dignida<strong>de</strong>, da honra<strong>de</strong>z <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong><br />

Gilvan Coriolano, não po<strong>de</strong> em<br />

<strong>de</strong>corrência e algum fracasso eleitoral<br />

cruzar os raços e <strong>de</strong>ixar a sua luta<br />

partidária, mantenhase na luta política,<br />

mantenha-se em <strong>de</strong>fesa <strong>do</strong> seu povo,<br />

porque o seu povo precisa <strong>do</strong> Sr.<br />

Deputa<strong>do</strong> Gilvan Coriolano, muito<br />

obriga<strong>do</strong>.<br />

O Sr. GILVAN CORIOLANO - Agra<strong>de</strong>ço<br />

ao Nobre Deputa<strong>do</strong> Áureo Bradley, um<br />

Sertanejo que vive nos umbraz <strong>do</strong> Sertão,<br />

porque Arcover<strong>de</strong>, embora seja Sertão,<br />

mas Arcover<strong>de</strong>, ainda é um pouco <strong>de</strong><br />

Agreste, mas o Deputa<strong>do</strong> Áureo que<br />

conhece<strong>do</strong>r <strong>do</strong> nosso problema das<br />

dificulda<strong>de</strong>s que enfrentamos, tambem<br />

sofre na pele a tristeza <strong>de</strong> ver aquela<br />

Terra na situação que estar hoje.<br />

Mas Deputa<strong>do</strong> Áureo Bradley, eu <strong>de</strong>via<br />

talvez uma explicação a V.Exa. o nosso<br />

Lí<strong>de</strong>r Companheiro das primeiras horas, a<br />

respeito justamente <strong>de</strong>sta minha posição<br />

tomada nesse <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> tempo, o<br />

compromisso que eu havia afirma<strong>do</strong> com<br />

o povo da minha Região, era muito gran<strong>de</strong><br />

para que o que ficasse aqui, aceitan<strong>do</strong><br />

tu<strong>do</strong> isso que era imposto, porque<br />

Deputa<strong>do</strong> Áureo Bradley, chegan<strong>do</strong> nesta<br />

Casa, eu trazia o compromisso e a<br />

responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> fazer por aquele<br />

povo, para que pu<strong>de</strong>sse nos formar uma<br />

infraestrutura hídrica capaz <strong>de</strong> enfrentarmos<br />

essas situações como aqui estamos<br />

atravessan<strong>do</strong> hoje, que o Sertão é viável<br />

como V.Exa. sabe, existe gran<strong>de</strong>s rios,<br />

existe locais para fazer gran<strong>de</strong>s açu<strong>de</strong>s, a<br />

nossa terra da mas fértil que existe no<br />

mun<strong>do</strong>, on<strong>de</strong> o agricultor não conhece<br />

nem o que é correção <strong>do</strong> solo não<br />

conhece o que é nada da agricultura que<br />

se faz por aqui, porque lá a nossa terra<br />

não precisa <strong>de</strong> adubar <strong>de</strong> preparar-lá<br />

<strong>de</strong>ssa maneira que se faz por aqui mas<br />

acontece que o nosso problema único e<br />

exclusivo é a distribuição <strong>de</strong> água, já<br />

temos como V.Exa. sabe gran<strong>de</strong>s<br />

mananciais, o que falta. apenas, é alguém<br />

que faça com que essa água seja<br />

distribuida para os terrenos, e que aí se<br />

possa fizer irrigação, e o exemplo estar lá<br />

para quem quiser ver, o exemplo se nós<br />

chegamos no Brígida, no Municipio <strong>de</strong><br />

Parnamirim, to<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> vai ficar<br />

impressiona<strong>do</strong>, o Deputa<strong>do</strong> José<br />

Humberto, conhece <strong>de</strong> perto, as<br />

barragens <strong>do</strong>s cessivas, estão hoje<br />

produzin<strong>do</strong> riqueza e alimentos para os<br />

povos, nada foi feito, só as barragens, e<br />

colocada energia elétrica, o agricultor<br />

colocou a bomba, a eletrobomba e estar<br />

fazen<strong>do</strong> irrigação, portanto é um<br />

verda<strong>de</strong>iro oáses naquela Região.<br />

O Sr. PRESIDENTE - Deputa<strong>do</strong> Gilvan,<br />

V.Exa., já falou meia hora, tem outros<br />

ora<strong>do</strong>res inscritos, gostaria que pu<strong>de</strong>sse<br />

encerrar.<br />

O Sr. GILVAN CORIOLANO - Pois não<br />

Sr. Presi<strong>de</strong>nte. Então foi por isso que eu<br />

tive que tomar uma posição, quer dizer<br />

<strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> <strong>de</strong> ser Governo, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> <strong>de</strong> ser<br />

Vice-Lí<strong>de</strong>r <strong>do</strong> Governo, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> que<br />

pu<strong>de</strong>sse ficar a minha disposição mas<br />

para ficar ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> povo, o povo que me<br />

confiou já que não havia condição para<br />

realizar aquilo que o povo havia nos<br />

confia<strong>do</strong> eu tive que ficar ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> povo,<br />

mas eu ouço o gran<strong>de</strong> Deputa<strong>do</strong> Severino<br />

Cavalcanti.<br />

O Sr. Severino Cavalcanti - Dep. Gilvan<br />

Coriolano, por <strong>de</strong>legação <strong>do</strong> Lí<strong>de</strong>r <strong>do</strong> meu<br />

Parti<strong>do</strong>, Parti<strong>do</strong> Liberal, quero trazer aqui<br />

a nossa mais profunda e sincera<br />

recordação <strong>do</strong> tempo que passamos aqui<br />

com V.Exa. apren<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os<br />

interesses das nossas regiões no exemplo


que V.Exa., tem da<strong>do</strong> o que é um<br />

emper<strong>de</strong>ni<strong>do</strong> <strong>de</strong>fensor das gran<strong>de</strong>s lutas,<br />

das gran<strong>de</strong>s batalhas <strong>do</strong> sertanejo, V.Exa.<br />

passa por esta Casa <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> uma<br />

marca. A marca <strong>do</strong> luta<strong>do</strong>r.<br />

Do bravo, daquele que não se intimida.<br />

Daquele que <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> la<strong>do</strong> os próprios<br />

interesses pessoais para afirmar alto e<br />

bom som, aquilo que se comprometeu<br />

com os seus conterrâneos, com aqueles<br />

que sofrem lá no Sertão. Quero dizer que<br />

em nome <strong>do</strong> meu parti<strong>do</strong>, quero informar<br />

a esta Casa, que o Dep. Gilvan Coriolano,<br />

sempre foi um homem que nunca recuou<br />

quan<strong>do</strong> se tratava <strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os<br />

interesses da sua região. Com sauda<strong>de</strong><br />

nós vamos <strong>de</strong>ixar, V.Exa. segue o seu<br />

caminho mas o caminho <strong>de</strong> V.Exa. será<br />

esta Casa porque nós esperamos V.Exa.<br />

<strong>de</strong> volta Dep.Gilvan Coriolano a sua<br />

passagem por esta Casa ficou marcada<br />

pela sua coragem e a sua bravura.<br />

Parabenizo esses 4 anos <strong>de</strong> atuação <strong>de</strong><br />

V.Exa. e digo que a sauda<strong>de</strong> da sua<br />

atuação nós vemos ter durante os<br />

seguintes 4 anos que iremos passar nesta<br />

Casa.<br />

O Sr. GILVAN CORIOLANO - Muito<br />

obriga<strong>do</strong> Dep. Severino Cavalcanti,<br />

gran<strong>de</strong> Lí<strong>de</strong>r <strong>do</strong> PL, o PL <strong>do</strong> gran<strong>de</strong><br />

pernambucano que é o Dr. Cid Sampaio.<br />

Eu recebo as palavras <strong>de</strong> V.Exa, como<br />

uma <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> carinho, <strong>de</strong><br />

amiza<strong>de</strong>, <strong>de</strong> fraternida<strong>de</strong> e um incentivo<br />

para que nós continuemos na luta em<br />

benefício <strong>de</strong>sse povo sofre<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>.<br />

E ouço com muito prazer o colega e<br />

amigo.<br />

O Sr. Roldão Joaquim - Dep. Gilvan<br />

Coriolano absolutamente eu não po<strong>de</strong>ria<br />

<strong>de</strong>ixar, nem teria justificativa nem<br />

explicação, <strong>de</strong> integrar o grupo <strong>de</strong><br />

companheiros que aparteam. V.Exa. na<br />

<strong>de</strong>spedida <strong>de</strong>sta Assembléia. E queria<br />

aduzir ao seu discurso, quem sabe,<br />

alguma coisa sem maior significação, mas<br />

<strong>de</strong> um sentimento mais profun<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

homem <strong>do</strong> agreste que sofre entre as<br />

crises <strong>do</strong> Sertão. E quem sabe a aparente<br />

opulência da Zona da Mata. Assim é o<br />

Agreste. No Agreste não há os gran<strong>de</strong>s<br />

projetos, no Agreste não tem os gran<strong>de</strong>s<br />

investimentos. Sempre se pensa em<br />

investir mais na Mata ou investir mais no<br />

Sertão on<strong>de</strong> existem as gran<strong>de</strong>s secas e<br />

as gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s. E no Agreste nós<br />

nos exprememos como <strong>de</strong>spreza<strong>do</strong>s aos<br />

olhos <strong>do</strong> Governo. E na sua <strong>de</strong>spedida <strong>de</strong><br />

um homem que tem compromisso com a<br />

sua região e o compromisso é acima <strong>de</strong><br />

tu<strong>do</strong>, o torna até intolerante na medida em<br />

que as reivindicações, os pleitos <strong>de</strong> sua<br />

terra Ouricuri não são atendi<strong>do</strong>s eu queria<br />

levar também a preocupação <strong>do</strong> Agreste<br />

através da palavra <strong>do</strong> amigo como diz<br />

V.Exa. e certo Dep. Gilvan Coriolano<br />

como dizia Santo Agostinho, que a criança<br />

se alegra com a calça curta nova, os<br />

adultos se alegram com a calça comprida<br />

nova, para cada momento para cada<br />

situação há uma alegria há uma<br />

satisfação. E muitas vezes a mudança da<br />

calça curta para a calça comprida e viceversa,<br />

nos <strong>de</strong>ixa como admitir não está<br />

feliz.<br />

Como se não reconhecesse ser a ânsia<br />

<strong>de</strong> adaptar-se aquela nova realida<strong>de</strong>.<br />

V.Exa., <strong>de</strong> Ouricuri Verea<strong>do</strong>r, Prefeito com<br />

aquele discurso que realmente empolgava<br />

a sua gente, empolgava a sua terra veio<br />

para a Assembléia e está claro que os rios<br />

temporários e sequidão <strong>do</strong> Sertão não<br />

po<strong>de</strong> se comparar com a placi<strong>de</strong>z <strong>do</strong><br />

Capibaribe até a placi<strong>de</strong>z aparente ou<br />

para<strong>do</strong>xal, que ai e perene, que aí está a<br />

fazer poesia, estar a fazer me<strong>do</strong> o V.Exa.<br />

<strong>de</strong>ve ter senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> súbito aquela<br />

dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptar o discurso <strong>do</strong><br />

menino e <strong>do</strong> rapaz <strong>de</strong> Ouricuri ao<br />

Deputa<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong> em Recife e<br />

essa diferença mais se acentuou quan<strong>do</strong><br />

V.Exa. sonhou com o Governo, por ele<br />

lutou, com ele lutou e o aju<strong>do</strong>u a eleger e<br />

este Governo. não aten<strong>de</strong>u as<br />

reivindicações <strong>de</strong> V.Exa. Não há uma,<br />

critica ao Governo Arraes ao que eu estou<br />

dizen<strong>do</strong>, porque creio que o Governo<br />

Arraes foi um Governo comprometi<strong>do</strong> com<br />

as causas populares, com as aspirações<br />

<strong>do</strong> povo, mas isso sé não era suficiente<br />

para aten<strong>de</strong>r as aspirações <strong>do</strong> povo, mas<br />

isso só não era suficiente para aten<strong>de</strong>r as<br />

<strong>do</strong> seu povo, as aspirações <strong>de</strong> sua Região<br />

e aí vemos a inquietação <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong><br />

Gilvan Coriolano e foi nessa inquietação


que nós o i<strong>de</strong>ntificamos como autêntico<br />

Deputa<strong>do</strong> <strong>do</strong> Sertão, jovem <strong>de</strong> Ouricuri,<br />

Prefeito daquela terra. É com a análise<br />

<strong>de</strong>ssas parcelas <strong>de</strong> sua vida que nos o<br />

i<strong>de</strong>ntificamos como gran<strong>de</strong> amigo <strong>do</strong> qual<br />

não queremos nos <strong>de</strong>spedir, queremos,<br />

apenas, trazer um testemunho <strong>de</strong> que<br />

essa afeição que foi <strong>de</strong>sportada na Casa<br />

<strong>de</strong> Joaquim Nabuco haverá <strong>de</strong> se<br />

perenizar.<br />

Desejamos, Deputa<strong>do</strong> Gilvan Coriolano<br />

que V.Exa. leve nessa sua <strong>de</strong>spedida<br />

<strong>de</strong>sta Casa a certeza <strong>de</strong> que nós o<br />

enten<strong>de</strong>mos, não ha ninguém, aqui, que,<br />

<strong>de</strong> sã consciência não haja entendi<strong>do</strong><br />

V.Exa. Até nos seus peca<strong>do</strong>s, nos seus<br />

exageros, nos seus erros, porque peca<strong>do</strong>,<br />

erro ou exagero por amor passa a ser<br />

virtu<strong>de</strong> e tu<strong>do</strong> que V.Exa. fez que agra<strong>do</strong>u<br />

ou <strong>de</strong>sagra<strong>do</strong>u foi por amor a Ouricuri.<br />

É em nome <strong>de</strong>sse amor, a sua terra, que<br />

nós seus amigos queremos também fazer<br />

parte. Nós somos o amor <strong>de</strong> Ouricuri na<br />

sua vidas no seu coração e queremos que<br />

ele seja perene.<br />

O Sr. GILVAN CORIOLANO - Gran<strong>de</strong><br />

Deputa<strong>do</strong> Argemiro Pereira, conterrâneo<br />

<strong>de</strong> Serra Talhada, eu queria pedir <strong>de</strong><br />

V.Exa. mais um pouco <strong>de</strong> complascência<br />

para ouvir o nobre Deputa<strong>do</strong> Almeida<br />

Filho.<br />

Mas, Deputa<strong>do</strong> Roldão Joaquim, V.Exa.<br />

sabe muito bem externar o seu<br />

pensamento com essas palavras tão<br />

lindas e eloquentes e toca em cheio o<br />

coração. Diz, realmente o que a gente<br />

está sentin<strong>do</strong>.<br />

Mas Deputa<strong>do</strong> Roldão, é isso mesmo que<br />

V.Exa., diz, é o que se passa conosco.<br />

Conce<strong>do</strong> o aparte ao nobre Deputa<strong>do</strong><br />

Almeida Filho.<br />

O Sr. Almeida Filho - Meu caro Deputa<strong>do</strong><br />

Gilvan Coriolano, nós assistimos na tar<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> hoje a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> V.Exa., no<br />

discurso que ora realiza aqui, fazen<strong>do</strong> as<br />

suas <strong>de</strong>spedidas da vida Parlamentar e<br />

nós que tivemos uma convivência antes<br />

como companheiros na Secretaria <strong>de</strong><br />

Segurança Pública e mesmo no dia a dia<br />

da vida pública on<strong>de</strong> muitas vezes V.Exa.,<br />

naquela época Prefeito e eu Deputa<strong>do</strong>, e<br />

assistia a preocupação <strong>de</strong> V.Exa., a<br />

responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> V.Exa., o amor, a<br />

<strong>de</strong>dicação à sua região, a sua Ouricuri <strong>de</strong><br />

coração, que V.Exa. tanto fala e tanto<br />

proclama por to<strong>do</strong>s os recantos <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong>. E tivemos, também, a convivência<br />

partidária quan<strong>do</strong> V.Exa. <strong>de</strong>ixava o<br />

PMDB, ingressava no nosso Parti<strong>do</strong><br />

Municipalista Brasileiro que <strong>de</strong>pois foi<br />

extinto, <strong>de</strong>pois voltamos a mesma<br />

convivência partidária no PRN. E, aqui,<br />

tivemos oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conviver com<br />

V.Exa. na luta <strong>do</strong> dia a dia pela Casa <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong>. A vida pública nos ensina e<br />

ensina muita. As <strong>de</strong>cepções, as alegrias,<br />

as emoções naturais que nós to<strong>do</strong>s<br />

sentimos e a contingência natural <strong>de</strong><br />

quem disputa <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r ou ganhar.<br />

Mas V.Exa., <strong>de</strong>ixou, aqui, no nosso meio<br />

um espirito <strong>de</strong> cavaleirismo, um espirito <strong>de</strong><br />

solidarieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> companheiro que<br />

não po<strong>de</strong>ria ser diferente, não po<strong>de</strong>ria<br />

negar a tradição <strong>do</strong> sertanejo bravo, <strong>do</strong><br />

sertanejo humil<strong>de</strong> mas <strong>de</strong> um sertanejo<br />

que sabe ter amor próprio, que sabe<br />

ultrapassar as barreiras, da dificulda<strong>de</strong>s. E<br />

V.Exa., hoje, nesta tar<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ixa para os<br />

seus companheiros a saudação <strong>de</strong> um<br />

<strong>de</strong>spedida, talvez, temporária porque a<br />

vida pública e assim mesmo. Ela é cheia<br />

<strong>de</strong> surpresas, ela é cheia <strong>de</strong> perspectivas<br />

e vamos aguardar o futuro para ver o que<br />

e que o futuro nos reserva. Mas <strong>de</strong> uma<br />

coisa estou certo, Deputa<strong>do</strong> Gilvan<br />

Coriolano que valeu a pena, Ouricuri ter<br />

lhe trazi<strong>do</strong> para esta Casa, para ficar mais<br />

lembra<strong>do</strong>, ainda, no pensamento <strong>do</strong>s<br />

homens que governam nosso Esta<strong>do</strong> e a<br />

nossa Nação. Dos problemas<br />

angustiantes daquele sertão sofri<strong>do</strong>, sem<br />

água, sem emprego, sem oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

trabalho para tanto on<strong>de</strong> a fome e, talvez,<br />

o maior <strong>de</strong>safio daquela região. Há o<br />

problema da educação, o problema da<br />

saú<strong>de</strong>, o problema, em fim generaliza<strong>do</strong> e<br />

que V.Exa. <strong>de</strong>ixou, aqui, o seu grito <strong>de</strong><br />

guerra <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a sua Ouricuri,<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a sua região.<br />

Deputa<strong>do</strong> Gilvan Coriolano, como bem<br />

disse, aqui, o nosso queri<strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong> e<br />

amigo Humberto Barradas; não vai haver<br />

nem <strong>de</strong>spedida e nem separação, porque<br />

os quilômetros por mais que sejam não<br />

irão nos separar. Nos continuaremos na<br />

trincheira da <strong>de</strong>mocracia, da lealda<strong>de</strong>, <strong>do</strong>


amor a <strong>Pernambuco</strong> e da<br />

responsabilida<strong>de</strong> com aqueles que<br />

confiaram em nós. Com os problemas que<br />

temos, ainda, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente, <strong>do</strong><br />

exercício <strong>do</strong> mandato parlamentar. Mas<br />

haveremos <strong>de</strong> dar uma colaboração<br />

<strong>de</strong>cisiva a <strong>Pernambuco</strong> para que possa<br />

amenizar o sofrimento e enfrentar os seus<br />

angustiantes problemas.<br />

Deputa<strong>do</strong> Gilvan Coriolano, a minha<br />

saudação amiga, a minha saudação<br />

fraternal.<br />

O Sr. GILVAN CORIOLANO - Deputa<strong>do</strong><br />

Ameida Filho, agra<strong>de</strong>ço a V.Exa., Lí<strong>de</strong>r <strong>do</strong><br />

sau<strong>do</strong>so PMDB. Quero, nesta tar<strong>de</strong>, reunir<br />

estes pronunciamentos que fazem V.Exa.<br />

para guardar bem guarda<strong>do</strong> e para<br />

sempre, e, <strong>de</strong> quan<strong>do</strong> em vez, pela<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ouvir esta gravação e me<br />

lembrar <strong>do</strong>s bons momentos que vivi ao<br />

la<strong>do</strong> <strong>de</strong> Vs. Exas..<br />

Ouço o nobre Deputa<strong>do</strong> Men<strong>do</strong>nça Filho.<br />

O Sr. Men<strong>do</strong>nça Filho - Deputa<strong>do</strong> Gilvan<br />

Coriolano, <strong>de</strong>vo neste instante vir á<br />

Tribuna <strong>de</strong> Aparte da Assembléia<br />

pernambucana para dar o meu<br />

testemunho, o meu testemunho a respeito<br />

da sua passagem, da passagem <strong>de</strong><br />

V.Exa. por esta Casa, nesses últimos<br />

quatro anos.<br />

V.Exa. foi um companheiro fiel, amigo<br />

sincero, uma pessoa solidária, um<br />

parlamentar autêntico. Autêntico,<br />

principalmente, porque nunca renegou a<br />

sua terra, nunca renegou sua região. Sertanejo<br />

bravo sempre lutou pelas coisas <strong>do</strong><br />

povo daquela região.<br />

Homem vivi<strong>do</strong> e cresci<strong>do</strong> no Município <strong>de</strong><br />

Ouricuri, veio a Assembléia <strong>Legislativa</strong> <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong> para, justamente,<br />

bem representar a sua população, bem<br />

representar os seus conterrâneos. E eu<br />

lembraria uma afirmação que eu<br />

consi<strong>de</strong>ro intensamente verda<strong>de</strong>ira:<br />

Homem que não presta para a sua terra,<br />

não presta para a terra <strong>de</strong> ninguém. V.<br />

Exa., sempre foi um homem que prestou<br />

bem para Ouricuri e para o Sertão<br />

pernambucano.<br />

Portanto, V. Exa., é um pernambucano<br />

valioso, um homem que vai <strong>de</strong>ixar<br />

sauda<strong>de</strong>s aqui na Casa <strong>de</strong> Joaquim<br />

Nabuco.<br />

O Sr. GILVAN CORIOLANO - Agra<strong>de</strong>ço<br />

as palavras generosas <strong>do</strong> gran<strong>de</strong><br />

Deputa<strong>do</strong> Men<strong>do</strong>nça Filho, jovem,<br />

i<strong>de</strong>alista, autêntico, luta<strong>do</strong>r por<br />

<strong>Pernambuco</strong>.<br />

E, gostaria <strong>de</strong> dizer aos colegas que me<br />

ouvem nesta tar<strong>de</strong>, tar<strong>de</strong> em que eu faço<br />

a minha <strong>de</strong>spedida <strong>de</strong>sta Assembléia<br />

<strong>Legislativa</strong>.<br />

Muitas vezes, nobre Deputa<strong>do</strong> Humberto<br />

Barradas, algumas pessoas não<br />

entendiam o porque da nossa insatisfação<br />

da nossa exigência constante. Mas, não<br />

sabiam muitos <strong>do</strong> compromisso que<br />

temos com o povo daquela região o que<br />

necessita <strong>de</strong> uma verda<strong>de</strong>ira<br />

movimentação para que possamos sair<br />

daquela escravidão absurda, que é a<br />

escravidão da seca que constantemente<br />

arrasa o nosso povo.<br />

Então, não po<strong>de</strong>ria ser outra a minha<br />

posição nesta Casa. Caleja<strong>do</strong>s das lutas<br />

diuturnas, procuran<strong>do</strong> o melhor possível<br />

para aquele povo, eu não podria, ao<br />

chegar nesta assembléia, me quedar e<br />

ficar, apenas, a bater palmas, esquecen<strong>do</strong><br />

os compromissos maiores com o nosso<br />

povo.<br />

Então, nobres companheiros, encerran<strong>do</strong>,<br />

eu quero <strong>de</strong>ixar aqui, nesta tar<strong>de</strong>, o meu<br />

agra<strong>de</strong>cimento a to<strong>do</strong>s os que fazem esta<br />

Casa, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o contínuo, o servente, to<strong>do</strong>s<br />

os que fazem esta Assembléia <strong>Legislativa</strong>.<br />

Quero <strong>de</strong>ixar, aqui, o abraço fraterno a<br />

to<strong>do</strong>s os Deputa<strong>do</strong>s a to<strong>do</strong>s que fazem<br />

esta Casa, e a certeza <strong>de</strong> que a nossa<br />

caminhada não termina aqui, daqui<br />

sairemos para novas trincheiras <strong>de</strong>luta<br />

porque o compromisso que temos com o<br />

Sertão e com <strong>Pernambuco</strong> é muito gran<strong>de</strong><br />

e não é apenas um problema <strong>de</strong><br />

percursso que tenhamos que <strong>de</strong>ixar a vida<br />

pública e <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o povo.<br />

Portanto, nesta tar<strong>de</strong>, quero levar o meu<br />

agra<strong>de</strong>cimento ao nobre Presi<strong>de</strong>nte<br />

Severino Cavalcanti e Argemiro Pereira, a<br />

Clo<strong>do</strong>al<strong>do</strong> Torres, a to<strong>do</strong>s os<br />

companheiros,da oposição, inclusive, ao<br />

gran<strong>de</strong> socialista Sérgio Guerra, ao<br />

gran<strong>de</strong> luta<strong>do</strong>r Pedro Eurico, a to<strong>do</strong>s,<br />

enfim que fazem a gran<strong>de</strong> Assembléia


<strong>Legislativa</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Pernambuo, eu<br />

quero levar o meu abraço nesta tar<strong>de</strong>, e<br />

pedir <strong>de</strong>sculpas a alguns que porventura<br />

tenham alguma mágoa porque nesta<br />

caminhada tivemos, muitas vezes, alguns<br />

entrechoques. Mas tu<strong>do</strong> isso foi feito<br />

pensan<strong>do</strong> na melhoria <strong>do</strong> povo.<br />

Mas, ouço o Deputa<strong>do</strong> Antônio Mariano.<br />

O Sr. Antônio Mariano - Deputa<strong>do</strong> Gilvan<br />

Coriolano, V.Exa., nesta tar<strong>de</strong>, faz um<br />

pronunciameto <strong>de</strong><strong>de</strong>spedida na<br />

Assembléia <strong>Legislativa</strong>.<br />

V.Exa. prestou gran<strong>de</strong>s serviços a<br />

população da sua região e <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong> durante o tempo que aqui<br />

estava e V.Exa. volta a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ouricuri,<br />

tenho certeza que novamente será<br />

Prefeito daquela terra, on<strong>de</strong> o povo<br />

sempre tem um gran<strong>de</strong> amor a V.Exa..<br />

V.Exa. foi Prefeito comigo, na mesma<br />

época, eu <strong>de</strong> Afoga<strong>do</strong>s da Ingazeira e<br />

V.Exa. <strong>de</strong> Ouricuri. Des<strong>de</strong> daquele tempo,<br />

eu me lembro da preocupação que tinha<br />

V.Exa. em <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r não só seus<br />

municípios, mais toda a região.<br />

Sempre nos encontrávamos nas<br />

Secretarias, a preocupação é para com a<br />

sua terra e para com a sua região. V.Exa<br />

sai daqui, mais tem a certeza quan<strong>do</strong><br />

estiver, que teremos como Deputa<strong>do</strong><br />

amigo, coerente, o que esta Casa, sentirá<br />

a falta <strong>de</strong> um sertanejo, autêntico,<br />

dinâmico e que não per<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong><br />

para falar <strong>de</strong> sua origem, da sua terra e <strong>do</strong><br />

seu povo.<br />

Parabéns, Deputa<strong>do</strong> que tem pela<br />

atuação V.Exa. nesta Casa, eperamos<br />

futuro bem próximo, nos encontremos<br />

mais uma vez, V.Exa. dirigin<strong>do</strong> o seu<br />

município o nos Pajeú, lutan<strong>do</strong> pela<br />

<strong>de</strong>fesa <strong>do</strong> nosso povo.<br />

Muito obriga<strong>do</strong>.<br />

O Sr. PRESIDENTE - Dep. Severino<br />

Cavalcanti V.Exa., Deputa<strong>do</strong> Gilvan<br />

Coriolano, já se exce<strong>de</strong>u por mais <strong>de</strong> uma<br />

hora e nós não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ouvir<br />

os <strong>do</strong>is companheiros. Então, logo ouça o<br />

aparte <strong>do</strong> nobre Deputa<strong>do</strong> Geral<strong>do</strong> Coelho<br />

e V.Exa. encerre as suas consi<strong>de</strong>rações.<br />

O Sr. GILVAN CORIOLANO - Pois, não,<br />

eu não po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ouvir a palavra<br />

<strong>do</strong> sertanejo <strong>do</strong> São Francisco e<br />

companheiro <strong>de</strong> sofrimento e <strong>de</strong> luta,<br />

Deputa<strong>do</strong> Geral<strong>do</strong> Coelho.<br />

O Sr. Geral<strong>do</strong> Coelho - Deputa<strong>do</strong>, São<br />

Francisco se agasalha e se encosta na<br />

fralda <strong>do</strong> Araripe, lá na sua terra. Nós<br />

somos a mesma gente, o mesmo povo e<br />

<strong>de</strong> lá <strong>do</strong> alto da serra, nós estamos<br />

vislumbran<strong>do</strong> o to<strong>do</strong> sertão que V.Exa.<br />

aqui falou tanto nesses quatro anos.<br />

Chegou aqui, cheio <strong>de</strong> esperanças <strong>do</strong><br />

Governo novo, diferente, folga<strong>do</strong> e as<br />

<strong>de</strong>cepções Deputa<strong>do</strong>, mais uma vez se<br />

plantaram, mais o engo<strong>do</strong>, mais a<br />

<strong>de</strong>sesperança, mais engano. E agora, no<br />

final <strong>do</strong> término <strong>de</strong> seu mandato, nós<br />

estamos a ler nas páginas <strong>do</strong> Jornal <strong>do</strong><br />

Brasil <strong>de</strong> ontem, não sei se V.Exa. leu,<br />

reportagem especificamente sobre<br />

Ouricuri. Aquela página mais vergonhosa,<br />

que se po<strong>de</strong>ria apresentar perante o<br />

Governo.<br />

O Governo <strong>de</strong> esperança <strong>de</strong> quatro anos,<br />

que está alí o retrato, on<strong>de</strong> foi sepulta<strong>do</strong><br />

todas as esperanças e V.Exa. vem<br />

representan<strong>do</strong> daquela da terra das<br />

esperanças que trouxe, das <strong>de</strong>cepções<br />

que leva ao fim <strong>de</strong> seu mandato.<br />

Continue, <strong>de</strong>puta<strong>do</strong>, V.Exa. é forte, V.Exa.<br />

tem condições <strong>de</strong> continuar lutan<strong>do</strong>,<br />

brigan<strong>do</strong> pelo seu Ouricuri. E eu aqui<br />

estarei ainda por maio quatro anos e<br />

quero ser o seu alia<strong>do</strong>, solidário nas<br />

reivindicações da nossa gente.<br />

Vamos rasgar essas páginas, Deputa<strong>do</strong>,<br />

não po<strong>de</strong>, <strong>Pernambuco</strong> não po<strong>de</strong> aceitar<br />

mais essa vergonha, a retórica tem que<br />

esgotar, tem, que acabar. Nós não<br />

po<strong>de</strong>mos ser permanentemente os<br />

motivos da retórica <strong>do</strong>s gran<strong>de</strong>s discursos<br />

e <strong>de</strong> soluções.<br />

Vamos lutar, Deputa<strong>do</strong>, boa norte.<br />

O Sr. GILVAN CORIOLANO - Muito<br />

obriga<strong>do</strong>, Deputa<strong>do</strong> Gertl<strong>do</strong> Coelho e<br />

encerran<strong>do</strong> Sr. Presi<strong>de</strong>nte, li Deputa<strong>do</strong><br />

Geral<strong>do</strong> Coelho, e fiquei mais uma vez<br />

entristeci<strong>do</strong> em ver nas páginas <strong>do</strong> Jornal<br />

<strong>do</strong> Sul, jornal <strong>de</strong> circulação nacional, a<br />

triste realida<strong>de</strong> que é a seca que está<br />

acaban<strong>do</strong> com o nosso povo. O resulta<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> tu<strong>do</strong> isto Dep. Geral<strong>do</strong> Coelho, é como<br />

diz V. Exa. é o resulta<strong>do</strong> da inoperância


<strong>do</strong>s governos que nós sempre<br />

reclamamos, governos impie<strong>do</strong>sos que<br />

não têm sensibilida<strong>de</strong> suficiente para<br />

saber compreen<strong>de</strong>r o sofrimento daquele<br />

povo, um povo altaneiro, um povo legal,<br />

um povo corajoso, um povo trabalha<strong>do</strong>r,<br />

que está relega<strong>do</strong> ao plano <strong>de</strong> viver a<br />

pedir esmola, para não morrer <strong>de</strong> fome.<br />

Deputa<strong>do</strong> Severino Cavalcanti,<br />

encerran<strong>do</strong> as minhas palavras, eu quero<br />

levar o meu agra<strong>de</strong>cimento a V. Exa., a<br />

to<strong>do</strong>s os nobres Deputa<strong>do</strong>s que fazem<br />

esta Assémbléia, <strong>de</strong> coração, pela<br />

felicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter convivi<strong>do</strong> aqui. Dep.<br />

Severino Cavalcanti, o Dep. José<br />

Humberto está alí pedin<strong>do</strong> a clemência <strong>de</strong><br />

V. Exa., a complacência, para dizer<br />

algumas palavras. Gostaria que V. Exa.<br />

conce<strong>de</strong>sse <strong>do</strong>is minutos para ouvi-lo.<br />

O Sr. José Humberto - Dep. Gilvan<br />

Coriolano, nós teríamos <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cer a<br />

complacência aí <strong>do</strong> nosso Presi<strong>de</strong>nte, o<br />

Dep. Severino Cavalcanti que vai ficar na<br />

Casa e vai ter muito tempo, e nós temos<br />

pouco tempo. Mas Dep. Gilvan, eu<br />

gostaria <strong>de</strong> dizer a V. Exa., e aos<br />

companheiros aqui da Assembléia<br />

<strong>Legislativa</strong> e a <strong>Pernambuco</strong> que nos nos<br />

conhecemos há algum tempo, eu como<br />

funcionário da FIAM e o Dep. Gilvan<br />

Coriolano, naquela época como Prefeito<br />

<strong>do</strong> município <strong>de</strong> Ouricuri, eu posso dar o<br />

testemunho da bravura, da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

trabalho <strong>do</strong> Dep. Gilvan Coriolano, que<br />

algumas vezes, diante <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong>s<br />

maiores, <strong>de</strong> Ministros, <strong>de</strong> Superinten<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> SUDENE, <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong><br />

CORDEC, o Dep. Gilvan Coriolano se<br />

comportava com essa pertinêcia,<br />

cobran<strong>do</strong>, exigin<strong>do</strong>, <strong>de</strong>nuncian<strong>do</strong>, aquilo<br />

que não ia para a região <strong>do</strong> sertão <strong>do</strong><br />

Araripe, para especificamente o seu<br />

município <strong>de</strong> Ouricuri. Município gran<strong>de</strong>,<br />

com muitos problemas, mas o Dep. Gilvan<br />

Coriolan<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> Prefeito, administrou e<br />

administrou muito bem. Ouricuri é um <strong>do</strong>s<br />

municípios maiores <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, com<br />

problemas seríssimos <strong>de</strong> recursos<br />

hídricos, e o Dep. Gilvan Coriolano teve<br />

durante a época em que eu estive como<br />

coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Programas especiais, na<br />

FIAM, como Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong><br />

Emergência, teve a assistência que<br />

merecia o Município <strong>de</strong> Ouricuri e que<br />

mereciam os municípios <strong>do</strong> sertão.<br />

Portanto, nesta tar<strong>de</strong>, neste final <strong>de</strong><br />

legislativa, quan<strong>do</strong> o companheiro Gilvan<br />

Coriolano aqui se <strong>de</strong>spe<strong>de</strong> da Assembléia<br />

<strong>Legislativa</strong>, quan<strong>do</strong> o companheiro Gilvan<br />

Coriolano não diz um a<strong>de</strong>us mas um até<br />

logo, porque tenho certeza <strong>de</strong> que V.Exa.<br />

antes <strong>de</strong> retornar a esta Casa, irá voltar a<br />

Prefeitura <strong>de</strong> Ouricuri. Portanto Dep.<br />

Gilvan Coriolano, receba a nossa<br />

solidarieda<strong>de</strong>, nós sairemos juntos <strong>de</strong>sta<br />

Casa, e quem sabe lá, retornaremos<br />

juntos no futuro. São estas as minhas<br />

palavras.<br />

O Sr. GILVAN CORIOLANO - Muito<br />

obriga<strong>do</strong> Dep. José Humberto, encerran<strong>do</strong><br />

Sr. Presi<strong>de</strong>nte, eu quero agra<strong>de</strong>cer a<br />

complacência <strong>de</strong> V.Exa. e os<br />

agra<strong>de</strong>cimentos fraternos, um abraço a<br />

to<strong>do</strong>s os colegas e companheiros e a<br />

certeza <strong>de</strong> que nós vamos continuar,<br />

embora sem mandato, mas na mesma<br />

trincheira <strong>de</strong> luta, lutan<strong>do</strong> e gritan<strong>do</strong> em<br />

benefício daquele povo sofre<strong>do</strong>r. Muito<br />

obriga<strong>do</strong> Sr. Presi<strong>de</strong>nte.<br />

O Sr. PRESIDENTE - Coma a palavra o<br />

Dep. Manoel Luna.<br />

O Sr. MANOEL LUNA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte e<br />

Srs. Deputa<strong>do</strong>s.<br />

A tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> hoje, não estar tão fria, tão<br />

alegre como a tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> ontem. Porque<br />

ontem nós ouvíamos nessa Tribuna o<br />

Parlamentar Humberto Barradas, que com<br />

sabe<strong>do</strong>ria, com inteligência nos levou a<br />

emoção a ponto <strong>de</strong> conduzir ao aparte<br />

to<strong>do</strong>s os Deputa<strong>do</strong>s aqui presentes. A sua<br />

facilida<strong>de</strong>, a sua literatura nos encantou<br />

sempre. E, ontem ela se <strong>de</strong>u como um<br />

final <strong>de</strong> perío<strong>do</strong>, em que o Deputa<strong>do</strong><br />

Humberto Barradas, com a gradiosida<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong> seu coração, nos oferou, nos<br />

engran<strong>de</strong>ceu e nos tornou mais forte.<br />

Porque ele se <strong>de</strong>spedia e nos <strong>de</strong>ixava<br />

coragem, nos <strong>de</strong>ixava esperança. Hoje,<br />

Sr. Presi<strong>de</strong>nte e Srs. Deputa<strong>do</strong>s, nós<br />

acabamos <strong>de</strong> ouvir esse Deputa<strong>do</strong><br />

sertanejo, que gran<strong>de</strong> na sua<br />

compativida<strong>de</strong>. Porque durante to<strong>do</strong> este<br />

perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> Governo, eu olhava para o<br />

Deputa<strong>do</strong> Coriolano e, sentia nas suas


palavras, na sua gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> coração<br />

aquilo que o povo sertanejo carecia, ajuda<br />

<strong>do</strong> Governo, ajuda daqueles que nas<br />

praças públicas, nos perío<strong>do</strong>s eleitorais<br />

levava as promesas e os projetos dizen<strong>do</strong><br />

sempre que se eleito faria isto ou aquilo<br />

em benefício <strong>do</strong> povo pernambucano. E o<br />

Gilvan Coriolano foi aquela figura que,<br />

permanentemente estava na Tribuna, para<br />

pedir, para reclamar, para agra<strong>de</strong>cer ao<br />

povo e ao Governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong>. Acabamos <strong>de</strong> ouvir a S.Exa.<br />

e, agora esse mo<strong>de</strong>sto Deputa<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

Agreste Meridional, tem também, <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong> um principio clássico também <strong>de</strong> se<br />

<strong>de</strong>spedir <strong>do</strong>s nobres Deputa<strong>do</strong>s que aqui<br />

irão ficar. Nós iremos <strong>de</strong>ixar esta<br />

Assembléia, esta Assembléia que neste<br />

perío<strong>do</strong> é um vale <strong>de</strong> lagrimas, porque é<br />

um vale <strong>de</strong> <strong>de</strong>spedida. Aqui nos ouvimos<br />

e, aqui nos encanta a sabe<strong>do</strong>ria <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s<br />

os Srs. Deputa<strong>do</strong>s. Porque nesta Casa,<br />

para que fique o povo pernambucano<br />

saben<strong>do</strong>, que ninguém vem para aqui<br />

atoa. Aqui, quan<strong>do</strong> se vem para ser<br />

Deputa<strong>do</strong>, para representar o povo<br />

pernambucano é porque o Deputa<strong>do</strong> tem<br />

algo importante na sua vida. Aqui estar<br />

um trabalho, aqui estar uma vida, aqui<br />

estar uma gran<strong>de</strong>za Srs. Deputa<strong>do</strong>s.<br />

Durante esse perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> Deputa<strong>do</strong> que<br />

por aqui passei, eu fui um homem<br />

silencioso, eu fui um homem que mais<br />

ouvi <strong>do</strong> que falei. Eu sequer não<br />

aparteava os nobres Deputa<strong>do</strong>s. Porque<br />

aqui foi a minha gran<strong>de</strong> escola, aqui foi<br />

on<strong>de</strong> eu ouvi com exatidão a gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong><br />

cada um <strong>do</strong>s Srs. Deputa<strong>do</strong>s que, nesta<br />

Tribuna falavam aquilo que precisavam<br />

falar em benefício <strong>do</strong> povo. E, eu com a<br />

minha experiência parlamentar mirim <strong>de</strong><br />

Verea<strong>do</strong>r, com a minha preocupação <strong>de</strong><br />

Prefeito <strong>do</strong> Município durante <strong>de</strong>z anos,<br />

eu sentia que os Srs. Deputa<strong>do</strong>s tinham<br />

no coração e na consciência a gran<strong>de</strong>za<br />

<strong>de</strong> um Parlamentar e <strong>do</strong> homem público.<br />

Meus amigos, eu conce<strong>do</strong> o aparte ao<br />

gran<strong>de</strong> Deputa<strong>do</strong> e gran<strong>de</strong> amigo Almeida<br />

Filho.<br />

O Sr. Almeida Filho - Meu caro Deputa<strong>do</strong><br />

Manoel Luna, eu acho que a emoção que<br />

V. Exa. no momento senti e, que não<br />

consegue escon<strong>de</strong>r, pela maneira<br />

vibrante, pela maneira como V. Exa. se<br />

dirige aos Srs. companheiros e, a to<strong>do</strong>s<br />

aqueles que fazem o Po<strong>de</strong>r Legislativo <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong>. Deixa naturalmente em to<strong>do</strong>s nós<br />

aquela satisfação incomum da<br />

convivência nossa sadia <strong>do</strong>s bons<br />

momentos que aqui vivemos tantos<br />

momentos incertos na luta pelas coisas e<br />

pelas causas <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>, e aquilo que nos<br />

traz nesse momento para dizer a V.Exa.<br />

que a nossa luta não termina aqui e não<br />

terminará hoje, porque conheço o seu<br />

teperamento, conheço aqui a não<br />

terminará hoje, porque conheço o seu<br />

temperamento, conheço a sua maneira <strong>de</strong><br />

ser, e eu tenho certeza que em outra<br />

oportunida<strong>de</strong>, nós assistiremos o mesmo<br />

discurso emociona<strong>do</strong> como hora V.Exa.<br />

realiza, lembran<strong>do</strong> aquela fase <strong>de</strong> que se<br />

diz que ninguém se per<strong>de</strong> no caminho da<br />

volta, porque voltar é a mais bela forma <strong>de</strong><br />

se renascer, portanto meu caro Deputa<strong>do</strong><br />

Manoel Luna, o meu abraço <strong>de</strong><br />

confraternização, o meu abraço,<br />

parabeniza<strong>do</strong>r, pela sua conduta correta,<br />

não só aqui mas em to<strong>do</strong>s os setores, e<br />

vá em frente Deputa<strong>do</strong> Manoel Luna,<br />

V.Exa ainda tem mocida<strong>de</strong> e talento, para<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r <strong>Pernambuco</strong> em outras<br />

questões.<br />

O Sr. MANOEL LUNA - Deputa<strong>do</strong><br />

Almeida Filho, eu gostaria <strong>de</strong> ser sintético<br />

ao conceito em V. parte, quero dizer a<br />

esta Casa, que V.Exa. não é um simples<br />

Deputa<strong>do</strong>, V. Exa. é um gran<strong>de</strong> amigo, a<br />

V.Exa. nesse instante, minhas<br />

homenagem e o meu muito obroga<strong>do</strong>.<br />

Mas meus Srs. essa Câmara tem uma<br />

ressonância importante, aqui é a<br />

verda<strong>de</strong>ira Casa <strong>do</strong> povo, e foi inseri<strong>do</strong><br />

nesse sentimento que nós trabalhamos,<br />

que nós lutamos, e aqui chegamos hoje<br />

como ontem, a emoção, é gran<strong>de</strong>, não é<br />

gran<strong>de</strong> porque eu, não tenha me<br />

candidata<strong>do</strong> a reeleição não, essa minha<br />

<strong>de</strong>sistência, foi fundamentada pelo<br />

sentimento maior <strong>de</strong> Cidadão, ninguém<br />

tem o direito <strong>de</strong> penetrar no seutimento<br />

alheio, e eu, quan<strong>do</strong> senti que o atual<br />

Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, não dava aquele<br />

andamento aos seus sentimentos <strong>de</strong><br />

cumprrir aquilo que prometeram eu não<br />

tive Sr. Deputa<strong>do</strong> outra alternativa, foi


dizer a sua Excelência com toda<br />

franqueza, mas com toda cordialida<strong>de</strong>,<br />

que não tinha condição política e<br />

psicológica <strong>de</strong> tentar uma reeleição para<br />

<strong>de</strong>puta<strong>do</strong>, conce<strong>do</strong> a palavra ao Deputa<strong>do</strong><br />

e queri<strong>do</strong> amigo Humberto Barradas.<br />

O Sr. Humberto Barradas - Meu preza<strong>do</strong><br />

amigo, Deputa<strong>do</strong> Manoel Luna, V.Exa.,<br />

marcou presença nesta Casa, pelo fato<br />

talvez mas relevante, fato <strong>de</strong> ter<br />

consegui<strong>do</strong> a unânimida<strong>de</strong> aos<br />

companheiros <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rá-lo o homem<br />

harmonia <strong>de</strong>ssa Casa, a presença <strong>de</strong><br />

cada parlamentar é marcada nesta<br />

Assembléia, pelo comportamento, pelo<br />

discurso, pela coerência que V.Exa.<br />

marcou a presença velo conjunto <strong>de</strong> tu<strong>do</strong><br />

isso, V.Exa. foi Deputa<strong>do</strong> Manoel Luna,<br />

<strong>de</strong>ixar como eu essa Assembléia<br />

<strong>Legislativa</strong>, mas <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> a sauda<strong>de</strong>, só<br />

em saber que nós vamos ter um perío<strong>do</strong><br />

maior, para se encontrar, para nós nos<br />

encontrarmos.<br />

A convivência, fez com que nós<br />

começassemos a admirar, mas também<br />

connhecen<strong>do</strong>, e a cada minuto que nós<br />

pudiamos enxergar nos seus gestos, nas<br />

suas palavras podíamos ter certeza que<br />

estávamos verda<strong>de</strong>iramente abraçan<strong>do</strong><br />

aqui nesta Casa além <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong><br />

parlamentar um cidadão exemplo.<br />

Conheco-o <strong>de</strong> perto. Sei quem V.Exa. é e<br />

<strong>de</strong> on<strong>de</strong> veio. E logicamente para on<strong>de</strong><br />

vai. Por isso não me faltam palavras que<br />

po<strong>de</strong>riam até faltar para outros<br />

companheiros. Para nesta hora hipotecar<br />

solidarieda<strong>de</strong> por uma pessoa que cabem<br />

to<strong>do</strong>s os adjetivos qualificativos. Porque<br />

V.Exa. significa nesta Casa o exemplo <strong>do</strong><br />

colega, <strong>do</strong> companheiro e <strong>do</strong> amigo.<br />

V.Exa. reporta-se nesta hora a sua<br />

<strong>de</strong>sistência a reeleição a Dep. Estadual. E<br />

V.Exa. teve sem dúvida nenhuma a<br />

gran<strong>de</strong> chance <strong>de</strong> não passar pelo<br />

sacrifício que passamos nós outros<br />

<strong>de</strong>puta<strong>do</strong>s sem condições financeiras <strong>de</strong><br />

disputar com aqueles que se não mandam<br />

no povo compram a consciência <strong>de</strong>sse<br />

povo. V.Exa. saiu como saiu o Dep. Arthur<br />

Correia e o companheiro Murilo Paraíso<br />

ilumina<strong>do</strong> pela consciência <strong>do</strong> que aqui<br />

não mais nos cabia. Infelizmente Dep. nós<br />

temos que dizer que com raríssimas<br />

excessões ficaram aqui alguns<br />

companheiros que ao longo <strong>do</strong>s seus<br />

mandatos pu<strong>de</strong>ram passar para a<br />

socieda<strong>de</strong> pernambucana o resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

um trabalho produtivo.<br />

Meu queri<strong>do</strong> amigo Dep. Manoel Luna,<br />

Deus nos dará esses direitos, o direito <strong>de</strong><br />

continuarmos juntos, o direito <strong>de</strong> dizermos<br />

que a distância não nos <strong>de</strong>parará. Porque<br />

estamos liga<strong>do</strong>s irmamente. Estamos<br />

intimamente liga<strong>do</strong>s, pela comunhão <strong>do</strong>s<br />

nossos pensamentos que estão<br />

inteiramente volta<strong>do</strong>s sem dúvida<br />

nenhuma para a gran<strong>de</strong> maioria daquele<br />

povo que vive na miséria, daquele povo<br />

que não tem vez nem tem voz. Vai Dep.<br />

Manoel Luna, e volta ao convívio <strong>do</strong>s teus,<br />

sem se esquecer no entanto que nós que<br />

aqui ficamos somos seus amigos, seus<br />

admira<strong>do</strong>res, e aqueles que torcerão<br />

sempre para que V.Exa. tenha um<br />

repouso <strong>de</strong> um guerreiro que só <strong>de</strong>ixará<br />

<strong>de</strong> sê-lo na hora em Deus o levar. V.Exa.<br />

Não estar na curva como disse ontem<br />

V.Exa. <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte, V.Exa. acabou<br />

mesmo <strong>de</strong> afirmar que muito me alegou,<br />

que no seu silêncio V.Exa. criava o<br />

aprendiza<strong>do</strong> que esta Casa era pródiga<br />

em fazê-lo. V.Exa. vai aproveitar sem<br />

dúvida nenhuma fora <strong>de</strong>sta Casa tu<strong>do</strong><br />

aquilo que nós também apren<strong>de</strong>mos aqui<br />

<strong>de</strong> bom. Segue o teu caminho Dep.<br />

Manoel Luna. Vai em frente que eu tenho<br />

certeza que o seu caminho é longo e<br />

dura<strong>do</strong>uro.<br />

Parabéns, felicida<strong>de</strong>s e tua família e teus<br />

amigos te esperam <strong>de</strong> braços abertos. Um<br />

abraço.<br />

O Sr. MANOEL LUNA - Dep. Barradas,<br />

como Sempre V.Exa. é um parlamentar<br />

amável. V.Exa. durante to<strong>do</strong> esse tempo<br />

nesta Casa nunca soube agredir. Soube<br />

sempre lançar conselhos e procurar<br />

sempre soluções para as dificulda<strong>de</strong>s que<br />

se apresentavam. O conceito que V.Exa.<br />

estabelece sobre a minha pessoa me<br />

gratifica imensamente.<br />

Saio daqui efetivamente alegre, regozija<strong>do</strong><br />

e satisfeito por um conceito <strong>de</strong> V.Exa., em<br />

particular o <strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais colegas que me<br />

tributam nesta tar<strong>de</strong> e sempre a gran<strong>de</strong>za<br />

<strong>do</strong>s vossos corações.<br />

Portanto, a V.Exa. o meu carinho e o meu


afeto, dizen<strong>do</strong> que a reciproca é<br />

verda<strong>de</strong>ira.<br />

Conce<strong>do</strong> o aparte ao gran<strong>de</strong> amigo e<br />

gran<strong>de</strong> Parlamentar que é, Deputa<strong>do</strong><br />

Roldão Joaquim.<br />

O Sr. Roldão Joaquim - Deputa<strong>do</strong><br />

Manoel Luna, eu ouvia com entusiamo<br />

contagiante as palavras <strong>de</strong> V.Exa. e fazia<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> mim duas observações<br />

verda<strong>de</strong>iras, duas reflexões coerentes, a<br />

primeira <strong>de</strong>las é que esse discurso <strong>de</strong><br />

V.Exa. é um discurso para ficar na<br />

história. Faz tempo que a gente nesta<br />

Assembléia não pára para ouvir palavras<br />

tão bonitas, tão bem ditas como ao que<br />

iniciou V.Exa. no seu discurso e fiquei até,<br />

sem enten<strong>de</strong>r muito porque nós quan<strong>do</strong><br />

muito sabemos, sabemos que nada<br />

sabemos, porque e que não havia um<br />

silêncio geral para se ouvir palavras tão<br />

bonitas. Porque esse discurso náo<br />

<strong>de</strong>spertava, quem sabe, a atenção maior<br />

<strong>de</strong> to<strong>do</strong>s que aqui estão e não cometia<br />

injustiça com ninguém, porque ao<br />

aprofundar a minha reflexão eu comecei a<br />

ver também em V.Exa. essa<br />

transparência, não nesses termos em que<br />

os politicos usamos para <strong>de</strong>finir metas,<br />

governos mas a transparência <strong>do</strong> que diz<br />

V.Exa., <strong>do</strong> que sente, <strong>do</strong> que é e notei que<br />

nós também cometemos <strong>de</strong>terminadas<br />

injustiças aparentes com as coisas belas<br />

da vida, com os gran<strong>de</strong>s atos e ações, e<br />

se a gente verificar, por exemplo, o que a<br />

natureza por vezes embeleza os campos<br />

com as suas flores e nós não paramos<br />

para admirá-la, acostuma<strong>do</strong>s que estamos<br />

talvez aquela beleza com as suas<br />

florestas, com os seus animais, com os<br />

seus regatos cristalinos que encantam a<br />

quantos viram e a quantos não viram e a<br />

gente também passa indiferente, refleti<br />

essas coisas para enten<strong>de</strong>r que esta<br />

Assembléia não esta indiferente, não<br />

<strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> reconhecer a beleza <strong>de</strong> sua<br />

palavras <strong>de</strong> sua pessoal <strong>de</strong> sua simpatia.<br />

É que V.Exa., Deputa<strong>do</strong> Manoel Luna,<br />

consegue se misturar com o que diz,<br />

consegue se confundir com o que pensa e<br />

se transforma numa simpatia<br />

transcen<strong>de</strong>nte, numa simpatia que a to<strong>do</strong>s<br />

encantam e essa coisa e <strong>de</strong> tal mo<strong>do</strong><br />

verda<strong>de</strong>iro que V.Exa. na sua <strong>de</strong>spedida<br />

faz-nos sentir aquela preocupação, aquele<br />

sentimento <strong>de</strong> que falava Camões: “um<br />

não sei que, que nasce nao sei como,<br />

vem não sei <strong>do</strong>n<strong>de</strong> e dói ao sei porque”. A<br />

gente sente essa contradição no que diz<br />

V.Exa., a gente sente tristeza, alegria,<br />

sente vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> ficar na sua companhia<br />

e vonta<strong>de</strong> que V.Exa. vá, volte para a sua<br />

terra para dividir e distribuir com o seu<br />

povo essa mesma alegria, “é um não sei<br />

que, que nasce não sei como, vem não<br />

sei <strong>do</strong>n<strong>de</strong> e dói não sei porque”.<br />

Meus parabéns, Deputa<strong>do</strong>.<br />

O Sr. MANOEL LUNA - O aparte <strong>do</strong><br />

ilustre Deputa<strong>do</strong> Roldão, é, afetivamente,<br />

emocionante. S.Exa. com sua inteligência<br />

tem uma razão <strong>de</strong> ser, o povo<br />

pernambucano, mais uma vez, soube<br />

reconduzir V.Exa. a esta Casa e, V.Exa.,<br />

irá continuar no seu trabalho dan<strong>do</strong> ao<br />

povo pernambucano preferência ao povo<br />

pobre a concepção maior da sua<br />

inteligência.<br />

A V.Exa., pelos conceitos a mim dirigi<strong>do</strong>s<br />

eu diria <strong>de</strong> viva voz multo Obriga<strong>do</strong> e eu<br />

levarei, conduzirei <strong>de</strong> volta a minha casa,<br />

ele volta a minha terra o carinho que os<br />

Senhores Deputa<strong>do</strong>s, com as suas<br />

inteligências me tributaram nesta tar<strong>de</strong>,<br />

nesta Assembléia <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Muito<br />

obriga<strong>do</strong>, Deputa<strong>do</strong> Roldão.<br />

Mas, povo pernambucano, venho <strong>do</strong><br />

interior, venho <strong>de</strong> um Distrito, venho <strong>de</strong><br />

uma cida<strong>de</strong> pequena <strong>do</strong> Agreste. Sou um<br />

homem pobre, para poucos eu sou rico.<br />

Sou homem que não tive infância. O meu<br />

brinque<strong>do</strong>, a minha vida era um cavalo <strong>de</strong><br />

pau. E, hoje, estou nesta Casa; hoje, eu<br />

iria ao Palácio como Deputa<strong>do</strong> se<br />

quisesse, ia a uma Secretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong><br />

discutir os problemas <strong>do</strong> povo, isso é para<br />

mim empolgante, isso ë para mim uma<br />

distinção muito gran<strong>de</strong>.<br />

Cabe, portanto, neste momento, <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>spedida, <strong>de</strong> <strong>de</strong>spedida <strong>de</strong>sta Casa<br />

Joaquim Nabuco, nesta Casa on<strong>de</strong> a<br />

sabe<strong>do</strong>ria está, aqui on<strong>de</strong> presenciei<br />

muitos momentos - até, eu diria e peço<br />

perdão aos Senhores - confusões,<br />

confusões <strong>de</strong> idéias. Eu ficava no meu<br />

canto senta<strong>do</strong> a apreciar e a verificar,<br />

procurar solução para os casos que aqui,<br />

se apresentavam. Dentro <strong>de</strong> fração <strong>de</strong>


segun<strong>do</strong>s ou <strong>de</strong> minutos a solução<br />

chegava.<br />

Então, esta é uma Casa <strong>do</strong> povo. Esta é<br />

uma Casa <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>, é uma escola e<br />

eu fui o aluno. Eu fui o aluno novo que<br />

cheguei, aqui, ,já, com a ida<strong>de</strong> avançada.<br />

Fui o aluno que não falei, que não discuti,<br />

com meu mestre, mas que ouvi, observei.<br />

E volto para as minhas plagas com a<br />

consciência, também, <strong>do</strong> <strong>de</strong>ver cumpri<strong>do</strong>.<br />

Tem a palavra, o meu queri<strong>do</strong> amigo,<br />

Arthur Correia, que está na Tribuna <strong>de</strong><br />

aparte.<br />

O Sr. Arthur Correia - Nobre Deputa<strong>do</strong><br />

Manoel Luna, falar sobre um amigo é<br />

difícil, porque inibe, especialmente,<br />

matutos como eu e como V.Exa.<br />

V.Exa., é <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong> que tem a marca<br />

<strong>de</strong> ser celeiro, <strong>de</strong> políticos competentes e<br />

habili<strong>do</strong>sos. Nesta Casa tivemos há,<br />

muitos anos um homem que talvez V.<br />

Exa., seja um discípulo <strong>de</strong>le, o Ex-<br />

Deputa<strong>do</strong> José Abílio D'Ávila. Famoso<br />

pelos seus posicionamentos, pela sua<br />

inteligência, pela sua luci<strong>de</strong>z. V.Exa. é um<br />

<strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s com quem consegui fazer<br />

uma amiza<strong>de</strong> que acredito que será<br />

permanente, enquanto Deus permitir que<br />

tenhamos vida.<br />

Portanto, fica difícil para mim falar sobro<br />

V.Exa., dada a admiração e a amiza<strong>de</strong><br />

que nos une. Quero, apenas, em nome da<br />

Bancada <strong>do</strong> PFL dizer que V.Exa.,<br />

dignificou esta Casa com a sua<br />

passagem. E, aqui, V.Exa., só fez somar,<br />

somar amigos. Não per<strong>de</strong>u nenhum. Mas<br />

tenho certeza que construiu muitas<br />

amiza<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>ixará sauda<strong>de</strong>s entre<br />

aqueles que, aqui, irão permanecer. E<br />

outros, que como V.Exa., e como eu não<br />

pleiteamos a renovação <strong>do</strong> mandato. E<br />

outros ainda, que pleitean<strong>do</strong> foram, ao<br />

meu ver, na maioria <strong>do</strong>s casos<br />

incompreendi<strong>do</strong>s e injustiça<strong>do</strong>s. Porque<br />

esta Casa per<strong>de</strong> entre os que disputaram<br />

e não tiveram êxito <strong>do</strong>s valores.<br />

A V. Exa, <strong>de</strong>sejo to<strong>do</strong> o sucesso e<br />

acredito que o .respeito e a admiração <strong>de</strong><br />

V.Exa., conseguiu impor aos colegas será<br />

uma marca permanente da passagem <strong>de</strong><br />

Manoel Tenório <strong>de</strong> Luna na Assembléia<br />

<strong>Legislativa</strong>.<br />

Muito obriga<strong>do</strong>.<br />

O Sr. MANOEL LUNA - Caríssimo<br />

Deputa<strong>do</strong> Arthur Correia, a V.Exa., eu<br />

direi simplesmente muito obriga<strong>do</strong>.<br />

Mas meus Senhores, retornan<strong>do</strong> as<br />

minhas consi<strong>de</strong>rações, eu gostaria <strong>de</strong><br />

dizer que em 1986 eu chegava a esta<br />

Casa pela legenda <strong>do</strong> PMDB, parti<strong>do</strong> que<br />

tem um passa<strong>do</strong>, tem um programa, tem<br />

uma vida que, po<strong>de</strong> muito bem levar ao<br />

povo brasileiro uma cobrança maior da<br />

sua sigla. E aqui cheguei e permaneci<br />

durante muitos anos fiel da orientação da<br />

Li<strong>de</strong>rança <strong>do</strong> PMDB nesta Casa. Nunca<br />

faltei em nenhum momento o meu apoio<br />

ao Ex-Governa<strong>do</strong>r Dr. Miguel Arraes.<br />

Sou homem oriun<strong>do</strong> <strong>do</strong> PMDB, mas tenho<br />

a minha raiz política no gran<strong>de</strong> parti<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

Agamenon Magalhães, parti<strong>do</strong>s <strong>do</strong> meu<br />

pai. Her<strong>de</strong>i <strong>do</strong> meu pai essa herança e<br />

permaneci durante muitos anos e toda a<br />

vida, até ser extinta essa legenda. De lá<br />

para cá essas modificações e essas<br />

transferências <strong>de</strong> siglas se <strong>de</strong>u, e eu<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>corrência tive quer<br />

abraçar outras siglas e terminei no PMDB<br />

<strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>. Mas V. Exa., sabem <strong>do</strong><br />

meu comportamento e durante um<br />

perío<strong>do</strong> para cá eu fui obriga<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

um princípio, <strong>de</strong> uma consciência que se<br />

dizia forte, mudar <strong>de</strong> orientação política a<br />

até mesmo na eleição passada eu tive<br />

que votar em Joaquim Francisco, pedin<strong>do</strong>,<br />

também, aos meus amigos que<br />

sufragassem o seu nome.<br />

Não fiz isso como a<strong>de</strong>sista, porque não<br />

tenho cara <strong>de</strong> a<strong>de</strong>sista, não faço política<br />

por interesse. Não, meus senhores. Sou<br />

um homem que tenho trinta e cinco anos<br />

<strong>de</strong> política e nunca, sequer, eu procurei<br />

me aproximar <strong>de</strong> quem quer que seja em<br />

busca <strong>de</strong> favores políticos, tanto que,<br />

quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>ixei o parti<strong>do</strong> para apoiar o Dr.<br />

Miguel Arraes, eu estive em Palácio<br />

falan<strong>do</strong> com o Dr. Roberto Magalhães por<br />

duas vezes dizen<strong>do</strong> a sua Exa., que ele<br />

teria que verificar os problemas da minha<br />

cida<strong>de</strong> e se não o fizesse eu teria por<br />

obrigação e em nome da minha<br />

população, <strong>de</strong> mudar <strong>de</strong> parti<strong>do</strong> e, até<br />

mesmo ir para uma sigla <strong>de</strong> oposição a S.<br />

Exa., e o fiz. Durante esse perío<strong>do</strong>, esta<br />

Casa sabe, que eu nunca me preocupei,<br />

eu nunca falei aqui, nunca comentei o


comportamento <strong>do</strong>s Governa<strong>do</strong>res que<br />

antece<strong>de</strong>ram o Dr. Miguel Arraes.<br />

Deixei também, o parti<strong>do</strong> <strong>do</strong> Dr. Miguel<br />

Arraes, mas também não comentei em<br />

praça pública e nem aqui, que ele <strong>de</strong>ixou<br />

<strong>de</strong> fazer ou fez. Silenciei. Procurei, sim,<br />

dar expansão e compreen<strong>de</strong>r, sobretu<strong>do</strong>,<br />

que o povo pernambucano precisava <strong>de</strong><br />

um comportamento diferente <strong>de</strong> minha<br />

pessoa.<br />

O Sr. PRESIDENTE - Deputa<strong>do</strong> Manoel<br />

Luna, o tempo <strong>de</strong> V.Exa., se encontra<br />

esgota<strong>do</strong>. Mas, o Parti<strong>do</strong> Liberal quer<br />

homenagear V.Exa. O Deputa<strong>do</strong> Manoel<br />

Ferreira ce<strong>de</strong> seu tempo para que V. Exa.,<br />

possa continuar nesta brilhante oração<br />

que empolga e <strong>de</strong>svanece toda a Casa.<br />

O Sr. MANOEL LUNA - Eu agra<strong>de</strong>ço, Sr.<br />

Presi<strong>de</strong>nte, e em particular o Deputa<strong>do</strong><br />

Manoel Ferreira.<br />

Mas, Sr, Presi<strong>de</strong>nte, cota minha conduta<br />

<strong>de</strong> homem público, fez com que eu, nesse<br />

perío<strong>do</strong> legislativo me conduzisse com<br />

serenida<strong>de</strong> e me pusesse aqui mais como<br />

observa<strong>do</strong>r. No entretanto, na<br />

Constituição que nós elaboramos, eu tive<br />

a preocupação <strong>de</strong> apresentar três<br />

emendas e tive sete emendas minhas,<br />

aprovadas e inserida na Constituição <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong>.<br />

Sempre procurei ser comedi<strong>do</strong>, sempre<br />

procurei apresentar muitas emendas,<br />

apresentei-as sim, aquilo que eu achava<br />

que <strong>de</strong>veria apresentar é <strong>de</strong>ixava para<br />

outros colegas, a oportunida<strong>de</strong> também<br />

<strong>de</strong> trabalhar em benefício <strong>de</strong> uma<br />

Constituição bem orientada e <strong>do</strong> povo<br />

pernambucano.<br />

Assim é que aqui apoiei inúmeras<br />

mensagens <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, até<br />

mesmo <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r Carlos Wilson, que<br />

vem uma vez ou outra nos jornais <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong>, comenta<strong>do</strong> um o comportamento<br />

<strong>de</strong> Deputa<strong>do</strong>s.<br />

Mas, V. Exa., <strong>de</strong>ve saber com exatidão,<br />

porque eu estive no Palácio das Princesas<br />

no dia 24 <strong>de</strong> maio e no dia 25 <strong>de</strong> maio, eu<br />

mandava um relatório para sua Exa.,<br />

pensan<strong>do</strong> que ele procuraria cumprir<br />

aquilo que haveria prometi<strong>do</strong> ao Deputa<strong>do</strong><br />

Manoel Luna. E como sua Exa., não<br />

cumpriu, eu consi<strong>de</strong>rava sem nenhuma<br />

obrigação para com o Palácio e para com<br />

o Governo <strong>de</strong> V. Exa..<br />

Não fui mais no Palácio das Princesas e<br />

me per<strong>do</strong>e, porque eu sou um Deputa<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> povo, eu sou um homem que tenho<br />

uma, obrigação com a comunida<strong>de</strong>, tem<br />

obrigação com o povo pernambucano.<br />

Mais eu me sinto acanha<strong>do</strong>, me sinto<br />

triste <strong>de</strong> ir para aquele palanque, para<br />

conviver com o cidadão que prometeu<br />

realizar e não realizou, não somente para<br />

o Deputa<strong>do</strong> Manoel Luna, que nada exigiu<br />

para ele e nem para a sua família, mais<br />

para o povo pernambucano.<br />

Mais o tratamento que ele dispensou a<br />

minha pessoa, foi um tratamento idêntico<br />

aos ilustres colegas <strong>de</strong>sta Casa, há quase<br />

to<strong>do</strong>s, eu direi assim. É porque o<br />

comportamento político, nós não pu<strong>de</strong>mos<br />

muita vezes nos manifestarmos, criticar.<br />

Não é possível a gente sente a <strong>do</strong>r e não<br />

diz aon<strong>de</strong>, diz apenas, meu amigos, que a<br />

<strong>do</strong>r chegou, que está incomoda<strong>do</strong>, isso é<br />

uma verda<strong>de</strong>, isso se passou e se passa,<br />

hoje na política <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>.<br />

Mais, meus Deputa<strong>do</strong>s amigos, aqui<br />

nesse momento, nós estamos aqui <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong> uma minoria Parlamentar, a tar<strong>de</strong><br />

realmente não oferece aquele fluxo <strong>de</strong><br />

Deputa<strong>do</strong>s, mais aqui tem realmente uma<br />

Assembléia constituída e ela funciona<br />

normalmente.<br />

E é nesse instante que eu achei, que no<br />

final <strong>do</strong> meu mandato, era a oportunida<strong>de</strong><br />

que eu não po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fazer, <strong>de</strong> me<br />

<strong>de</strong>spedir <strong>do</strong>s Srs. da diretoria. Me dirigir<br />

aos Srs. funcionários <strong>de</strong>sta Casa, <strong>do</strong> vigia,<br />

da telefonista <strong>do</strong> Diretor Geral, enfim <strong>de</strong><br />

to<strong>do</strong>s os funcionários <strong>de</strong>sta Casa, que<br />

imbuí<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s bons propósitos tem nos<br />

lega<strong>do</strong>s o seu trabalho e a sua inteligência<br />

em benefício <strong>de</strong> colaboração <strong>do</strong> povo<br />

pernambucano.<br />

A esses funcionários que me ouvem, há<br />

outros tantos que não estão neste recinto,<br />

mas que estão nas suas <strong>de</strong>pendências <strong>de</strong><br />

trabalho, quero, neste momento <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>spedida levar a eles a minha satisfação<br />

e emoção mais profunda dizen<strong>do</strong> que vi,<br />

que presenciei trabalha<strong>do</strong>res funcionários<br />

lutan<strong>do</strong> em beneficio <strong>do</strong> povo<br />

pernambucano a cumprin<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s<br />

princípios legais, o seu trabalho. Esta é a<br />

verda<strong>de</strong> e este <strong>de</strong>poimento não po<strong>de</strong>ria


<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> dar, neste momento nesta<br />

Assembléia <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> aos seus<br />

funcionários meus amigos.<br />

Tem a palavra o Dep. Gilvan Coriolano.<br />

O Sr. Gilvan Coriolano - Gran<strong>de</strong> Dep.<br />

Manoel Luna, ouvi com muita atenção o<br />

pronunciamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spedida <strong>de</strong> V. Exa.<br />

e analisei bem o que foi dito. V. Exa., foi<br />

sempre um homem comedi<strong>do</strong> <strong>de</strong>mais,<br />

cuida<strong>do</strong>so <strong>de</strong>mais pon<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> em suas<br />

ações, mas nós acompanhávamos o<br />

<strong>de</strong>senrolar daquela luta que travamos na<br />

Assembléia <strong>Legislativa</strong>, ven<strong>do</strong> V. Exa.,<br />

cala<strong>do</strong> sempre à espera <strong>de</strong> ver as<br />

reivindicações <strong>do</strong> seu povo atendidas mas<br />

como eu dizia há pouco, o que aconteceu<br />

em <strong>Pernambuco</strong> foi urna mudança radical<br />

no relacionamento entre Governo e<br />

Assembléia <strong>Legislativa</strong>. Nunca, em toda a<br />

minha vida, assisti um <strong>de</strong>sprezo tão<br />

gran<strong>de</strong> pelo Parlamento pernambucano<br />

como este que passamos a viver. O Dep.<br />

Estadual. Segun<strong>do</strong> a Constituição, é o<br />

representante <strong>do</strong> povo, é o intermediário<br />

entre povo e Governo, e quem sente no<br />

dia-a-dia as necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> povo e as<br />

transmite aos Governantes que procuram<br />

as melhores soluções para o povo. Mas o<br />

que se implantou, <strong>de</strong> 86 para cá, foi o<br />

<strong>de</strong>sprezo total aos parlamentares. apenas<br />

uma meia dúzia foram privilegia<strong>do</strong>s.<br />

Houve uma divulgação <strong>de</strong> toda a<br />

Imprensa da palavra fisiologismo. Diziam<br />

que tu<strong>do</strong> que queríamos era fisiologismo.<br />

Não era verda<strong>de</strong>, porque não enten<strong>do</strong> ser<br />

fisiologismo a recuperação <strong>de</strong> um açu<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong> uma escola, <strong>de</strong> um hospital, um pedi<strong>do</strong><br />

eletrificação, <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> estrada, <strong>de</strong><br />

manutenção <strong>de</strong> estrada. É essa a nossa<br />

obrigação, é disso que o povo necessita.<br />

Nós não pedimos ao Governo a<br />

nomeação, facilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> empréstimos ou<br />

coisas assim. Isso sim po<strong>de</strong>ria ser taxa<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> fisiologismo, mas, procurar trazer as<br />

reais reivindicações <strong>do</strong> povo é um <strong>de</strong>ver<br />

nosso. Foi o que aconteceu comigo, com<br />

V. Exa., e com tantos outros que tiveram<br />

que sair, porque sain<strong>do</strong> teríamos a<br />

certeza que estávamos <strong>de</strong>cepciona<strong>do</strong>s e<br />

<strong>de</strong>siludi<strong>do</strong>s. Mas Deputa<strong>do</strong> vou<br />

encerran<strong>do</strong> a minha intervenção<br />

parabenizan<strong>do</strong> este gran<strong>de</strong> amigo, este<br />

nobre parlamentar, esta figura humana q<br />

manoelzinho da nossa intimida<strong>de</strong>. Quero<br />

levar o meu abraço e fraterno nesta tar<strong>de</strong>,<br />

meu abraço afetuoso, nesta tar<strong>de</strong> fria que<br />

estamos viven<strong>do</strong> on<strong>de</strong> o sol já está se<br />

escon<strong>de</strong>n<strong>do</strong> os seus raios, está chegan<strong>do</strong><br />

a noite, vislumbran<strong>do</strong> aqui neste horizonte<br />

o rio Capibaribe e amais adiante o<br />

Atlântico.<br />

Que se prolonga até o infinito com essa<br />

imensidão <strong>de</strong> água e, me recor<strong>do</strong> nesta<br />

tar<strong>de</strong> novamente da minha terra. Não e<br />

nada extravagante, eu sempre me lembrar<br />

da minha terra <strong>do</strong> povo que não tem esta<br />

água, <strong>do</strong> povo que sofre tanto. Mas, ao<br />

ver um momento <strong>de</strong>sse <strong>de</strong> <strong>de</strong>spedida,<br />

momento <strong>de</strong> afinida<strong>de</strong>, eu não po<strong>de</strong>ria<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> trazer o meu abraço fraterno a<br />

V.Exa., mais uma vez falar em nome <strong>do</strong><br />

meu povo. Neste momento to<strong>do</strong>s<br />

passarinhos talvez já procurem aquela<br />

revoada o seu ninho para o seu agasalho.<br />

Neste momento em que a noite começa a<br />

se aproximar, eu me lembro que talvez<br />

nos se mesmo momento a Siriema já<br />

esteja cantan<strong>do</strong>, andan<strong>do</strong> naquelas secas<br />

com o seu canto triste, <strong>do</strong>loroso em busca<br />

<strong>de</strong> água. E, quanto sofrimento naquela<br />

região. Mas, eu tenho a certeza, plena<br />

nobre Deputa<strong>do</strong>, isto é apenas um<br />

momento da vida nossa. Mas, eu tenho<br />

certeza que <strong>Pernambuco</strong> vai reencontrar o<br />

seu <strong>de</strong>stino. Nós ainda teremos oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vir aqui, <strong>de</strong> abraçar cada um<br />

<strong>de</strong> to<strong>do</strong>s nós e, <strong>de</strong> dizer que foi feito algo<br />

<strong>de</strong> concreto para amenizar aquele<br />

sofrimento. Eu, tenho certeza que esse<br />

Brasil tão gran<strong>de</strong> e tão rico, este povo tão<br />

bom que é o povo pernambucano, eu<br />

tenho certeza que nós vamos reencontrar<br />

o nosso <strong>de</strong>stino. As dificulda<strong>de</strong>s são<br />

gran<strong>de</strong>s no Cenário Nacional, no Cenário<br />

Estadual. Mas esse Brasil tem futuro.<br />

Ninguém mais <strong>do</strong> que eu tem otimismo e<br />

tem a certeza <strong>de</strong> que esse Brasil vai ser<br />

uma gran<strong>de</strong> Nação. Eu tenho certeza que<br />

em pouco tempo nós vamos ter a felicida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> contemplar to<strong>do</strong>s os sertanejos <strong>do</strong><br />

Araripe, <strong>do</strong> Agreste, vamos ter a felicida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> abraçar e <strong>de</strong> ver eles viverem <strong>de</strong><br />

maneira mais digna e com menos<br />

sofrimento. Parabéns Deputa<strong>do</strong> Manoel<br />

Luna. E, Deus que estará sempre ao<br />

nosso la<strong>do</strong>, ao la<strong>do</strong> <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os brasileiros<br />

e pernambucanos, vai encontrar a forma e


vai dar as condições para que nós<br />

possamos nos libertar <strong>de</strong>sse sofrimento e<br />

<strong>de</strong>sse momento tão difícil que vivemos<br />

agora. Muito obriga<strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong>.<br />

O Sr. MANOEL LUNA - Deputa<strong>do</strong><br />

Coriolano, o seu la<strong>do</strong> cívico, nos empolga<br />

nos encanta V. Exa., durante to<strong>do</strong> esse<br />

tempo, ocupou a Tribuna, e a Tribuna <strong>de</strong><br />

Aparte, durante centenas e milhares <strong>de</strong><br />

vezes e, sempre teve esse mesmo calor,<br />

essa mesma esperança. Seu<br />

comportamento foi um comportamento<br />

altivo nesta Casa. Muito obriga<strong>do</strong> Sr.<br />

Deputa<strong>do</strong> Gilvan Coriolano.<br />

Mas eu diria aos Srs., vin<strong>do</strong> <strong>do</strong> interior <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong>, para a capital maior, volto para as<br />

minhas plagas, sem me modificar. Vim e<br />

vou voltar <strong>do</strong> mesmo mo<strong>do</strong>. E, ou até<br />

<strong>de</strong>talhava uma coisa nessa tar<strong>de</strong> meus<br />

amigos, Parlamentar, apresentei várias<br />

Proposições nesta Casa, algumas <strong>de</strong>las<br />

aprovadas, creio que não executada.<br />

Nunca poupei, nunca critique a Imprensa.<br />

Mas, saio daqui, dizen<strong>do</strong> aos Srs. que<br />

nunca, pedi que nenhum jornalista<br />

colocasse uma matéria minha em jornal,<br />

nem televisão. Fui um verda<strong>de</strong>iro matuto,<br />

meu silêncio me conduziu a isto a eu volto<br />

com a consciência tranqüila <strong>de</strong> que não<br />

me modifiquei. Volto o mesmo homem, a<br />

mesma personalida<strong>de</strong>. Não me confundi,<br />

não bajulei, fui mo<strong>de</strong>sta parto atencioso,<br />

não somente com os meus colegas <strong>de</strong>sta<br />

Casa que era o meu <strong>de</strong>ver, mas, com<br />

Secretário <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>, com Governa<strong>do</strong>r <strong>de</strong><br />

Esta<strong>do</strong>, com to<strong>do</strong>s aquelas que fazia a<br />

administração em Âmbito Executivo o<br />

também Parlamentar.<br />

Portanto meus amigos, já me alonguei<br />

<strong>de</strong>mais, quero agra<strong>de</strong>cer a to<strong>do</strong>s esta<br />

atenção, essa maneira cortês <strong>de</strong> me<br />

consi<strong>de</strong>rar, mas quero dizer que volto<br />

para as minhas plagas intactas, volto ,<br />

porque vim para a capital, e colaborei com<br />

a administração <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, participei<br />

<strong>de</strong>sta assembléia Constituinte, cumprin<strong>do</strong><br />

simplesmente minha obrigação, tenha a<br />

palavra o ilustre Deputa<strong>do</strong> e amigo José<br />

Humberto.<br />

O Sr. José Humberto - Deputa<strong>do</strong> Manoel<br />

Luna, não posso dizer que ouvi<br />

atentamente o seu pronunciamento, mas<br />

alguns trechos da fala <strong>de</strong> V. Exa., eu vi<br />

com atenção, e ouvi exatamente, suan<strong>do</strong><br />

o Deputa<strong>do</strong> Manoel Luna, dizia que veio<br />

aqui para apren<strong>de</strong>r, discor<strong>do</strong> <strong>de</strong> V. Exa, V.<br />

Exa, veio aqui e nos <strong>de</strong>u gran<strong>de</strong>s lições,<br />

V. Exa., no convívio diário com os<br />

companheiros <strong>de</strong>sta Casa, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> co-partidária, V. Exa., teve gestos <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong>za durante esses quatro anos que<br />

aqui conviveu com os outros, nós já nos<br />

conhecíamos antes, como eu me referi ao<br />

Deputa<strong>do</strong> Gilvan Coriolano, V. Exa.,<br />

Prefeito <strong>do</strong> Município <strong>de</strong> sua Terra,<br />

estima<strong>do</strong>, queri<strong>do</strong> e ama<strong>do</strong> pelos seus<br />

municípios, e aqui na Assembléia, V.Exa.,<br />

conseguiu irradiar tu<strong>do</strong> isso que a sua<br />

terra lhe <strong>de</strong>dica, aos companheiros, com<br />

os companheiros, com os funcionários<br />

com to<strong>do</strong>s aqueles que pertencem a esse<br />

Po<strong>de</strong>r, aqueles que estão aqui,<br />

transitoriamente como nós que vamos<br />

retornar para a planície e aqueles outros<br />

que vão continuar nessa Casa, V. Exa.,<br />

sai daqui, sai por cima, até porque V.<br />

Exa., não disputou a reeleição enten<strong>de</strong>u:<br />

que estava na hora <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar, não <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> participar da vida pública<br />

sugerin<strong>do</strong>, vigilante a to<strong>do</strong>s os<br />

acontecimentos <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong> e <strong>de</strong> sua<br />

Terra, e da Região, mas V. Exa., sai <strong>de</strong>sta<br />

Casa, engran<strong>de</strong>ci<strong>do</strong> e com a amiza<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

to<strong>do</strong>s os companheiros, era isso que eu<br />

tinha a dizer.<br />

Nós durante esse perío<strong>do</strong>, <strong>de</strong> quatro anos<br />

que aqui estamos, sempre conversarmos<br />

bastante, sentávamos juntos, lá no Prédio<br />

principal da Assembléia e continuamos<br />

fazen<strong>do</strong> aqui no auditório, e juntos<br />

também na Comissão <strong>de</strong> Justiça, portanto<br />

Deputa<strong>do</strong> Manoel Luna, V. Exa., quan<strong>do</strong><br />

fala, fala com a alma, fala com toda<br />

sincerida<strong>de</strong> que um ser humano po<strong>de</strong> ter<br />

fica também aqui registra<strong>do</strong> a nossa<br />

palavra <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> amigo a<br />

este companheiro que sai conosco em 15<br />

<strong>de</strong> fevereiro.<br />

O Sr. MANOEL LUNA - Deputa<strong>do</strong> José<br />

Humberto, muito obriga<strong>do</strong> a V. Exa., eu<br />

diria ainda que conhecia realmente<br />

V.Exa., <strong>de</strong> muito tempo, me recor<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

quan<strong>do</strong> era Prefeito <strong>do</strong> meu Município<br />

chegava angustia<strong>do</strong> na FIAM e V.Exa.,<br />

com to<strong>do</strong> discernimento, procurava nos


aten<strong>de</strong>r aquele perío<strong>do</strong> critico <strong>de</strong> seca na<br />

área <strong>do</strong> Agreste, V.Exa., é portanto<br />

homem público por excelência a<br />

socieda<strong>de</strong> pernambucana, talvez for<br />

equívoco, não reconduziu V.Exa., mas<br />

V.Exa., é um homem que po<strong>de</strong> estar a<br />

vonta<strong>de</strong> e sair daqui ciente <strong>de</strong> que a sua<br />

consciência não foi <strong>de</strong> maneira nenhuma<br />

atingida, V.Exa., é um homem público<br />

capaz <strong>de</strong> fazer um gran<strong>de</strong> trabalho como<br />

fez em beneficio <strong>do</strong> povo Pernambucano.<br />

Mas meus amigos, continuan<strong>do</strong> as minhas<br />

<strong>de</strong>spedidas, eu diria ainda que vou, voltar,<br />

voltar para conviver como homem <strong>do</strong><br />

campo, voltar para viver no campo<br />

aprecian<strong>do</strong> e verifican<strong>do</strong> o valor da<br />

ecologia, vou ver o ver<strong>de</strong>, vou ver<br />

produção agrícola, vou ver sim o homem<br />

<strong>do</strong> campo trabalhan<strong>do</strong> manejan<strong>do</strong> a<br />

enxada, manejan<strong>do</strong> a terra, é essa a<br />

minha, preocupação, então estou aqui<br />

preocupa<strong>do</strong> com nenhuma volta, estou<br />

aqui saben<strong>do</strong> e consciente <strong>de</strong> que<br />

simplesmente cumpri as minhas<br />

obrigações, estou aqui para lhes dizer<br />

neste momento, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, que<br />

<strong>de</strong>vo, estou antecipan<strong>do</strong> a minha<br />

ausência, a minha <strong>de</strong>spedidas porque no<br />

dia 15 <strong>de</strong> fevereiro nós estaremos é certo,<br />

nós Deputa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> hoje, Deputa<strong>do</strong>s que<br />

não foram reeleito encerran<strong>do</strong> perío<strong>do</strong><br />

terminan<strong>do</strong> realmente o seu perío<strong>do</strong><br />

eleitoral <strong>de</strong> 4 anos. Tem a palavra o meu<br />

queri<strong>do</strong> amigo, o Dep. Vital Novaes.<br />

O Sr. Vital Novaes - Dep. Manuel Luna,<br />

havíamos combina<strong>do</strong> no velho prédio da<br />

Assembléia. Mas, V.Exa. antecipa a sua<br />

<strong>de</strong>spedida. Eu já conhecia bastante<br />

V.Exa., como Prefeito <strong>de</strong> Bom Conselho,<br />

como lí<strong>de</strong>r, como cidadão, mas, a<br />

convivência nossa aqui na Assembléia<br />

serviu para que eu aperfeiçoa-se o<br />

julgamento que eu po<strong>de</strong>ria fazer <strong>de</strong>ssa<br />

criatura singular que chegou à Assembléia<br />

com seus cabelos grisalhos, cheio <strong>de</strong><br />

humilda<strong>de</strong>, com o coração volta<strong>do</strong> para os<br />

municípios que representava, cativan<strong>do</strong> a<br />

to<strong>do</strong>s nós que respeitamos, admiramos e<br />

temos uma profunda amiza<strong>de</strong> a esse<br />

Parlamentar que veio <strong>do</strong> Agreste mas,<br />

que não é apenas é representante <strong>do</strong><br />

Agreste é um homem que tem um coração<br />

<strong>do</strong> tamanho <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>. No momento<br />

em que V.Exa., se <strong>de</strong>spe<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta Casa,<br />

V.Exa. po<strong>de</strong> sair daqui com a consciência<br />

<strong>do</strong> <strong>de</strong>ver cumpri<strong>do</strong>. Tanto pela sua<br />

<strong>de</strong>dicação, tanto pela amiza<strong>de</strong> que<br />

sempre semeou pelos seus<br />

companheiros. Se já admirávamos a<br />

gran<strong>de</strong> figura <strong>de</strong> Bom Conselho, nesta<br />

Casa nos <strong>de</strong>u os bons conselhos, para<br />

que nós pudéssemos continuar nesse<br />

trabalho que muita <strong>de</strong>dicação e muito<br />

amor a <strong>Pernambuco</strong> nós procuramos<br />

fazer. V.Exa., participou <strong>de</strong> momentos<br />

importantes. Talvez <strong>do</strong> momento mais<br />

importante que eu vivi durante a minha.<br />

trajetória <strong>de</strong> 24 anos. V.Exa., participou<br />

<strong>de</strong>sta Casa por 4 anos e eu praticamente<br />

nasci nesta Casa. Aos meus 47 anos <strong>de</strong><br />

vida, mais da meta<strong>de</strong> <strong>de</strong> minha vida foi<br />

nesta Assembléia <strong>Legislativa</strong>. V.Exa.<br />

logicamente está emociona<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> se<br />

<strong>de</strong>spe<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus companheiros.<br />

Multiplique V.Exa., essa emoção por 6.<br />

V.Exa. tem 4 anos, eu tenho 24 anos<br />

nesse Po<strong>de</strong>r. Hoje não é a minha<br />

<strong>de</strong>spedida. Farei a minha <strong>de</strong>spedida no<br />

prédio on<strong>de</strong> eu comecei. Mas, eu<br />

confesso a V. Exa, que durante alguns<br />

dias fiz uma auto-reflexão se <strong>de</strong>veria<br />

daqui mesmo <strong>de</strong>sse plenário, mais<br />

aconchegante e pequeno mas em muitos<br />

momentos comecei a pensar que não<br />

sabia se iria resistir a emoção, V. Exa. se<br />

<strong>de</strong>spe<strong>de</strong>, Não é uma <strong>de</strong>spedida. Nós<br />

vamos conviver sempre juntos. Aqui será<br />

como uma turma <strong>de</strong> faculda<strong>de</strong> que está<br />

terminan<strong>do</strong> o seu curso. Esperamos<br />

sempre nos rever. No primeiro ano<br />

quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>ixarmos a Assembléia, e quem<br />

sabe daqui há muitos anos quan<strong>do</strong> um dia<br />

nos encontrarmos para comemorarmos<br />

<strong>de</strong>z ou vinte anos que tínhamos <strong>de</strong>ixa<strong>do</strong> a<br />

Assembléia <strong>Legislativa</strong>. Mas, acima <strong>de</strong><br />

tu<strong>do</strong> com o <strong>de</strong>ver cumpri<strong>do</strong>. E <strong>de</strong> ter<br />

servi<strong>do</strong> bem a <strong>Pernambuco</strong>.<br />

O Sr. MANOEL LUNA - Dep. Vital<br />

Novaes, V.Exa. ao longo <strong>de</strong> sua vida<br />

pública, estar incrementa<strong>do</strong> na história<br />

<strong>de</strong>ste Esta<strong>do</strong>, Na história <strong>de</strong>sta<br />

Assembléia. É com muita emoção que<br />

ouvi V. Exa. pelo seu gran<strong>de</strong> trabalho,<br />

pelo seu equilíbrio. Muito obriga<strong>do</strong> pelos<br />

conceitos a mim tributa<strong>do</strong>s.<br />

Mas meus amigos, outros ora<strong>do</strong>res irão a


mim suce<strong>de</strong>r, eu gostaria nesse momento,<br />

não é momento <strong>de</strong> tristeza, é um<br />

momento <strong>de</strong> autenticida<strong>de</strong>, é um<br />

momento <strong>de</strong> alegria, é um momento <strong>de</strong><br />

equilíbrio. Eu direi aos Srs. se aqui<br />

cheguei a cometer, cheguei a me furtar,<br />

cheguei a esquecer o cumprimento <strong>de</strong><br />

algumas <strong>de</strong>terminações, eu pediria aos<br />

Srs. <strong>de</strong>sculpas, a Mesa Diretora, ou<br />

nobres Deputa<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s, enfim, porque<br />

aqui eu tenho consciência <strong>de</strong> que se<br />

cometi, se não cumpri o meu <strong>de</strong>ver <strong>de</strong><br />

Deputa<strong>do</strong> foi, talvez, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma<br />

concepção que não foi a minha<br />

consciência, foi, eu diria aos Senhores, o<br />

esquecimento.<br />

Deixo esta Casa, <strong>de</strong>ixo esses meus<br />

amigos que muito <strong>de</strong>les eu já os conhecia<br />

como é o caso <strong>de</strong> Severino Cavalcanti,<br />

essa figura intrépida, valente na tribuna,<br />

Novaes, José Humberto, Roldão, o Pedro<br />

Eurico, Henrique Queiroz, Arthur, o meu<br />

queri<strong>do</strong> amigo e colega Aglailson, também<br />

esta figura que não se entrega fácil e<br />

to<strong>do</strong>s foram os meus companheiros no<br />

passa<strong>do</strong>, companheiros na política,<br />

companheiros no convívio, então, meus<br />

amigos, eu tenho uma convivência salutar<br />

com to<strong>do</strong>s os Senhores, eu estou liga<strong>do</strong>,<br />

também, a história <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong><br />

mesmo que <strong>de</strong>ixe esta Casa, porque eu<br />

fui Verea<strong>do</strong>r, Prefeito, eu conheci <strong>de</strong><br />

Etelvino Lins para cá to<strong>do</strong>s os<br />

Governa<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, entrava naquele<br />

Palácio e os Senhores po<strong>de</strong>m muito bem<br />

saber que eu nunca e até agora, procurei<br />

<strong>de</strong>sfazer, ferir, comentar <strong>de</strong>sairosamente<br />

o sentimento e o comportamento <strong>do</strong><br />

Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, não porque<br />

temesse <strong>de</strong> o criticar, é porque aquilo em<br />

que eles me ajudaram, ajudam o meu<br />

Município, que ajudaram o povo<br />

pernambucano nós não temos o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong><br />

usar esta tribuna e fazer coisas diferentes.<br />

Então, eu tenho a consciência tranqüila <strong>de</strong><br />

que fui político e o meu silêncio é isto, é<br />

aquilo que eu recebi eu não tenho o <strong>de</strong>ver<br />

e não posso jamais esquecer e procurar<br />

criticar aquele homem que procurou<br />

através da política ou da administração<br />

beneficiar o povo.<br />

Ouço o meu queri<strong>do</strong> amigo Severino<br />

Cavalcanti.<br />

O Sr. Severino Cavalcanti - Deputa<strong>do</strong><br />

Manoel Luna, eu quero aproveitar esse<br />

finzinho <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma brilhante<br />

oração <strong>de</strong> V.Exa., dizer da tristeza em não<br />

tê-lo como companheiro nesses quatro<br />

anos que se aproximam e V.Exa. durante<br />

esse tempo em que conviveu conosco,<br />

sempre com essa fidalguia, essa maneira<br />

<strong>de</strong> tratar os companheiros procuran<strong>do</strong><br />

sempre o bem, levan<strong>do</strong> o carinho e o<br />

amor, a prova inconteste <strong>de</strong> que a sua<br />

formação foi sempre humanista, <strong>de</strong> um<br />

homens volta<strong>do</strong> exclusivamente para os<br />

interesses <strong>do</strong> seu povo e da sua gente.<br />

Quero dizer, Deputa<strong>do</strong> Manoel Luna, que<br />

hoje esta Casa está ren<strong>de</strong>n<strong>do</strong><br />

homenagens a um Parlamentar que<br />

procurou passar sem levar aos seus<br />

conte<strong>do</strong>res a intriga ou a inveja ou<br />

qualquer outra coisa. V.Exa. só <strong>de</strong>u<br />

gran<strong>de</strong>za, gran<strong>de</strong>za esta que a sua<br />

família, os seus filhos irão perpetuar<br />

porque nós sabemos que os<br />

ensinamentos principais é <strong>do</strong> pai e V.Exa.,<br />

além <strong>de</strong> um bom pai foi um gran<strong>de</strong><br />

Parlamentar e eu quero trazer a<br />

solidarieda<strong>de</strong> <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> Liberal, esse que<br />

se preocupa com o social, exatamente<br />

coincidin<strong>do</strong> com os pontos <strong>de</strong> vista que<br />

V.Exa., <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> nesta Casa.<br />

Manoel Luna, a sua saída <strong>de</strong>sta Casa é<br />

realmente lamentável, porque não quis<br />

disputar as eleições porque eu tinha<br />

certeza que se tivesse disputa<strong>do</strong>, aqui,<br />

voltaria.<br />

Fica o abraço e o nosso afeto pela sua<br />

gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> alma e pela gran<strong>de</strong> figura<br />

que o é.<br />

O Sr. MANOEL LUNA - Agra<strong>de</strong>ço ao<br />

Deputa<strong>do</strong> Severino Cavalcanti e eu havia<br />

dito, aqui, há, pouco, que o conhecia<br />

muito antes <strong>de</strong> estar nesta Casa.<br />

Conhecia V.Exa., sei da sua bravura, sei<br />

<strong>do</strong> seu comportamento. É um Parlamentar<br />

autêntico, é um homem que se manifesta<br />

aqui nesta Casa e lá fora, com toda<br />

bravura e equilíbrio.<br />

Muito obriga<strong>do</strong>, Deputa<strong>do</strong> Severino<br />

Cavalcanti.<br />

Ouço o Deputa<strong>do</strong> Henrique Queiroz, esse<br />

gran<strong>de</strong> colega meu e vizinho <strong>de</strong> Gabinete.<br />

O Sr. Henrique Queiroz - Deputa<strong>do</strong>


Manoel Luna, V.Exa., <strong>de</strong>ixa sauda<strong>de</strong>s<br />

nesta Casa, principalmente pela sua voz,<br />

essa voz cantada <strong>do</strong> sertanejo. Nós, nesta<br />

Casa, temos vários representantes <strong>do</strong><br />

Sertão, <strong>do</strong> Agreste mas nenhum,<br />

po<strong>de</strong>mos dizer, traz a autenticida<strong>de</strong> da<br />

voz <strong>do</strong> sertanejo, a voz cantada daquele<br />

povo sofri<strong>do</strong>, daquele povo que leva na<br />

sua voz a felicida<strong>de</strong>, as mágoas mas, que<br />

acima <strong>do</strong> tu<strong>do</strong>, <strong>de</strong>monstra uma força <strong>de</strong><br />

vonta<strong>de</strong> muito gran<strong>de</strong>. Tem uma posição<br />

firme, correta e V.Exa., <strong>de</strong>monstrou<br />

nesses quatro danos que passou nesta<br />

Casa que é homem <strong>de</strong> bem, o homem <strong>de</strong><br />

cabelos brancos, também, po<strong>de</strong>m trazer<br />

para esse Plenário as lágrimas <strong>de</strong> uma<br />

sincerida<strong>de</strong>, as, lágrimas <strong>do</strong> homem, na<br />

verda<strong>de</strong>, que sofre com o seu povo. Nós<br />

já tivemos oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ouvir<br />

discursos; gran<strong>de</strong>s, empolgantes mas, na<br />

verda<strong>de</strong>, poucas oportunida<strong>de</strong>s nesta<br />

Casa, tivemos <strong>de</strong> sentir num homem<br />

como V.Exa., as lágrimas verda<strong>de</strong>iras <strong>de</strong><br />

um Parlamentar, as lágrimas <strong>de</strong> um<br />

homem que sofre pelo seu povo e V.Exa.,<br />

<strong>de</strong>rramou, nesta Casa, as lágrimas da<br />

sincerida<strong>de</strong>, as lágrimas <strong>de</strong> sentimento e<br />

isso irá marcar muito esta Casa, porque<br />

eu acredito que nos teremos muita<br />

dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> vir a ter, nesta Casa, um<br />

Parlamentar que <strong>de</strong> fato sofra pelo seu<br />

povo como V. Exa., tem sofri<strong>do</strong>, como V.<br />

Exa., tem <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> no <strong>de</strong>correr<br />

<strong>de</strong>sses quatro anos e eu que tive uma<br />

satisfação muito maior porque juntos nós<br />

convivemos em plenário e nós<br />

convivemos, também, no corre<strong>do</strong>r <strong>do</strong><br />

quinto andar <strong>de</strong> gabinetes pega<strong>do</strong>s,<br />

muitas vezes eu usava o seu gabinete e<br />

como V.Exa. usava o meu, porque juntos<br />

nós temos, acredito, os mesmos objetivos<br />

que é <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong><br />

e, com isso V.Exa., <strong>de</strong>ixa marca<strong>do</strong><br />

sincerida<strong>de</strong> pelo homem, pelo<br />

Parlamentar que <strong>de</strong> fato sente o<br />

sofrimento <strong>de</strong> sua gran<strong>de</strong> Região, uma<br />

Região sofrida <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>.<br />

Parabéns, V. Exa., pela sua passagem<br />

brilhante que teve nesta Casa durante os<br />

quatro avos e, acredito, que no <strong>de</strong>correr<br />

<strong>de</strong> nossas vidas extra-parlamentares<br />

teremos muita oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nos<br />

encontrarmos, <strong>de</strong> conversarmos <strong>de</strong> juntos<br />

trocarmos idéias e pegar com V. Exa, a<br />

sabe<strong>do</strong>ria e a firmeza <strong>de</strong> conduta que V.<br />

Exa., sempre teve durante o tempo que<br />

passou como Deputa<strong>do</strong>.<br />

O Sr. MANOEL LUNA - Deputa<strong>do</strong><br />

Henrique Queiroz, a Vossa cordialida<strong>de</strong><br />

me empolga e alegra mais ainda e faz<br />

com que, que saia <strong>de</strong>sta Casa e <strong>de</strong>sta<br />

Tribuna enriqueci<strong>do</strong> porque, na realida<strong>de</strong>,<br />

a gente que conviveu, aqui, durante tanto<br />

tempo sabe perfeitamente da gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong><br />

cada um. Se me fosse da<strong>do</strong> o direito <strong>de</strong><br />

falar <strong>de</strong> cada um, eu diria no meu trabalho<br />

não fui, aqui, um pesquisa<strong>do</strong>r e nem um<br />

observa<strong>do</strong>r, mas fui um homem que<br />

sempre sentia e via o comportamento <strong>de</strong><br />

cada um cidadão. Vi <strong>de</strong>ssa tribuna, aqui,<br />

muitas vezes <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r com to<strong>do</strong> o calor o<br />

Vosso Parti<strong>do</strong>, a Vossa Bancada.<br />

V.Exa. é , portanto, um parlamentar que<br />

tem gran<strong>de</strong>za, que tem calor, que tem<br />

vibração. Portanto, a V. Exa., muito<br />

obriga<strong>do</strong>.<br />

Mas, finalizan<strong>do</strong>, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, ou quero<br />

dizer a V.Exa. sertanejo que é, Argemiro<br />

Pereira, esta figura excepcionalíssima <strong>de</strong><br />

parlamentar, homem cumpri<strong>do</strong>r <strong>do</strong><br />

regulamento <strong>de</strong>sta Casa que sempre esta,<br />

aqui, rigorosamente, nos horários eu<br />

quero dizer a V.Exa. que ao vosso la<strong>do</strong> eu<br />

sempre estive, aqui, procuran<strong>do</strong> dar<br />

número a esta Casa para que ela tentasse<br />

funcionar sem procurar interromper os<br />

Trabalhos Legislativos.<br />

Portanto, neste momento, eu quero dizer<br />

a to<strong>do</strong>s, neste momento <strong>de</strong> alegria, <strong>de</strong><br />

vibração, quero agra<strong>de</strong>cer ao povo <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong>, em particular aos Senhores<br />

Deputa<strong>do</strong>s pela acolhida, pela<br />

manifestação <strong>de</strong> apreço que a mim<br />

tributaram. Aos senhores eu estarei em<br />

Bom Conselho, estarei na Fazenda Caixa<br />

D'água <strong>de</strong> braços abertos e esperan<strong>do</strong> um<br />

dia que os Senhores Deputa<strong>do</strong>s chegue<br />

até Bom Conselho e que me procurem<br />

para que eu, pousa abraçá-los naquele<br />

rincão, naquela água <strong>do</strong>ce, naquele local<br />

on<strong>de</strong> a água soberba, não é a água <strong>do</strong><br />

Ouricuri <strong>do</strong> meu queri<strong>do</strong> amigo Gilvan<br />

Coriolano que falta e que o povo sertanejo<br />

vive tão carente o tão sofri<strong>do</strong>. Bom<br />

Conselho, na realida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> tenho a<br />

minha fazenda, tem bastante água. E um<br />

dia eu tenho a satisfação e a emoção


incontida <strong>de</strong> recebê-los lá, no meu<br />

casebre, na minha choupana para abraçar<br />

um por um o a gente passar uma tar<strong>de</strong>,<br />

um dia, quem sabe, até mais <strong>de</strong> um dia<br />

<strong>de</strong>lician<strong>do</strong>-se <strong>do</strong> clima, daquele ver<strong>de</strong>,<br />

daquelas montanhas <strong>de</strong> Bom Conselho.<br />

Aos Senhores, portanto, nesta tar<strong>de</strong>, o<br />

meu abraço, a minha satisfação profunda,<br />

meu muito obriga<strong>do</strong> pela atenção que a<br />

mim foi tributada neste momento. Até<br />

logo.<br />

(Reassume a Presidência o Deputa<strong>do</strong><br />

Argemiro Pereira.)<br />

O Sr. PRESIDENTE - Com a palavra, o<br />

Deputa<strong>do</strong> Marcus Cunha.<br />

O Sr. MARCUS CUNHA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,<br />

Srs. Deputa<strong>do</strong>s, quero, inicialmente,<br />

testemunhar a eficiência <strong>do</strong> trabalho que<br />

foi realiza<strong>do</strong> nesta Casa durante esses<br />

últimos anos pela chamada Oposição<br />

Parlamentar ao Governo <strong>do</strong> Ex-<br />

Governa<strong>do</strong>r Miguel Arraes <strong>de</strong> Alencar.<br />

Inicialmente li<strong>de</strong>rada pelo Deputa<strong>do</strong><br />

Maviael Cavalcanti, <strong>de</strong>pois pelo Deputa<strong>do</strong><br />

Carlos Porto e, recentemente, a Bancada<br />

Oposicionista li<strong>de</strong>rada pelo Deputa<strong>do</strong><br />

Arthur Correia trabalhou, como já disse,<br />

com bastante eficiência na análise critica<br />

que segun<strong>do</strong> a ótica da oposição o<br />

Governo estaria erran<strong>do</strong>. E a Oposição<br />

trabalhou com tanta eficiência que foi,<br />

inclusive, capaz <strong>de</strong> vocalizar a oposição<br />

feita ao Governo <strong>do</strong> Dr. Miguel Arraes <strong>de</strong><br />

Alencar através <strong>do</strong>s meios <strong>de</strong><br />

comunicação.<br />

Por isso mesmo, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Srs.<br />

Deputa<strong>do</strong>s, quan<strong>do</strong> nós, praticamente,<br />

estamos encerran<strong>do</strong> a atual legislatura, eu<br />

gostaria <strong>de</strong> ler não um discurso, mas,<br />

talvez, um <strong>do</strong>cumento, não tão profun<strong>do</strong><br />

como eu gostaria, mas um <strong>do</strong>cumento<br />

para ficar registra<strong>do</strong> nos Anais <strong>de</strong>sta<br />

Casa, dizen<strong>do</strong> aquilo que sob a minha<br />

ótica houve <strong>de</strong> positivo no Governo <strong>do</strong> Ex-<br />

Governa<strong>do</strong>r Miguel Arraes <strong>de</strong> Alencar.<br />

(Lê):<br />

Senhor Presi<strong>de</strong>nte, Senhores Deputa<strong>do</strong>s:<br />

O segun<strong>do</strong> Governo <strong>de</strong> Miguel Arraes não<br />

suce<strong>de</strong>u apenas a uma administração<br />

conserva<strong>do</strong>ra e anti-popular. Vitoriosa nas<br />

urnas, confirmada pelas pesquisas <strong>de</strong><br />

opinião que lhe creditaram os maiores<br />

índices <strong>de</strong> aprovação, e consagrada na<br />

eleição que fez <strong>do</strong> Ex-Governa<strong>do</strong>r o<br />

Deputa<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral mais vota<strong>do</strong> <strong>do</strong> País, a<br />

segunda administração <strong>de</strong> Arraes<br />

significou, na verda<strong>de</strong>, a ruptura com um<br />

mo<strong>de</strong>lo econômico, social e político,<br />

imposto pela força das armas em<br />

<strong>Pernambuco</strong> e no Brasil. Nesse senti<strong>do</strong>,<br />

este segun<strong>do</strong> perío<strong>do</strong> guarda estreita<br />

ligação com o primeiro, no início da<br />

década <strong>de</strong> 60, quan<strong>do</strong> a gran<strong>de</strong> maioria<br />

da população pernambucana participou <strong>de</strong><br />

um governo prioritariamente volta<strong>do</strong> para<br />

suas reais necessida<strong>de</strong>s e justas<br />

reivindicações.<br />

Ao la<strong>do</strong> <strong>de</strong> tantos outros companheiros,<br />

tive a honra <strong>de</strong> integrar o segun<strong>do</strong><br />

governo <strong>de</strong> Miguel Arraes. Inicialmente<br />

como lí<strong>de</strong>r da Maioria na Assembléia<br />

<strong>Legislativa</strong>, e em seguida como Secretário<br />

da Casa Civil, cargo <strong>do</strong> qual me<br />

<strong>de</strong>sincompatibilizei para disputar a<br />

Prefeitura <strong>do</strong> Recife, com o apoio <strong>do</strong><br />

governa<strong>do</strong>r, <strong>do</strong> então Prefeito Jarbas<br />

Vasconcelos e da Frente Popular <strong>do</strong><br />

Recife.<br />

Tais fatos - ou mesmo a proximida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

meses da conclusão daquele perío<strong>do</strong><br />

administrativo - não turvam uma visão<br />

correta <strong>do</strong> que foi efetivamente realiza<strong>do</strong>,<br />

em favor da gran<strong>de</strong> maioria <strong>do</strong>s<br />

pernambucanos, <strong>de</strong>ntro das diretrizes<br />

<strong>de</strong>finidas: estabelecimento <strong>de</strong><br />

mecanismos <strong>de</strong> integração e<br />

racionalização na aplicação <strong>do</strong>s recursos<br />

públicos; promoção <strong>do</strong> entendimento<br />

como base para a solução <strong>de</strong> conflitos <strong>de</strong><br />

interesse coletivo; incentivo à promoção<br />

da cidadania através <strong>do</strong> estímulo à<br />

participação <strong>do</strong> povo marginaliza<strong>do</strong>, na<br />

concepção e execução <strong>de</strong> programas e<br />

pela oferta <strong>de</strong> serviços públicos que o<br />

integrou à socieda<strong>de</strong>; priorida<strong>de</strong> às ações<br />

que beneficiam a maior parte <strong>de</strong><br />

população; recuperação <strong>do</strong> patrimônio <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong> e eficientização <strong>do</strong>s órgãos e<br />

empresas governamentais e ampliação e<br />

melhoria da infra-estrutura econômica.<br />

Para tanto, constituir-se uma equipe <strong>de</strong><br />

governo unitária, <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista político<br />

e administrativo, foi o passo primeiro e


essencial. Ele permitiu o surgimento <strong>de</strong><br />

um quadro favorável à ação integrada,<br />

numa prática diferente daquela <strong>do</strong><br />

loteamento <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> entre grupos <strong>de</strong><br />

interesses os mais diversos, que não<br />

aqueles volta<strong>do</strong>s para os reais objetivos<br />

<strong>de</strong> um Governo Popular.<br />

Como no primeiro, o segun<strong>do</strong> governo <strong>de</strong><br />

Miguel Arraes afirmou, na prática, a<br />

viabilida<strong>de</strong> tecnológica <strong>de</strong> pequena<br />

produção, ao contrário <strong>do</strong>s programas<br />

paternalistas e compensatórios <strong>do</strong><br />

passa<strong>do</strong>. E apontou para a criação <strong>de</strong> um<br />

amplo espaço produtivo no Esta<strong>do</strong> que, se<br />

for consolida<strong>do</strong>, criará condições <strong>de</strong><br />

equilíbrio sócio-econômico, interferin<strong>do</strong><br />

nas situações <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho,<br />

<strong>de</strong>scentralizan<strong>do</strong> a produção e a renda.<br />

O agravamento da crise econômica, via<br />

aumento acelera<strong>do</strong> das pressões<br />

inflacionárias, resultan<strong>do</strong> no acirramento<br />

das <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sociais, levou à<br />

ampliação <strong>do</strong>s conflitos sociais. A busca<br />

<strong>do</strong> diálogo e <strong>do</strong> entendimento, como base<br />

para a solução <strong>do</strong>s conflitos, foi uma das<br />

diretrizes prioritárias da atuação<br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> um elemento essencial para<br />

a construção <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>mocrática e pluralista.<br />

Recuperar o patrimônio público e tornar a<br />

máquina estatal eficiente foi mais que uma<br />

simples questão gerencial. Representou<br />

uma diretriz, em resposta política <strong>do</strong><br />

governo Miguel Arraes à situação <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sgoverno e aban<strong>do</strong>no a que foi<br />

relega<strong>do</strong> o Esta<strong>do</strong>, por aqueles que o<br />

geriram no passa<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> os interesses<br />

priva<strong>do</strong>s passaram a <strong>do</strong>minar a gestão da<br />

coisa pública, colocan<strong>do</strong>-a a serviço <strong>de</strong><br />

segmentos políticos não comprometi<strong>do</strong>s<br />

com o atendimento <strong>do</strong>s interesses <strong>de</strong><br />

maioria.<br />

Em coerência com essas diretrizes, são<br />

muitos os exemplos <strong>de</strong> realizações a<br />

<strong>de</strong>stacar. Na área da produção <strong>de</strong><br />

alimentos e ampliação da oferta <strong>de</strong><br />

trabalho no campo, a ação <strong>do</strong> governo<br />

voltou-se para os segmentos majoritários<br />

<strong>do</strong>s mais necessita<strong>do</strong>s. Em uma iniciativa<br />

que integrou praticamente to<strong>do</strong>s os<br />

órgãos da administração, foi enfrenta<strong>do</strong> o<br />

secular <strong>de</strong>safio <strong>do</strong> <strong>de</strong>semprego na entresafra<br />

da agricultura canavieira, através <strong>do</strong><br />

Programa Chapéu <strong>de</strong> Palha. Esta<br />

iniciativa, amplamente apoiada pelos cem<br />

mil trabalha<strong>do</strong>res temporários que, nos<br />

governos passa<strong>do</strong>s, durante a<br />

entressafra, se transformavam em “bóiasfrias”<br />

<strong>de</strong>semprega<strong>do</strong>s, migran<strong>do</strong> para as<br />

cida<strong>de</strong>s próximas e para a região<br />

metropolitana <strong>do</strong> Recife, agravan<strong>do</strong> a<br />

miséria urbana. Os trabalha<strong>do</strong>res foram<br />

emprega<strong>do</strong>s em obras públicas e no<br />

plantio, em 1989, <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 1.000<br />

hectares arrenda<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>sapropria<strong>do</strong>s ou<br />

cedi<strong>do</strong>s na Zona da Mata.<br />

Foi ainda pela região canavieira que o<br />

governo Arraes iniciou o Programa Mata<br />

Livre, para a liberação <strong>de</strong> terras para o<br />

plantio ou ampliação <strong>de</strong> estrutura urbana<br />

<strong>de</strong> povoa<strong>do</strong>s isola<strong>do</strong>s no meio <strong>de</strong><br />

canaviais. Para tanto, o governo buscou<br />

inicialmente o entendimento com usineiros<br />

e fornece<strong>do</strong>res <strong>de</strong> cana. On<strong>de</strong> isso não foi<br />

possível, ocorreu a <strong>de</strong>sapropriação <strong>de</strong><br />

áreas, inclusive em outras regiões. Ao<br />

to<strong>do</strong>, mais <strong>de</strong> três mil hectares na zona <strong>de</strong><br />

mata e no agreste passaram das mãos<br />

<strong>do</strong>s mais ricos para a exploração coletiva<br />

<strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res nos três anos <strong>do</strong><br />

governo <strong>de</strong> Miguel Arraes - numa ação<br />

que há 25 anos não era empreendida pelo<br />

Executivo Estadual em pernambuco.<br />

Conflitos que se estendiam há décadas,<br />

como o <strong>do</strong> Engenho Patrimônio, foram<br />

soluciona<strong>do</strong>s, em benefício <strong>do</strong>s<br />

trabalha<strong>do</strong>res e suas famílias.<br />

Conce<strong>do</strong> um aparte ao nobre Deputa<strong>do</strong><br />

Sérgio Guerra.<br />

O Sr. Sérgio Guerra - Deputa<strong>do</strong> Marcus<br />

Cunha, primeiro para parabenizá-lo pelo<br />

<strong>do</strong>cumento que V.Exa. <strong>de</strong>ixa hoje para o<br />

conhecimento <strong>do</strong>s pernambucanos. Com<br />

a competência que ninguém lhe nega,<br />

V.Exa. reúne num texto uma síntese rara<br />

<strong>do</strong> que foi possível fazerem <strong>Pernambuco</strong><br />

numa situação <strong>de</strong> extrema dificulda<strong>de</strong>.<br />

Um ponto que V.Exa. já chamou a<br />

atenção foi das iniciativas <strong>do</strong> Governo<br />

Arraes no campo da terra e na<br />

regularização <strong>do</strong> patrimônio <strong>de</strong> muitos<br />

trabalha<strong>do</strong>res.<br />

Valeria a pena, ainda, acrescentar a<br />

afirmação que V.Exa. introduz na<br />

discussão <strong>de</strong> hoje, um da<strong>do</strong> que, para<br />

mim, foi extremamente relevante. A


capacida<strong>de</strong> que teve o Governo Arraes <strong>de</strong><br />

harmonizar socialmente o Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong>. Havia uma previsão <strong>de</strong> que<br />

a posse <strong>de</strong> Arraes era o começo <strong>de</strong> uma<br />

situação <strong>de</strong> ruptura social em<br />

<strong>Pernambuco</strong> Essa ruptura não se <strong>de</strong>u. A<br />

custa <strong>de</strong> uma ação forte e responsável foi<br />

possível manter o equilíbrio <strong>de</strong> to<strong>do</strong> um<br />

conjunto social extremamente difícil,<br />

empobreci<strong>do</strong> e socialmente radicaliza<strong>do</strong>.<br />

A competência <strong>do</strong> Governo Arraes <strong>de</strong><br />

administrar o conflito latente da socieda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, evitan<strong>do</strong> que este Esta<strong>do</strong><br />

se transformar-se num turbilhão <strong>de</strong> lutas<br />

sociais, foi seguramente uma gran<strong>de</strong><br />

realização política e administrativa <strong>do</strong><br />

Governo que junto fizemos.<br />

Eu me recor<strong>do</strong> muito bem que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

seu primeiro discurso como Lí<strong>de</strong>r da<br />

Bancada <strong>do</strong> Governo, V.Exa. chamava a<br />

atenção da necessida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r<br />

eleito e <strong>do</strong> Governo que ele formou,<br />

trabalhar para que as forças <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong> se harmonizassem, para que<br />

houvesse um mínimo <strong>de</strong> unida<strong>de</strong> e o<br />

Esta<strong>do</strong> não fosse prejudica<strong>do</strong>, para que,<br />

<strong>de</strong> uma forma ou <strong>de</strong> outra, to<strong>do</strong>s se<br />

sentissem, mais ou menos, responsáveis<br />

por uma situação que atingia a to<strong>do</strong>s, <strong>de</strong><br />

uma forma ou <strong>de</strong> outra, mais ou menos<br />

negativamente, mais ou menos<br />

positivamente. Foi o Deputa<strong>do</strong>, Marcus<br />

Cunha, na época, que chamou a atenção<br />

para essa necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> convergência<br />

social. Eu me recor<strong>do</strong> que V.Exa. fez,<br />

inclusive, uma série <strong>de</strong> visitas a entida<strong>de</strong>s<br />

sociais, as <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res e <strong>do</strong>s<br />

patrões e que nessas visitas o seu esforço<br />

foi para que tivesse um conjunto <strong>de</strong><br />

informações que pu<strong>de</strong>sse <strong>do</strong>tar ao<br />

Governo e ao Governa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> condições<br />

para atuar, manten<strong>do</strong> esse equilíbrio<br />

indispensável a preservação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e<br />

da socieda<strong>de</strong> em <strong>Pernambuco</strong>.<br />

Quero parabenizá-lo pelo discurso que<br />

faz, na certeza que a Assembléia ouve,<br />

hoje, como em raras oportunida<strong>de</strong>s, mais<br />

um pronunciamento amplo, tenso, sério<br />

que foi a marca da sua atuação<br />

parlamentar nos vários mandatos que<br />

teve.<br />

O Sr. MARCUS CUNHA - Agra<strong>de</strong>ço o<br />

vosso aparte, Deputa<strong>do</strong> Sérgio Guerra, e<br />

sublinho exatamente aquele trecho <strong>do</strong> seu<br />

aparte em que V.Exa. chama a atenção<br />

para a capacida<strong>de</strong> que teve o Governo<br />

Miguel Arraes <strong>de</strong> harmonizar os conflitos,<br />

<strong>de</strong> administrar <strong>de</strong>ntro da harmonia os<br />

conflitos sociais <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong>. Foi importante sobretu<strong>do</strong>,<br />

quan<strong>do</strong> nós temos consciência <strong>de</strong> que o<br />

Governa<strong>do</strong>r Arraes, a maior parte da sua<br />

administração, ele realizou essa<br />

administração quan<strong>do</strong> o Governo Fe<strong>de</strong>ral<br />

se encontrava em plena <strong>de</strong>composição,<br />

sem nenhum prestigio perante e opinião<br />

pública, com todas as estruturas da<br />

socieda<strong>de</strong> brasileira cancerosas e<br />

<strong>Pernambuco</strong> que sempre foi um Esta<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> muita tradição <strong>de</strong> luta, continuou<br />

tranqüilo no meio <strong>de</strong>sse mar revolto sob o<br />

coman<strong>do</strong> <strong>do</strong> Ex-Governa<strong>do</strong>r que<br />

Governou com to<strong>do</strong>s os segmentos<br />

sociais e produtivos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong>.<br />

Mas, Sr. Presi<strong>de</strong>nte.<br />

Simultaneamente, a irrigação chegou a 3<br />

mil hectares <strong>de</strong> pequenos produtores, e<br />

base da agricultura <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, amplian<strong>do</strong><br />

e produção <strong>de</strong> alimentos em 62 mil<br />

toneladas. Os financiamentos através <strong>do</strong><br />

Programa <strong>de</strong> Apoio ao Pequeno Produtor<br />

cresceram oito vezes <strong>de</strong> 1987 a 1909,<br />

atingin<strong>do</strong> 16 milh6es <strong>de</strong> dólares no último<br />

ano. Houve um gran<strong>de</strong> esforço <strong>de</strong><br />

integração entre os órgãos <strong>de</strong> pesquisa,<br />

distribuição <strong>de</strong> sementes, armazenagem<br />

construção e manutenção <strong>de</strong> estradas e<br />

distribuição <strong>de</strong> safras, para que a comida<br />

chegasse mais barata na mesa <strong>do</strong>s<br />

trabalha<strong>do</strong>res.<br />

Nesse esforço, foi <strong>de</strong>cisivo o programa<br />

Cestão <strong>de</strong> Povo, uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> 200 lojas<br />

populares espalhadas por diversas<br />

regiões <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, on<strong>de</strong> <strong>13</strong> produtos<br />

básicos são vendi<strong>do</strong>s, em média 30%<br />

mais baratos <strong>do</strong> que nos merca<strong>do</strong>s<br />

convencionais. Milhares <strong>de</strong> famílias<br />

passaram a comprar semanalmente no<br />

Cestão <strong>do</strong> Povo, consumin<strong>do</strong> <strong>do</strong>is milhões<br />

e meio <strong>de</strong> quilos <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias.<br />

Na área <strong>do</strong> abastecimento d’água, apesar<br />

<strong>do</strong>s profun<strong>do</strong>s cortes <strong>do</strong>s recursos<br />

fe<strong>de</strong>rais para o setor, as atenções <strong>do</strong><br />

governo Arraes foram prioritárias - não<br />

apenas em função <strong>de</strong> sua importância<br />

imediata, mas também pela correlação


entre a oferta da água tratada e a<br />

diminuição <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças transmissíveis,<br />

especialmente em crianças. Nos três<br />

anos, mais <strong>de</strong> 1 milhão <strong>de</strong> pessoas sem<br />

abastecimento em suas casas, ou<br />

atendidas <strong>de</strong> forma esparsa e irregular,<br />

passaram a ter água limpa para beber. A<br />

re<strong>de</strong> <strong>de</strong> distribuição foi aumentada em<br />

mais <strong>de</strong> 900 quilômetros. Na região<br />

metropolitana, o sistema Botafogo foi<br />

reforça<strong>do</strong>, e no interior, através <strong>do</strong><br />

trabalho integra<strong>do</strong> <strong>de</strong> Compesa, Cisagro e<br />

Cohab, 300 mil, pessoas que viviam em<br />

bairros da periferia urbana e distritos<br />

isola<strong>do</strong>s da zona rural, passaram a ter<br />

abastecimento regular, a partir <strong>de</strong> poços,<br />

cisternas e açu<strong>de</strong>s.<br />

A seca - momento em que a crise da água<br />

se agudiza - foi igualmente enfrentada <strong>de</strong><br />

urna forma nova, <strong>de</strong>mocrática e popular.<br />

Antes <strong>de</strong> completar seis meses, o governo<br />

<strong>de</strong> Miguel Arraes era leva<strong>do</strong> a <strong>de</strong>cretar a<br />

emergência em 118 municípios assola<strong>do</strong>s<br />

pela falta <strong>de</strong> chuvas. Se continuassem a<br />

valer as práticas <strong>de</strong> governos passa<strong>do</strong>s,<br />

seria mais uma oportunida<strong>de</strong> para os<br />

privilegia<strong>do</strong>s <strong>de</strong> sempre enriquecerem<br />

com o dinheiro público ou trocarem votos<br />

por latas d'água. Mas isso também<br />

mu<strong>do</strong>u. Terminada a seca, o governo<br />

tinha concluí<strong>do</strong> 19.731 açu<strong>de</strong>s, barragens,<br />

barreiros e passagens molhadas, com o<br />

trabalho <strong>de</strong> 220 mil homens alista<strong>do</strong>s nas<br />

frentes, <strong>de</strong> emergência, sob a fiscalização<br />

<strong>do</strong>s Grupos <strong>de</strong> Ação municipal. Forma<strong>do</strong>s<br />

por funcionários públicos, representantes<br />

<strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res e das comunida<strong>de</strong>s, os<br />

GAM´s faliram a chamada “indústria da<br />

seca”.<br />

Os alistamentos contemplaram apenas os<br />

agricultores necessita<strong>do</strong>s, os pagamentos<br />

foram feitos em cheques nominais <strong>do</strong><br />

Ban<strong>de</strong>pe, as obras realizadas foram<br />

listadas em computa<strong>do</strong>r e registradas em<br />

cartório, com garantia <strong>de</strong> usufruto<br />

comunitário. Um exemplo <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong>,<br />

austerida<strong>de</strong> e rigor na aplicação <strong>do</strong>s<br />

recursos públicos, por parte <strong>do</strong> governo,<br />

que terminou sen<strong>do</strong> segui<strong>do</strong> por outros<br />

esta<strong>do</strong>s nor<strong>de</strong>stinos.<br />

Com a mesma disposição foi enfrenta<strong>do</strong> o<br />

<strong>de</strong>safio das empresas e companhias<br />

estatais, uma herança caótica recebida<br />

em 1987. O melhor exemplo é o <strong>do</strong><br />

Ban<strong>de</strong>pe, que em fevereiro daquele ano<br />

encontrava-se sob risco <strong>de</strong> intervenção<br />

fe<strong>de</strong>ral. Saneadas suas finanças e<br />

profissionalizada sua direção, o banco<br />

estadual passou a trabalhar pela maioria.<br />

No governo anterior, em quatro anos o<br />

Ban<strong>de</strong>pe havia realiza<strong>do</strong> 31.008<br />

financiamentos a pequenos agricultores.<br />

Em 1988, já no governo Arraes, o banco<br />

igualava esse número e em 1989 o<br />

Crédito Popular chegou a 60 mil<br />

agricultores, proprietários <strong>de</strong> até 60 mil<br />

hectares, impulsionan<strong>do</strong> a recuperação da<br />

agricultura <strong>de</strong> alimentos em <strong>Pernambuco</strong>.<br />

Em 1988, o Ban<strong>de</strong>pe foi escolhi<strong>do</strong> pela<br />

conceituada revista “EXAME” como o<br />

segun<strong>do</strong> melhor banco estadual <strong>do</strong> Brasil,<br />

em <strong>de</strong>sempenho global, apenas supera<strong>do</strong><br />

pelo gigantesco BANESPA. E em 1989, a<br />

revista “VEJA” apontava o Ban<strong>de</strong>pe como<br />

o banco estadual com a política mais<br />

profissional na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões.<br />

A <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> investimento e recuperação<br />

das estatais - como uma comprovação da<br />

sua viabilida<strong>de</strong>, quan<strong>do</strong> voltadas para o<br />

interesse da maioria - abrangeu também o<br />

IPA, e SEMEMPE, a CILPE e o LAFEPE.<br />

Com apoio <strong>de</strong> experimentos<br />

biotecnológicos inéditos, o IPA<br />

transformou-se na única empresa <strong>de</strong><br />

pesquisas <strong>do</strong> País a trabalhar com mudas<br />

<strong>de</strong> proveta <strong>de</strong> culturas básicas - como<br />

mandioca, batata-<strong>do</strong>ce, batata inglesa,<br />

inhame e banana, benefician<strong>do</strong> milhares<br />

<strong>de</strong> pequenos agricultores. A SEMEPE<br />

triplicou e sua produção <strong>de</strong> sementes,<br />

comercializadas com 145 mil pequenos e<br />

médios produtores. Ao final <strong>do</strong>s três anos<br />

<strong>do</strong> governo Arraes, a CILPE teve sua<br />

capacida<strong>de</strong> industrial elevada em 51%, o<br />

que significou 180 mil litros <strong>de</strong> leite a mais<br />

no merca<strong>do</strong>, por dia.<br />

O LAFEPE - recebi<strong>do</strong> com o patrimônio<br />

dilapida<strong>do</strong>, dividas <strong>de</strong> 345 mil dólares e<br />

linha <strong>de</strong> produção estagnada -<br />

praticamente renasceu. Em 1909 já<br />

lançava <strong>12</strong> novos medicamentos,<br />

aumentava sua produção em 220% e<br />

apresentava um lucro operacional <strong>de</strong> 1,1<br />

milhão <strong>de</strong> dólares.<br />

Nesta política em relação às estatais, a<br />

CELPE merece especial <strong>de</strong>staque, pela<br />

dimensão que sua ação ganhou no<br />

Governo Miguel Arraes. De 1966, quan<strong>do</strong>


foi inicia<strong>do</strong> o programa <strong>de</strong> eletrificação<br />

rural no Esta<strong>do</strong>, até março <strong>de</strong> 1997,<br />

quan<strong>do</strong> o governo Arraes tomou posse,<br />

haviam si<strong>do</strong> eletrificadas 30 mil<br />

proprieda<strong>de</strong>s rurais nas diversas regiões,<br />

uma média <strong>de</strong> 1.500 por ano. Em três<br />

anos <strong>do</strong> governo Arraes a energia elétrica<br />

chegou a nada menos <strong>do</strong> que 23 mil<br />

proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> até 10 hectares, um<br />

recor<strong>de</strong> histórico, que beneficiou<br />

diretamente pequenos agricultores<br />

produtores <strong>de</strong> alimentos. Até março <strong>de</strong><br />

1991, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a programação<br />

<strong>de</strong>ixada, esse número irá chegar a 31 mil<br />

proprieda<strong>de</strong>s. Ou seja realizar, em quatro<br />

anos, no setor, mais <strong>do</strong> que os governos<br />

passa<strong>do</strong>s só conseguiram fazer em 21<br />

anos. Igual esforço foi empreendi<strong>do</strong> nas<br />

ligações <strong>do</strong>mésticas.<br />

Mas, conce<strong>do</strong> o aparte ao nobre<br />

Deputa<strong>do</strong> Pedro Eurico.<br />

O Sr. Pedro Eurico - Deputa<strong>do</strong> Marcus<br />

Cunha, não venho á Tribuna <strong>de</strong> aparte<br />

para ter comenta<strong>do</strong> o lustre<br />

pronunciamento <strong>de</strong> V.Exa. o que toca ao<br />

conjunto das ações, aos acertos, ao<br />

lega<strong>do</strong> positivo que o Governo Arraes<br />

<strong>de</strong>ixa para o povo <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, no<br />

perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> profunda crise econômica<br />

como ressaltou V.Exa..<br />

Mas venho à Tribuna, porque sei que<br />

V.Exa., faz uma <strong>de</strong>spedida <strong>de</strong>sta Casa, <strong>de</strong><br />

uma forma diferente. V.Exa faz a<br />

<strong>de</strong>spedida <strong>de</strong>sta Casa, <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong><br />

espírito <strong>de</strong> luta, garra, coragem o<br />

efetivamente o pronunciamento <strong>de</strong> V.Exa.,<br />

foi uma prova disso, a ma prova que<br />

V.Exa. não o político só <strong>de</strong> Parlamento. E<br />

não vai restringir a sua militância, a sua<br />

vida pública ao Parlamento.<br />

Nós temos um viés, que nós vemos ter<br />

que romper com ele, com o passa <strong>do</strong>s<br />

anos. Esse viés, hoje é o seguinte,<br />

Deputa<strong>do</strong> Marcus Cunha, ainda e a visão<br />

pequena, uma visão atrasada, <strong>de</strong> quem só<br />

é político quem tem mandato, só<br />

sobrevive, só participa da vida pública ou<br />

o Deputa<strong>do</strong> o ou Secretário <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, e<br />

nunca militante partidário.<br />

E é por isso que nós não constituímos<br />

parti<strong>do</strong>s políticos, é por isso que nós não<br />

constituímos ativida<strong>de</strong>s políticas<br />

permanentes e dura<strong>do</strong>uras. E, eu sei<br />

porque tenho conversa<strong>do</strong> nos últimos<br />

dias, longamente com V. Exa., e sei que<br />

V. Exa., vai continuar na trincheira.<br />

Conheci V.Exa., conheci o Deputa<strong>do</strong><br />

Marcus Cunha, quan<strong>do</strong> ainda era<br />

estudante da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito, estava<br />

ingressan<strong>do</strong> na Faculda<strong>de</strong>, nos tempos<br />

brabos da Ditadura Militar em 1970 e já ali<br />

aprendi a conviver com V. Exa., a ver a<br />

sua luta. V. Exa., enfrentou aquela eleição<br />

em 1970, que foi quase um kamicase<br />

naquela eleição, porque os<br />

pronunciamentos <strong>de</strong> V. Exa., no horário<br />

gratuito <strong>de</strong> televisão, assombrava o povo<br />

<strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong> pela coragem que V.<br />

Exa., tinha.<br />

Depois, como Verea<strong>do</strong>r em 1972, chegou<br />

até a amargar até mesmo a prisão nas<br />

<strong>de</strong>pendências <strong>do</strong> DDI - CODI.<br />

Posteriormente, em 1974, V.Exa., se<br />

elege o Deputa<strong>do</strong> mais vota<strong>do</strong> em<br />

<strong>Pernambuco</strong>. Em 1978 vai á Brasília,<br />

retorna a <strong>Pernambuco</strong>, volta á<br />

Assembléia, é nosso candidato á Prefeito<br />

<strong>de</strong> Recife e agora V.Exa., <strong>de</strong>spe<strong>de</strong>-se da<br />

Assembléia legislativa, mas não dá vida<br />

pública. E é preciso uma reflexão também.<br />

Que tipo <strong>de</strong> Parlamento estamos<br />

construin<strong>do</strong> hoje? Qual é a ameaça que<br />

se abate sobre o Parlamento Brasileiro?<br />

Quais são os vícios que vão conviver no<br />

Parlamento Brasileiro, na próxima<br />

legislatura, muitos anos <strong>do</strong> que nesta? O<br />

Parlamento brasileiro hoje corre risco <strong>de</strong><br />

ser parlamento to<strong>do</strong> ele preso pelo po<strong>de</strong>r<br />

econômico, aos nobres e aos gran<strong>de</strong>s<br />

grupos, ou preso ao ranço <strong>do</strong><br />

corporativismo que vem comprometen<strong>do</strong> o<br />

aparelho <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>, que vem<br />

comprometen<strong>do</strong> a função pública em<br />

nosso País. Sei que talvez por isso V.<br />

Exa., seja hoje penaliza<strong>do</strong> pela perda <strong>do</strong><br />

mandato, mas não vamos enten<strong>de</strong>r a<br />

perda <strong>do</strong> mandato como uma pena, como<br />

uma <strong>de</strong>rrota, somente. Não é por aí.<br />

Neste momento V.Exa., <strong>de</strong>ixa o<br />

Parlamento, mas vai participar conosco da<br />

resistência que vamos travar aqui em<br />

<strong>Pernambuco</strong> contra o nosso Governo que<br />

vem aí. Não vamos fazer um Oposição<br />

sistemática, uma Oposição pela Oposição,<br />

temos também discuti<strong>do</strong> isso com V. Exa..<br />

Os tempos são outros, exigem <strong>de</strong> nós<br />

propostas, análise e ninguém melhor <strong>do</strong>


que V. Exa., para, <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s Parti<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />

Oposição, ajudar a fazer análise lúcida da<br />

situação <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, da situação <strong>do</strong><br />

Recife, da Região Metropolitana, mas<br />

acima <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> <strong>do</strong> enfrentamento a essa<br />

política econômica que nos leva hoje a um<br />

processo recessivo, á <strong>de</strong>snacionalização,<br />

ao sucateamento <strong>do</strong> nosso Parque<br />

Industrial ao empobrecimento <strong>do</strong> nosso<br />

povo.<br />

Então Dep. Marcus Cunha, quero me<br />

congratular com V.Exa., como amigo<br />

pessoal, que já tive momentos duros,<br />

momentos plurais, porque enten<strong>do</strong> que<br />

<strong>de</strong>mocracia se constrói no pluralismo e o<br />

pluralismo se constrói a partir da<br />

contradição. Do contrário nós vamos<br />

construir o novo. Por vários momentos<br />

estivemos em posições contrárias, mas<br />

por vários momentos também construímos<br />

o novo <strong>Pernambuco</strong>. Sei, que V.Exa., vai<br />

ajudar a Bancada que vai ficar aqui a<br />

construir uma Oposição sólida para<br />

garantir o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da <strong>de</strong>mocracia no Brasil.<br />

O Sr. MARCUS CUNHA - Agra<strong>de</strong>ço o<br />

aparte <strong>de</strong> V.Exa., Dep. Pedro Eurico. O<br />

testemunho carinhoso que <strong>de</strong>u aqui na<br />

Tribuna <strong>de</strong> apartes da Assembléia<br />

<strong>Legislativa</strong> sobre a minha vida<br />

universitária e sobre os inícios da minha<br />

vida pública e reafirman<strong>do</strong>, como já tenho<br />

dito a V.Exa., que na verda<strong>de</strong>, a partir <strong>do</strong><br />

dia 16 <strong>de</strong> fevereiro, serei um solda<strong>do</strong> da<br />

construção aqui das nossas bases,<br />

procuran<strong>do</strong> sempre uni-las para que já<br />

nas eleições municipais nós comecemos e<br />

recuperar o terreno político no Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong>.<br />

Conce<strong>do</strong> o aparte ao Deputa<strong>do</strong> Arthur<br />

Correia.<br />

O Sr. Arthur Correia - Nobre Deputa<strong>do</strong><br />

Marcus Cunha, tinha até pouco tempo a<br />

impressão <strong>de</strong> que sairia <strong>de</strong>sta Casa sem<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fazer aquilo que tivesse ao meu<br />

alcance e, que fosse extremamente<br />

necessário, para a segurança, para o bem<br />

estar, para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong>. No entanto, hoje ao ouvir<br />

V.Exa., Parlamentar <strong>do</strong>s mais brilhantes<br />

<strong>de</strong>sta Casa, político sério, homem que se<br />

revelou como relator da nossa Carta<br />

Magna e, que ganhou no convívio <strong>do</strong>s<br />

quatros anos, especialmente no convívio<br />

mais aperta<strong>do</strong> na Comissão <strong>de</strong><br />

Sistematização, a minha admiração. E,<br />

fiquei sem per<strong>do</strong>ar o povo pernambucano<br />

por ter esqueci<strong>do</strong> o número 15<strong>13</strong>3,<br />

número <strong>de</strong> V. Exa., que <strong>de</strong>via ter volta<strong>do</strong> a<br />

esta Casa. Mas, hoje observan<strong>do</strong> ali, ao<br />

la<strong>do</strong> <strong>do</strong> sertanejo Vital Novaes, quan<strong>do</strong> V.<br />

Exa. disse, que o Governo Arraes fez<br />

<strong>de</strong>zenove mil e poucas barragens no<br />

Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, eu tenho a<br />

impressão que aí estar uma das razões <strong>do</strong><br />

povo ter rejeita<strong>do</strong> o nome <strong>de</strong> V. Exa.,<br />

como relator da Constituinte e, talvez até<br />

dai eu ter senti<strong>do</strong> a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

reeleição e, com perspícacia <strong>de</strong> matuto<br />

interiorano, ter <strong>de</strong>sisti<strong>do</strong>. Porque, certa<br />

vez eu disse aqui ao Lí<strong>de</strong>r Áureo Bradley<br />

quan<strong>do</strong> anunciou um número <strong>de</strong><br />

barragens bem menor <strong>do</strong> que esse que<br />

V.Exa. traz hoje. Naquela hora eu já dizia<br />

ao Lí<strong>de</strong>r Áureo Bradley, vou apresentar<br />

um Projeto, meu caro Deputa<strong>do</strong> Áureo<br />

Bradley, tentan<strong>do</strong> incluir nataçáo, como<br />

matéria obrigátória nas escolas Estaduais<br />

<strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, acima da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Caruaru. Agora, eu me preocupo e,<br />

chamo a atenção <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s<br />

sertanejos, Vital Novaes, <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte<br />

Argemiro Pereira to<strong>do</strong>s que tem área <strong>de</strong><br />

atuação na Zona seca <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>.<br />

Vamos os que irão continuar na Casa,<br />

tratar <strong>de</strong> incluir natação como matéria<br />

obrigatória. Porque vamos ter um gran<strong>de</strong><br />

número <strong>de</strong> mortes <strong>de</strong> crianças, com essas<br />

<strong>de</strong>zenove mil barragens espalhadas em<br />

<strong>Pernambuco</strong>, principalmente , porque o<br />

nosso agrestino e o nosso sertanejo não<br />

são como os homens da faixa <strong>do</strong> litoral,<br />

acostuma<strong>do</strong>s ao convívio com as gran<strong>de</strong>s<br />

barragens <strong>de</strong> qualquer forma Deputa<strong>do</strong><br />

Marcus Cunha, eu fico feliz com essa<br />

noticia, porque não posso duvidar, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que V. Exa. é o veiculo <strong>de</strong>la para dar<br />

conhecimento a Assembléia <strong>Legislativa</strong>.<br />

Era apenas esse registro que eu queria<br />

fazer e, agra<strong>de</strong>cer a V. Exa. a gentileza <strong>do</strong><br />

aparte.<br />

O Sr. MARCUS CUNHA - Deputa<strong>do</strong><br />

Arthur Correia, quan<strong>do</strong> V.Exa. se<br />

aproximou <strong>do</strong> microfone <strong>de</strong> aparte, eu<br />

tinha certeza <strong>de</strong> que as palavras <strong>de</strong>


V.Exa., seriam exatamente nesta direção.<br />

Eu não po<strong>de</strong>ria esperar outra coisa <strong>de</strong><br />

V.Exa. Primeiramente, um aparte<br />

generoso para com o amigo que apren<strong>de</strong>u<br />

a lhe admirar, também na construção da<br />

nossa Carta Magana da nova Constituição<br />

já em vigor <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>.<br />

V.Exa. foi generoso para comigo, como<br />

tem si<strong>do</strong> generoso para comigo em várias<br />

oportunida<strong>de</strong>s nesta Casa. Eu sabia que<br />

V.Exa., ia me fazer um elogio, mas,<br />

também eu tinha consciência, por<br />

conhecer V.Exa. como conheço, <strong>de</strong> que<br />

apesar <strong>do</strong> elogio apesar da amiza<strong>de</strong>,<br />

apesar <strong>do</strong> bom entendimento, V.Exa. não<br />

voltaria as costas ao seu passa<strong>do</strong>, a sua<br />

coerência <strong>de</strong> homem público engaja<strong>do</strong><br />

num la<strong>do</strong> político que não é o meu la<strong>do</strong>.<br />

E, aí V.Exa. fez a crítica, a crítica é<br />

marcada também pela ironia, pelo bom<br />

humor, que V.Exa. tem revela<strong>do</strong> nesta<br />

Casa. Eu diria apenas, que V.Exa., repetiu<br />

muito a palavra barragem e, quan<strong>do</strong> eu<br />

enumerei as realizações, nesta área, eu<br />

não falei apenas em barragens: Eu falei<br />

também em açu<strong>de</strong>, em barragens, em<br />

barreiros e, passagens molhadas que<br />

V.Exa. conhece.<br />

Mas, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, dan<strong>do</strong> continuida<strong>de</strong>,<br />

com a mesma disposição, foi enfrenta<strong>do</strong> o<br />

<strong>de</strong>safio das Empresas e Companhias<br />

Estatais, uma herança caótica recebida<br />

em 87. O melhor exemplo é o <strong>do</strong><br />

BANDEPE, que em fevereiro daquele ano<br />

encontrava-se sob risco <strong>de</strong> Intervenção<br />

Fe<strong>de</strong>ral. Saneadas as suas finanças e,<br />

profisionalizada a sua direção, o Banco<br />

Estadual passou a trabalhar pela maioria.<br />

No Governo anterior, em quatro anos, o<br />

BANDEPE, havia realiza<strong>do</strong>, 38.008<br />

financiamentos a pequenos agricultores.<br />

Em 88, já no Governo Arraes, por<br />

milhares <strong>de</strong> pequenos agricultores. A<br />

SEMENTE triplicou a sua produção <strong>de</strong><br />

sementes, comercializadas com 145.000<br />

pequenos e médios produtores. ao final<br />

<strong>do</strong>s três anos <strong>do</strong> Governo, a CILPE teve a<br />

sua capacida<strong>de</strong> industrial elevada em 51<br />

%, o que sigiificou 180 mil litros <strong>de</strong> leite a<br />

mais no merca<strong>do</strong> por dia. O LAFEPE,<br />

recebi<strong>do</strong> como património <strong>de</strong>lapida<strong>do</strong>,<br />

dívidas <strong>de</strong> 345 mil dólares, em linha <strong>de</strong><br />

produção estagnada, praticamente<br />

renasceu em 89 já lançava <strong>do</strong>ze novos<br />

medicamentos. Aumentava a sua<br />

produção em 220 % e apresentava um<br />

lucro operacional <strong>de</strong> 1,1 milhão <strong>de</strong><br />

dólares. Nesta política, em relação as<br />

Estatais, a CELPE merece especial<br />

<strong>de</strong>staque, pela dimensão que sua ação<br />

ganhou no Governo Arraes, <strong>de</strong> 1966<br />

quan<strong>do</strong> foi inicia<strong>do</strong> o programa <strong>de</strong><br />

eletrificação rural no Esta<strong>do</strong>, até março<br />

<strong>de</strong> 1987, quan<strong>do</strong> o Governo Arraes tomou<br />

posse, haviam si<strong>do</strong> eletrificadas trinta mil<br />

proprieda<strong>de</strong>s rurais nas diversas regiões.<br />

Uma média <strong>de</strong> um mil e quinhentas por<br />

ano. Em três anos <strong>do</strong> Governo Arraes, a<br />

enegia elétrica chegou a nada menos <strong>do</strong><br />

que 23 mil proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> até <strong>de</strong>z<br />

hectares um recor<strong>de</strong> histórico, que<br />

beneficiou diretamente pequenos<br />

agricultores e produtores <strong>de</strong> alimentos.<br />

Até março <strong>de</strong> 91, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a<br />

programação <strong>de</strong>ixada, esse número irá<br />

chegar a 31 mil proprieda<strong>de</strong>s. Ou seja,<br />

realizar em quatro anos, no setor mais<br />

que os Governos passa<strong>do</strong>s ao<br />

conseguiram fazer em vinte e um anos.<br />

Igual esforço foi empreendi<strong>do</strong> nas<br />

ligações <strong>do</strong>mésticas, em residências <strong>de</strong><br />

baixa renda, a meta era <strong>do</strong>ze mil ligações<br />

por ano, um total <strong>de</strong> trinta e seis mil<br />

ligações em três anos. Mas, no final <strong>do</strong><br />

Governo Arraes, um novo recor<strong>de</strong> foi<br />

alcança<strong>do</strong> quarenta e uma mil ligações<br />

em casas <strong>de</strong> famílias pobres, benefician<strong>do</strong><br />

mais <strong>de</strong> duzentas mil pessoas que<br />

trocaram o can<strong>de</strong>eiro pelo interruptor <strong>de</strong><br />

luz.<br />

Conce<strong>do</strong> o aparte ao Deputa<strong>do</strong> Humberto<br />

Barradas.<br />

O Sr. Humberto Barradas - Meu caro<br />

amigo Deputa<strong>do</strong> Marcus Cunha, V. Exa.,<br />

me <strong>de</strong>ixa satisfeito e feliz na tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> hoje<br />

começo <strong>de</strong> noite, quan<strong>do</strong> vem a Tribuna<br />

<strong>de</strong>sta Casa, fazer uma narrativa das<br />

realizações <strong>do</strong> Governo Arraes, e o<br />

Deputa<strong>do</strong> Humberto Barradas, que foi<br />

Vice-Lí<strong>de</strong>r <strong>do</strong> Governo <strong>de</strong> Dr. Arraes,<br />

consequentemente li<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> <strong>do</strong> meu li<strong>de</strong>r<br />

Marcus Cunha, não po<strong>de</strong>ria nesse<br />

momento, <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> parábenizá-lo por<br />

<strong>do</strong>is gran<strong>de</strong>s motivos, primeiro lugar que<br />

vejo V.Exa., novamente na Tribuna da<br />

Casa, dan<strong>do</strong> <strong>de</strong>monstração da sua<br />

competência, e dizen<strong>do</strong> taxativamente


palavras elogiosas, ao Governo Dr.<br />

Arraes.<br />

Em segun<strong>do</strong> lugar Deputa<strong>do</strong> Mlarcus<br />

Cunha, amigo meu não tem <strong>de</strong>feito, e<br />

inimigo quan<strong>do</strong> não tem eu boto, e não<br />

po<strong>de</strong>ria corno amigo <strong>de</strong> Dr. Miguel Arraes,<br />

embora hoje, o la<strong>do</strong> oposto, <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ver<br />

exatamente a essa Tribuna, para dizer<br />

que <strong>do</strong> la<strong>do</strong> <strong>de</strong> cá, e que eu posso dá o<br />

testemunho das qualificações pessoais <strong>do</strong><br />

Governo Miguel Arraes, e gostaria que V.<br />

Exa. soubesse, que me alegra<br />

profundamente, vê-lo repito fazen<strong>do</strong> uma<br />

análise positiva, daquilo que foi o Governo<br />

que nós <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>mos, acho que V. Exa e<br />

eu, pu<strong>de</strong>mos ao apagar das luzes <strong>do</strong><br />

nosso mandato, <strong>de</strong>ixar essa Casa <strong>do</strong><br />

mesmo jeito que entramos, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> as<br />

mesmas coisas e as mesmas idéias que<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>mos quan<strong>do</strong> aqui chegamos,<br />

muito bom e muito bonito porque mas<br />

uma vez se prova quan<strong>do</strong> as coisas existe<br />

são verda<strong>de</strong>iras palpaveis concretas, não<br />

se precisa usar uma sigla partidária, para,<br />

se dizer que estamos juntos, quero que V.<br />

Exa., saiba, que a distancia que nos<br />

separa, não é mais nem menos <strong>do</strong> que<br />

essa sigla partidária, nós estamos juntos<br />

Deputa<strong>do</strong> Marcus Cunha, porque nós<br />

enten<strong>de</strong>mos, nós po<strong>de</strong>mos na<br />

convivência, po<strong>de</strong>r dizer hoje, quem é o<br />

Governa<strong>do</strong>r Miguel Arraes <strong>de</strong> Alencar em<br />

to<strong>do</strong> canto, em qualquer local, on<strong>de</strong> falar<br />

<strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r Miguel Arraes, estará lá o<br />

Deputa<strong>do</strong> Humberto Barradas, para dizer<br />

que ele é um homem Inteiro, homem<br />

sério, competente e <strong>de</strong> bem, pularia <strong>de</strong><br />

galho para esquecer aquilo tu<strong>do</strong> que pu<strong>de</strong><br />

apren<strong>de</strong>r e que o povo <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong><br />

reconheceu na eleição passada, acho que<br />

V. Exa. mas uma vez trilha pelo caminho<br />

certo, volta V. Exa., a ser aquele<br />

Deputa<strong>do</strong> como ativo e combatente, V.<br />

Exa. que teve algum tempo por traz <strong>do</strong>s<br />

basti<strong>do</strong>res, V. Exa., que tirou umas férias<br />

que reputo merecidas pelo <strong>de</strong>scanço, mas<br />

imerecidas porque a falta <strong>de</strong> V. Exa. foi<br />

sentida, não só pelo Governo Dr. Arraes,<br />

mas principalmente pelos seus<br />

companheiros <strong>de</strong> Casa Parabéns<br />

Deputa<strong>do</strong> Marcus Cunha, V. Exa. continua<br />

sen<strong>do</strong> aquele li<strong>de</strong>r que eu aprendi a<br />

adumirar, parabéns e volte sempre essa<br />

Tribuna para nos brindar com<br />

Pronunciamentos como esse, com<br />

discurso sério e com um análise<br />

simplesmente honesta daquilo que<br />

aconteceu em <strong>Pernambuco</strong> no Governos<br />

<strong>do</strong> eminente homem púbico Miguel<br />

Arraes.<br />

O Sr. MARCUS CUNHA - Deputa<strong>do</strong><br />

Humberto Barradas, muito obriga<strong>do</strong> pelas<br />

palavras <strong>de</strong> V. Exa., palavras que<br />

traduzem realmente o que V. Exa. é<br />

enquanto pessoa humana, um homem<br />

verda<strong>de</strong>iro, um homem sincero, um<br />

homem que não se abate diante das<br />

dificulda<strong>de</strong>s, e uma pessoa que é capaz<br />

<strong>de</strong> mesmo estan<strong>do</strong> hoje, por motivos que<br />

não vale nem apenas, analisar, <strong>do</strong> outro<br />

la<strong>do</strong> V. Exa., é, capaz <strong>de</strong> ver com isenção<br />

e testemunhar com correçao, com retidão,<br />

com honestida<strong>de</strong> o que ocorreu no Esta<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong> durante o três anos e<br />

poucos meses <strong>do</strong> Governo Miguel Arraes<br />

<strong>de</strong> Alencar.<br />

(Lê):<br />

(...) A meta era <strong>de</strong> <strong>12</strong> mil ligações por<br />

anos o total <strong>de</strong> 36 mil ligações em três<br />

anos. Mas no final <strong>do</strong> Governo Miguel<br />

Arraes, um novo recor<strong>de</strong> foi alcança<strong>do</strong>: 41<br />

mil ligaçõeas em casa <strong>de</strong> famílias pobres,<br />

benefician<strong>do</strong> mais <strong>de</strong> 200 mil pessoas que<br />

trocaram o can<strong>de</strong>eiro pelo interruptor <strong>de</strong><br />

luz.<br />

A coerência com as reinvindicações da<br />

maioria, presente no programa <strong>de</strong><br />

eletrificação, também orientou o programa<br />

Cidadão e a ampliação da Assistência<br />

Judiciária <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Nos três anos <strong>do</strong><br />

governo Miguel Arraes, o programa<br />

Cidadão entrgou cerca <strong>de</strong> 1 milhão <strong>de</strong><br />

<strong>do</strong>cumentos a 600 mil pessoas, através<br />

<strong>do</strong> trabalho integra<strong>do</strong> <strong>de</strong> diversas<br />

Secretarias, pessoas que por serem<br />

pobres nunca tinham recebi<strong>do</strong> <strong>do</strong>s órgãos<br />

públicos um <strong>do</strong>cumento, nem mesmo o<br />

registro cívil. Esse apoio à cidadania foi<br />

amplia<strong>do</strong> com a recuperação da<br />

Assistência Judiciária, em um trabalho<br />

que envolveu 500 advoga<strong>do</strong>s e, em três<br />

anos, assegurou a cerca <strong>de</strong> 250 mil<br />

pessoas pobres o direito à <strong>de</strong>fesa na<br />

Justiça.<br />

Na área <strong>de</strong> habitação, os direitos da


maioria foram igualmente respeita<strong>do</strong>s.<br />

Enfrentan<strong>do</strong> un déficit habitacional <strong>de</strong> 500<br />

mil residências e o corte drástico <strong>de</strong><br />

verbas fe<strong>de</strong>rais para o setor o Governo<br />

Miguel Arraes investiu em programas<br />

habitacionais alternativo, que<br />

benefeciaram meio milhão <strong>de</strong> pessoas.<br />

Como o Banco da Construção, que atuou<br />

em 260 favelas, baratean<strong>do</strong> em 60 % os<br />

custos da casa própria construída em<br />

mutirão. O programa <strong>de</strong> urbanização <strong>de</strong><br />

favelas e a regulamentação da posse <strong>de</strong><br />

áreas ocupadas há décadas pelo povo,<br />

sob constante pressão <strong>de</strong> ações judiciais<br />

e violência por parte <strong>do</strong>s latifundiários<br />

urbanos. O governo Arraes também <strong>de</strong>u<br />

fim ao apadrinhamento político na entrega<br />

<strong>de</strong> casas e apartamentos da Cohab,<br />

realizan<strong>do</strong> o primeiro recadastramento <strong>de</strong><br />

mutuários <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>.<br />

Na educação pública, a priorida<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

Governo Miguel Arraes foi o cambate ao<br />

analfabetismo, um <strong>de</strong>safio gigantesco. As<br />

escolas estaduais receberam, por ano<br />

cerca <strong>de</strong> um milhão <strong>de</strong> crianças, e 25 mil<br />

adultos apren<strong>de</strong>ram a ler e a escrever nos<br />

“círculos <strong>de</strong> educação e cultura”. Pela<br />

primeira vez na história <strong>de</strong> ensino público<br />

<strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, 100 % das crianças<br />

matriculadas nas escolas estaduais<br />

apren<strong>de</strong>ram os mecanismos da<br />

alfabetização e 80 % foram alfabetiza<strong>do</strong>s,<br />

estrutura física e <strong>de</strong> equipamentos das<br />

escolas, recebi<strong>do</strong>s em péssimas<br />

condições pelo Governo Miguel Arraes, foi<br />

permanentemente restaurada.<br />

Levantamento realiza<strong>do</strong> em março <strong>de</strong><br />

1987 i<strong>de</strong>ntificou 1.015 escolas sem as<br />

mínimas condições <strong>de</strong> funcionamento.<br />

Mesmoa com a queda abrupta das<br />

tranferências <strong>de</strong> recursos pelo Ministério<br />

da Educação, o governo Miguel Arraes,<br />

nos três anos, reformou, ampliou e<br />

construiu 917 escolas, equipada com 238<br />

mil novas carteiras. Em três anos, foram<br />

distribuí<strong>do</strong>s com os alunos mais <strong>de</strong> 5<br />

milhões <strong>de</strong> livros didáticos e 3 milhões <strong>de</strong><br />

módulos <strong>de</strong> equipamentos escolares.<br />

Na área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, <strong>Pernambuco</strong> foi um<br />

<strong>do</strong>s primeiros Esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> País a erradicar<br />

a poliomelite, com resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> ação<br />

preventiva constante ao longo <strong>de</strong> três<br />

anos e <strong>do</strong> trabalho <strong>de</strong> 20 mil voluntários<br />

nas campanhas <strong>de</strong> vacinação. Em 1986,<br />

no final <strong>do</strong> governo anterior, <strong>Pernambuco</strong><br />

batera um triste recor<strong>de</strong>: 79 criança foram<br />

vitimadas pela paralisia infantil. Um<br />

número duas vezes superior ao <strong>de</strong> 1985 e<br />

quase 9 vezes maior <strong>do</strong> que os 9 casos<br />

constata<strong>do</strong>s em 1984. A Secretaria <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> no governo Arraes enfrentou esse<br />

<strong>de</strong>safio como priorida<strong>de</strong>. Em 1987, o<br />

número <strong>de</strong> casos já havia caí<strong>do</strong> para 35.<br />

Em 1988, foram registra<strong>do</strong>s apenas 14 e,<br />

finalmente, em 1989, nenhum caso foi<br />

confirma<strong>do</strong>. Um marco histórico <strong>do</strong><br />

governo Miguel Arraes A pólio estava sob<br />

total controle em <strong>Pernambuco</strong>, antes <strong>do</strong>s<br />

prazos fixa<strong>do</strong>s pelo Ministério da Saú<strong>de</strong>.<br />

Ao assumir o Governo Miguel Arraes não<br />

encontrou um só lote industrial no Esta<strong>do</strong>.<br />

Pois bem! Ampliou os Distritos Industriais<br />

<strong>de</strong> Petrolina, Garanhuns, Caruaru e Belo<br />

Jardim - que estavam esgota<strong>do</strong>s.<br />

No governo Arraes não se permitiu o<br />

fechamento <strong>de</strong> um única gran<strong>de</strong> indústria<br />

em <strong>Pernambuco</strong>, e o Esta<strong>do</strong> retomou a<br />

li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> Projetos na Su<strong>de</strong>ne,<br />

multiplican<strong>do</strong> por 4 o número <strong>de</strong> Cartas<br />

Consulta - o que <strong>de</strong>monstra o crescimento<br />

<strong>do</strong> interesse <strong>do</strong>s empresários em investir<br />

em nossa terra.<br />

O Centro <strong>de</strong> Convenções, antes <strong>de</strong><br />

março/1987, era <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> as famosas<br />

feiras da Alcântara Macha<strong>do</strong> - <strong>do</strong> Sul <strong>do</strong><br />

País - que recebia subsídios passaram a<br />

ser da<strong>do</strong>s às empresas pernambucanas -<br />

em cerca<strong>de</strong> 50 % - para participarem <strong>de</strong><br />

feiras no Esta<strong>do</strong>, no Nor<strong>de</strong>ste e até no<br />

exterior. Maios <strong>de</strong> 3 mil indústrias <strong>de</strong><br />

confecções, couro, calça<strong>do</strong>, móveis e<br />

reparação <strong>de</strong> veículos. Foram subsidia<strong>do</strong>s<br />

o que evitou que o setor <strong>de</strong> confecções<br />

quebrasse aqui no Esta<strong>do</strong>, permitin<strong>do</strong>, ao<br />

contrário, o seu crescimento.<br />

Várias fabricas foram implantadas na área<br />

<strong>de</strong> Suape como a Bung-Born - Conjunto<br />

industrial com investimento <strong>de</strong> 40 milhões<br />

<strong>de</strong> dólares, refinação <strong>de</strong> Milho <strong>do</strong> Brasil<br />

em Garanhuns representan<strong>do</strong> um<br />

investimento inicial <strong>de</strong> 16 milhões <strong>de</strong><br />

dólares. E mais a Suape Textil, a Inducon,<br />

a CIPESA em Jaboatão, etc...<br />

Este discurso, Senhores Deputa<strong>do</strong>s, o<br />

último proferimos na presente legislatura,<br />

nós <strong>de</strong>sejamos que seja um <strong>do</strong>cumento<br />

ainda que supeficial, <strong>de</strong> que foi o governo<br />

<strong>de</strong> Miguel Arraes.


O Sr. PRESIDENTE - Com a palavra o<br />

Deputa<strong>do</strong> José Aglailson.<br />

O Sr. JOSÉ AGLAILSON - Sr.<br />

Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Deputa<strong>do</strong>s.<br />

(Lê):<br />

Infelizmente a <strong>de</strong>spedida é cruel, mas<br />

acontece entre os homens, uns partem<br />

para sempre e outros não se per<strong>de</strong>m no<br />

caminho da volta.<br />

Esta Sessão é uma das últimas <strong>de</strong>ste<br />

perío<strong>do</strong> Legislativo, que também é o<br />

último <strong>de</strong>ste mandato ; sei que muito <strong>do</strong>s<br />

nossos colegas vão se <strong>de</strong>dicar a política<br />

em suas bases e outros encerram aqui a<br />

vida pública. To<strong>do</strong>s cumpriram seu <strong>de</strong>ver,<br />

uns <strong>de</strong>sempenharam seu mandato como<br />

verda<strong>de</strong>iros professores, outros, porém<br />

como eternos alunos, mas o objetivo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o povo e as instituições<br />

<strong>de</strong>mocráticas é o conforto e até mais <strong>do</strong><br />

que isto, é o sentimento <strong>do</strong> <strong>de</strong>ver<br />

cumpri<strong>do</strong>, <strong>de</strong> bem representar seus<br />

eleitores e Ter <strong>de</strong>fendi<strong>do</strong> o seu Esta<strong>do</strong>.<br />

Relembremos:<br />

- 1987 - iniciávamos uma nova batalha.<br />

Uns, primeiro mandato, outros a<br />

renovação <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> mandatos.<br />

- José Áureo Bradley, o menino <strong>de</strong><br />

Arcover<strong>de</strong>, levantan<strong>do</strong> sua voz para<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o Governo que se iniciava<br />

“Arraes, a esperança <strong>de</strong> um povo, que<br />

<strong>Pernambuco</strong> soube julgar o seu trabalho.”<br />

- José Humberto, representan<strong>do</strong> Limoeiro<br />

com sua voz firme e eloqüente, teve<br />

coerência como o princípio nortea<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

suas ações.<br />

- Luiz Epaminondas (Luizinho), com<br />

palavras simples soube dizer que veio,<br />

com garbo soube <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r seu povo e<br />

sua gente.<br />

- Arthur Correia (Arturzinho), companheiro<br />

<strong>do</strong> meu irmão no colégio da oposição, que<br />

com sabe<strong>do</strong>ria soube fazer distinção entre<br />

o certo e o erra<strong>do</strong>.<br />

- Joel <strong>de</strong> Hollanda, exemplo <strong>de</strong> cultura e<br />

dignida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>fensor ar<strong>do</strong>roso <strong>do</strong>s<br />

professores <strong>de</strong>ste Esta<strong>do</strong>, classe esta que<br />

ao Deputa<strong>do</strong> Joel <strong>de</strong>ve muito <strong>do</strong> que foi<br />

feito neste mandato.<br />

- Murilo Paraíso, homem prepara<strong>do</strong>, sábio<br />

e inteligente, que não se poupou em<br />

questionar o Governo Arares, mas<br />

<strong>de</strong>vemos <strong>de</strong>stacar que os meus<br />

questionamentos da relação governopovo.<br />

- A<strong>do</strong>lfo José, expressivo, falan<strong>do</strong> manso,<br />

mas sempre procuran<strong>do</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os<br />

interesses <strong>de</strong> sua terra, Caruaru. A capital<br />

<strong>do</strong> Agreste teve um Deputa<strong>do</strong> atuan<strong>do</strong><br />

que em muito enriqueceu seu povo, sua<br />

gente.<br />

- Roberto Fontes, irrequieto, saiu <strong>do</strong><br />

Governo que iniciaria para entrar nas<br />

trincheiras da oposição porque o que<br />

pensava era participar intensamente das<br />

ações <strong>do</strong> Governo, com uma forma <strong>de</strong><br />

brincar com a sua bancada os louros <strong>de</strong><br />

uma vitória brilhante e esmaga<strong>do</strong>ra.<br />

Entretanto, valeu a pena sua mudança,<br />

continuou combativo, autêntico e hoje é o<br />

Vice-Governa<strong>do</strong>r eleito <strong>do</strong> nosso Esta<strong>do</strong>.<br />

- Fernan<strong>do</strong> Pessoa, sua lealda<strong>de</strong> e<br />

competência são os marcos <strong>de</strong> seu<br />

mandato. Esta casa sentirá sua falta e o<br />

povo per<strong>de</strong>u um gran<strong>de</strong> representante.<br />

- José Amorim, homem combativo, que<br />

sempre honrou os que nele confiaram seu<br />

voto, <strong>de</strong>ixa esta Casa tranqüilo, porque,<br />

aqui soube se portar com dignida<strong>de</strong>.<br />

- José Liberato, tantos mandatos, tantas<br />

lutas, José Liberato e o povo <strong>de</strong> Caruaru<br />

já se confun<strong>de</strong>m, pois a história <strong>de</strong>ste<br />

povo está sen<strong>do</strong> escrita pelas ações <strong>de</strong>ste<br />

nobre Deputa<strong>do</strong>.<br />

- Lúcia Heráclio, digna representante da<br />

mulher pernambucana, voz firme e<br />

eloqüente que buscou em cada<br />

pronunciamento a re<strong>de</strong>nção da sua gente.<br />

- Manoel Alves, sentiremos sua falta e<br />

mais <strong>do</strong> que sua região per<strong>de</strong>u não<br />

somente um <strong>de</strong>fensor, mas o incansável o<br />

imbatível representante.<br />

- Marcas Cunha, <strong>Pernambuco</strong> fica com a<br />

lacuna no seu cenário político, pois além<br />

<strong>de</strong> suas ações parlamentares, brilhou<br />

como Relator da constituição <strong>de</strong>ste<br />

Esta<strong>do</strong>.<br />

- Manoel Luna, apren<strong>de</strong>mos muito com<br />

seus ensinamentos. Homem sério e<br />

simples, com quem aprendi que a<br />

humilda<strong>de</strong> supera tu<strong>do</strong> e to<strong>do</strong>s.<br />

- João Lyra, exemplo <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação em<br />

<strong>de</strong>fesa <strong>do</strong> seu povo, o agreste per<strong>de</strong>u um<br />

<strong>do</strong>s seus lí<strong>de</strong>res, <strong>do</strong>s seus mais legitimo


epresentantes, mas mesmo sem<br />

mandato continuará nesta Região.<br />

- Osval<strong>do</strong> Rabelo, não somente esta<br />

Casa, mas também <strong>Pernambuco</strong> tem<br />

muito <strong>do</strong>s seus feitos, sentiremos sua<br />

falta, embora tenhamos entre nós, o seu<br />

mais digno representante, Osvaldinho.<br />

- Paulo Guerra, oriun<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma escola<br />

política séria e das mais competentes<br />

<strong>de</strong>ste Esta<strong>do</strong>, nesta <strong>de</strong>spedida quero<br />

homenagear o sau<strong>do</strong>so governa<strong>do</strong>r Paulo<br />

Guerra.<br />

- Ranilson Ramos, sua atuação não será<br />

esquecida, o São Francisco resgatará em<br />

outras oportunida<strong>de</strong>s o muito que o ilustre<br />

Deputa<strong>do</strong> realizou pôr aquela Região:<br />

- Sérgio Guerra, sua escalada política é o<br />

reconhecimento <strong>do</strong> povo pernambucano,<br />

no Congresso Nacional <strong>Pernambuco</strong><br />

ganha uma voz forte e <strong>de</strong>stemida que<br />

saberá <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r seus reais interesses.<br />

- Vital Novaes, o trabalho <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong><br />

pôr V. Exa. por mais <strong>de</strong> duas décadas em<br />

muito contribuía para o engran<strong>de</strong>cimento<br />

da sua Região. Nesta Casa os Cargos<br />

ocupa<strong>do</strong>s sempre foram exerci<strong>do</strong>s com<br />

sabe<strong>do</strong>ria e serieda<strong>de</strong> sinceramente<br />

sentimos sua falta.<br />

- Almeida Filho, quantas vezes nos<br />

juntamos para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r este Esta<strong>do</strong>,<br />

agora você em outras plagas continuará<br />

soman<strong>do</strong> suas ações comigo, buscan<strong>do</strong><br />

cada vez mais o fortalecimento e o<br />

engran<strong>de</strong>cimento <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>.<br />

- Álvaro Ribeiro, Olinda soube eleger o<br />

seu Deputa<strong>do</strong> Estadual que aqui não<br />

poupou esforços para <strong>de</strong>fendê-lo agora,<br />

em Brasília, tenho certeza que continuará<br />

com o povo mesmo propósito.<br />

- Argemiro Pereira, a nossa convivência<br />

nesta Casa <strong>de</strong> Joaquim Nabuco me<br />

permitiu apren<strong>de</strong>r com o nobre<br />

representante da Serra Talhada que a<br />

política se faz com serieda<strong>de</strong>, honestida<strong>de</strong><br />

e honra<strong>de</strong>z.<br />

- Clo<strong>do</strong>al<strong>do</strong> Torres, seus mandatos foram<br />

coroa<strong>do</strong>s agora com a Presidência <strong>de</strong>sta<br />

Casa. O Po<strong>de</strong>r Legislativo <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong><br />

<strong>de</strong>u um <strong>do</strong>s exemplos ímpares neste País,<br />

austerida<strong>de</strong> foi a tônica <strong>de</strong> sua<br />

Presidência.<br />

- Geral<strong>do</strong> Pinho Alves, jovem, impulsivo,<br />

que buscou durante seu mandato, através<br />

<strong>de</strong> suas brilhantes situações <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os<br />

interesses <strong>do</strong> povo <strong>de</strong> Paulista,<br />

respalda<strong>do</strong> no Dr. Geral<strong>do</strong>, que com<br />

certeza foi seu mestre maior.<br />

- Gilvan Coriolano, Ouricuri para esta<br />

Assembléia seu representante, que hoje<br />

embora não reeleito tem o sentimento <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>ver cumpri<strong>do</strong>.<br />

- Humberto Barradas, Jaboatão já<br />

reconheceu que per<strong>de</strong>u um gran<strong>de</strong><br />

representante, e nos, seus pares, também<br />

o reconhecimento. Entretanto esperamos<br />

nos reencontrar outras vezes neste<br />

Plenário.<br />

- Inal<strong>do</strong> Lima, seus exemplos contribuíram<br />

da maneira significativa para o<br />

engran<strong>de</strong>cimento <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s nós Médicos,<br />

pastor <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s firmes e coerente.<br />

Mas ouço, com gran<strong>de</strong> prazer, a palavra<br />

<strong>do</strong> ilustre e bravo Deputa<strong>do</strong> Humberto<br />

Barradas.<br />

O Sr. Humberto Barradas - Meu caro<br />

amigo José Aglailson, V.Exa. teve a rara<br />

felicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lembrar, agora, neste<br />

momento, <strong>do</strong> ilustre parlamentares que<br />

passaram pôr esta casa, alguns que como<br />

V.Exa. continuarão. E eu, ali, senta<strong>do</strong><br />

observan<strong>do</strong> V. Exa. via e, imaginava se<br />

nós não conhecêssemos como<br />

conhecemos V.Exa. e ou outros pares<br />

<strong>de</strong>sta Casa, nós diríamos que valor só<br />

tem o Deputa<strong>do</strong> no dia que per<strong>de</strong> a<br />

eleição o vai embora. Mas como nós<br />

sabemos que as palavras ditas por V.Exa.<br />

e por outros companheiros vêm <strong>do</strong> fun<strong>do</strong><br />

da alma, <strong>do</strong> fun<strong>do</strong> <strong>do</strong> Coração, só nos<br />

resta vir a esta Tribuna agra<strong>de</strong>cer a<br />

V.Exa. e, bonda<strong>de</strong>, a atenção que teve<br />

com este Deputa<strong>do</strong> que se <strong>de</strong>spe<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta<br />

Casa.<br />

Eu queria que V.Exa. soubesse que é,<br />

realmente, um momento <strong>de</strong> muita emoção<br />

para, to<strong>do</strong>s nós que ouvimos <strong>de</strong> V.Exa.,<br />

exatamente, aquilo que poucos fizeram<br />

nesta Casa: homenagear aquelas que<br />

partem, aqueles que vão embora.<br />

Neste momento eu quero me incorporar a<br />

V.Exa. no seu dia - curso para que juntos<br />

possamos homenagear aqueles<br />

conpanheiros que como eu não tiveram a<br />

feliz sorte <strong>de</strong> permanecer nesta Casa<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> o povo <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>.<br />

Embora, temos a obrigação <strong>de</strong> fazê-lo fora


<strong>de</strong>la.<br />

Parabéns, Deputa<strong>do</strong>, pela feliz<br />

oportunida<strong>de</strong>.<br />

O Sr. JOSÉ AGLAILSON - Registro, com<br />

prazer, o aparte <strong>de</strong> V.Exa., Deputa<strong>do</strong> o<br />

que eu faço, aqui, na tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> hoje é,<br />

apenas, justiça e justiça.<br />

(Lê):<br />

- João Coelho, mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> lí<strong>de</strong>r adivinha<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> cargo que aqui, na Capital, soube<br />

conquistar os menos favoreci<strong>do</strong>s e que<br />

temos certeza que embora fora <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r<br />

Legislativo continuará na mesma luta em<br />

<strong>de</strong>fesa <strong>do</strong>s mais necessita<strong>do</strong>s.<br />

- Maviael Cavalcanti, antigo <strong>de</strong> todas as<br />

horas, que aproveitou <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os<br />

momentos que esta casa lhe ofereceu<br />

para buscar o crescimento <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong> sen<strong>do</strong> única forma <strong>de</strong><br />

resgatar a situação da pobreza e míseria<br />

em que vive parte <strong>do</strong> povo<br />

pernambucano: agora, em Brasília, sua<br />

voz terá eco e conseqüentemente mais<br />

ressonância.<br />

Pôr fim Sr. Presi<strong>de</strong>nte e Srs. Deputa<strong>do</strong>s<br />

que nesse instante posto a minha justa<br />

homenagem, oportunida<strong>de</strong> em que, <strong>de</strong><br />

coração lamento não continuar nesta<br />

Casa ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong>s companheiros que<br />

acabei acabei <strong>de</strong> saudar.<br />

Este seu irmãozinho aqui permanecerá da<br />

mesma forma como sempre os acolheu. O<br />

meu gabinete será o seu gabinete, a<br />

minha voz po<strong>de</strong>rá ser a sua voz, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que assim <strong>de</strong>sejares.<br />

Era só isto Sr. Presi<strong>de</strong>nte a to<strong>do</strong>s um<br />

Natal completo <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong>s, que o<br />

Salva<strong>do</strong>r resnasça verda<strong>de</strong>ira, completo<br />

<strong>de</strong> felicida<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>iramente no coração<br />

<strong>de</strong> cada um <strong>de</strong> nós e que a lição maior <strong>do</strong><br />

Cristo “AMOR” - seja nossa prática <strong>do</strong> ano<br />

vira<strong>do</strong>uro.<br />

Muito obriga<strong>do</strong> Sr. Presi<strong>de</strong>nte Srs.<br />

Deputa<strong>do</strong>s.<br />

O Sr. PRESIDENTE - Nao haven<strong>do</strong> mais<br />

ora<strong>do</strong>res inscritos, passamos à Or<strong>de</strong>m <strong>do</strong><br />

Dia.<br />

(Em votacão, é aprova<strong>do</strong> em Segun<strong>do</strong><br />

Turno o Projeto Nº 718. Em Discussão<br />

Única é aprova<strong>do</strong> a Indicação Nº 4329).<br />

O Sr. PRESIDENTE - Em discussão a<br />

Indicação nº 4330.<br />

Com a palavra o Deputa<strong>do</strong> Nilton<br />

Carneiro.<br />

O Sr. NILTON CARNEIRO - Sr.<br />

Presi<strong>de</strong>nte, estou aqui para lamentar a<br />

mensagem sobre o Tribunal <strong>de</strong> Contas<br />

que está fora <strong>de</strong> cogitação na atual<br />

legislatura.<br />

Outro fato que merecia <strong>de</strong>ixar aqui<br />

registra<strong>do</strong>, é a criação <strong>de</strong> Municípios.<br />

Passamos o ano to<strong>do</strong> e não veio a<br />

Plenário a solução para a criaçao <strong>de</strong><br />

novos Municípios em <strong>Pernambuco</strong>. Tem<br />

quase cem Distritos em condições <strong>de</strong><br />

serem emancipa<strong>do</strong>s, Sr. Presi<strong>de</strong>nte.<br />

O Deputa<strong>do</strong> Roldão Joaquim, além <strong>de</strong> ser<br />

um Deputa<strong>do</strong>, é, também, Delega<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

Polícia. Ele sabe que nesse Posto Nossa<br />

Senhora, <strong>de</strong> Lour<strong>de</strong>s, na Avenida General<br />

Manoel Rabelo, em Sucupira tem, a<br />

cinqüeta metros <strong>de</strong> distância, urn posto da<br />

Polícia Ro<strong>do</strong>viária que funciona noite e<br />

dia. Se lá não tem policiamento, <strong>de</strong>ve-se<br />

acionar os militares que ficam ali<br />

estaciona<strong>do</strong>s para dá segurança aos<br />

mora<strong>do</strong>res, porque é evi<strong>de</strong>nte que<br />

continua faltan<strong>do</strong> policiamento aqui no<br />

Recife e na sua área metropolitana. Até<br />

agora não houve nenhuma alteração, nem<br />

modificação com relação aos planos <strong>de</strong><br />

policiamento, continuan<strong>do</strong> os mesmos<br />

erros. Basta citar aqui o caso da cavalaria<br />

Dias Car<strong>do</strong>so, em San Martins, que <strong>de</strong>ixa<br />

o bairro aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong> e vem policiar no<br />

asfalto, quan<strong>do</strong> aqui não é necessário<br />

cavalos para. policiar e sim viaturas,<br />

porque o cavalo quan<strong>do</strong> veim policiar no<br />

asfalto escorrega. e cai, quebra a canela.<br />

Então, é por isso que o Recife não tem<br />

policiamento, porque os oficiais<br />

encarrega<strong>do</strong>s <strong>de</strong> fazer esse policiamento<br />

no Quartel <strong>do</strong> Derby, no COPOM,<br />

geralmente são homens que têm as suas<br />

casas resgardadas com solda<strong>do</strong>s, como<br />

ocorre na Vila Militar na Avenida General<br />

Abdias <strong>de</strong> Carvalho, on<strong>de</strong> tem quinze<br />

solda<strong>do</strong>s guarnecen<strong>do</strong> cem casa. Os<br />

erros continuam no próprio Quartel <strong>do</strong><br />

Derby. São oficiais que comandam o


policiamento da capital e eles, por si só,<br />

têm a <strong>de</strong>vida segurança. Mas, nós civis<br />

ficamos entregues aos marginais, até<br />

mesmo arriscan<strong>do</strong> ter as nossas<br />

residências invadidas, como ocorre em<br />

San Martins, lugar que tem quatro quartéis<br />

da PM e não há um policiamento lá.<br />

Enquanto eu for Deputa<strong>do</strong>, estarei, aqui,<br />

reclaman<strong>do</strong> revolta<strong>do</strong> o que ocorre no<br />

Recife e <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> especial na área <strong>do</strong>s<br />

quarteis <strong>de</strong> San Martins, on<strong>de</strong> não há<br />

policiamento. O marginal, mata, esfola ,<br />

estrupa e fica zomban<strong>do</strong> da policia,<br />

porque os policiais, ou não querem<br />

trabalhar ou tem me<strong>do</strong> <strong>de</strong> enfrentar os<br />

marginais.<br />

Fica, aqui, o meu protesto, que será o<br />

último que faremos este ano porque no<br />

dia 15 a Assembléia vai fechar para<br />

balanço e não haverá reunião. Então,<br />

quero aproveitar, aqui, ate o ultimo<br />

instante enquanto eu tiver força e andar<br />

normalmente para reclamar a falta <strong>de</strong><br />

policiamento que ocorre no Recife e nos<br />

seus subúrbios.<br />

(Encerrada a Discussão, e esta aprovada.<br />

prosseguin<strong>do</strong>, são aprova<strong>do</strong>s os<br />

Requerimentos <strong>de</strong> n°s 30<strong>12</strong>; 30<strong>13</strong> (este a<br />

unanimida<strong>de</strong>, requerida pelo Deputa<strong>do</strong><br />

Pedro Eurico); 3014 a 3016 (este a<br />

unanimida<strong>de</strong>, requerida pelo Deputa<strong>do</strong><br />

Manoel Ferreira).)<br />

O Sr. PRESIDENTE - Em discussão o<br />

Requerimento nº 3017.<br />

Com a palavra, o Deputa<strong>do</strong> Nilton<br />

Carneiro.<br />

O Sr. NILTON CARNEIRO - Sr.<br />

Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, o Deputa<strong>do</strong><br />

Geral<strong>do</strong> Coselho, voltou no requerimento<br />

<strong>de</strong> pesar não está aqui presente. E<br />

embora, seja o bravo companheiro<br />

Geral<strong>do</strong> Coelho, o legítimo pernambucano<br />

se esqueceu <strong>de</strong> que a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> casa<br />

nova, não é na Bahia, é em <strong>Pernambuco</strong>,<br />

casa nova e uma cida<strong>de</strong> integrada na<br />

Comarca <strong>de</strong> São Francisco. Portanto, e<br />

uma cida<strong>de</strong> pernambucana e não da<br />

Bahia.<br />

Eu vou votar contra o requerimento,<br />

porque o Deputa<strong>do</strong> não está aqui para<br />

fazer alteração. Porque eu não posso <strong>de</strong><br />

forma nenhuma, Deputa<strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte,<br />

sen<strong>do</strong> pernambucano aceitar, e mesmo<br />

que está aceitan<strong>do</strong>, entregar <strong>de</strong> mão<br />

beijada sem um protesto, a Comarca <strong>de</strong><br />

São Francisco na Bahia.<br />

Nós vamos lutar até o fim, essa Comarca<br />

precisa vir para <strong>Pernambuco</strong> o mais<br />

rápi<strong>do</strong> possível e talvez no Governo <strong>de</strong><br />

Collor ainda, vão fazer no próximo ano,<br />

um movimento nesse senti<strong>do</strong>.<br />

(Encerrada a Discussão, a proposição é<br />

aprovada Contra o Voto <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong><br />

Nilton Carneiro. Continuan<strong>do</strong>, são<br />

aprova<strong>do</strong>s o Requerimentos nºs 3018<br />

(Este a unanimida<strong>de</strong>, requerida pelo<br />

Deputa<strong>do</strong> Ferreira Lima Filho); 3019 (este<br />

a unanimida<strong>de</strong>, solicitada pelo Deputa<strong>do</strong><br />

Roldão Joaquim): 3020 (este a<br />

unanimida<strong>de</strong>. requerida pelo Deputa<strong>do</strong><br />

Luiz Epaminondas); e 3021.)<br />

O Sr. PRESIDENTE - Esgotada a Pauta,<br />

a Mesa passa a <strong>de</strong>spachar a matéria que<br />

<strong>de</strong>u entrada no Pequeno Expediente.<br />

(Vão à Publicação as Indicações nºs 4331<br />

a 4333 <strong>de</strong> autoria <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong> Pedro<br />

Eurico; O mesmo ocorren<strong>do</strong> com os<br />

Requerimentos nºs 3022 e 3023 <strong>de</strong><br />

autoria <strong>do</strong>s Srs. Geral<strong>do</strong> Barbosa e<br />

Manoel Ferreira.)<br />

O Sr. PRESIDENTE - Nada mais haven<strong>do</strong><br />

a tratar, encerro a presente Reunião e<br />

convoco outra para amanhã, à hora<br />

regimental, com a seguinte Or<strong>de</strong>m <strong>do</strong> Dia:<br />

Discussão Única <strong>do</strong> Parecer Nº 2210.<br />

Autora: 10ª Comissão.<br />

Oferece Redação Final ao Projeto nº 695,<br />

<strong>de</strong> autoria <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Executivo, que dispõe<br />

sobre a Política Energética Estadual, em<br />

especial sobre o aproveitamento da Ilha<br />

Energética <strong>de</strong> Gravatá e dá outras<br />

providências.<br />

Discussão Única <strong>do</strong> Parecer Nº 2211.<br />

Autora: 10ª Comissão.<br />

Oferece Redação Final ao Projeto nº 718<br />

<strong>de</strong> iniciativa <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong> Men<strong>do</strong>nça Filho,<br />

que estabelece critérios e utilização <strong>do</strong>s<br />

recursos transferi<strong>do</strong>s pela união para o<br />

Esta<strong>do</strong> DE <strong>Pernambuco</strong> para fins <strong>de</strong>


educação.<br />

Discussão Única <strong>do</strong> Parecer Nº 22<strong>12</strong>.<br />

Autora: 10ª Comissão.<br />

Oferece Redação Final ao Projeto nº 853,<br />

<strong>de</strong> autoria <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong> Marcus Cunha,<br />

Presi<strong>de</strong>nte da Comissão <strong>de</strong><br />

Sistematização <strong>Legislativa</strong>, que<br />

regulamenta o Artigo 238 da Constituicão<br />

<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, estabelecen<strong>do</strong> normas para<br />

<strong>de</strong>claração <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> Pública.<br />

Discussão Única <strong>do</strong> Parecer Nº 2214.<br />

Autora: 10ª Comissão.<br />

Oferece Redação Final ao Projeto nº 867,<br />

<strong>de</strong> autoria <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong> Men<strong>do</strong>nça Filho,<br />

que proibe aos estabelecimentos <strong>de</strong><br />

Ensino <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> ou convenia<strong>do</strong>s impedir<br />

o acesso <strong>do</strong> aluno à instituição por motivo<br />

<strong>de</strong> ausência ou irregularida<strong>de</strong> no seu<br />

fardamento.<br />

Discussão Única <strong>do</strong> Parecer Nº 2215.<br />

Autora: 10ª Comissão.<br />

Oferece Redação Final ao Projeto nº 888,<br />

<strong>de</strong> autoria <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong> Pedro Eurico, que<br />

cria o Conselho Estadual <strong>de</strong> Habitação e<br />

dá outras providências.<br />

Discussão Única <strong>do</strong> Parecer Nº 2216.<br />

Autora: 10ª Comissão.<br />

Oferece Redação Final ao Projeto nº<br />

1076, oriun<strong>do</strong> <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Executivo, que<br />

Institui a Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ria <strong>de</strong> Assuntos á<br />

Pessoa Porta<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> Deficiência - CEAD<br />

e dá outras providências.<br />

Discussão Única <strong>do</strong> Parecer Nº 2217.<br />

Autora: 10ª Comissão.<br />

Oferece Redação Final ao Projeto nº<br />

1087, oriun<strong>do</strong> <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Judiciário, que<br />

cria cargos necessários á instalação e<br />

funcionamento <strong>de</strong> juiza<strong>do</strong>s especiais <strong>de</strong><br />

pequenas causas e dá outras<br />

providências.<br />

Discussão Única <strong>do</strong> Parecer Nº 2218.<br />

Autora: 10ª Comissão.<br />

Oferece Redação Final ao Projeto nº<br />

1102, oriun<strong>do</strong> <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Executivo, que<br />

dispõe sobre o Controle da Poluição<br />

Atmosférica no Esta<strong>do</strong>, e dá outras<br />

providências.<br />

Discussão Única <strong>do</strong> Parecer Nº 2219.<br />

Autora: 10ª Comissão.<br />

Oferece Redação Final ao Projeto nº<br />

1108, oriun<strong>do</strong> <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Executivo, que<br />

autoriza o Po<strong>de</strong>r Executivo a transferir,<br />

mediante <strong>do</strong>ação, a COHAB-PE, uma<br />

área <strong>de</strong> terra localizada no Distrito <strong>de</strong><br />

Tamandaré, Município <strong>de</strong> Rio Formoso, e<br />

dá outras providências.<br />

Discussão Única <strong>do</strong> Parecer Nº 2220.<br />

Autora: 10ª Comissão.<br />

Oferece Redação Final ao Projeto nº<br />

1110, oriun<strong>do</strong> <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Executivo, que<br />

estabelece normas sobre consulta em<br />

matéria tributária, <strong>de</strong>fine a base <strong>de</strong> cálculo<br />

<strong>do</strong> ICMS inci<strong>de</strong>nte sobre o fornecimento<br />

<strong>de</strong> alimentação, bebidas e outras<br />

merca<strong>do</strong>rias em restaurantes, bares,<br />

cafés e estabelecimentos similares, e dá<br />

outras providências.<br />

Segunda Discussão <strong>do</strong> Projeto Nº 1069.<br />

Autor: Po<strong>de</strong>r Executivo.<br />

Suspen<strong>de</strong> o reajuste mensal automático<br />

<strong>do</strong>s valores <strong>de</strong> remuneração <strong>do</strong>s Cargos<br />

Comissiona<strong>do</strong>s CCS e CCI, da<br />

Administração Direta e os Cargos em<br />

Comissão das Autarquias e Fundações.<br />

Regime <strong>de</strong> Urgência.<br />

Pareceres favoráveis das 1ª, 3ª e 2ª<br />

Comissões.

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