13/12/1990 - Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco ...
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Ata da Centésima Quinquagésima Quarta Reunião Ordinária Quarta Sessão<br />
<strong>Legislativa</strong> da Décima Primeira Legislatura.<br />
Realizada em <strong>13</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>1990</strong>.<br />
Presidência <strong>do</strong> Excelentíssimo<br />
Senhores Deputa<strong>do</strong> Argemiro Pereira e<br />
Severino Cavalcanti.<br />
Aos treze (<strong>13</strong>) dias <strong>do</strong> mês <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />
<strong>do</strong> ano <strong>de</strong> mil novecentos e noventa<br />
(<strong>1990</strong>), às quatorze (14) horas e trinta (30)<br />
minutos. Comparecem os Deputa<strong>do</strong>s<br />
A<strong>do</strong>lfo José, Almeida Filho, Álvaro Ribeiro,<br />
Antônio Mariano, Argemiro Pereira, Arthur<br />
Correia, Áureo Bradley, Carlos Lapa,<br />
Carlos Porto, Clo<strong>do</strong>al<strong>do</strong> Torres, Fausto<br />
Freitas, Felipe Coelho, Fernan<strong>do</strong> Pessoa,<br />
Ferreira Lima Filho, Garibaldi Gurgel,<br />
Geral<strong>do</strong> Barbosa, Geral<strong>do</strong> coelho,<br />
Geral<strong>do</strong> Pinho, Gilvan Coriolano, Henrique<br />
Queiroz, Humberto Barradas, Inal<strong>do</strong> Lima,<br />
João Lyra, Joel <strong>de</strong> Hollanda, José<br />
Aglailson, José Amorim, José Humberto,<br />
José Liberato, Lúcia Heráclio, Luiz<br />
Epaminondas, Marcus Cunha, Manoel<br />
Alves, Manoel Ferreira, Manoel Luna,<br />
Manoel Ramos, Maviael Cavalcanti,<br />
Men<strong>do</strong>nça Filho, Murilo Paraíso, Nilton<br />
Carneiro, Osval<strong>do</strong> Rabelo, Paulo Guerra,<br />
Pedro Eurico, Ranilson Ramos, Roberto<br />
Fontes, Roldão Joaquim, Sérgio Guerra,<br />
Severino Cavalcanti e Vital Novaes.<br />
Ocupam respectivamente, as Ca<strong>de</strong>iras <strong>de</strong><br />
Primeiro e Segun<strong>do</strong> Secretários, os<br />
Deputa<strong>do</strong>s Severino Cavalcanti e Gilvan<br />
Coriolano.<br />
O Sr. PRESIDENTE - Haven<strong>do</strong> número<br />
legal <strong>de</strong> Srs. Deputa<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>claro aberta a<br />
Reunião.<br />
Passa-se à leitura da Ata da Reunião<br />
anterior.<br />
(O Sr. 2° Secretário lê a Ata.)<br />
O Sr. PRESIDENTE - Está em discussão<br />
a Ata que acaba <strong>de</strong> ser lida.<br />
(Pausa.)<br />
Não haven<strong>do</strong> impugnação, consi<strong>de</strong>ro-a<br />
aprovada.<br />
Passa-se à leitura <strong>do</strong> Expediente.<br />
(O Sr. 1º Secretário lê o Expediente.)<br />
EXPEDIENTE<br />
OFÍCIO Nº 116/90 - DA SECRETARIA DO<br />
GOVERNO, remeten<strong>do</strong> a esta Casa<br />
Cópias das Leis nºs 10.523 a 10.526,<br />
datadas em 10 <strong>do</strong> mês corrente.<br />
Inteirada.<br />
OFÍCIO Nº 4.830/90 - DA ASSEMBLÉIA<br />
LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ,<br />
encaminhan<strong>do</strong> a esta Casa, Cópia <strong>do</strong><br />
Requerimento <strong>de</strong> autoria <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong><br />
João Alfre<strong>do</strong>, aprova<strong>do</strong> naquela Casa<br />
<strong>Legislativa</strong>.<br />
Inteirada.<br />
O Sr. PRESIDENTE - Encerrada a leitura<br />
<strong>do</strong> Expediente, passamos ao Pequeno<br />
Expediente.<br />
(De parte <strong>do</strong>s Senhores Deputa<strong>do</strong>s<br />
Manoel Ferreira, Geral<strong>do</strong> Barbosa e Pedro<br />
Eurico (08), vêm à Mesa,<br />
respectivamente, as seguintes<br />
proposições):<br />
Requerimento Nº 3023<br />
Requeremos à Mesa, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />
observadas as disponibilida<strong>de</strong>s <strong>do</strong><br />
Regimento, seja consigna<strong>do</strong> na Ata <strong>de</strong><br />
hoje um voto <strong>de</strong> profun<strong>do</strong> pesar pelo<br />
trágico falecimento <strong>do</strong> estudante Fabiano<br />
Formiga Gue<strong>de</strong>s, ocorri<strong>do</strong> recentemente<br />
nesta Capial.<br />
Da resolução <strong>de</strong>sta Casa dê-se<br />
conhecimento à família enlutada na<br />
pessoa <strong>de</strong> sua genitora Jeane Formiga<br />
Gue<strong>de</strong>s resi<strong>de</strong>nte na rua <strong>do</strong> Futuro, 157,<br />
Aflitos, nesta cida<strong>de</strong> e direção <strong>do</strong> Colégio<br />
Americano Batista.<br />
Justificativa<br />
E com pesar que registramos no; Anais da<br />
Casa o falecimento prematuro <strong>do</strong> jovem<br />
estudante <strong>do</strong> Colégio Americano Batista,<br />
Fabiano Formiga Gue<strong>de</strong>s, ocorri<strong>do</strong> a<br />
semana passada, vitima <strong>de</strong> um aci<strong>de</strong>nte,<br />
nesta cida<strong>de</strong>. Era, Fabiano, filho <strong>de</strong>
tradicional família paraibana, parte <strong>de</strong>la,<br />
atualmente, radicada em <strong>Pernambuco</strong>.<br />
Fabiano tinha apenas um pouco mais <strong>de</strong><br />
quinze anos e era um jovem bem cria<strong>do</strong>,<br />
educa<strong>do</strong>, alegre, dinâmico, estudioso,<br />
bom filho, bom neto, bom irmão, bom<br />
colega, bom amigo e bom surfista, esporte<br />
que sempre praticou com o apoio <strong>de</strong> sua<br />
mãe que o levava e trazia para as praias,<br />
muitas vezes cansada das suas ativida<strong>de</strong>s<br />
comerciais, mas o levava com o seu<br />
companheiro amigo Tarcisio, tu<strong>do</strong> para<br />
satisfazer o <strong>de</strong>sejo esportivo <strong>de</strong> seu filho.<br />
Fabiano era um bom menino, cria<strong>do</strong> num<br />
lar com muito carinho e receben<strong>do</strong> <strong>de</strong> sua<br />
mãe to<strong>do</strong> apoio para tu<strong>do</strong> o que fazia.<br />
Fabiano era um lí<strong>de</strong>r entre os seus<br />
colegas <strong>de</strong> Colégio. A presença <strong>de</strong> mais<br />
<strong>de</strong> 400 jovens no Hospital Santa Joana,<br />
on<strong>de</strong> esteve interna<strong>do</strong> na UTI comprovou<br />
sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer amigos e<br />
preservá-los. Seus amigos não estavam<br />
apenas prestan<strong>do</strong> ali sua solidarieda<strong>de</strong>,<br />
mas estavam choran<strong>do</strong> inconsola<strong>do</strong>s com<br />
a perda <strong>do</strong> amigo e colega. Fabiano era<br />
assim, um garoto calmo, <strong>de</strong> boa índloe um<br />
menino generoso, compreensivo, que<br />
Deus o levou para on<strong>de</strong> um dia iremos<br />
to<strong>do</strong>s nós. Ele agora está em boas mãos,<br />
ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong>s anjos, on<strong>de</strong> um dia também,<br />
iremos to<strong>do</strong>s nós. Este é o nosso maior<br />
conforto, saber que Fabiano está sob a<br />
proteção divina, moran<strong>do</strong> em um lugar<br />
on<strong>de</strong> não há choro, nem tristeza. Ali não<br />
existe noite, e não necessitam <strong>de</strong><br />
lâmpadas, nem <strong>de</strong> luz <strong>do</strong> sol, porque o<br />
Senhor Deus é quem o iluminará.<br />
Sala das Reuniões, em <strong>12</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />
<strong>de</strong> <strong>1990</strong>.<br />
Manoel Ferreira<br />
Deputa<strong>do</strong><br />
Requerimento Nº3022<br />
Requeremos à Mesa, cumpridas as<br />
formalida<strong>de</strong>s regimentais, seja consigna<strong>do</strong><br />
na Ata <strong>do</strong>s nossos trabalhos um voto <strong>de</strong><br />
aplauso com a Rádio Capibaribe (Jovem<br />
Cap), pela passagem <strong>do</strong> seu 30º<br />
aniversário.<br />
Da <strong>de</strong>cisão <strong>do</strong> Plenário, dê-se<br />
conhecimento à Dra. Carminha Pereira,<br />
Diretora da Emissora.<br />
Justificativa<br />
A Rádio Capibaribe tem presta<strong>do</strong> gran<strong>de</strong><br />
serviço ao povo <strong>de</strong> pernambuco.<br />
A programação é das melhores e a<br />
população prestigia os seus trabalhos.<br />
Através da divulgação das notícias<br />
mantém to<strong>do</strong>s informa<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s<br />
acontecimentos <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, <strong>do</strong> Brasil<br />
e <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong>.<br />
Com a música transmite alegria e bemestar<br />
aos seus ouvintes.<br />
Formulo votos <strong>de</strong> que permaneça<br />
divertin<strong>do</strong> e informan<strong>do</strong> a nossa gente, ao<br />
mesmo tempo em que parabenizo os seus<br />
dirigentes por ocasião <strong>do</strong> seu 30º<br />
aniversário.<br />
Sala das Reuniões, <strong>13</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />
<strong>1990</strong>.<br />
Geral<strong>do</strong> Barbosa<br />
Deputa<strong>do</strong><br />
Indicação Nº 4331<br />
Indicamos à Mesa, ouvi<strong>do</strong> o Plenário e<br />
cumpridas as formalida<strong>de</strong>s regimentais,<br />
que seja formula<strong>do</strong> um apelo ao Exmo. Sr.<br />
Prefeito da Cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Recife, Dr. Gilberto<br />
Marques Paulo, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> que seja<br />
<strong>de</strong>fini<strong>do</strong> uma data para o reinicio das<br />
obras <strong>de</strong> recuperação <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> São<br />
José.<br />
Da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>sta Casa dê-se<br />
conhecimento ao Sr. Cinésio Roberto, à<br />
rua Santa Tereza, 210 - Vara<strong>do</strong>uro -<br />
Olinda e Paulo, à rua José <strong>de</strong><br />
Vasconcelos, nº 103 - Tamarineira.<br />
Justificativa<br />
O incêndio que <strong>de</strong>struiu meta<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />
Merca<strong>do</strong> São José, ocorreu há mais <strong>de</strong><br />
um ano, tu<strong>do</strong> continua <strong>do</strong> mesmo jeito,<br />
apenas muitas promessas <strong>de</strong> reinicio das<br />
obras <strong>de</strong> recuperação, mais na verda<strong>de</strong><br />
nada <strong>de</strong> concreto foi feito. Razão pela<br />
qual, solicitamos <strong>do</strong> Exmo. Sr. Prefeito,<br />
que <strong>de</strong>termine uma data certa. A situação<br />
é bem mais grave <strong>do</strong> que aparenta, vez<br />
que, 190 locatários que foram transferi<strong>do</strong>s<br />
para o Merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Cais <strong>de</strong> Santa Rita,<br />
não suportaram os prejuízos e hoje estão<br />
por aí, negocian<strong>do</strong> na rua como<br />
ambulantes. Este já não é mais um<br />
problema <strong>do</strong>s locatários atingi<strong>do</strong>s pelo<br />
incêndio, é também um problema <strong>do</strong>
Patrimônio da Cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> importância<br />
nacional, aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong> pelas autorida<strong>de</strong>s<br />
competentes.<br />
Diante <strong>do</strong> acima exposto, apelamos aos<br />
Srs. Deputa<strong>do</strong>s para que aprovem a<br />
presente proposição.<br />
Sala das Reuniões, 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />
<strong>1990</strong>.<br />
Pedro Eurico<br />
Deputa<strong>do</strong><br />
Indicação N° 4332<br />
Indicamos à Mesa, ouvi<strong>do</strong> o, Plenário e<br />
cumpridas as formalida<strong>de</strong>s regimentais,<br />
seja formula<strong>do</strong> um apelo ao Prefeito da<br />
Cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Recife, Dr. Gilberto Marques<br />
Paulo, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> ser autoriza<strong>do</strong> aos<br />
camelôs da rua <strong>do</strong> Rangel,<br />
comercializarem suas merca<strong>do</strong>rias com<br />
Baú.<br />
Da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>sta Casa, dê-se<br />
conhecimento ao Sr. Manoel Gomes <strong>do</strong><br />
Nascimento, à rua <strong>do</strong> Córrego <strong>do</strong><br />
Eucli<strong>de</strong>s, nº 739.<br />
Justificativa<br />
Sugerimos a comercialização das<br />
merca<strong>do</strong>rias através <strong>de</strong> Baú, por se tratar<br />
<strong>de</strong> uma solicitação <strong>do</strong>s camelôs da rua <strong>do</strong><br />
Rangel. Por acharem <strong>de</strong> dupla utilida<strong>de</strong>,<br />
pois além <strong>de</strong> servir para guardar a<br />
merca<strong>do</strong>ria com mais segurança, servirá<br />
também como expositor.<br />
Sala das Reuniões, 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />
<strong>1990</strong>.<br />
Pedro Eurico<br />
Deputa<strong>do</strong><br />
Indicação Nº 4333<br />
Indicamos à Mesa, ouvi<strong>do</strong> o Plenário e<br />
cumpridas as formalida<strong>de</strong>s regimentais;<br />
que seja feito um veemente apelo ao<br />
Exmo. Sr. Comandante da Polícia Militar,<br />
Coronel Genival<strong>do</strong> Cerqueira <strong>de</strong><br />
Albuquerque, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> que seja<br />
provi<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong> um policiamento<br />
permanente para as ruas: Rangel, Direita,<br />
Nossa Senhora da Penha e Praça <strong>do</strong><br />
Merca<strong>do</strong> São José, no horário <strong>de</strong> 4:00 às<br />
7:00 da manhã.<br />
Da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>sta Casa, dë-se ciência ao<br />
Sr. José Ferreira <strong>de</strong> Lima à rua Itaúba, nº<br />
156 - Imbiribeira e à Sra. Cizane Maria da<br />
Silva, à 1ª rua <strong>do</strong> Colégio, nº <strong>12</strong>7-A -<br />
Prazeres.<br />
Justificativa<br />
Os comerciantes das referidas ruas são<br />
vítimas constantes da ação <strong>do</strong>s marginais,<br />
no horário <strong>de</strong> 4:00 às 7:00 da manhã,<br />
viven<strong>do</strong> sob constante tensão. Os<br />
comerciantes se ressentem da falta <strong>de</strong><br />
policiamento na área e consi<strong>de</strong>ram <strong>de</strong><br />
fundamental importância o plantão<br />
permanente no referi<strong>do</strong> horário.<br />
Esperan<strong>do</strong> contar com a sensibilida<strong>de</strong> da<br />
PM em relação ao problema, apelamos<br />
aos Srs. Deputa<strong>do</strong>s para que aprovem a<br />
presente proposição.<br />
Sala das Reuniões, 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />
<strong>1990</strong>.<br />
Pedro Eurico<br />
Deputa<strong>do</strong><br />
Indicação Nº 4334<br />
Indicamos à Mesa, ouvi<strong>do</strong> o Plenário e<br />
cumpridas as formalida<strong>de</strong>s regimentais,<br />
que seda formula<strong>do</strong> apelo ao Comandante<br />
da Polícia Militar, Coronel Genival<strong>do</strong><br />
Cerqueira <strong>de</strong> Albuquerque, para que<br />
instale um módulo da PMPE, na rua<br />
Oiticica Lins em frente ao n° 222 - Vila<br />
Industriários - em Areias.<br />
Da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>sta Casa, dê-se<br />
conhecimento a Eral<strong>do</strong> á rua Arapuá, 45 -<br />
Areias.<br />
Justificativa<br />
A população <strong>de</strong> Areias vem sen<strong>do</strong> vítima<br />
frequente da ação <strong>do</strong>s marginais, viven<strong>do</strong><br />
sob constante tensão. Os mora<strong>do</strong>res se<br />
ressentem da falta <strong>de</strong> policiamento na<br />
área e consi<strong>de</strong>ram <strong>de</strong> fundamental<br />
importância a implantação <strong>de</strong> um módulo<br />
da Polícia Militar no bairro.<br />
Esperan<strong>do</strong> contar com a sensibilida<strong>de</strong> da<br />
PM em relação ao problema, apelamos<br />
aos Srs. Deputa<strong>do</strong>s para que aprovem a<br />
presente proposição.<br />
Sala das Reuniões, 30 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong><br />
<strong>1990</strong>.<br />
Pedro Eurico<br />
Deputa<strong>do</strong>
Indicação N° 4335<br />
Indicamos à Mesa, ouvi<strong>do</strong> a Plenário e<br />
cumpridas as formalida<strong>de</strong>s regimentais,<br />
que seja formula<strong>do</strong> um apelo ao<br />
Presi<strong>de</strong>nte da Celpe, Dr. José Marques<br />
Mariz, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> retirar o poste <strong>de</strong> nº<br />
4140/20 da rua Córrego Idalino n° 24.<br />
Da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>sta Casa dê-se ciência à<br />
Associação <strong>de</strong> Mora<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Guabiraba,<br />
à rua Cassiterita, S/Nº Guabiraba.<br />
Justificativa<br />
O proprietário <strong>do</strong> terreno on<strong>de</strong> está<br />
localiza<strong>do</strong> irregularmente o poste <strong>de</strong> nº<br />
4140/20, encontra-se prejudica<strong>do</strong>, sem<br />
condições <strong>de</strong> construir seu imóvel. Razão<br />
pela qual solicitamos a compreensão <strong>do</strong><br />
Exmo. Dr. José Marques Mariz, para as<br />
providências cabíveis.<br />
Sala das Reuniões, 30 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong><br />
<strong>1990</strong>.<br />
Pedro Eurico<br />
Deputa<strong>do</strong><br />
Indicação Nº 4336<br />
Indicamos à Mesa, ouvi<strong>do</strong> o Plenário e<br />
cumpridas as formalida<strong>de</strong>s regimentais,<br />
que seja formula<strong>do</strong> um veemente apelo ao<br />
Exmo. Sr. Prefeito da Cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Recife,<br />
Dr. Gilberto Marques Paulo, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
provi<strong>de</strong>nciar a retirada <strong>do</strong>s escombros<br />
causa<strong>do</strong>s pelo incêndio <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
São José.<br />
Da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>sta Casa dê-se ciência ao<br />
Sr. Cinésio Roberto à rua Santa Tereza n°<br />
210 - Vara<strong>do</strong>uro - Olinda, e Paulo à rua<br />
Jose <strong>de</strong> Vasconcelos no 103 -<br />
Tamarineira.<br />
Justificativa<br />
Um ano <strong>de</strong>pois <strong>do</strong> incêndio que <strong>de</strong>struiu<br />
to<strong>do</strong> o pavilhão direito <strong>do</strong> prédio <strong>do</strong><br />
Merca<strong>do</strong> São José, os escombros<br />
permanecem no mesmo local,<br />
prejudican<strong>do</strong> e geran<strong>do</strong> insatisfação <strong>do</strong>s<br />
locatários que precariamente<br />
comercializam suas merca<strong>do</strong>rias na área<br />
atingida pelo fogo.<br />
Não é justo que o Sr. Prefeito continue<br />
alheio a um problema tão grave e que já<br />
foi objeto <strong>de</strong> tantas reclamações. Em<br />
razão <strong>do</strong> exposto, esperamos contar com<br />
á compreensão <strong>do</strong>s meus nobres pares e<br />
a sensibilida<strong>de</strong> das autorida<strong>de</strong>s ligadas ao<br />
problema.<br />
Sala das Reuniões, <strong>13</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />
<strong>1990</strong>.<br />
Pedro Eurico<br />
Deputa<strong>do</strong><br />
Indicação Nº 4337<br />
Indicamos à Mesa, ouvi<strong>do</strong> o Plenário e<br />
cumpridas as formalida<strong>de</strong>s regimentais,<br />
que sejà formula<strong>do</strong> apelo ao Prefeito da<br />
Cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Recife, Dr. Gilberto Marques<br />
Paulo, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> provi<strong>de</strong>nciar a<br />
manutenção das calhas <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
Afoga<strong>do</strong>s.<br />
Da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>sta Casa dê-se ciência à<br />
Associação <strong>do</strong>s locatários <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong><br />
Público <strong>de</strong> Afoga<strong>do</strong>s, Estrada <strong>do</strong>s<br />
Remédios S/N.<br />
Justificativa<br />
Devi<strong>do</strong> à falta <strong>de</strong> conservação das calhas,<br />
os problemas estão se agravan<strong>do</strong> a cada<br />
dia que passa, aumentan<strong>do</strong> os<br />
vazamentos e infiltrações, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong><br />
bastante úmidas as pare<strong>de</strong>s e<br />
ocasionan<strong>do</strong> o estrago das merca<strong>do</strong>rias,<br />
causan<strong>do</strong> um gran<strong>de</strong> prejuízo aos<br />
locatários.<br />
Sala das Reuniões, 29 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong><br />
<strong>1990</strong>.<br />
Pedro Eurico<br />
Deputa<strong>do</strong><br />
Indicação Nº 4338<br />
Indicamos a Mesa, ouvi<strong>do</strong> o Plenário e<br />
cumpridas as formalida<strong>de</strong>s regimentais,<br />
seja formula<strong>do</strong> veemente apelo ao<br />
Presi<strong>de</strong>nte da Celpe, Exmo. Sr. Dr. José<br />
Marques Mariz, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> aue selam<br />
tomadas providências administrativas,<br />
para a implantação <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong><br />
eletrificação na rua Alto da Bica - Vila da<br />
Cohab - PE.<br />
Da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>sta Casa dê-se ciência a<br />
Maria Amélia <strong>de</strong> Oliveira à rua José<br />
Carvalheira nº 390 - Tamarineira.<br />
Justificativa<br />
As famílias que compõem a rua <strong>do</strong> Alto da<br />
Bica, não estão <strong>do</strong>tadas <strong>do</strong>s benefícios <strong>de</strong><br />
energia elétrica, serviços básico presta<strong>do</strong>s
pela Celpe.<br />
Constituídas <strong>de</strong> famílias carentes,<br />
formadas por subemprega<strong>do</strong>s que não<br />
possuem, por força da falta <strong>de</strong><br />
energização <strong>de</strong> suas residências, <strong>de</strong><br />
condições mínimas <strong>de</strong> lazer, e a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong><br />
preparo <strong>de</strong> alimentos.<br />
Formulamos este apelo, na certeza <strong>de</strong><br />
que o Exmo. Sr. Presi<strong>de</strong>nte se sensibilize<br />
e autorize, o mais breve possível, a<br />
implantação da energia na referida rua.<br />
Sala das Reuniões, 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />
<strong>1990</strong>.<br />
Pedro Eurico<br />
Deputa<strong>do</strong><br />
(Os Deputa<strong>do</strong>s Geral<strong>do</strong> Coelho, Inal<strong>do</strong><br />
Lima, João Coelho, José Amorim. José<br />
humberto, Luiz Epaminondas, Marcus<br />
Cunha, Manoel Alves, Manoel Ramos,<br />
Paulo Guerra, Ranilson Ramos e Roldão<br />
Joaquim na reunião <strong>do</strong> dia 07-<strong>12</strong>-90<br />
encontravam-se em missão autorizada.)<br />
O Sr. PRESIDENTE - Não haven<strong>do</strong><br />
ora<strong>do</strong>res inscritos no Pequeno<br />
Expediente, passamos ao Gran<strong>de</strong><br />
Expediente.<br />
Com a palavra o <strong>de</strong>puta<strong>do</strong> Gilvan<br />
Coriolano.<br />
O Sr. GILVAN CORIOLANO - Sr.<br />
Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Deputa<strong>do</strong>s.<br />
(Lê):<br />
Escolhi esta tar<strong>de</strong> para fazer uma<br />
avaliação sobre minha breve passagem<br />
por esta casa, porque esses quatro anos<br />
<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> foram importantes para to<strong>do</strong>s<br />
nós que representamos e povo <strong>de</strong><br />
<strong>Pernambuco</strong>.<br />
Tivemos pouca sorte durante esse<br />
perío<strong>do</strong> no campo econômico, politico e<br />
climático. Muitos po<strong>de</strong>mos colher na<br />
politica com a realização <strong>de</strong> três eleições,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1986 quan<strong>do</strong> fomos eleitos.<br />
Tivemos muitos problemas econômicos e<br />
continuamos enfrentan<strong>do</strong> dificulda<strong>de</strong>s.<br />
Essas dificulda<strong>de</strong>s se ampliam na região<br />
sertaneja e no agreste com a volta <strong>do</strong><br />
fisgelo, ocasionan<strong>do</strong> por mais uma crise<br />
no abastecimento dágua e na falta <strong>de</strong><br />
alimento.<br />
Somos um povo corajoso. Uma gente que<br />
apesar <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> os problemas ainda temos<br />
entusiasmo, sabe superar os momentos<br />
<strong>de</strong> tristeza; costuma agir com lealda<strong>de</strong> e<br />
persegue boas ações com a convivência,<br />
no dificil caminho da luta <strong>de</strong>mocrática.<br />
A Casa <strong>de</strong> Joaquim Nabuco é o retrato<br />
<strong>de</strong>sse povo por excelência. É aqui on<strong>de</strong><br />
se apren<strong>de</strong> a fazer a convivência <strong>do</strong>s<br />
contrários. As querelas partidárias e<br />
i<strong>de</strong>ológicas costumam a passar <strong>do</strong> último<br />
batente da rua da Aurora, até porque na<br />
posição que estamos hoje, no Anexo I,<br />
pisamos primeiro a rua da União. As<br />
emoções não <strong>de</strong>scambam para as<br />
paixões, e estas não têm duração. O<br />
equilibrio está sim é dura<strong>do</strong>uro.<br />
Esta é também a Casa que guarda no seu<br />
interior gran<strong>de</strong> muro das lamentações.<br />
Isso po<strong>de</strong>mos constatar nestes quatro<br />
anos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s. Parece que o lugar<br />
mais longe <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> está ali, <strong>do</strong> outro<br />
la<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio Capibaribe. Lá no casarão <strong>do</strong><br />
Palácio das Princesas a linguagem <strong>do</strong><br />
parlamentar nem sempre é <strong>de</strong>cifreda. Ali,<br />
costuma-se ampliar os chás das sextasfeiras,<br />
<strong>de</strong> outrora, para os chás <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ira<br />
<strong>de</strong> sempre.<br />
No interior, nossos correligionários jamais<br />
pensaram que <strong>de</strong>puta<strong>do</strong> recebe “Não”<br />
sofre maçada e tem seus pleitos<br />
relega<strong>do</strong>s a segun<strong>do</strong> plano. Mas, os<br />
apelos <strong>de</strong>sta tribuna e as repercussões<br />
<strong>do</strong>s nossos pronunciamentos po<strong>de</strong>m até<br />
encher as páginas <strong>do</strong>s jornais, ocupar o<br />
horário nobre da televisão, mas nunca<br />
sensibilizem os homens <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r, que<br />
não sabem o que é a consagração <strong>de</strong> um<br />
mandato pelo voto popular, e que o po<strong>de</strong>r<br />
é efêmero.<br />
Vivi momentos inesqueciveis, nesta Casa.<br />
Levarei daqui a lembrança imorre<strong>do</strong>ura <strong>de</strong><br />
gran<strong>de</strong>s acontecimentos, como por<br />
exemplo, <strong>do</strong>s pronunciamentos corajosos<br />
<strong>de</strong> João Ferreira Lima, das posições<br />
firmes <strong>do</strong> sau<strong>do</strong>so Paulo Leite, das<br />
<strong>de</strong>cisões in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>do</strong> nosso<br />
irrequieta Humberto Barradas, <strong>do</strong><br />
memorável e corajoso <strong>de</strong>sabafo <strong>do</strong><br />
gran<strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte Clo<strong>do</strong>al<strong>do</strong> Torres.<br />
Lá muito longe, no Sertão, on<strong>de</strong> seca<br />
inclemente tu<strong>do</strong> <strong>de</strong>vasta<strong>do</strong>ra, o sertanejo<br />
tem a certeza <strong>de</strong> que estamos batalhan<strong>do</strong>
em favor da região. Ele até que acredita<br />
no seu representante, mas per<strong>de</strong> a<br />
esperança com o passar <strong>do</strong> tempo, e se<br />
transforma em um <strong>de</strong>scrente a mais <strong>do</strong>s<br />
políticos.<br />
Os <strong>de</strong>puta<strong>do</strong>s costumam ser visto como<br />
políticos com po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> resolver as coisas,<br />
embora sem o mínimo <strong>de</strong> força para<br />
resolver até questões pequenas. O po<strong>de</strong>r<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão está sim no Executivo.<br />
Diante <strong>de</strong> um quadro tão difícil como este<br />
que estamos atravessan<strong>do</strong>, com tantos<br />
problemas no País e particularmente em<br />
nosso Esta<strong>do</strong>, <strong>de</strong>sejamos que os<br />
companheiros que aqui vão continuar a<br />
sua longa jornada e àqueles que foram<br />
<strong>de</strong>fendi<strong>do</strong>s pelo voto popular, em três <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> outubro, busquem atingir os seu<br />
objetivo <strong>de</strong> servir aos pernambucanos e<br />
para isso tenham a inspiração <strong>de</strong> DEUS e<br />
apoio da socieda<strong>de</strong>.<br />
Para mim que volto a s li<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Araripe<br />
sinto-me na condição <strong>de</strong> dizer para to<strong>do</strong>s<br />
os compnaheiros <strong>de</strong>puta<strong>do</strong>s da minha<br />
bancada e <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os parti<strong>do</strong>s<br />
indistintamente, que tenho a consciência<br />
<strong>do</strong> <strong>de</strong>ver cumpri<strong>do</strong>: fiz o que pu<strong>de</strong>. Soube<br />
dizer sim na hora <strong>de</strong> dizer sime não e não<br />
tive coragem <strong>de</strong> discordar na hora <strong>de</strong><br />
discordar, pois é melhor seguir sem<br />
mandato porém, em paz com a minha<br />
consciência.<br />
Posso dizer agora, como alguns que por<br />
aqui passaram: “ninguém se per<strong>de</strong> no<br />
caminho <strong>de</strong> volta”. Desejo <strong>de</strong> coração a<br />
to<strong>do</strong>s os companheiros <strong>de</strong>puta<strong>do</strong>s, a<br />
to<strong>do</strong>s os servi<strong>do</strong>res <strong>de</strong>sta Casa, aos<br />
radialistas e jornalistas, com os quais tive<br />
o prazer <strong>de</strong> conviver, muito sucesso e um<br />
Natal <strong>de</strong> Paz e um Ano Novo <strong>de</strong><br />
prosperida<strong>de</strong>.<br />
O Sr. Humberto Barradas - Meu amigo,<br />
Dep. Gilvan Coriolano, V. Exa., não<br />
precisa dizer o tamanho da emoção que<br />
sente neste momento. A emoção <strong>de</strong> quem<br />
pensa que vai embora, <strong>de</strong> quem pensa<br />
que vai <strong>de</strong>ixar esta Casa <strong>de</strong>ixar os amigos<br />
V. Exa., por mais que queira sair, sai<br />
fican<strong>do</strong>, porque no coração <strong>de</strong> cada um<br />
<strong>de</strong> nós tem ai um lugar reserva<strong>do</strong> sempre<br />
para a esse amigo sertanejo Gilvan<br />
Coriolano e nos Anais <strong>de</strong>sta Casa, sem<br />
dúvida alguma, permanecerão os<br />
pronunciamentos feitos por V.Exa. em<br />
beneficio da sua comunida<strong>de</strong>, <strong>do</strong> seu<br />
queri<strong>do</strong> e sofri<strong>do</strong> povo sertanejo e ao Dep.<br />
Humberto Barradas que tem a honra e o<br />
privilégio <strong>de</strong> estar inclui<strong>do</strong> entre aqueles<br />
que V.Exa. consi<strong>de</strong>ra amigo, não po<strong>de</strong>ria<br />
neste momento, que sem dúvidas alguma<br />
marca a presença <strong>do</strong> parlamentar na<br />
Casa muito mais <strong>do</strong> que aqui,<br />
continuarão, V.Exa. como eu, neste<br />
momento, vamos levar a marca da<br />
sauda<strong>de</strong> daqueles que aqui vão ficar. Mas<br />
<strong>de</strong> um coisa, Deputa<strong>do</strong>, V.Exa. fique certa<br />
<strong>de</strong> que nós não vamos conseguir sair<br />
<strong>de</strong>sta Casa, por uma série <strong>de</strong> motivos<br />
<strong>de</strong>ntre eles reputo aquele <strong>de</strong> afinida<strong>de</strong><br />
que ligou V.Exa. a to<strong>do</strong>s os Deputa<strong>do</strong>s<br />
<strong>de</strong>sta Casa. V.Exa. tem si<strong>do</strong> aqui, ao<br />
longo <strong>de</strong>sses quatro anos um Deputa<strong>do</strong><br />
alegre, um Deputa<strong>do</strong> que mostra e<br />
<strong>de</strong>monstra a espontaneada<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />
sertanejo, um Deputa<strong>do</strong> viril, forte um<br />
Deputa<strong>do</strong> que não se abate com as<br />
adversida<strong>de</strong>s, um Deputa<strong>do</strong> que sabe<br />
levar esportivamente as criticas que aqui<br />
surgem, um Deputa<strong>do</strong> que <strong>de</strong>monstrou,<br />
nesses quatro anos a competência <strong>de</strong><br />
jurista, a competência <strong>de</strong> administra<strong>do</strong>r<br />
que foi á frente da Prefeitura <strong>de</strong> Ouricuri, o<br />
político que V.Exa. é Lamento<br />
profundamente, Dep. Gilvan Coriolano,<br />
não po<strong>de</strong>r no próximo ano, ao visitar esta<br />
Assembléia visitar também o companheiro<br />
Deputa<strong>do</strong>, No entanto tenho certeza que<br />
nós iremos fazer com que a nossa<br />
amiza<strong>de</strong> encurte o caminho entre<br />
Jaboatão e Ouricuri, que passamos<br />
freqüentemente, lá em Ourucuri e lá em<br />
Jaboatão começar a discutir os problemas<br />
<strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong> e até relembrar episódios<br />
<strong>de</strong>sta Casa que V.Exa., sem dúvida, este<br />
inseri<strong>do</strong> nos gran<strong>de</strong>s episódios que<br />
ocorreram nesta Casa.<br />
Mas faça Deputa<strong>do</strong> Gilvan Coriolano,<br />
como eu , não faça uma <strong>de</strong>spedida, dê um<br />
até logo um até breve. V.Exa. não tem <strong>do</strong><br />
que ficar triste tenho certeza que to<strong>do</strong>s<br />
nós sabemos que nho certe.a que to<strong>do</strong>s<br />
nos aqui sabemos que V.Exa. cumpriu<br />
com sua obrigação <strong>de</strong> parlamentar.<br />
Volte Para Ouricuri, Deputa<strong>do</strong>, e abrace o<br />
Deputa<strong>do</strong> e amigo Humberto Barradas,<br />
aquele que tem em V.Exa. um verda<strong>de</strong>iro<br />
amigo, um Deputa<strong>do</strong> que apren<strong>de</strong>u a
admirar o cidadão Gilvan Coriolano, o<br />
amigo Gilvan o Dep. Humberto Barradas<br />
que tem V. Exa., hoje, como se fosse um<br />
membro da sua familia e que por isso<br />
mesmo po<strong>de</strong> dizee publicamente e<br />
carinhosarnente que o meu amigo como<br />
está <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> a Assembléia <strong>Legislativa</strong>.<br />
Mas gostaria que to<strong>do</strong>s soubesssem que<br />
muitas vezes brinca<strong>de</strong>iras aqui foram<br />
tiradas para alegrar este ambiente e que o<br />
Dep. Gilvan soube sempre receber com o<br />
maior carinho e sempre enten<strong>de</strong>u que<br />
aqui to<strong>do</strong>s tinham um zelo to<strong>do</strong> especial<br />
uma admiração e até mesmo o carinho<br />
que to<strong>do</strong>s nós nutrimos por V.Exa..<br />
Lembro-me <strong>de</strong> quan<strong>do</strong> começamos aqui e<br />
o Dep. Gilvan Coriolano como <strong>de</strong> rasto<br />
to<strong>do</strong>s nos tivemos os nossos apeli<strong>do</strong>s,<br />
tivemos aqui a intimida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s amigos<br />
quan<strong>do</strong> chamavamos o Dep. Gilvan<br />
Coriolano <strong>de</strong> Coalhada e nunca vimos, em<br />
hora nenhuma, outra coisa que não fosse<br />
um riso o riso largo aberto e franco <strong>do</strong><br />
Deputa<strong>do</strong> e amigo Gilvan Coriolano.<br />
Lembro-me bem que nós, o intuito <strong>de</strong><br />
amenizar as tensões provocadas nas<br />
votações <strong>de</strong>sta Casa fazíamos aqui a<br />
briga que nunca houve entre o Deputa<strong>do</strong><br />
Gilvan Coriolano e o tigre <strong>do</strong> Araripe,<br />
companheiro e amigo Felipe Coelho e o<br />
Dep. Gilvan Coriolano continuava<br />
sorrin<strong>do</strong>. Nós estamos <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong>, na<br />
pratica, o que é um político <strong>de</strong> larga<br />
escala, que sabe aceitar as críticas, sabe<br />
aceitar as brinca<strong>de</strong>iras, mas, sempre<br />
esteve muito acima <strong>de</strong> qualquer coisa que<br />
pu<strong>de</strong>sse ser entendi<strong>do</strong> como perjorativo.<br />
Meu queri<strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong>, meu preza<strong>do</strong> e<br />
dileto amigo Gilvan Coriolano, queria eu<br />
ter aqui nessa hora e, nesse momento a<br />
inspiração <strong>de</strong> Rui Barbosa pra po<strong>de</strong>r<br />
saudá-lo na hora que se <strong>de</strong>spe<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa<br />
Casa. No entanto como não tenho a<br />
riqueza <strong>de</strong>sse vocabulário, peço a V.Exa.<br />
que, leve daqui simplesmente, a<br />
lembrança <strong>de</strong> um Deputa<strong>do</strong> amigo,<br />
Humberto Barradas. Que nesse momento<br />
não podia <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> estar nesse microfone<br />
<strong>de</strong> Aparte, <strong>de</strong>sejan<strong>do</strong> a V.Exa., a toda a<br />
sua família, aqueles que são seus amigos,<br />
aqueles que são seus conterrâneos,<br />
levasse o testemunho que eu posso dar,<br />
que to<strong>do</strong>s nós po<strong>de</strong>remos dar, <strong>do</strong> trabalho<br />
eficaz que V.Exa. <strong>de</strong>senvolveu aqui nesta<br />
Casa. V. Exa., sem dúvida, é exemplo pra<br />
familia, é exemplo pros amigos e, hoje é<br />
exemplo pra <strong>Pernambuco</strong>. Deputa<strong>do</strong>, até<br />
logo, nós nos encontraremos, sem dúvida<br />
nenhuma, no caminho que nós<br />
conhecemos, o caminho da volta. Não se<br />
preocupe, não saia daqui com mágoa,<br />
com recentemento, porque esse nunca foi<br />
o comportamento <strong>de</strong> V. Exa.. Saia como<br />
sempre, com aquele sorriso bonito,<br />
aberto, franco, <strong>de</strong>ixe que o chame <strong>de</strong><br />
qualhada, <strong>de</strong>ixe que o chame <strong>de</strong> Corí,<br />
<strong>de</strong>ixe que o chame <strong>de</strong> sertanejo, mas,<br />
ninguém, sem dúvida nenhuma, <strong>de</strong>ixará<br />
<strong>de</strong> respeitar o Deputa<strong>do</strong>, o homem e o<br />
amigo Gilvan Coriolano. Um abraço<br />
Deputa<strong>do</strong>.<br />
O Sr. GILVAN CORIOLANO - Agra<strong>de</strong>ço<br />
<strong>de</strong> to<strong>do</strong> coração as palavras elogiosas <strong>do</strong><br />
gran<strong>de</strong> amigo Humberto Barradas,<br />
Betinho e, me lembro nesse momento,<br />
quan<strong>do</strong> chegarmos aqui, nesta<br />
Assembléia e, <strong>de</strong> infcio a conversa que<br />
havia em todas as ocasiões era que, a<br />
batalha que seria travada entre eu e o<br />
tigre <strong>do</strong> Araripe seria feroz. Mas, muitos<br />
que falavam <strong>de</strong>ssa maneira, falavam<br />
pensan<strong>do</strong> que nós, o Município <strong>de</strong><br />
Ouricuri vivíamos o tipo da política que se<br />
vive em Exú. Não, nada disso acontece.<br />
Com toda a nossa <strong>de</strong>ficiência, com toda a<br />
nossa precarieda<strong>de</strong>, nós sabemos nos<br />
respeitar. Eu, acho que nós <strong>de</strong>mos até<br />
lição aqui nessa Assembléia. Eu acho que<br />
o comportamento que o comportamento<br />
que tivemos aqui nessa Assembléia serviu<br />
até <strong>de</strong> lição para muitos que, se<br />
<strong>de</strong>gladiam, que as vezes partem até para<br />
o <strong>de</strong>respeito pessoal.<br />
Embora tivemos sempre, otimamente em<br />
campos opostos, eu e o Deputa<strong>do</strong> Felipe<br />
Coelho, mas, jamais em comício ou em<br />
qualque oportunida<strong>de</strong>, lá na nossa<br />
Região, alguém viu, eu ou o Deputa<strong>do</strong><br />
Felipe Coelho, se <strong>de</strong>gradiar ou se<br />
<strong>de</strong>respeitar, sempre nos tratamos <strong>de</strong><br />
forma educada, <strong>de</strong> forma elevada. Porque<br />
o povo da nossa Região não aceita outro<br />
tipo <strong>de</strong> conduta a não ser este. E, aqui<br />
tivemos essa convivência até hoje e,<br />
graças a Deus vou sair daqui sem que<br />
tenha agi<strong>do</strong> <strong>de</strong> outra forma e, levan<strong>do</strong><br />
comigo a certeza <strong>de</strong> que procurei fazer o
possivel para ser digno <strong>do</strong>s votos que<br />
recebi da minha Região. Mas, eu<br />
continuan<strong>do</strong> ouço com muita felicida<strong>de</strong>, o<br />
gran<strong>de</strong> Lí<strong>de</strong>r <strong>do</strong> PFL, Deputa<strong>do</strong> Arthur<br />
Corrêa.<br />
O Sr. Arthur Corrêa - Deputa<strong>do</strong> Gilvan<br />
Coriolano, cada homem <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a<br />
sua dimensão, tem os seus sonhos, as<br />
suas aspirações. Há poucos instantes eu<br />
ouvia, o Deputa<strong>do</strong> Humberto Barradas<br />
<strong>de</strong>sejar ser possui<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s <strong>do</strong>tes oratorios<br />
<strong>de</strong> Rui Barbosa, para po<strong>de</strong>r fazer uma<br />
saudação a V.Exa. Eu matuto como<br />
V.Exa., mo<strong>de</strong>sto, representante <strong>do</strong>s<br />
agrestinos, <strong>de</strong>sejaria menos, <strong>de</strong>sejaria os<br />
<strong>do</strong>tes oratórios <strong>do</strong> Dep. Humberto<br />
Barradas, já´seriam suficientes para nesta<br />
hora aparteá-lo. E dizer que este bravo<br />
sertanejo <strong>de</strong> Ouricuri, chegou a esta<br />
Casa, com o seu próprio estilo, <strong>de</strong> homem<br />
<strong>do</strong> interiorano, e que daqui sai ao meu<br />
verm, e acredito que na ótica <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os<br />
companheiros, V.Exa. sai <strong>de</strong> fronte<br />
erguida. V.Exa. aqui cumpriu o <strong>de</strong>ver<br />
politico <strong>de</strong> um interiorano, sempre<br />
reivindican<strong>do</strong>, pedin<strong>do</strong> e lutan<strong>do</strong> no<br />
senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> diminuir o sofrimento <strong>do</strong>s seus<br />
conterrâneos sofri<strong>do</strong>s <strong>do</strong> sertão <strong>de</strong><br />
Ouricuri, a região que V. Exa.,<br />
representou nesta Casa. E em meu nome<br />
pessoal, em nome da Bancada <strong>do</strong> PFL,<br />
quero dizer que V. Exa., só nos <strong>de</strong>ixa,<br />
aliás como V. Exa., sabe, acredito que na<br />
casa só <strong>de</strong>ixa sauda<strong>de</strong>s sauda<strong>de</strong>s e<br />
amiza<strong>de</strong>s que soube construir no <strong>de</strong>correr<br />
<strong>do</strong>s 4 anos. Muitas vezes tivemos<br />
divergências, principalmente no inicio,<br />
quan<strong>do</strong> V.Exa. ainda estava com aquela<br />
ilusão, ilusão que contaminou a gran<strong>de</strong><br />
maioria <strong>do</strong>s pernambucanos. V.Exa.<br />
<strong>de</strong>monstrou uma in<strong>de</strong>pendência muito<br />
gran<strong>de</strong>. E quan<strong>do</strong> ao sentir a <strong>de</strong>cepção<br />
não escon<strong>de</strong>u, veio a Tribuna e tornou<br />
público, <strong>de</strong>u conhecimento a <strong>Pernambuco</strong><br />
da sua <strong>de</strong>silusão. Traduzin<strong>do</strong> assim a<br />
franqueza, <strong>do</strong> bravo sertanejo que V.Exa.<br />
é. Tenho certeza, Dep. Gilvan Coriolano,<br />
que o povo <strong>de</strong> Ouricuri, e <strong>de</strong> to<strong>do</strong> sertão,<br />
receberá V.Exa. <strong>de</strong> braços abertos, pois<br />
aqui nunca V.Exa., foi omisso, sempre<br />
procurou a confiança mais honrosa que<br />
um cidadão recebe, a confiança <strong>do</strong> voto.<br />
Muito obriga<strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong>.<br />
O Sr. GILVAN CORIOLANO - Agra<strong>de</strong>ço<br />
as palavras sinceras <strong>do</strong> gran<strong>de</strong> Lí<strong>de</strong>r <strong>do</strong><br />
PFL, Dep. Artur Correa. Encontrei no Dep.<br />
esse homem que no início temos a<br />
impressão <strong>de</strong> ser uma pessoa difícil.<br />
Entretanto, encontrei no Dep. Artur<br />
Correia, nesta convivência, a sincerida<strong>de</strong><br />
<strong>do</strong> homem que mantém em qualquer<br />
qualquer das circunstâncias. Portanto foi<br />
para mim uma felicida<strong>de</strong>, ter a amiza<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
V. Exa., porque a sua personalida<strong>de</strong><br />
assemelha-se muito a minha. Portanto<br />
agra<strong>de</strong>ço a sincerida<strong>de</strong> <strong>de</strong> V. Exa., e saio<br />
daqui com acerteza <strong>de</strong> que arranjei um<br />
gran<strong>de</strong> amigo sério e <strong>de</strong> todas as horas.<br />
Muito obriga<strong>do</strong> e ouço o gran<strong>de</strong> sertanejo<br />
e Lí<strong>de</strong>r <strong>do</strong> Governo, Dep. Àureo Bradley.<br />
O Sr. Áureo Bradley - Dep. Gilvan<br />
Coriolano a bifurcação <strong>do</strong>s caminhos<br />
po<strong>de</strong>m afastar os homens<br />
geometricamente, geograficamente, mas<br />
não necessariamente afastá-los na<br />
afetivida<strong>de</strong>, no carinho. E essa<br />
afetivida<strong>de</strong>, o carinho e o respeito, nós<br />
sempre mantivemos nesta Casa, quan<strong>do</strong><br />
estavamos no mesmo caminho,<br />
percorren<strong>do</strong> caminhos íngre<strong>de</strong>s, difíceis<br />
no início <strong>de</strong> Governo, e também <strong>de</strong>pois<br />
quan<strong>do</strong> houve a bifurcação. Pelo respeito,<br />
talvez nós, pela própria formação, ou até,<br />
mesmo pela estrutura <strong>de</strong> matuto,<br />
mantivemos intacto. V. Exa., foi como<br />
muito bem disse o Dep. Artur Correia, o<br />
vigilante em <strong>de</strong>fesa da nossa região. A<br />
região que infelizmente, assistimos no<br />
<strong>de</strong>correr <strong>de</strong> toda a nossa existência,<br />
diariamente se existissem pessoas<br />
qualificadas como V. Exa., no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
que se veja com melhores olhos para uma<br />
região tão sofrida. Infelizmerte, to<strong>do</strong>s<br />
sabemos que a seca é ciclica, a história<br />
comprova isso. Sempre quiseram dar<br />
soluções e jamais irem <strong>de</strong> encontro as<br />
verda<strong>de</strong>iras causas, que levam o nosso<br />
povo a uma situação <strong>de</strong> penúria em certos<br />
<strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s momentos. Mas, V.Exa. foi<br />
este vigilante, foi este homem que<br />
estan<strong>do</strong> ao nosso la<strong>do</strong> na bifurcação<br />
anteriormente citada, esteve sempre<br />
presente nesta Casa, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> aquilo<br />
que V.Exa. acreditava,. E em tu<strong>do</strong> aquilo<br />
que V.Exa. acreditava, V.Exa. <strong>de</strong>dicava
to<strong>do</strong> seu tempo, seu ar<strong>do</strong>r, sua<br />
inteligência e toda a sua vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
serviço sertão <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>. Então em<br />
<strong>de</strong>corrência disso, eu gosto <strong>de</strong> dizer que o<br />
povo nunca erra, o povo é sempre sábio,<br />
po<strong>de</strong> equivocar-se em certos momentos<br />
da história, mais haverei <strong>de</strong> rever seus<br />
equívocos, para no futuro bem próximo e<br />
colocar verda<strong>de</strong>iramente para representálo<br />
aqueles que tem compromisso com ele,<br />
aqueles que em momento algum, ouvidam<br />
da sua Região, ouvidam <strong>do</strong> seu povo.<br />
Por isso eu queria <strong>de</strong>ixar em nome <strong>do</strong><br />
meu parti<strong>do</strong>, em nome <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> on<strong>de</strong><br />
nós caminhávamos na mesma vereda em<br />
nome <strong>do</strong> Presente quan<strong>do</strong> houve a<br />
bifurcação o meu gran<strong>de</strong> abraço a V.Exa.<br />
e a esperança <strong>de</strong> que homens da<br />
dignida<strong>de</strong>, da honra<strong>de</strong>z <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong><br />
Gilvan Coriolano, não po<strong>de</strong> em<br />
<strong>de</strong>corrência e algum fracasso eleitoral<br />
cruzar os raços e <strong>de</strong>ixar a sua luta<br />
partidária, mantenhase na luta política,<br />
mantenha-se em <strong>de</strong>fesa <strong>do</strong> seu povo,<br />
porque o seu povo precisa <strong>do</strong> Sr.<br />
Deputa<strong>do</strong> Gilvan Coriolano, muito<br />
obriga<strong>do</strong>.<br />
O Sr. GILVAN CORIOLANO - Agra<strong>de</strong>ço<br />
ao Nobre Deputa<strong>do</strong> Áureo Bradley, um<br />
Sertanejo que vive nos umbraz <strong>do</strong> Sertão,<br />
porque Arcover<strong>de</strong>, embora seja Sertão,<br />
mas Arcover<strong>de</strong>, ainda é um pouco <strong>de</strong><br />
Agreste, mas o Deputa<strong>do</strong> Áureo que<br />
conhece<strong>do</strong>r <strong>do</strong> nosso problema das<br />
dificulda<strong>de</strong>s que enfrentamos, tambem<br />
sofre na pele a tristeza <strong>de</strong> ver aquela<br />
Terra na situação que estar hoje.<br />
Mas Deputa<strong>do</strong> Áureo Bradley, eu <strong>de</strong>via<br />
talvez uma explicação a V.Exa. o nosso<br />
Lí<strong>de</strong>r Companheiro das primeiras horas, a<br />
respeito justamente <strong>de</strong>sta minha posição<br />
tomada nesse <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> tempo, o<br />
compromisso que eu havia afirma<strong>do</strong> com<br />
o povo da minha Região, era muito gran<strong>de</strong><br />
para que o que ficasse aqui, aceitan<strong>do</strong><br />
tu<strong>do</strong> isso que era imposto, porque<br />
Deputa<strong>do</strong> Áureo Bradley, chegan<strong>do</strong> nesta<br />
Casa, eu trazia o compromisso e a<br />
responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> fazer por aquele<br />
povo, para que pu<strong>de</strong>sse nos formar uma<br />
infraestrutura hídrica capaz <strong>de</strong> enfrentarmos<br />
essas situações como aqui estamos<br />
atravessan<strong>do</strong> hoje, que o Sertão é viável<br />
como V.Exa. sabe, existe gran<strong>de</strong>s rios,<br />
existe locais para fazer gran<strong>de</strong>s açu<strong>de</strong>s, a<br />
nossa terra da mas fértil que existe no<br />
mun<strong>do</strong>, on<strong>de</strong> o agricultor não conhece<br />
nem o que é correção <strong>do</strong> solo não<br />
conhece o que é nada da agricultura que<br />
se faz por aqui, porque lá a nossa terra<br />
não precisa <strong>de</strong> adubar <strong>de</strong> preparar-lá<br />
<strong>de</strong>ssa maneira que se faz por aqui mas<br />
acontece que o nosso problema único e<br />
exclusivo é a distribuição <strong>de</strong> água, já<br />
temos como V.Exa. sabe gran<strong>de</strong>s<br />
mananciais, o que falta. apenas, é alguém<br />
que faça com que essa água seja<br />
distribuida para os terrenos, e que aí se<br />
possa fizer irrigação, e o exemplo estar lá<br />
para quem quiser ver, o exemplo se nós<br />
chegamos no Brígida, no Municipio <strong>de</strong><br />
Parnamirim, to<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> vai ficar<br />
impressiona<strong>do</strong>, o Deputa<strong>do</strong> José<br />
Humberto, conhece <strong>de</strong> perto, as<br />
barragens <strong>do</strong>s cessivas, estão hoje<br />
produzin<strong>do</strong> riqueza e alimentos para os<br />
povos, nada foi feito, só as barragens, e<br />
colocada energia elétrica, o agricultor<br />
colocou a bomba, a eletrobomba e estar<br />
fazen<strong>do</strong> irrigação, portanto é um<br />
verda<strong>de</strong>iro oáses naquela Região.<br />
O Sr. PRESIDENTE - Deputa<strong>do</strong> Gilvan,<br />
V.Exa., já falou meia hora, tem outros<br />
ora<strong>do</strong>res inscritos, gostaria que pu<strong>de</strong>sse<br />
encerrar.<br />
O Sr. GILVAN CORIOLANO - Pois não<br />
Sr. Presi<strong>de</strong>nte. Então foi por isso que eu<br />
tive que tomar uma posição, quer dizer<br />
<strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> <strong>de</strong> ser Governo, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> <strong>de</strong> ser<br />
Vice-Lí<strong>de</strong>r <strong>do</strong> Governo, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> que<br />
pu<strong>de</strong>sse ficar a minha disposição mas<br />
para ficar ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> povo, o povo que me<br />
confiou já que não havia condição para<br />
realizar aquilo que o povo havia nos<br />
confia<strong>do</strong> eu tive que ficar ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> povo,<br />
mas eu ouço o gran<strong>de</strong> Deputa<strong>do</strong> Severino<br />
Cavalcanti.<br />
O Sr. Severino Cavalcanti - Dep. Gilvan<br />
Coriolano, por <strong>de</strong>legação <strong>do</strong> Lí<strong>de</strong>r <strong>do</strong> meu<br />
Parti<strong>do</strong>, Parti<strong>do</strong> Liberal, quero trazer aqui<br />
a nossa mais profunda e sincera<br />
recordação <strong>do</strong> tempo que passamos aqui<br />
com V.Exa. apren<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os<br />
interesses das nossas regiões no exemplo
que V.Exa., tem da<strong>do</strong> o que é um<br />
emper<strong>de</strong>ni<strong>do</strong> <strong>de</strong>fensor das gran<strong>de</strong>s lutas,<br />
das gran<strong>de</strong>s batalhas <strong>do</strong> sertanejo, V.Exa.<br />
passa por esta Casa <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> uma<br />
marca. A marca <strong>do</strong> luta<strong>do</strong>r.<br />
Do bravo, daquele que não se intimida.<br />
Daquele que <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> la<strong>do</strong> os próprios<br />
interesses pessoais para afirmar alto e<br />
bom som, aquilo que se comprometeu<br />
com os seus conterrâneos, com aqueles<br />
que sofrem lá no Sertão. Quero dizer que<br />
em nome <strong>do</strong> meu parti<strong>do</strong>, quero informar<br />
a esta Casa, que o Dep. Gilvan Coriolano,<br />
sempre foi um homem que nunca recuou<br />
quan<strong>do</strong> se tratava <strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os<br />
interesses da sua região. Com sauda<strong>de</strong><br />
nós vamos <strong>de</strong>ixar, V.Exa. segue o seu<br />
caminho mas o caminho <strong>de</strong> V.Exa. será<br />
esta Casa porque nós esperamos V.Exa.<br />
<strong>de</strong> volta Dep.Gilvan Coriolano a sua<br />
passagem por esta Casa ficou marcada<br />
pela sua coragem e a sua bravura.<br />
Parabenizo esses 4 anos <strong>de</strong> atuação <strong>de</strong><br />
V.Exa. e digo que a sauda<strong>de</strong> da sua<br />
atuação nós vemos ter durante os<br />
seguintes 4 anos que iremos passar nesta<br />
Casa.<br />
O Sr. GILVAN CORIOLANO - Muito<br />
obriga<strong>do</strong> Dep. Severino Cavalcanti,<br />
gran<strong>de</strong> Lí<strong>de</strong>r <strong>do</strong> PL, o PL <strong>do</strong> gran<strong>de</strong><br />
pernambucano que é o Dr. Cid Sampaio.<br />
Eu recebo as palavras <strong>de</strong> V.Exa, como<br />
uma <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> carinho, <strong>de</strong><br />
amiza<strong>de</strong>, <strong>de</strong> fraternida<strong>de</strong> e um incentivo<br />
para que nós continuemos na luta em<br />
benefício <strong>de</strong>sse povo sofre<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>.<br />
E ouço com muito prazer o colega e<br />
amigo.<br />
O Sr. Roldão Joaquim - Dep. Gilvan<br />
Coriolano absolutamente eu não po<strong>de</strong>ria<br />
<strong>de</strong>ixar, nem teria justificativa nem<br />
explicação, <strong>de</strong> integrar o grupo <strong>de</strong><br />
companheiros que aparteam. V.Exa. na<br />
<strong>de</strong>spedida <strong>de</strong>sta Assembléia. E queria<br />
aduzir ao seu discurso, quem sabe,<br />
alguma coisa sem maior significação, mas<br />
<strong>de</strong> um sentimento mais profun<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />
homem <strong>do</strong> agreste que sofre entre as<br />
crises <strong>do</strong> Sertão. E quem sabe a aparente<br />
opulência da Zona da Mata. Assim é o<br />
Agreste. No Agreste não há os gran<strong>de</strong>s<br />
projetos, no Agreste não tem os gran<strong>de</strong>s<br />
investimentos. Sempre se pensa em<br />
investir mais na Mata ou investir mais no<br />
Sertão on<strong>de</strong> existem as gran<strong>de</strong>s secas e<br />
as gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s. E no Agreste nós<br />
nos exprememos como <strong>de</strong>spreza<strong>do</strong>s aos<br />
olhos <strong>do</strong> Governo. E na sua <strong>de</strong>spedida <strong>de</strong><br />
um homem que tem compromisso com a<br />
sua região e o compromisso é acima <strong>de</strong><br />
tu<strong>do</strong>, o torna até intolerante na medida em<br />
que as reivindicações, os pleitos <strong>de</strong> sua<br />
terra Ouricuri não são atendi<strong>do</strong>s eu queria<br />
levar também a preocupação <strong>do</strong> Agreste<br />
através da palavra <strong>do</strong> amigo como diz<br />
V.Exa. e certo Dep. Gilvan Coriolano<br />
como dizia Santo Agostinho, que a criança<br />
se alegra com a calça curta nova, os<br />
adultos se alegram com a calça comprida<br />
nova, para cada momento para cada<br />
situação há uma alegria há uma<br />
satisfação. E muitas vezes a mudança da<br />
calça curta para a calça comprida e viceversa,<br />
nos <strong>de</strong>ixa como admitir não está<br />
feliz.<br />
Como se não reconhecesse ser a ânsia<br />
<strong>de</strong> adaptar-se aquela nova realida<strong>de</strong>.<br />
V.Exa., <strong>de</strong> Ouricuri Verea<strong>do</strong>r, Prefeito com<br />
aquele discurso que realmente empolgava<br />
a sua gente, empolgava a sua terra veio<br />
para a Assembléia e está claro que os rios<br />
temporários e sequidão <strong>do</strong> Sertão não<br />
po<strong>de</strong> se comparar com a placi<strong>de</strong>z <strong>do</strong><br />
Capibaribe até a placi<strong>de</strong>z aparente ou<br />
para<strong>do</strong>xal, que ai e perene, que aí está a<br />
fazer poesia, estar a fazer me<strong>do</strong> o V.Exa.<br />
<strong>de</strong>ve ter senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> súbito aquela<br />
dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptar o discurso <strong>do</strong><br />
menino e <strong>do</strong> rapaz <strong>de</strong> Ouricuri ao<br />
Deputa<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong> em Recife e<br />
essa diferença mais se acentuou quan<strong>do</strong><br />
V.Exa. sonhou com o Governo, por ele<br />
lutou, com ele lutou e o aju<strong>do</strong>u a eleger e<br />
este Governo. não aten<strong>de</strong>u as<br />
reivindicações <strong>de</strong> V.Exa. Não há uma,<br />
critica ao Governo Arraes ao que eu estou<br />
dizen<strong>do</strong>, porque creio que o Governo<br />
Arraes foi um Governo comprometi<strong>do</strong> com<br />
as causas populares, com as aspirações<br />
<strong>do</strong> povo, mas isso sé não era suficiente<br />
para aten<strong>de</strong>r as aspirações <strong>do</strong> povo, mas<br />
isso só não era suficiente para aten<strong>de</strong>r as<br />
<strong>do</strong> seu povo, as aspirações <strong>de</strong> sua Região<br />
e aí vemos a inquietação <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong><br />
Gilvan Coriolano e foi nessa inquietação
que nós o i<strong>de</strong>ntificamos como autêntico<br />
Deputa<strong>do</strong> <strong>do</strong> Sertão, jovem <strong>de</strong> Ouricuri,<br />
Prefeito daquela terra. É com a análise<br />
<strong>de</strong>ssas parcelas <strong>de</strong> sua vida que nos o<br />
i<strong>de</strong>ntificamos como gran<strong>de</strong> amigo <strong>do</strong> qual<br />
não queremos nos <strong>de</strong>spedir, queremos,<br />
apenas, trazer um testemunho <strong>de</strong> que<br />
essa afeição que foi <strong>de</strong>sportada na Casa<br />
<strong>de</strong> Joaquim Nabuco haverá <strong>de</strong> se<br />
perenizar.<br />
Desejamos, Deputa<strong>do</strong> Gilvan Coriolano<br />
que V.Exa. leve nessa sua <strong>de</strong>spedida<br />
<strong>de</strong>sta Casa a certeza <strong>de</strong> que nós o<br />
enten<strong>de</strong>mos, não ha ninguém, aqui, que,<br />
<strong>de</strong> sã consciência não haja entendi<strong>do</strong><br />
V.Exa. Até nos seus peca<strong>do</strong>s, nos seus<br />
exageros, nos seus erros, porque peca<strong>do</strong>,<br />
erro ou exagero por amor passa a ser<br />
virtu<strong>de</strong> e tu<strong>do</strong> que V.Exa. fez que agra<strong>do</strong>u<br />
ou <strong>de</strong>sagra<strong>do</strong>u foi por amor a Ouricuri.<br />
É em nome <strong>de</strong>sse amor, a sua terra, que<br />
nós seus amigos queremos também fazer<br />
parte. Nós somos o amor <strong>de</strong> Ouricuri na<br />
sua vidas no seu coração e queremos que<br />
ele seja perene.<br />
O Sr. GILVAN CORIOLANO - Gran<strong>de</strong><br />
Deputa<strong>do</strong> Argemiro Pereira, conterrâneo<br />
<strong>de</strong> Serra Talhada, eu queria pedir <strong>de</strong><br />
V.Exa. mais um pouco <strong>de</strong> complascência<br />
para ouvir o nobre Deputa<strong>do</strong> Almeida<br />
Filho.<br />
Mas, Deputa<strong>do</strong> Roldão Joaquim, V.Exa.<br />
sabe muito bem externar o seu<br />
pensamento com essas palavras tão<br />
lindas e eloquentes e toca em cheio o<br />
coração. Diz, realmente o que a gente<br />
está sentin<strong>do</strong>.<br />
Mas Deputa<strong>do</strong> Roldão, é isso mesmo que<br />
V.Exa., diz, é o que se passa conosco.<br />
Conce<strong>do</strong> o aparte ao nobre Deputa<strong>do</strong><br />
Almeida Filho.<br />
O Sr. Almeida Filho - Meu caro Deputa<strong>do</strong><br />
Gilvan Coriolano, nós assistimos na tar<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> hoje a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> V.Exa., no<br />
discurso que ora realiza aqui, fazen<strong>do</strong> as<br />
suas <strong>de</strong>spedidas da vida Parlamentar e<br />
nós que tivemos uma convivência antes<br />
como companheiros na Secretaria <strong>de</strong><br />
Segurança Pública e mesmo no dia a dia<br />
da vida pública on<strong>de</strong> muitas vezes V.Exa.,<br />
naquela época Prefeito e eu Deputa<strong>do</strong>, e<br />
assistia a preocupação <strong>de</strong> V.Exa., a<br />
responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> V.Exa., o amor, a<br />
<strong>de</strong>dicação à sua região, a sua Ouricuri <strong>de</strong><br />
coração, que V.Exa. tanto fala e tanto<br />
proclama por to<strong>do</strong>s os recantos <strong>do</strong><br />
Esta<strong>do</strong>. E tivemos, também, a convivência<br />
partidária quan<strong>do</strong> V.Exa. <strong>de</strong>ixava o<br />
PMDB, ingressava no nosso Parti<strong>do</strong><br />
Municipalista Brasileiro que <strong>de</strong>pois foi<br />
extinto, <strong>de</strong>pois voltamos a mesma<br />
convivência partidária no PRN. E, aqui,<br />
tivemos oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conviver com<br />
V.Exa. na luta <strong>do</strong> dia a dia pela Casa <strong>de</strong><br />
<strong>Pernambuco</strong>. A vida pública nos ensina e<br />
ensina muita. As <strong>de</strong>cepções, as alegrias,<br />
as emoções naturais que nós to<strong>do</strong>s<br />
sentimos e a contingência natural <strong>de</strong><br />
quem disputa <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r ou ganhar.<br />
Mas V.Exa., <strong>de</strong>ixou, aqui, no nosso meio<br />
um espirito <strong>de</strong> cavaleirismo, um espirito <strong>de</strong><br />
solidarieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> companheiro que<br />
não po<strong>de</strong>ria ser diferente, não po<strong>de</strong>ria<br />
negar a tradição <strong>do</strong> sertanejo bravo, <strong>do</strong><br />
sertanejo humil<strong>de</strong> mas <strong>de</strong> um sertanejo<br />
que sabe ter amor próprio, que sabe<br />
ultrapassar as barreiras, da dificulda<strong>de</strong>s. E<br />
V.Exa., hoje, nesta tar<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ixa para os<br />
seus companheiros a saudação <strong>de</strong> um<br />
<strong>de</strong>spedida, talvez, temporária porque a<br />
vida pública e assim mesmo. Ela é cheia<br />
<strong>de</strong> surpresas, ela é cheia <strong>de</strong> perspectivas<br />
e vamos aguardar o futuro para ver o que<br />
e que o futuro nos reserva. Mas <strong>de</strong> uma<br />
coisa estou certo, Deputa<strong>do</strong> Gilvan<br />
Coriolano que valeu a pena, Ouricuri ter<br />
lhe trazi<strong>do</strong> para esta Casa, para ficar mais<br />
lembra<strong>do</strong>, ainda, no pensamento <strong>do</strong>s<br />
homens que governam nosso Esta<strong>do</strong> e a<br />
nossa Nação. Dos problemas<br />
angustiantes daquele sertão sofri<strong>do</strong>, sem<br />
água, sem emprego, sem oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
trabalho para tanto on<strong>de</strong> a fome e, talvez,<br />
o maior <strong>de</strong>safio daquela região. Há o<br />
problema da educação, o problema da<br />
saú<strong>de</strong>, o problema, em fim generaliza<strong>do</strong> e<br />
que V.Exa. <strong>de</strong>ixou, aqui, o seu grito <strong>de</strong><br />
guerra <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a sua Ouricuri,<br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a sua região.<br />
Deputa<strong>do</strong> Gilvan Coriolano, como bem<br />
disse, aqui, o nosso queri<strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong> e<br />
amigo Humberto Barradas; não vai haver<br />
nem <strong>de</strong>spedida e nem separação, porque<br />
os quilômetros por mais que sejam não<br />
irão nos separar. Nos continuaremos na<br />
trincheira da <strong>de</strong>mocracia, da lealda<strong>de</strong>, <strong>do</strong>
amor a <strong>Pernambuco</strong> e da<br />
responsabilida<strong>de</strong> com aqueles que<br />
confiaram em nós. Com os problemas que<br />
temos, ainda, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente, <strong>do</strong><br />
exercício <strong>do</strong> mandato parlamentar. Mas<br />
haveremos <strong>de</strong> dar uma colaboração<br />
<strong>de</strong>cisiva a <strong>Pernambuco</strong> para que possa<br />
amenizar o sofrimento e enfrentar os seus<br />
angustiantes problemas.<br />
Deputa<strong>do</strong> Gilvan Coriolano, a minha<br />
saudação amiga, a minha saudação<br />
fraternal.<br />
O Sr. GILVAN CORIOLANO - Deputa<strong>do</strong><br />
Ameida Filho, agra<strong>de</strong>ço a V.Exa., Lí<strong>de</strong>r <strong>do</strong><br />
sau<strong>do</strong>so PMDB. Quero, nesta tar<strong>de</strong>, reunir<br />
estes pronunciamentos que fazem V.Exa.<br />
para guardar bem guarda<strong>do</strong> e para<br />
sempre, e, <strong>de</strong> quan<strong>do</strong> em vez, pela<br />
oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ouvir esta gravação e me<br />
lembrar <strong>do</strong>s bons momentos que vivi ao<br />
la<strong>do</strong> <strong>de</strong> Vs. Exas..<br />
Ouço o nobre Deputa<strong>do</strong> Men<strong>do</strong>nça Filho.<br />
O Sr. Men<strong>do</strong>nça Filho - Deputa<strong>do</strong> Gilvan<br />
Coriolano, <strong>de</strong>vo neste instante vir á<br />
Tribuna <strong>de</strong> Aparte da Assembléia<br />
pernambucana para dar o meu<br />
testemunho, o meu testemunho a respeito<br />
da sua passagem, da passagem <strong>de</strong><br />
V.Exa. por esta Casa, nesses últimos<br />
quatro anos.<br />
V.Exa. foi um companheiro fiel, amigo<br />
sincero, uma pessoa solidária, um<br />
parlamentar autêntico. Autêntico,<br />
principalmente, porque nunca renegou a<br />
sua terra, nunca renegou sua região. Sertanejo<br />
bravo sempre lutou pelas coisas <strong>do</strong><br />
povo daquela região.<br />
Homem vivi<strong>do</strong> e cresci<strong>do</strong> no Município <strong>de</strong><br />
Ouricuri, veio a Assembléia <strong>Legislativa</strong> <strong>do</strong><br />
Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong> para, justamente,<br />
bem representar a sua população, bem<br />
representar os seus conterrâneos. E eu<br />
lembraria uma afirmação que eu<br />
consi<strong>de</strong>ro intensamente verda<strong>de</strong>ira:<br />
Homem que não presta para a sua terra,<br />
não presta para a terra <strong>de</strong> ninguém. V.<br />
Exa., sempre foi um homem que prestou<br />
bem para Ouricuri e para o Sertão<br />
pernambucano.<br />
Portanto, V. Exa., é um pernambucano<br />
valioso, um homem que vai <strong>de</strong>ixar<br />
sauda<strong>de</strong>s aqui na Casa <strong>de</strong> Joaquim<br />
Nabuco.<br />
O Sr. GILVAN CORIOLANO - Agra<strong>de</strong>ço<br />
as palavras generosas <strong>do</strong> gran<strong>de</strong><br />
Deputa<strong>do</strong> Men<strong>do</strong>nça Filho, jovem,<br />
i<strong>de</strong>alista, autêntico, luta<strong>do</strong>r por<br />
<strong>Pernambuco</strong>.<br />
E, gostaria <strong>de</strong> dizer aos colegas que me<br />
ouvem nesta tar<strong>de</strong>, tar<strong>de</strong> em que eu faço<br />
a minha <strong>de</strong>spedida <strong>de</strong>sta Assembléia<br />
<strong>Legislativa</strong>.<br />
Muitas vezes, nobre Deputa<strong>do</strong> Humberto<br />
Barradas, algumas pessoas não<br />
entendiam o porque da nossa insatisfação<br />
da nossa exigência constante. Mas, não<br />
sabiam muitos <strong>do</strong> compromisso que<br />
temos com o povo daquela região o que<br />
necessita <strong>de</strong> uma verda<strong>de</strong>ira<br />
movimentação para que possamos sair<br />
daquela escravidão absurda, que é a<br />
escravidão da seca que constantemente<br />
arrasa o nosso povo.<br />
Então, não po<strong>de</strong>ria ser outra a minha<br />
posição nesta Casa. Caleja<strong>do</strong>s das lutas<br />
diuturnas, procuran<strong>do</strong> o melhor possível<br />
para aquele povo, eu não podria, ao<br />
chegar nesta assembléia, me quedar e<br />
ficar, apenas, a bater palmas, esquecen<strong>do</strong><br />
os compromissos maiores com o nosso<br />
povo.<br />
Então, nobres companheiros, encerran<strong>do</strong>,<br />
eu quero <strong>de</strong>ixar aqui, nesta tar<strong>de</strong>, o meu<br />
agra<strong>de</strong>cimento a to<strong>do</strong>s os que fazem esta<br />
Casa, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o contínuo, o servente, to<strong>do</strong>s<br />
os que fazem esta Assembléia <strong>Legislativa</strong>.<br />
Quero <strong>de</strong>ixar, aqui, o abraço fraterno a<br />
to<strong>do</strong>s os Deputa<strong>do</strong>s a to<strong>do</strong>s que fazem<br />
esta Casa, e a certeza <strong>de</strong> que a nossa<br />
caminhada não termina aqui, daqui<br />
sairemos para novas trincheiras <strong>de</strong>luta<br />
porque o compromisso que temos com o<br />
Sertão e com <strong>Pernambuco</strong> é muito gran<strong>de</strong><br />
e não é apenas um problema <strong>de</strong><br />
percursso que tenhamos que <strong>de</strong>ixar a vida<br />
pública e <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o povo.<br />
Portanto, nesta tar<strong>de</strong>, quero levar o meu<br />
agra<strong>de</strong>cimento ao nobre Presi<strong>de</strong>nte<br />
Severino Cavalcanti e Argemiro Pereira, a<br />
Clo<strong>do</strong>al<strong>do</strong> Torres, a to<strong>do</strong>s os<br />
companheiros,da oposição, inclusive, ao<br />
gran<strong>de</strong> socialista Sérgio Guerra, ao<br />
gran<strong>de</strong> luta<strong>do</strong>r Pedro Eurico, a to<strong>do</strong>s,<br />
enfim que fazem a gran<strong>de</strong> Assembléia
<strong>Legislativa</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Pernambuo, eu<br />
quero levar o meu abraço nesta tar<strong>de</strong>, e<br />
pedir <strong>de</strong>sculpas a alguns que porventura<br />
tenham alguma mágoa porque nesta<br />
caminhada tivemos, muitas vezes, alguns<br />
entrechoques. Mas tu<strong>do</strong> isso foi feito<br />
pensan<strong>do</strong> na melhoria <strong>do</strong> povo.<br />
Mas, ouço o Deputa<strong>do</strong> Antônio Mariano.<br />
O Sr. Antônio Mariano - Deputa<strong>do</strong> Gilvan<br />
Coriolano, V.Exa., nesta tar<strong>de</strong>, faz um<br />
pronunciameto <strong>de</strong><strong>de</strong>spedida na<br />
Assembléia <strong>Legislativa</strong>.<br />
V.Exa. prestou gran<strong>de</strong>s serviços a<br />
população da sua região e <strong>de</strong><br />
<strong>Pernambuco</strong> durante o tempo que aqui<br />
estava e V.Exa. volta a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ouricuri,<br />
tenho certeza que novamente será<br />
Prefeito daquela terra, on<strong>de</strong> o povo<br />
sempre tem um gran<strong>de</strong> amor a V.Exa..<br />
V.Exa. foi Prefeito comigo, na mesma<br />
época, eu <strong>de</strong> Afoga<strong>do</strong>s da Ingazeira e<br />
V.Exa. <strong>de</strong> Ouricuri. Des<strong>de</strong> daquele tempo,<br />
eu me lembro da preocupação que tinha<br />
V.Exa. em <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r não só seus<br />
municípios, mais toda a região.<br />
Sempre nos encontrávamos nas<br />
Secretarias, a preocupação é para com a<br />
sua terra e para com a sua região. V.Exa<br />
sai daqui, mais tem a certeza quan<strong>do</strong><br />
estiver, que teremos como Deputa<strong>do</strong><br />
amigo, coerente, o que esta Casa, sentirá<br />
a falta <strong>de</strong> um sertanejo, autêntico,<br />
dinâmico e que não per<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong><br />
para falar <strong>de</strong> sua origem, da sua terra e <strong>do</strong><br />
seu povo.<br />
Parabéns, Deputa<strong>do</strong> que tem pela<br />
atuação V.Exa. nesta Casa, eperamos<br />
futuro bem próximo, nos encontremos<br />
mais uma vez, V.Exa. dirigin<strong>do</strong> o seu<br />
município o nos Pajeú, lutan<strong>do</strong> pela<br />
<strong>de</strong>fesa <strong>do</strong> nosso povo.<br />
Muito obriga<strong>do</strong>.<br />
O Sr. PRESIDENTE - Dep. Severino<br />
Cavalcanti V.Exa., Deputa<strong>do</strong> Gilvan<br />
Coriolano, já se exce<strong>de</strong>u por mais <strong>de</strong> uma<br />
hora e nós não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ouvir<br />
os <strong>do</strong>is companheiros. Então, logo ouça o<br />
aparte <strong>do</strong> nobre Deputa<strong>do</strong> Geral<strong>do</strong> Coelho<br />
e V.Exa. encerre as suas consi<strong>de</strong>rações.<br />
O Sr. GILVAN CORIOLANO - Pois, não,<br />
eu não po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ouvir a palavra<br />
<strong>do</strong> sertanejo <strong>do</strong> São Francisco e<br />
companheiro <strong>de</strong> sofrimento e <strong>de</strong> luta,<br />
Deputa<strong>do</strong> Geral<strong>do</strong> Coelho.<br />
O Sr. Geral<strong>do</strong> Coelho - Deputa<strong>do</strong>, São<br />
Francisco se agasalha e se encosta na<br />
fralda <strong>do</strong> Araripe, lá na sua terra. Nós<br />
somos a mesma gente, o mesmo povo e<br />
<strong>de</strong> lá <strong>do</strong> alto da serra, nós estamos<br />
vislumbran<strong>do</strong> o to<strong>do</strong> sertão que V.Exa.<br />
aqui falou tanto nesses quatro anos.<br />
Chegou aqui, cheio <strong>de</strong> esperanças <strong>do</strong><br />
Governo novo, diferente, folga<strong>do</strong> e as<br />
<strong>de</strong>cepções Deputa<strong>do</strong>, mais uma vez se<br />
plantaram, mais o engo<strong>do</strong>, mais a<br />
<strong>de</strong>sesperança, mais engano. E agora, no<br />
final <strong>do</strong> término <strong>de</strong> seu mandato, nós<br />
estamos a ler nas páginas <strong>do</strong> Jornal <strong>do</strong><br />
Brasil <strong>de</strong> ontem, não sei se V.Exa. leu,<br />
reportagem especificamente sobre<br />
Ouricuri. Aquela página mais vergonhosa,<br />
que se po<strong>de</strong>ria apresentar perante o<br />
Governo.<br />
O Governo <strong>de</strong> esperança <strong>de</strong> quatro anos,<br />
que está alí o retrato, on<strong>de</strong> foi sepulta<strong>do</strong><br />
todas as esperanças e V.Exa. vem<br />
representan<strong>do</strong> daquela da terra das<br />
esperanças que trouxe, das <strong>de</strong>cepções<br />
que leva ao fim <strong>de</strong> seu mandato.<br />
Continue, <strong>de</strong>puta<strong>do</strong>, V.Exa. é forte, V.Exa.<br />
tem condições <strong>de</strong> continuar lutan<strong>do</strong>,<br />
brigan<strong>do</strong> pelo seu Ouricuri. E eu aqui<br />
estarei ainda por maio quatro anos e<br />
quero ser o seu alia<strong>do</strong>, solidário nas<br />
reivindicações da nossa gente.<br />
Vamos rasgar essas páginas, Deputa<strong>do</strong>,<br />
não po<strong>de</strong>, <strong>Pernambuco</strong> não po<strong>de</strong> aceitar<br />
mais essa vergonha, a retórica tem que<br />
esgotar, tem, que acabar. Nós não<br />
po<strong>de</strong>mos ser permanentemente os<br />
motivos da retórica <strong>do</strong>s gran<strong>de</strong>s discursos<br />
e <strong>de</strong> soluções.<br />
Vamos lutar, Deputa<strong>do</strong>, boa norte.<br />
O Sr. GILVAN CORIOLANO - Muito<br />
obriga<strong>do</strong>, Deputa<strong>do</strong> Gertl<strong>do</strong> Coelho e<br />
encerran<strong>do</strong> Sr. Presi<strong>de</strong>nte, li Deputa<strong>do</strong><br />
Geral<strong>do</strong> Coelho, e fiquei mais uma vez<br />
entristeci<strong>do</strong> em ver nas páginas <strong>do</strong> Jornal<br />
<strong>do</strong> Sul, jornal <strong>de</strong> circulação nacional, a<br />
triste realida<strong>de</strong> que é a seca que está<br />
acaban<strong>do</strong> com o nosso povo. O resulta<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong> tu<strong>do</strong> isto Dep. Geral<strong>do</strong> Coelho, é como<br />
diz V. Exa. é o resulta<strong>do</strong> da inoperância
<strong>do</strong>s governos que nós sempre<br />
reclamamos, governos impie<strong>do</strong>sos que<br />
não têm sensibilida<strong>de</strong> suficiente para<br />
saber compreen<strong>de</strong>r o sofrimento daquele<br />
povo, um povo altaneiro, um povo legal,<br />
um povo corajoso, um povo trabalha<strong>do</strong>r,<br />
que está relega<strong>do</strong> ao plano <strong>de</strong> viver a<br />
pedir esmola, para não morrer <strong>de</strong> fome.<br />
Deputa<strong>do</strong> Severino Cavalcanti,<br />
encerran<strong>do</strong> as minhas palavras, eu quero<br />
levar o meu agra<strong>de</strong>cimento a V. Exa., a<br />
to<strong>do</strong>s os nobres Deputa<strong>do</strong>s que fazem<br />
esta Assémbléia, <strong>de</strong> coração, pela<br />
felicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter convivi<strong>do</strong> aqui. Dep.<br />
Severino Cavalcanti, o Dep. José<br />
Humberto está alí pedin<strong>do</strong> a clemência <strong>de</strong><br />
V. Exa., a complacência, para dizer<br />
algumas palavras. Gostaria que V. Exa.<br />
conce<strong>de</strong>sse <strong>do</strong>is minutos para ouvi-lo.<br />
O Sr. José Humberto - Dep. Gilvan<br />
Coriolano, nós teríamos <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cer a<br />
complacência aí <strong>do</strong> nosso Presi<strong>de</strong>nte, o<br />
Dep. Severino Cavalcanti que vai ficar na<br />
Casa e vai ter muito tempo, e nós temos<br />
pouco tempo. Mas Dep. Gilvan, eu<br />
gostaria <strong>de</strong> dizer a V. Exa., e aos<br />
companheiros aqui da Assembléia<br />
<strong>Legislativa</strong> e a <strong>Pernambuco</strong> que nos nos<br />
conhecemos há algum tempo, eu como<br />
funcionário da FIAM e o Dep. Gilvan<br />
Coriolano, naquela época como Prefeito<br />
<strong>do</strong> município <strong>de</strong> Ouricuri, eu posso dar o<br />
testemunho da bravura, da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
trabalho <strong>do</strong> Dep. Gilvan Coriolano, que<br />
algumas vezes, diante <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong>s<br />
maiores, <strong>de</strong> Ministros, <strong>de</strong> Superinten<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> SUDENE, <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong><br />
CORDEC, o Dep. Gilvan Coriolano se<br />
comportava com essa pertinêcia,<br />
cobran<strong>do</strong>, exigin<strong>do</strong>, <strong>de</strong>nuncian<strong>do</strong>, aquilo<br />
que não ia para a região <strong>do</strong> sertão <strong>do</strong><br />
Araripe, para especificamente o seu<br />
município <strong>de</strong> Ouricuri. Município gran<strong>de</strong>,<br />
com muitos problemas, mas o Dep. Gilvan<br />
Coriolan<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> Prefeito, administrou e<br />
administrou muito bem. Ouricuri é um <strong>do</strong>s<br />
municípios maiores <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, com<br />
problemas seríssimos <strong>de</strong> recursos<br />
hídricos, e o Dep. Gilvan Coriolano teve<br />
durante a época em que eu estive como<br />
coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Programas especiais, na<br />
FIAM, como Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong><br />
Emergência, teve a assistência que<br />
merecia o Município <strong>de</strong> Ouricuri e que<br />
mereciam os municípios <strong>do</strong> sertão.<br />
Portanto, nesta tar<strong>de</strong>, neste final <strong>de</strong><br />
legislativa, quan<strong>do</strong> o companheiro Gilvan<br />
Coriolano aqui se <strong>de</strong>spe<strong>de</strong> da Assembléia<br />
<strong>Legislativa</strong>, quan<strong>do</strong> o companheiro Gilvan<br />
Coriolano não diz um a<strong>de</strong>us mas um até<br />
logo, porque tenho certeza <strong>de</strong> que V.Exa.<br />
antes <strong>de</strong> retornar a esta Casa, irá voltar a<br />
Prefeitura <strong>de</strong> Ouricuri. Portanto Dep.<br />
Gilvan Coriolano, receba a nossa<br />
solidarieda<strong>de</strong>, nós sairemos juntos <strong>de</strong>sta<br />
Casa, e quem sabe lá, retornaremos<br />
juntos no futuro. São estas as minhas<br />
palavras.<br />
O Sr. GILVAN CORIOLANO - Muito<br />
obriga<strong>do</strong> Dep. José Humberto, encerran<strong>do</strong><br />
Sr. Presi<strong>de</strong>nte, eu quero agra<strong>de</strong>cer a<br />
complacência <strong>de</strong> V.Exa. e os<br />
agra<strong>de</strong>cimentos fraternos, um abraço a<br />
to<strong>do</strong>s os colegas e companheiros e a<br />
certeza <strong>de</strong> que nós vamos continuar,<br />
embora sem mandato, mas na mesma<br />
trincheira <strong>de</strong> luta, lutan<strong>do</strong> e gritan<strong>do</strong> em<br />
benefício daquele povo sofre<strong>do</strong>r. Muito<br />
obriga<strong>do</strong> Sr. Presi<strong>de</strong>nte.<br />
O Sr. PRESIDENTE - Coma a palavra o<br />
Dep. Manoel Luna.<br />
O Sr. MANOEL LUNA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte e<br />
Srs. Deputa<strong>do</strong>s.<br />
A tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> hoje, não estar tão fria, tão<br />
alegre como a tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> ontem. Porque<br />
ontem nós ouvíamos nessa Tribuna o<br />
Parlamentar Humberto Barradas, que com<br />
sabe<strong>do</strong>ria, com inteligência nos levou a<br />
emoção a ponto <strong>de</strong> conduzir ao aparte<br />
to<strong>do</strong>s os Deputa<strong>do</strong>s aqui presentes. A sua<br />
facilida<strong>de</strong>, a sua literatura nos encantou<br />
sempre. E, ontem ela se <strong>de</strong>u como um<br />
final <strong>de</strong> perío<strong>do</strong>, em que o Deputa<strong>do</strong><br />
Humberto Barradas, com a gradiosida<strong>de</strong><br />
<strong>do</strong> seu coração, nos oferou, nos<br />
engran<strong>de</strong>ceu e nos tornou mais forte.<br />
Porque ele se <strong>de</strong>spedia e nos <strong>de</strong>ixava<br />
coragem, nos <strong>de</strong>ixava esperança. Hoje,<br />
Sr. Presi<strong>de</strong>nte e Srs. Deputa<strong>do</strong>s, nós<br />
acabamos <strong>de</strong> ouvir esse Deputa<strong>do</strong><br />
sertanejo, que gran<strong>de</strong> na sua<br />
compativida<strong>de</strong>. Porque durante to<strong>do</strong> este<br />
perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> Governo, eu olhava para o<br />
Deputa<strong>do</strong> Coriolano e, sentia nas suas
palavras, na sua gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> coração<br />
aquilo que o povo sertanejo carecia, ajuda<br />
<strong>do</strong> Governo, ajuda daqueles que nas<br />
praças públicas, nos perío<strong>do</strong>s eleitorais<br />
levava as promesas e os projetos dizen<strong>do</strong><br />
sempre que se eleito faria isto ou aquilo<br />
em benefício <strong>do</strong> povo pernambucano. E o<br />
Gilvan Coriolano foi aquela figura que,<br />
permanentemente estava na Tribuna, para<br />
pedir, para reclamar, para agra<strong>de</strong>cer ao<br />
povo e ao Governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Pernambuco</strong>. Acabamos <strong>de</strong> ouvir a S.Exa.<br />
e, agora esse mo<strong>de</strong>sto Deputa<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />
Agreste Meridional, tem também, <strong>de</strong>ntro<br />
<strong>de</strong> um principio clássico também <strong>de</strong> se<br />
<strong>de</strong>spedir <strong>do</strong>s nobres Deputa<strong>do</strong>s que aqui<br />
irão ficar. Nós iremos <strong>de</strong>ixar esta<br />
Assembléia, esta Assembléia que neste<br />
perío<strong>do</strong> é um vale <strong>de</strong> lagrimas, porque é<br />
um vale <strong>de</strong> <strong>de</strong>spedida. Aqui nos ouvimos<br />
e, aqui nos encanta a sabe<strong>do</strong>ria <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s<br />
os Srs. Deputa<strong>do</strong>s. Porque nesta Casa,<br />
para que fique o povo pernambucano<br />
saben<strong>do</strong>, que ninguém vem para aqui<br />
atoa. Aqui, quan<strong>do</strong> se vem para ser<br />
Deputa<strong>do</strong>, para representar o povo<br />
pernambucano é porque o Deputa<strong>do</strong> tem<br />
algo importante na sua vida. Aqui estar<br />
um trabalho, aqui estar uma vida, aqui<br />
estar uma gran<strong>de</strong>za Srs. Deputa<strong>do</strong>s.<br />
Durante esse perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> Deputa<strong>do</strong> que<br />
por aqui passei, eu fui um homem<br />
silencioso, eu fui um homem que mais<br />
ouvi <strong>do</strong> que falei. Eu sequer não<br />
aparteava os nobres Deputa<strong>do</strong>s. Porque<br />
aqui foi a minha gran<strong>de</strong> escola, aqui foi<br />
on<strong>de</strong> eu ouvi com exatidão a gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong><br />
cada um <strong>do</strong>s Srs. Deputa<strong>do</strong>s que, nesta<br />
Tribuna falavam aquilo que precisavam<br />
falar em benefício <strong>do</strong> povo. E, eu com a<br />
minha experiência parlamentar mirim <strong>de</strong><br />
Verea<strong>do</strong>r, com a minha preocupação <strong>de</strong><br />
Prefeito <strong>do</strong> Município durante <strong>de</strong>z anos,<br />
eu sentia que os Srs. Deputa<strong>do</strong>s tinham<br />
no coração e na consciência a gran<strong>de</strong>za<br />
<strong>de</strong> um Parlamentar e <strong>do</strong> homem público.<br />
Meus amigos, eu conce<strong>do</strong> o aparte ao<br />
gran<strong>de</strong> Deputa<strong>do</strong> e gran<strong>de</strong> amigo Almeida<br />
Filho.<br />
O Sr. Almeida Filho - Meu caro Deputa<strong>do</strong><br />
Manoel Luna, eu acho que a emoção que<br />
V. Exa. no momento senti e, que não<br />
consegue escon<strong>de</strong>r, pela maneira<br />
vibrante, pela maneira como V. Exa. se<br />
dirige aos Srs. companheiros e, a to<strong>do</strong>s<br />
aqueles que fazem o Po<strong>de</strong>r Legislativo <strong>do</strong><br />
Esta<strong>do</strong>. Deixa naturalmente em to<strong>do</strong>s nós<br />
aquela satisfação incomum da<br />
convivência nossa sadia <strong>do</strong>s bons<br />
momentos que aqui vivemos tantos<br />
momentos incertos na luta pelas coisas e<br />
pelas causas <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>, e aquilo que nos<br />
traz nesse momento para dizer a V.Exa.<br />
que a nossa luta não termina aqui e não<br />
terminará hoje, porque conheço o seu<br />
teperamento, conheço aqui a não<br />
terminará hoje, porque conheço o seu<br />
temperamento, conheço a sua maneira <strong>de</strong><br />
ser, e eu tenho certeza que em outra<br />
oportunida<strong>de</strong>, nós assistiremos o mesmo<br />
discurso emociona<strong>do</strong> como hora V.Exa.<br />
realiza, lembran<strong>do</strong> aquela fase <strong>de</strong> que se<br />
diz que ninguém se per<strong>de</strong> no caminho da<br />
volta, porque voltar é a mais bela forma <strong>de</strong><br />
se renascer, portanto meu caro Deputa<strong>do</strong><br />
Manoel Luna, o meu abraço <strong>de</strong><br />
confraternização, o meu abraço,<br />
parabeniza<strong>do</strong>r, pela sua conduta correta,<br />
não só aqui mas em to<strong>do</strong>s os setores, e<br />
vá em frente Deputa<strong>do</strong> Manoel Luna,<br />
V.Exa ainda tem mocida<strong>de</strong> e talento, para<br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r <strong>Pernambuco</strong> em outras<br />
questões.<br />
O Sr. MANOEL LUNA - Deputa<strong>do</strong><br />
Almeida Filho, eu gostaria <strong>de</strong> ser sintético<br />
ao conceito em V. parte, quero dizer a<br />
esta Casa, que V.Exa. não é um simples<br />
Deputa<strong>do</strong>, V. Exa. é um gran<strong>de</strong> amigo, a<br />
V.Exa. nesse instante, minhas<br />
homenagem e o meu muito obroga<strong>do</strong>.<br />
Mas meus Srs. essa Câmara tem uma<br />
ressonância importante, aqui é a<br />
verda<strong>de</strong>ira Casa <strong>do</strong> povo, e foi inseri<strong>do</strong><br />
nesse sentimento que nós trabalhamos,<br />
que nós lutamos, e aqui chegamos hoje<br />
como ontem, a emoção, é gran<strong>de</strong>, não é<br />
gran<strong>de</strong> porque eu, não tenha me<br />
candidata<strong>do</strong> a reeleição não, essa minha<br />
<strong>de</strong>sistência, foi fundamentada pelo<br />
sentimento maior <strong>de</strong> Cidadão, ninguém<br />
tem o direito <strong>de</strong> penetrar no seutimento<br />
alheio, e eu, quan<strong>do</strong> senti que o atual<br />
Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, não dava aquele<br />
andamento aos seus sentimentos <strong>de</strong><br />
cumprrir aquilo que prometeram eu não<br />
tive Sr. Deputa<strong>do</strong> outra alternativa, foi
dizer a sua Excelência com toda<br />
franqueza, mas com toda cordialida<strong>de</strong>,<br />
que não tinha condição política e<br />
psicológica <strong>de</strong> tentar uma reeleição para<br />
<strong>de</strong>puta<strong>do</strong>, conce<strong>do</strong> a palavra ao Deputa<strong>do</strong><br />
e queri<strong>do</strong> amigo Humberto Barradas.<br />
O Sr. Humberto Barradas - Meu preza<strong>do</strong><br />
amigo, Deputa<strong>do</strong> Manoel Luna, V.Exa.,<br />
marcou presença nesta Casa, pelo fato<br />
talvez mas relevante, fato <strong>de</strong> ter<br />
consegui<strong>do</strong> a unânimida<strong>de</strong> aos<br />
companheiros <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rá-lo o homem<br />
harmonia <strong>de</strong>ssa Casa, a presença <strong>de</strong><br />
cada parlamentar é marcada nesta<br />
Assembléia, pelo comportamento, pelo<br />
discurso, pela coerência que V.Exa.<br />
marcou a presença velo conjunto <strong>de</strong> tu<strong>do</strong><br />
isso, V.Exa. foi Deputa<strong>do</strong> Manoel Luna,<br />
<strong>de</strong>ixar como eu essa Assembléia<br />
<strong>Legislativa</strong>, mas <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> a sauda<strong>de</strong>, só<br />
em saber que nós vamos ter um perío<strong>do</strong><br />
maior, para se encontrar, para nós nos<br />
encontrarmos.<br />
A convivência, fez com que nós<br />
começassemos a admirar, mas também<br />
connhecen<strong>do</strong>, e a cada minuto que nós<br />
pudiamos enxergar nos seus gestos, nas<br />
suas palavras podíamos ter certeza que<br />
estávamos verda<strong>de</strong>iramente abraçan<strong>do</strong><br />
aqui nesta Casa além <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong><br />
parlamentar um cidadão exemplo.<br />
Conheco-o <strong>de</strong> perto. Sei quem V.Exa. é e<br />
<strong>de</strong> on<strong>de</strong> veio. E logicamente para on<strong>de</strong><br />
vai. Por isso não me faltam palavras que<br />
po<strong>de</strong>riam até faltar para outros<br />
companheiros. Para nesta hora hipotecar<br />
solidarieda<strong>de</strong> por uma pessoa que cabem<br />
to<strong>do</strong>s os adjetivos qualificativos. Porque<br />
V.Exa. significa nesta Casa o exemplo <strong>do</strong><br />
colega, <strong>do</strong> companheiro e <strong>do</strong> amigo.<br />
V.Exa. reporta-se nesta hora a sua<br />
<strong>de</strong>sistência a reeleição a Dep. Estadual. E<br />
V.Exa. teve sem dúvida nenhuma a<br />
gran<strong>de</strong> chance <strong>de</strong> não passar pelo<br />
sacrifício que passamos nós outros<br />
<strong>de</strong>puta<strong>do</strong>s sem condições financeiras <strong>de</strong><br />
disputar com aqueles que se não mandam<br />
no povo compram a consciência <strong>de</strong>sse<br />
povo. V.Exa. saiu como saiu o Dep. Arthur<br />
Correia e o companheiro Murilo Paraíso<br />
ilumina<strong>do</strong> pela consciência <strong>do</strong> que aqui<br />
não mais nos cabia. Infelizmente Dep. nós<br />
temos que dizer que com raríssimas<br />
excessões ficaram aqui alguns<br />
companheiros que ao longo <strong>do</strong>s seus<br />
mandatos pu<strong>de</strong>ram passar para a<br />
socieda<strong>de</strong> pernambucana o resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
um trabalho produtivo.<br />
Meu queri<strong>do</strong> amigo Dep. Manoel Luna,<br />
Deus nos dará esses direitos, o direito <strong>de</strong><br />
continuarmos juntos, o direito <strong>de</strong> dizermos<br />
que a distância não nos <strong>de</strong>parará. Porque<br />
estamos liga<strong>do</strong>s irmamente. Estamos<br />
intimamente liga<strong>do</strong>s, pela comunhão <strong>do</strong>s<br />
nossos pensamentos que estão<br />
inteiramente volta<strong>do</strong>s sem dúvida<br />
nenhuma para a gran<strong>de</strong> maioria daquele<br />
povo que vive na miséria, daquele povo<br />
que não tem vez nem tem voz. Vai Dep.<br />
Manoel Luna, e volta ao convívio <strong>do</strong>s teus,<br />
sem se esquecer no entanto que nós que<br />
aqui ficamos somos seus amigos, seus<br />
admira<strong>do</strong>res, e aqueles que torcerão<br />
sempre para que V.Exa. tenha um<br />
repouso <strong>de</strong> um guerreiro que só <strong>de</strong>ixará<br />
<strong>de</strong> sê-lo na hora em Deus o levar. V.Exa.<br />
Não estar na curva como disse ontem<br />
V.Exa. <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte, V.Exa. acabou<br />
mesmo <strong>de</strong> afirmar que muito me alegou,<br />
que no seu silêncio V.Exa. criava o<br />
aprendiza<strong>do</strong> que esta Casa era pródiga<br />
em fazê-lo. V.Exa. vai aproveitar sem<br />
dúvida nenhuma fora <strong>de</strong>sta Casa tu<strong>do</strong><br />
aquilo que nós também apren<strong>de</strong>mos aqui<br />
<strong>de</strong> bom. Segue o teu caminho Dep.<br />
Manoel Luna. Vai em frente que eu tenho<br />
certeza que o seu caminho é longo e<br />
dura<strong>do</strong>uro.<br />
Parabéns, felicida<strong>de</strong>s e tua família e teus<br />
amigos te esperam <strong>de</strong> braços abertos. Um<br />
abraço.<br />
O Sr. MANOEL LUNA - Dep. Barradas,<br />
como Sempre V.Exa. é um parlamentar<br />
amável. V.Exa. durante to<strong>do</strong> esse tempo<br />
nesta Casa nunca soube agredir. Soube<br />
sempre lançar conselhos e procurar<br />
sempre soluções para as dificulda<strong>de</strong>s que<br />
se apresentavam. O conceito que V.Exa.<br />
estabelece sobre a minha pessoa me<br />
gratifica imensamente.<br />
Saio daqui efetivamente alegre, regozija<strong>do</strong><br />
e satisfeito por um conceito <strong>de</strong> V.Exa., em<br />
particular o <strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais colegas que me<br />
tributam nesta tar<strong>de</strong> e sempre a gran<strong>de</strong>za<br />
<strong>do</strong>s vossos corações.<br />
Portanto, a V.Exa. o meu carinho e o meu
afeto, dizen<strong>do</strong> que a reciproca é<br />
verda<strong>de</strong>ira.<br />
Conce<strong>do</strong> o aparte ao gran<strong>de</strong> amigo e<br />
gran<strong>de</strong> Parlamentar que é, Deputa<strong>do</strong><br />
Roldão Joaquim.<br />
O Sr. Roldão Joaquim - Deputa<strong>do</strong><br />
Manoel Luna, eu ouvia com entusiamo<br />
contagiante as palavras <strong>de</strong> V.Exa. e fazia<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> mim duas observações<br />
verda<strong>de</strong>iras, duas reflexões coerentes, a<br />
primeira <strong>de</strong>las é que esse discurso <strong>de</strong><br />
V.Exa. é um discurso para ficar na<br />
história. Faz tempo que a gente nesta<br />
Assembléia não pára para ouvir palavras<br />
tão bonitas, tão bem ditas como ao que<br />
iniciou V.Exa. no seu discurso e fiquei até,<br />
sem enten<strong>de</strong>r muito porque nós quan<strong>do</strong><br />
muito sabemos, sabemos que nada<br />
sabemos, porque e que não havia um<br />
silêncio geral para se ouvir palavras tão<br />
bonitas. Porque esse discurso náo<br />
<strong>de</strong>spertava, quem sabe, a atenção maior<br />
<strong>de</strong> to<strong>do</strong>s que aqui estão e não cometia<br />
injustiça com ninguém, porque ao<br />
aprofundar a minha reflexão eu comecei a<br />
ver também em V.Exa. essa<br />
transparência, não nesses termos em que<br />
os politicos usamos para <strong>de</strong>finir metas,<br />
governos mas a transparência <strong>do</strong> que diz<br />
V.Exa., <strong>do</strong> que sente, <strong>do</strong> que é e notei que<br />
nós também cometemos <strong>de</strong>terminadas<br />
injustiças aparentes com as coisas belas<br />
da vida, com os gran<strong>de</strong>s atos e ações, e<br />
se a gente verificar, por exemplo, o que a<br />
natureza por vezes embeleza os campos<br />
com as suas flores e nós não paramos<br />
para admirá-la, acostuma<strong>do</strong>s que estamos<br />
talvez aquela beleza com as suas<br />
florestas, com os seus animais, com os<br />
seus regatos cristalinos que encantam a<br />
quantos viram e a quantos não viram e a<br />
gente também passa indiferente, refleti<br />
essas coisas para enten<strong>de</strong>r que esta<br />
Assembléia não esta indiferente, não<br />
<strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> reconhecer a beleza <strong>de</strong> sua<br />
palavras <strong>de</strong> sua pessoal <strong>de</strong> sua simpatia.<br />
É que V.Exa., Deputa<strong>do</strong> Manoel Luna,<br />
consegue se misturar com o que diz,<br />
consegue se confundir com o que pensa e<br />
se transforma numa simpatia<br />
transcen<strong>de</strong>nte, numa simpatia que a to<strong>do</strong>s<br />
encantam e essa coisa e <strong>de</strong> tal mo<strong>do</strong><br />
verda<strong>de</strong>iro que V.Exa. na sua <strong>de</strong>spedida<br />
faz-nos sentir aquela preocupação, aquele<br />
sentimento <strong>de</strong> que falava Camões: “um<br />
não sei que, que nasce nao sei como,<br />
vem não sei <strong>do</strong>n<strong>de</strong> e dói ao sei porque”. A<br />
gente sente essa contradição no que diz<br />
V.Exa., a gente sente tristeza, alegria,<br />
sente vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> ficar na sua companhia<br />
e vonta<strong>de</strong> que V.Exa. vá, volte para a sua<br />
terra para dividir e distribuir com o seu<br />
povo essa mesma alegria, “é um não sei<br />
que, que nasce não sei como, vem não<br />
sei <strong>do</strong>n<strong>de</strong> e dói não sei porque”.<br />
Meus parabéns, Deputa<strong>do</strong>.<br />
O Sr. MANOEL LUNA - O aparte <strong>do</strong><br />
ilustre Deputa<strong>do</strong> Roldão, é, afetivamente,<br />
emocionante. S.Exa. com sua inteligência<br />
tem uma razão <strong>de</strong> ser, o povo<br />
pernambucano, mais uma vez, soube<br />
reconduzir V.Exa. a esta Casa e, V.Exa.,<br />
irá continuar no seu trabalho dan<strong>do</strong> ao<br />
povo pernambucano preferência ao povo<br />
pobre a concepção maior da sua<br />
inteligência.<br />
A V.Exa., pelos conceitos a mim dirigi<strong>do</strong>s<br />
eu diria <strong>de</strong> viva voz multo Obriga<strong>do</strong> e eu<br />
levarei, conduzirei <strong>de</strong> volta a minha casa,<br />
ele volta a minha terra o carinho que os<br />
Senhores Deputa<strong>do</strong>s, com as suas<br />
inteligências me tributaram nesta tar<strong>de</strong>,<br />
nesta Assembléia <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Muito<br />
obriga<strong>do</strong>, Deputa<strong>do</strong> Roldão.<br />
Mas, povo pernambucano, venho <strong>do</strong><br />
interior, venho <strong>de</strong> um Distrito, venho <strong>de</strong><br />
uma cida<strong>de</strong> pequena <strong>do</strong> Agreste. Sou um<br />
homem pobre, para poucos eu sou rico.<br />
Sou homem que não tive infância. O meu<br />
brinque<strong>do</strong>, a minha vida era um cavalo <strong>de</strong><br />
pau. E, hoje, estou nesta Casa; hoje, eu<br />
iria ao Palácio como Deputa<strong>do</strong> se<br />
quisesse, ia a uma Secretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong><br />
discutir os problemas <strong>do</strong> povo, isso é para<br />
mim empolgante, isso ë para mim uma<br />
distinção muito gran<strong>de</strong>.<br />
Cabe, portanto, neste momento, <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>spedida, <strong>de</strong> <strong>de</strong>spedida <strong>de</strong>sta Casa<br />
Joaquim Nabuco, nesta Casa on<strong>de</strong> a<br />
sabe<strong>do</strong>ria está, aqui on<strong>de</strong> presenciei<br />
muitos momentos - até, eu diria e peço<br />
perdão aos Senhores - confusões,<br />
confusões <strong>de</strong> idéias. Eu ficava no meu<br />
canto senta<strong>do</strong> a apreciar e a verificar,<br />
procurar solução para os casos que aqui,<br />
se apresentavam. Dentro <strong>de</strong> fração <strong>de</strong>
segun<strong>do</strong>s ou <strong>de</strong> minutos a solução<br />
chegava.<br />
Então, esta é uma Casa <strong>do</strong> povo. Esta é<br />
uma Casa <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>, é uma escola e<br />
eu fui o aluno. Eu fui o aluno novo que<br />
cheguei, aqui, ,já, com a ida<strong>de</strong> avançada.<br />
Fui o aluno que não falei, que não discuti,<br />
com meu mestre, mas que ouvi, observei.<br />
E volto para as minhas plagas com a<br />
consciência, também, <strong>do</strong> <strong>de</strong>ver cumpri<strong>do</strong>.<br />
Tem a palavra, o meu queri<strong>do</strong> amigo,<br />
Arthur Correia, que está na Tribuna <strong>de</strong><br />
aparte.<br />
O Sr. Arthur Correia - Nobre Deputa<strong>do</strong><br />
Manoel Luna, falar sobre um amigo é<br />
difícil, porque inibe, especialmente,<br />
matutos como eu e como V.Exa.<br />
V.Exa., é <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong> que tem a marca<br />
<strong>de</strong> ser celeiro, <strong>de</strong> políticos competentes e<br />
habili<strong>do</strong>sos. Nesta Casa tivemos há,<br />
muitos anos um homem que talvez V.<br />
Exa., seja um discípulo <strong>de</strong>le, o Ex-<br />
Deputa<strong>do</strong> José Abílio D'Ávila. Famoso<br />
pelos seus posicionamentos, pela sua<br />
inteligência, pela sua luci<strong>de</strong>z. V.Exa. é um<br />
<strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s com quem consegui fazer<br />
uma amiza<strong>de</strong> que acredito que será<br />
permanente, enquanto Deus permitir que<br />
tenhamos vida.<br />
Portanto, fica difícil para mim falar sobro<br />
V.Exa., dada a admiração e a amiza<strong>de</strong><br />
que nos une. Quero, apenas, em nome da<br />
Bancada <strong>do</strong> PFL dizer que V.Exa.,<br />
dignificou esta Casa com a sua<br />
passagem. E, aqui, V.Exa., só fez somar,<br />
somar amigos. Não per<strong>de</strong>u nenhum. Mas<br />
tenho certeza que construiu muitas<br />
amiza<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>ixará sauda<strong>de</strong>s entre<br />
aqueles que, aqui, irão permanecer. E<br />
outros, que como V.Exa., e como eu não<br />
pleiteamos a renovação <strong>do</strong> mandato. E<br />
outros ainda, que pleitean<strong>do</strong> foram, ao<br />
meu ver, na maioria <strong>do</strong>s casos<br />
incompreendi<strong>do</strong>s e injustiça<strong>do</strong>s. Porque<br />
esta Casa per<strong>de</strong> entre os que disputaram<br />
e não tiveram êxito <strong>do</strong>s valores.<br />
A V. Exa, <strong>de</strong>sejo to<strong>do</strong> o sucesso e<br />
acredito que o .respeito e a admiração <strong>de</strong><br />
V.Exa., conseguiu impor aos colegas será<br />
uma marca permanente da passagem <strong>de</strong><br />
Manoel Tenório <strong>de</strong> Luna na Assembléia<br />
<strong>Legislativa</strong>.<br />
Muito obriga<strong>do</strong>.<br />
O Sr. MANOEL LUNA - Caríssimo<br />
Deputa<strong>do</strong> Arthur Correia, a V.Exa., eu<br />
direi simplesmente muito obriga<strong>do</strong>.<br />
Mas meus Senhores, retornan<strong>do</strong> as<br />
minhas consi<strong>de</strong>rações, eu gostaria <strong>de</strong><br />
dizer que em 1986 eu chegava a esta<br />
Casa pela legenda <strong>do</strong> PMDB, parti<strong>do</strong> que<br />
tem um passa<strong>do</strong>, tem um programa, tem<br />
uma vida que, po<strong>de</strong> muito bem levar ao<br />
povo brasileiro uma cobrança maior da<br />
sua sigla. E aqui cheguei e permaneci<br />
durante muitos anos fiel da orientação da<br />
Li<strong>de</strong>rança <strong>do</strong> PMDB nesta Casa. Nunca<br />
faltei em nenhum momento o meu apoio<br />
ao Ex-Governa<strong>do</strong>r Dr. Miguel Arraes.<br />
Sou homem oriun<strong>do</strong> <strong>do</strong> PMDB, mas tenho<br />
a minha raiz política no gran<strong>de</strong> parti<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
Agamenon Magalhães, parti<strong>do</strong>s <strong>do</strong> meu<br />
pai. Her<strong>de</strong>i <strong>do</strong> meu pai essa herança e<br />
permaneci durante muitos anos e toda a<br />
vida, até ser extinta essa legenda. De lá<br />
para cá essas modificações e essas<br />
transferências <strong>de</strong> siglas se <strong>de</strong>u, e eu<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>corrência tive quer<br />
abraçar outras siglas e terminei no PMDB<br />
<strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>. Mas V. Exa., sabem <strong>do</strong><br />
meu comportamento e durante um<br />
perío<strong>do</strong> para cá eu fui obriga<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />
um princípio, <strong>de</strong> uma consciência que se<br />
dizia forte, mudar <strong>de</strong> orientação política a<br />
até mesmo na eleição passada eu tive<br />
que votar em Joaquim Francisco, pedin<strong>do</strong>,<br />
também, aos meus amigos que<br />
sufragassem o seu nome.<br />
Não fiz isso como a<strong>de</strong>sista, porque não<br />
tenho cara <strong>de</strong> a<strong>de</strong>sista, não faço política<br />
por interesse. Não, meus senhores. Sou<br />
um homem que tenho trinta e cinco anos<br />
<strong>de</strong> política e nunca, sequer, eu procurei<br />
me aproximar <strong>de</strong> quem quer que seja em<br />
busca <strong>de</strong> favores políticos, tanto que,<br />
quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>ixei o parti<strong>do</strong> para apoiar o Dr.<br />
Miguel Arraes, eu estive em Palácio<br />
falan<strong>do</strong> com o Dr. Roberto Magalhães por<br />
duas vezes dizen<strong>do</strong> a sua Exa., que ele<br />
teria que verificar os problemas da minha<br />
cida<strong>de</strong> e se não o fizesse eu teria por<br />
obrigação e em nome da minha<br />
população, <strong>de</strong> mudar <strong>de</strong> parti<strong>do</strong> e, até<br />
mesmo ir para uma sigla <strong>de</strong> oposição a S.<br />
Exa., e o fiz. Durante esse perío<strong>do</strong>, esta<br />
Casa sabe, que eu nunca me preocupei,<br />
eu nunca falei aqui, nunca comentei o
comportamento <strong>do</strong>s Governa<strong>do</strong>res que<br />
antece<strong>de</strong>ram o Dr. Miguel Arraes.<br />
Deixei também, o parti<strong>do</strong> <strong>do</strong> Dr. Miguel<br />
Arraes, mas também não comentei em<br />
praça pública e nem aqui, que ele <strong>de</strong>ixou<br />
<strong>de</strong> fazer ou fez. Silenciei. Procurei, sim,<br />
dar expansão e compreen<strong>de</strong>r, sobretu<strong>do</strong>,<br />
que o povo pernambucano precisava <strong>de</strong><br />
um comportamento diferente <strong>de</strong> minha<br />
pessoa.<br />
O Sr. PRESIDENTE - Deputa<strong>do</strong> Manoel<br />
Luna, o tempo <strong>de</strong> V.Exa., se encontra<br />
esgota<strong>do</strong>. Mas, o Parti<strong>do</strong> Liberal quer<br />
homenagear V.Exa. O Deputa<strong>do</strong> Manoel<br />
Ferreira ce<strong>de</strong> seu tempo para que V. Exa.,<br />
possa continuar nesta brilhante oração<br />
que empolga e <strong>de</strong>svanece toda a Casa.<br />
O Sr. MANOEL LUNA - Eu agra<strong>de</strong>ço, Sr.<br />
Presi<strong>de</strong>nte, e em particular o Deputa<strong>do</strong><br />
Manoel Ferreira.<br />
Mas, Sr, Presi<strong>de</strong>nte, cota minha conduta<br />
<strong>de</strong> homem público, fez com que eu, nesse<br />
perío<strong>do</strong> legislativo me conduzisse com<br />
serenida<strong>de</strong> e me pusesse aqui mais como<br />
observa<strong>do</strong>r. No entretanto, na<br />
Constituição que nós elaboramos, eu tive<br />
a preocupação <strong>de</strong> apresentar três<br />
emendas e tive sete emendas minhas,<br />
aprovadas e inserida na Constituição <strong>do</strong><br />
Esta<strong>do</strong>.<br />
Sempre procurei ser comedi<strong>do</strong>, sempre<br />
procurei apresentar muitas emendas,<br />
apresentei-as sim, aquilo que eu achava<br />
que <strong>de</strong>veria apresentar é <strong>de</strong>ixava para<br />
outros colegas, a oportunida<strong>de</strong> também<br />
<strong>de</strong> trabalhar em benefício <strong>de</strong> uma<br />
Constituição bem orientada e <strong>do</strong> povo<br />
pernambucano.<br />
Assim é que aqui apoiei inúmeras<br />
mensagens <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, até<br />
mesmo <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r Carlos Wilson, que<br />
vem uma vez ou outra nos jornais <strong>do</strong><br />
Esta<strong>do</strong>, comenta<strong>do</strong> um o comportamento<br />
<strong>de</strong> Deputa<strong>do</strong>s.<br />
Mas, V. Exa., <strong>de</strong>ve saber com exatidão,<br />
porque eu estive no Palácio das Princesas<br />
no dia 24 <strong>de</strong> maio e no dia 25 <strong>de</strong> maio, eu<br />
mandava um relatório para sua Exa.,<br />
pensan<strong>do</strong> que ele procuraria cumprir<br />
aquilo que haveria prometi<strong>do</strong> ao Deputa<strong>do</strong><br />
Manoel Luna. E como sua Exa., não<br />
cumpriu, eu consi<strong>de</strong>rava sem nenhuma<br />
obrigação para com o Palácio e para com<br />
o Governo <strong>de</strong> V. Exa..<br />
Não fui mais no Palácio das Princesas e<br />
me per<strong>do</strong>e, porque eu sou um Deputa<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong> povo, eu sou um homem que tenho<br />
uma, obrigação com a comunida<strong>de</strong>, tem<br />
obrigação com o povo pernambucano.<br />
Mais eu me sinto acanha<strong>do</strong>, me sinto<br />
triste <strong>de</strong> ir para aquele palanque, para<br />
conviver com o cidadão que prometeu<br />
realizar e não realizou, não somente para<br />
o Deputa<strong>do</strong> Manoel Luna, que nada exigiu<br />
para ele e nem para a sua família, mais<br />
para o povo pernambucano.<br />
Mais o tratamento que ele dispensou a<br />
minha pessoa, foi um tratamento idêntico<br />
aos ilustres colegas <strong>de</strong>sta Casa, há quase<br />
to<strong>do</strong>s, eu direi assim. É porque o<br />
comportamento político, nós não pu<strong>de</strong>mos<br />
muita vezes nos manifestarmos, criticar.<br />
Não é possível a gente sente a <strong>do</strong>r e não<br />
diz aon<strong>de</strong>, diz apenas, meu amigos, que a<br />
<strong>do</strong>r chegou, que está incomoda<strong>do</strong>, isso é<br />
uma verda<strong>de</strong>, isso se passou e se passa,<br />
hoje na política <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>.<br />
Mais, meus Deputa<strong>do</strong>s amigos, aqui<br />
nesse momento, nós estamos aqui <strong>de</strong>ntro<br />
<strong>de</strong> uma minoria Parlamentar, a tar<strong>de</strong><br />
realmente não oferece aquele fluxo <strong>de</strong><br />
Deputa<strong>do</strong>s, mais aqui tem realmente uma<br />
Assembléia constituída e ela funciona<br />
normalmente.<br />
E é nesse instante que eu achei, que no<br />
final <strong>do</strong> meu mandato, era a oportunida<strong>de</strong><br />
que eu não po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fazer, <strong>de</strong> me<br />
<strong>de</strong>spedir <strong>do</strong>s Srs. da diretoria. Me dirigir<br />
aos Srs. funcionários <strong>de</strong>sta Casa, <strong>do</strong> vigia,<br />
da telefonista <strong>do</strong> Diretor Geral, enfim <strong>de</strong><br />
to<strong>do</strong>s os funcionários <strong>de</strong>sta Casa, que<br />
imbuí<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s bons propósitos tem nos<br />
lega<strong>do</strong>s o seu trabalho e a sua inteligência<br />
em benefício <strong>de</strong> colaboração <strong>do</strong> povo<br />
pernambucano.<br />
A esses funcionários que me ouvem, há<br />
outros tantos que não estão neste recinto,<br />
mas que estão nas suas <strong>de</strong>pendências <strong>de</strong><br />
trabalho, quero, neste momento <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>spedida levar a eles a minha satisfação<br />
e emoção mais profunda dizen<strong>do</strong> que vi,<br />
que presenciei trabalha<strong>do</strong>res funcionários<br />
lutan<strong>do</strong> em beneficio <strong>do</strong> povo<br />
pernambucano a cumprin<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s<br />
princípios legais, o seu trabalho. Esta é a<br />
verda<strong>de</strong> e este <strong>de</strong>poimento não po<strong>de</strong>ria
<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> dar, neste momento nesta<br />
Assembléia <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> aos seus<br />
funcionários meus amigos.<br />
Tem a palavra o Dep. Gilvan Coriolano.<br />
O Sr. Gilvan Coriolano - Gran<strong>de</strong> Dep.<br />
Manoel Luna, ouvi com muita atenção o<br />
pronunciamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spedida <strong>de</strong> V. Exa.<br />
e analisei bem o que foi dito. V. Exa., foi<br />
sempre um homem comedi<strong>do</strong> <strong>de</strong>mais,<br />
cuida<strong>do</strong>so <strong>de</strong>mais pon<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> em suas<br />
ações, mas nós acompanhávamos o<br />
<strong>de</strong>senrolar daquela luta que travamos na<br />
Assembléia <strong>Legislativa</strong>, ven<strong>do</strong> V. Exa.,<br />
cala<strong>do</strong> sempre à espera <strong>de</strong> ver as<br />
reivindicações <strong>do</strong> seu povo atendidas mas<br />
como eu dizia há pouco, o que aconteceu<br />
em <strong>Pernambuco</strong> foi urna mudança radical<br />
no relacionamento entre Governo e<br />
Assembléia <strong>Legislativa</strong>. Nunca, em toda a<br />
minha vida, assisti um <strong>de</strong>sprezo tão<br />
gran<strong>de</strong> pelo Parlamento pernambucano<br />
como este que passamos a viver. O Dep.<br />
Estadual. Segun<strong>do</strong> a Constituição, é o<br />
representante <strong>do</strong> povo, é o intermediário<br />
entre povo e Governo, e quem sente no<br />
dia-a-dia as necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> povo e as<br />
transmite aos Governantes que procuram<br />
as melhores soluções para o povo. Mas o<br />
que se implantou, <strong>de</strong> 86 para cá, foi o<br />
<strong>de</strong>sprezo total aos parlamentares. apenas<br />
uma meia dúzia foram privilegia<strong>do</strong>s.<br />
Houve uma divulgação <strong>de</strong> toda a<br />
Imprensa da palavra fisiologismo. Diziam<br />
que tu<strong>do</strong> que queríamos era fisiologismo.<br />
Não era verda<strong>de</strong>, porque não enten<strong>do</strong> ser<br />
fisiologismo a recuperação <strong>de</strong> um açu<strong>de</strong>,<br />
<strong>de</strong> uma escola, <strong>de</strong> um hospital, um pedi<strong>do</strong><br />
eletrificação, <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> estrada, <strong>de</strong><br />
manutenção <strong>de</strong> estrada. É essa a nossa<br />
obrigação, é disso que o povo necessita.<br />
Nós não pedimos ao Governo a<br />
nomeação, facilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> empréstimos ou<br />
coisas assim. Isso sim po<strong>de</strong>ria ser taxa<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong> fisiologismo, mas, procurar trazer as<br />
reais reivindicações <strong>do</strong> povo é um <strong>de</strong>ver<br />
nosso. Foi o que aconteceu comigo, com<br />
V. Exa., e com tantos outros que tiveram<br />
que sair, porque sain<strong>do</strong> teríamos a<br />
certeza que estávamos <strong>de</strong>cepciona<strong>do</strong>s e<br />
<strong>de</strong>siludi<strong>do</strong>s. Mas Deputa<strong>do</strong> vou<br />
encerran<strong>do</strong> a minha intervenção<br />
parabenizan<strong>do</strong> este gran<strong>de</strong> amigo, este<br />
nobre parlamentar, esta figura humana q<br />
manoelzinho da nossa intimida<strong>de</strong>. Quero<br />
levar o meu abraço e fraterno nesta tar<strong>de</strong>,<br />
meu abraço afetuoso, nesta tar<strong>de</strong> fria que<br />
estamos viven<strong>do</strong> on<strong>de</strong> o sol já está se<br />
escon<strong>de</strong>n<strong>do</strong> os seus raios, está chegan<strong>do</strong><br />
a noite, vislumbran<strong>do</strong> aqui neste horizonte<br />
o rio Capibaribe e amais adiante o<br />
Atlântico.<br />
Que se prolonga até o infinito com essa<br />
imensidão <strong>de</strong> água e, me recor<strong>do</strong> nesta<br />
tar<strong>de</strong> novamente da minha terra. Não e<br />
nada extravagante, eu sempre me lembrar<br />
da minha terra <strong>do</strong> povo que não tem esta<br />
água, <strong>do</strong> povo que sofre tanto. Mas, ao<br />
ver um momento <strong>de</strong>sse <strong>de</strong> <strong>de</strong>spedida,<br />
momento <strong>de</strong> afinida<strong>de</strong>, eu não po<strong>de</strong>ria<br />
<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> trazer o meu abraço fraterno a<br />
V.Exa., mais uma vez falar em nome <strong>do</strong><br />
meu povo. Neste momento to<strong>do</strong>s<br />
passarinhos talvez já procurem aquela<br />
revoada o seu ninho para o seu agasalho.<br />
Neste momento em que a noite começa a<br />
se aproximar, eu me lembro que talvez<br />
nos se mesmo momento a Siriema já<br />
esteja cantan<strong>do</strong>, andan<strong>do</strong> naquelas secas<br />
com o seu canto triste, <strong>do</strong>loroso em busca<br />
<strong>de</strong> água. E, quanto sofrimento naquela<br />
região. Mas, eu tenho a certeza, plena<br />
nobre Deputa<strong>do</strong>, isto é apenas um<br />
momento da vida nossa. Mas, eu tenho<br />
certeza que <strong>Pernambuco</strong> vai reencontrar o<br />
seu <strong>de</strong>stino. Nós ainda teremos oportunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> vir aqui, <strong>de</strong> abraçar cada um<br />
<strong>de</strong> to<strong>do</strong>s nós e, <strong>de</strong> dizer que foi feito algo<br />
<strong>de</strong> concreto para amenizar aquele<br />
sofrimento. Eu, tenho certeza que esse<br />
Brasil tão gran<strong>de</strong> e tão rico, este povo tão<br />
bom que é o povo pernambucano, eu<br />
tenho certeza que nós vamos reencontrar<br />
o nosso <strong>de</strong>stino. As dificulda<strong>de</strong>s são<br />
gran<strong>de</strong>s no Cenário Nacional, no Cenário<br />
Estadual. Mas esse Brasil tem futuro.<br />
Ninguém mais <strong>do</strong> que eu tem otimismo e<br />
tem a certeza <strong>de</strong> que esse Brasil vai ser<br />
uma gran<strong>de</strong> Nação. Eu tenho certeza que<br />
em pouco tempo nós vamos ter a felicida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> contemplar to<strong>do</strong>s os sertanejos <strong>do</strong><br />
Araripe, <strong>do</strong> Agreste, vamos ter a felicida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> abraçar e <strong>de</strong> ver eles viverem <strong>de</strong><br />
maneira mais digna e com menos<br />
sofrimento. Parabéns Deputa<strong>do</strong> Manoel<br />
Luna. E, Deus que estará sempre ao<br />
nosso la<strong>do</strong>, ao la<strong>do</strong> <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os brasileiros<br />
e pernambucanos, vai encontrar a forma e
vai dar as condições para que nós<br />
possamos nos libertar <strong>de</strong>sse sofrimento e<br />
<strong>de</strong>sse momento tão difícil que vivemos<br />
agora. Muito obriga<strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong>.<br />
O Sr. MANOEL LUNA - Deputa<strong>do</strong><br />
Coriolano, o seu la<strong>do</strong> cívico, nos empolga<br />
nos encanta V. Exa., durante to<strong>do</strong> esse<br />
tempo, ocupou a Tribuna, e a Tribuna <strong>de</strong><br />
Aparte, durante centenas e milhares <strong>de</strong><br />
vezes e, sempre teve esse mesmo calor,<br />
essa mesma esperança. Seu<br />
comportamento foi um comportamento<br />
altivo nesta Casa. Muito obriga<strong>do</strong> Sr.<br />
Deputa<strong>do</strong> Gilvan Coriolano.<br />
Mas eu diria aos Srs., vin<strong>do</strong> <strong>do</strong> interior <strong>do</strong><br />
Esta<strong>do</strong>, para a capital maior, volto para as<br />
minhas plagas, sem me modificar. Vim e<br />
vou voltar <strong>do</strong> mesmo mo<strong>do</strong>. E, ou até<br />
<strong>de</strong>talhava uma coisa nessa tar<strong>de</strong> meus<br />
amigos, Parlamentar, apresentei várias<br />
Proposições nesta Casa, algumas <strong>de</strong>las<br />
aprovadas, creio que não executada.<br />
Nunca poupei, nunca critique a Imprensa.<br />
Mas, saio daqui, dizen<strong>do</strong> aos Srs. que<br />
nunca, pedi que nenhum jornalista<br />
colocasse uma matéria minha em jornal,<br />
nem televisão. Fui um verda<strong>de</strong>iro matuto,<br />
meu silêncio me conduziu a isto a eu volto<br />
com a consciência tranqüila <strong>de</strong> que não<br />
me modifiquei. Volto o mesmo homem, a<br />
mesma personalida<strong>de</strong>. Não me confundi,<br />
não bajulei, fui mo<strong>de</strong>sta parto atencioso,<br />
não somente com os meus colegas <strong>de</strong>sta<br />
Casa que era o meu <strong>de</strong>ver, mas, com<br />
Secretário <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>, com Governa<strong>do</strong>r <strong>de</strong><br />
Esta<strong>do</strong>, com to<strong>do</strong>s aquelas que fazia a<br />
administração em Âmbito Executivo o<br />
também Parlamentar.<br />
Portanto meus amigos, já me alonguei<br />
<strong>de</strong>mais, quero agra<strong>de</strong>cer a to<strong>do</strong>s esta<br />
atenção, essa maneira cortês <strong>de</strong> me<br />
consi<strong>de</strong>rar, mas quero dizer que volto<br />
para as minhas plagas intactas, volto ,<br />
porque vim para a capital, e colaborei com<br />
a administração <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, participei<br />
<strong>de</strong>sta assembléia Constituinte, cumprin<strong>do</strong><br />
simplesmente minha obrigação, tenha a<br />
palavra o ilustre Deputa<strong>do</strong> e amigo José<br />
Humberto.<br />
O Sr. José Humberto - Deputa<strong>do</strong> Manoel<br />
Luna, não posso dizer que ouvi<br />
atentamente o seu pronunciamento, mas<br />
alguns trechos da fala <strong>de</strong> V. Exa., eu vi<br />
com atenção, e ouvi exatamente, suan<strong>do</strong><br />
o Deputa<strong>do</strong> Manoel Luna, dizia que veio<br />
aqui para apren<strong>de</strong>r, discor<strong>do</strong> <strong>de</strong> V. Exa, V.<br />
Exa, veio aqui e nos <strong>de</strong>u gran<strong>de</strong>s lições,<br />
V. Exa., no convívio diário com os<br />
companheiros <strong>de</strong>sta Casa, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> co-partidária, V. Exa., teve gestos <strong>de</strong><br />
gran<strong>de</strong>za durante esses quatro anos que<br />
aqui conviveu com os outros, nós já nos<br />
conhecíamos antes, como eu me referi ao<br />
Deputa<strong>do</strong> Gilvan Coriolano, V. Exa.,<br />
Prefeito <strong>do</strong> Município <strong>de</strong> sua Terra,<br />
estima<strong>do</strong>, queri<strong>do</strong> e ama<strong>do</strong> pelos seus<br />
municípios, e aqui na Assembléia, V.Exa.,<br />
conseguiu irradiar tu<strong>do</strong> isso que a sua<br />
terra lhe <strong>de</strong>dica, aos companheiros, com<br />
os companheiros, com os funcionários<br />
com to<strong>do</strong>s aqueles que pertencem a esse<br />
Po<strong>de</strong>r, aqueles que estão aqui,<br />
transitoriamente como nós que vamos<br />
retornar para a planície e aqueles outros<br />
que vão continuar nessa Casa, V. Exa.,<br />
sai daqui, sai por cima, até porque V.<br />
Exa., não disputou a reeleição enten<strong>de</strong>u:<br />
que estava na hora <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar, não <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> participar da vida pública<br />
sugerin<strong>do</strong>, vigilante a to<strong>do</strong>s os<br />
acontecimentos <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong> e <strong>de</strong> sua<br />
Terra, e da Região, mas V. Exa., sai <strong>de</strong>sta<br />
Casa, engran<strong>de</strong>ci<strong>do</strong> e com a amiza<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
to<strong>do</strong>s os companheiros, era isso que eu<br />
tinha a dizer.<br />
Nós durante esse perío<strong>do</strong>, <strong>de</strong> quatro anos<br />
que aqui estamos, sempre conversarmos<br />
bastante, sentávamos juntos, lá no Prédio<br />
principal da Assembléia e continuamos<br />
fazen<strong>do</strong> aqui no auditório, e juntos<br />
também na Comissão <strong>de</strong> Justiça, portanto<br />
Deputa<strong>do</strong> Manoel Luna, V. Exa., quan<strong>do</strong><br />
fala, fala com a alma, fala com toda<br />
sincerida<strong>de</strong> que um ser humano po<strong>de</strong> ter<br />
fica também aqui registra<strong>do</strong> a nossa<br />
palavra <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> amigo a<br />
este companheiro que sai conosco em 15<br />
<strong>de</strong> fevereiro.<br />
O Sr. MANOEL LUNA - Deputa<strong>do</strong> José<br />
Humberto, muito obriga<strong>do</strong> a V. Exa., eu<br />
diria ainda que conhecia realmente<br />
V.Exa., <strong>de</strong> muito tempo, me recor<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
quan<strong>do</strong> era Prefeito <strong>do</strong> meu Município<br />
chegava angustia<strong>do</strong> na FIAM e V.Exa.,<br />
com to<strong>do</strong> discernimento, procurava nos
aten<strong>de</strong>r aquele perío<strong>do</strong> critico <strong>de</strong> seca na<br />
área <strong>do</strong> Agreste, V.Exa., é portanto<br />
homem público por excelência a<br />
socieda<strong>de</strong> pernambucana, talvez for<br />
equívoco, não reconduziu V.Exa., mas<br />
V.Exa., é um homem que po<strong>de</strong> estar a<br />
vonta<strong>de</strong> e sair daqui ciente <strong>de</strong> que a sua<br />
consciência não foi <strong>de</strong> maneira nenhuma<br />
atingida, V.Exa., é um homem público<br />
capaz <strong>de</strong> fazer um gran<strong>de</strong> trabalho como<br />
fez em beneficio <strong>do</strong> povo Pernambucano.<br />
Mas meus amigos, continuan<strong>do</strong> as minhas<br />
<strong>de</strong>spedidas, eu diria ainda que vou, voltar,<br />
voltar para conviver como homem <strong>do</strong><br />
campo, voltar para viver no campo<br />
aprecian<strong>do</strong> e verifican<strong>do</strong> o valor da<br />
ecologia, vou ver o ver<strong>de</strong>, vou ver<br />
produção agrícola, vou ver sim o homem<br />
<strong>do</strong> campo trabalhan<strong>do</strong> manejan<strong>do</strong> a<br />
enxada, manejan<strong>do</strong> a terra, é essa a<br />
minha, preocupação, então estou aqui<br />
preocupa<strong>do</strong> com nenhuma volta, estou<br />
aqui saben<strong>do</strong> e consciente <strong>de</strong> que<br />
simplesmente cumpri as minhas<br />
obrigações, estou aqui para lhes dizer<br />
neste momento, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, que<br />
<strong>de</strong>vo, estou antecipan<strong>do</strong> a minha<br />
ausência, a minha <strong>de</strong>spedidas porque no<br />
dia 15 <strong>de</strong> fevereiro nós estaremos é certo,<br />
nós Deputa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> hoje, Deputa<strong>do</strong>s que<br />
não foram reeleito encerran<strong>do</strong> perío<strong>do</strong><br />
terminan<strong>do</strong> realmente o seu perío<strong>do</strong><br />
eleitoral <strong>de</strong> 4 anos. Tem a palavra o meu<br />
queri<strong>do</strong> amigo, o Dep. Vital Novaes.<br />
O Sr. Vital Novaes - Dep. Manuel Luna,<br />
havíamos combina<strong>do</strong> no velho prédio da<br />
Assembléia. Mas, V.Exa. antecipa a sua<br />
<strong>de</strong>spedida. Eu já conhecia bastante<br />
V.Exa., como Prefeito <strong>de</strong> Bom Conselho,<br />
como lí<strong>de</strong>r, como cidadão, mas, a<br />
convivência nossa aqui na Assembléia<br />
serviu para que eu aperfeiçoa-se o<br />
julgamento que eu po<strong>de</strong>ria fazer <strong>de</strong>ssa<br />
criatura singular que chegou à Assembléia<br />
com seus cabelos grisalhos, cheio <strong>de</strong><br />
humilda<strong>de</strong>, com o coração volta<strong>do</strong> para os<br />
municípios que representava, cativan<strong>do</strong> a<br />
to<strong>do</strong>s nós que respeitamos, admiramos e<br />
temos uma profunda amiza<strong>de</strong> a esse<br />
Parlamentar que veio <strong>do</strong> Agreste mas,<br />
que não é apenas é representante <strong>do</strong><br />
Agreste é um homem que tem um coração<br />
<strong>do</strong> tamanho <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>. No momento<br />
em que V.Exa., se <strong>de</strong>spe<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta Casa,<br />
V.Exa. po<strong>de</strong> sair daqui com a consciência<br />
<strong>do</strong> <strong>de</strong>ver cumpri<strong>do</strong>. Tanto pela sua<br />
<strong>de</strong>dicação, tanto pela amiza<strong>de</strong> que<br />
sempre semeou pelos seus<br />
companheiros. Se já admirávamos a<br />
gran<strong>de</strong> figura <strong>de</strong> Bom Conselho, nesta<br />
Casa nos <strong>de</strong>u os bons conselhos, para<br />
que nós pudéssemos continuar nesse<br />
trabalho que muita <strong>de</strong>dicação e muito<br />
amor a <strong>Pernambuco</strong> nós procuramos<br />
fazer. V.Exa., participou <strong>de</strong> momentos<br />
importantes. Talvez <strong>do</strong> momento mais<br />
importante que eu vivi durante a minha.<br />
trajetória <strong>de</strong> 24 anos. V.Exa., participou<br />
<strong>de</strong>sta Casa por 4 anos e eu praticamente<br />
nasci nesta Casa. Aos meus 47 anos <strong>de</strong><br />
vida, mais da meta<strong>de</strong> <strong>de</strong> minha vida foi<br />
nesta Assembléia <strong>Legislativa</strong>. V.Exa.<br />
logicamente está emociona<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> se<br />
<strong>de</strong>spe<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus companheiros.<br />
Multiplique V.Exa., essa emoção por 6.<br />
V.Exa. tem 4 anos, eu tenho 24 anos<br />
nesse Po<strong>de</strong>r. Hoje não é a minha<br />
<strong>de</strong>spedida. Farei a minha <strong>de</strong>spedida no<br />
prédio on<strong>de</strong> eu comecei. Mas, eu<br />
confesso a V. Exa, que durante alguns<br />
dias fiz uma auto-reflexão se <strong>de</strong>veria<br />
daqui mesmo <strong>de</strong>sse plenário, mais<br />
aconchegante e pequeno mas em muitos<br />
momentos comecei a pensar que não<br />
sabia se iria resistir a emoção, V. Exa. se<br />
<strong>de</strong>spe<strong>de</strong>, Não é uma <strong>de</strong>spedida. Nós<br />
vamos conviver sempre juntos. Aqui será<br />
como uma turma <strong>de</strong> faculda<strong>de</strong> que está<br />
terminan<strong>do</strong> o seu curso. Esperamos<br />
sempre nos rever. No primeiro ano<br />
quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>ixarmos a Assembléia, e quem<br />
sabe daqui há muitos anos quan<strong>do</strong> um dia<br />
nos encontrarmos para comemorarmos<br />
<strong>de</strong>z ou vinte anos que tínhamos <strong>de</strong>ixa<strong>do</strong> a<br />
Assembléia <strong>Legislativa</strong>. Mas, acima <strong>de</strong><br />
tu<strong>do</strong> com o <strong>de</strong>ver cumpri<strong>do</strong>. E <strong>de</strong> ter<br />
servi<strong>do</strong> bem a <strong>Pernambuco</strong>.<br />
O Sr. MANOEL LUNA - Dep. Vital<br />
Novaes, V.Exa. ao longo <strong>de</strong> sua vida<br />
pública, estar incrementa<strong>do</strong> na história<br />
<strong>de</strong>ste Esta<strong>do</strong>, Na história <strong>de</strong>sta<br />
Assembléia. É com muita emoção que<br />
ouvi V. Exa. pelo seu gran<strong>de</strong> trabalho,<br />
pelo seu equilíbrio. Muito obriga<strong>do</strong> pelos<br />
conceitos a mim tributa<strong>do</strong>s.<br />
Mas meus amigos, outros ora<strong>do</strong>res irão a
mim suce<strong>de</strong>r, eu gostaria nesse momento,<br />
não é momento <strong>de</strong> tristeza, é um<br />
momento <strong>de</strong> autenticida<strong>de</strong>, é um<br />
momento <strong>de</strong> alegria, é um momento <strong>de</strong><br />
equilíbrio. Eu direi aos Srs. se aqui<br />
cheguei a cometer, cheguei a me furtar,<br />
cheguei a esquecer o cumprimento <strong>de</strong><br />
algumas <strong>de</strong>terminações, eu pediria aos<br />
Srs. <strong>de</strong>sculpas, a Mesa Diretora, ou<br />
nobres Deputa<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s, enfim, porque<br />
aqui eu tenho consciência <strong>de</strong> que se<br />
cometi, se não cumpri o meu <strong>de</strong>ver <strong>de</strong><br />
Deputa<strong>do</strong> foi, talvez, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma<br />
concepção que não foi a minha<br />
consciência, foi, eu diria aos Senhores, o<br />
esquecimento.<br />
Deixo esta Casa, <strong>de</strong>ixo esses meus<br />
amigos que muito <strong>de</strong>les eu já os conhecia<br />
como é o caso <strong>de</strong> Severino Cavalcanti,<br />
essa figura intrépida, valente na tribuna,<br />
Novaes, José Humberto, Roldão, o Pedro<br />
Eurico, Henrique Queiroz, Arthur, o meu<br />
queri<strong>do</strong> amigo e colega Aglailson, também<br />
esta figura que não se entrega fácil e<br />
to<strong>do</strong>s foram os meus companheiros no<br />
passa<strong>do</strong>, companheiros na política,<br />
companheiros no convívio, então, meus<br />
amigos, eu tenho uma convivência salutar<br />
com to<strong>do</strong>s os Senhores, eu estou liga<strong>do</strong>,<br />
também, a história <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong><br />
mesmo que <strong>de</strong>ixe esta Casa, porque eu<br />
fui Verea<strong>do</strong>r, Prefeito, eu conheci <strong>de</strong><br />
Etelvino Lins para cá to<strong>do</strong>s os<br />
Governa<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, entrava naquele<br />
Palácio e os Senhores po<strong>de</strong>m muito bem<br />
saber que eu nunca e até agora, procurei<br />
<strong>de</strong>sfazer, ferir, comentar <strong>de</strong>sairosamente<br />
o sentimento e o comportamento <strong>do</strong><br />
Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, não porque<br />
temesse <strong>de</strong> o criticar, é porque aquilo em<br />
que eles me ajudaram, ajudam o meu<br />
Município, que ajudaram o povo<br />
pernambucano nós não temos o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong><br />
usar esta tribuna e fazer coisas diferentes.<br />
Então, eu tenho a consciência tranqüila <strong>de</strong><br />
que fui político e o meu silêncio é isto, é<br />
aquilo que eu recebi eu não tenho o <strong>de</strong>ver<br />
e não posso jamais esquecer e procurar<br />
criticar aquele homem que procurou<br />
através da política ou da administração<br />
beneficiar o povo.<br />
Ouço o meu queri<strong>do</strong> amigo Severino<br />
Cavalcanti.<br />
O Sr. Severino Cavalcanti - Deputa<strong>do</strong><br />
Manoel Luna, eu quero aproveitar esse<br />
finzinho <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma brilhante<br />
oração <strong>de</strong> V.Exa., dizer da tristeza em não<br />
tê-lo como companheiro nesses quatro<br />
anos que se aproximam e V.Exa. durante<br />
esse tempo em que conviveu conosco,<br />
sempre com essa fidalguia, essa maneira<br />
<strong>de</strong> tratar os companheiros procuran<strong>do</strong><br />
sempre o bem, levan<strong>do</strong> o carinho e o<br />
amor, a prova inconteste <strong>de</strong> que a sua<br />
formação foi sempre humanista, <strong>de</strong> um<br />
homens volta<strong>do</strong> exclusivamente para os<br />
interesses <strong>do</strong> seu povo e da sua gente.<br />
Quero dizer, Deputa<strong>do</strong> Manoel Luna, que<br />
hoje esta Casa está ren<strong>de</strong>n<strong>do</strong><br />
homenagens a um Parlamentar que<br />
procurou passar sem levar aos seus<br />
conte<strong>do</strong>res a intriga ou a inveja ou<br />
qualquer outra coisa. V.Exa. só <strong>de</strong>u<br />
gran<strong>de</strong>za, gran<strong>de</strong>za esta que a sua<br />
família, os seus filhos irão perpetuar<br />
porque nós sabemos que os<br />
ensinamentos principais é <strong>do</strong> pai e V.Exa.,<br />
além <strong>de</strong> um bom pai foi um gran<strong>de</strong><br />
Parlamentar e eu quero trazer a<br />
solidarieda<strong>de</strong> <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> Liberal, esse que<br />
se preocupa com o social, exatamente<br />
coincidin<strong>do</strong> com os pontos <strong>de</strong> vista que<br />
V.Exa., <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> nesta Casa.<br />
Manoel Luna, a sua saída <strong>de</strong>sta Casa é<br />
realmente lamentável, porque não quis<br />
disputar as eleições porque eu tinha<br />
certeza que se tivesse disputa<strong>do</strong>, aqui,<br />
voltaria.<br />
Fica o abraço e o nosso afeto pela sua<br />
gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> alma e pela gran<strong>de</strong> figura<br />
que o é.<br />
O Sr. MANOEL LUNA - Agra<strong>de</strong>ço ao<br />
Deputa<strong>do</strong> Severino Cavalcanti e eu havia<br />
dito, aqui, há, pouco, que o conhecia<br />
muito antes <strong>de</strong> estar nesta Casa.<br />
Conhecia V.Exa., sei da sua bravura, sei<br />
<strong>do</strong> seu comportamento. É um Parlamentar<br />
autêntico, é um homem que se manifesta<br />
aqui nesta Casa e lá fora, com toda<br />
bravura e equilíbrio.<br />
Muito obriga<strong>do</strong>, Deputa<strong>do</strong> Severino<br />
Cavalcanti.<br />
Ouço o Deputa<strong>do</strong> Henrique Queiroz, esse<br />
gran<strong>de</strong> colega meu e vizinho <strong>de</strong> Gabinete.<br />
O Sr. Henrique Queiroz - Deputa<strong>do</strong>
Manoel Luna, V.Exa., <strong>de</strong>ixa sauda<strong>de</strong>s<br />
nesta Casa, principalmente pela sua voz,<br />
essa voz cantada <strong>do</strong> sertanejo. Nós, nesta<br />
Casa, temos vários representantes <strong>do</strong><br />
Sertão, <strong>do</strong> Agreste mas nenhum,<br />
po<strong>de</strong>mos dizer, traz a autenticida<strong>de</strong> da<br />
voz <strong>do</strong> sertanejo, a voz cantada daquele<br />
povo sofri<strong>do</strong>, daquele povo que leva na<br />
sua voz a felicida<strong>de</strong>, as mágoas mas, que<br />
acima <strong>do</strong> tu<strong>do</strong>, <strong>de</strong>monstra uma força <strong>de</strong><br />
vonta<strong>de</strong> muito gran<strong>de</strong>. Tem uma posição<br />
firme, correta e V.Exa., <strong>de</strong>monstrou<br />
nesses quatro danos que passou nesta<br />
Casa que é homem <strong>de</strong> bem, o homem <strong>de</strong><br />
cabelos brancos, também, po<strong>de</strong>m trazer<br />
para esse Plenário as lágrimas <strong>de</strong> uma<br />
sincerida<strong>de</strong>, as, lágrimas <strong>do</strong> homem, na<br />
verda<strong>de</strong>, que sofre com o seu povo. Nós<br />
já tivemos oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ouvir<br />
discursos; gran<strong>de</strong>s, empolgantes mas, na<br />
verda<strong>de</strong>, poucas oportunida<strong>de</strong>s nesta<br />
Casa, tivemos <strong>de</strong> sentir num homem<br />
como V.Exa., as lágrimas verda<strong>de</strong>iras <strong>de</strong><br />
um Parlamentar, as lágrimas <strong>de</strong> um<br />
homem que sofre pelo seu povo e V.Exa.,<br />
<strong>de</strong>rramou, nesta Casa, as lágrimas da<br />
sincerida<strong>de</strong>, as lágrimas <strong>de</strong> sentimento e<br />
isso irá marcar muito esta Casa, porque<br />
eu acredito que nos teremos muita<br />
dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> vir a ter, nesta Casa, um<br />
Parlamentar que <strong>de</strong> fato sofra pelo seu<br />
povo como V. Exa., tem sofri<strong>do</strong>, como V.<br />
Exa., tem <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> no <strong>de</strong>correr<br />
<strong>de</strong>sses quatro anos e eu que tive uma<br />
satisfação muito maior porque juntos nós<br />
convivemos em plenário e nós<br />
convivemos, também, no corre<strong>do</strong>r <strong>do</strong><br />
quinto andar <strong>de</strong> gabinetes pega<strong>do</strong>s,<br />
muitas vezes eu usava o seu gabinete e<br />
como V.Exa. usava o meu, porque juntos<br />
nós temos, acredito, os mesmos objetivos<br />
que é <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong><br />
e, com isso V.Exa., <strong>de</strong>ixa marca<strong>do</strong><br />
sincerida<strong>de</strong> pelo homem, pelo<br />
Parlamentar que <strong>de</strong> fato sente o<br />
sofrimento <strong>de</strong> sua gran<strong>de</strong> Região, uma<br />
Região sofrida <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>.<br />
Parabéns, V. Exa., pela sua passagem<br />
brilhante que teve nesta Casa durante os<br />
quatro avos e, acredito, que no <strong>de</strong>correr<br />
<strong>de</strong> nossas vidas extra-parlamentares<br />
teremos muita oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nos<br />
encontrarmos, <strong>de</strong> conversarmos <strong>de</strong> juntos<br />
trocarmos idéias e pegar com V. Exa, a<br />
sabe<strong>do</strong>ria e a firmeza <strong>de</strong> conduta que V.<br />
Exa., sempre teve durante o tempo que<br />
passou como Deputa<strong>do</strong>.<br />
O Sr. MANOEL LUNA - Deputa<strong>do</strong><br />
Henrique Queiroz, a Vossa cordialida<strong>de</strong><br />
me empolga e alegra mais ainda e faz<br />
com que, que saia <strong>de</strong>sta Casa e <strong>de</strong>sta<br />
Tribuna enriqueci<strong>do</strong> porque, na realida<strong>de</strong>,<br />
a gente que conviveu, aqui, durante tanto<br />
tempo sabe perfeitamente da gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong><br />
cada um. Se me fosse da<strong>do</strong> o direito <strong>de</strong><br />
falar <strong>de</strong> cada um, eu diria no meu trabalho<br />
não fui, aqui, um pesquisa<strong>do</strong>r e nem um<br />
observa<strong>do</strong>r, mas fui um homem que<br />
sempre sentia e via o comportamento <strong>de</strong><br />
cada um cidadão. Vi <strong>de</strong>ssa tribuna, aqui,<br />
muitas vezes <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r com to<strong>do</strong> o calor o<br />
Vosso Parti<strong>do</strong>, a Vossa Bancada.<br />
V.Exa. é , portanto, um parlamentar que<br />
tem gran<strong>de</strong>za, que tem calor, que tem<br />
vibração. Portanto, a V. Exa., muito<br />
obriga<strong>do</strong>.<br />
Mas, finalizan<strong>do</strong>, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, ou quero<br />
dizer a V.Exa. sertanejo que é, Argemiro<br />
Pereira, esta figura excepcionalíssima <strong>de</strong><br />
parlamentar, homem cumpri<strong>do</strong>r <strong>do</strong><br />
regulamento <strong>de</strong>sta Casa que sempre esta,<br />
aqui, rigorosamente, nos horários eu<br />
quero dizer a V.Exa. que ao vosso la<strong>do</strong> eu<br />
sempre estive, aqui, procuran<strong>do</strong> dar<br />
número a esta Casa para que ela tentasse<br />
funcionar sem procurar interromper os<br />
Trabalhos Legislativos.<br />
Portanto, neste momento, eu quero dizer<br />
a to<strong>do</strong>s, neste momento <strong>de</strong> alegria, <strong>de</strong><br />
vibração, quero agra<strong>de</strong>cer ao povo <strong>de</strong><br />
<strong>Pernambuco</strong>, em particular aos Senhores<br />
Deputa<strong>do</strong>s pela acolhida, pela<br />
manifestação <strong>de</strong> apreço que a mim<br />
tributaram. Aos senhores eu estarei em<br />
Bom Conselho, estarei na Fazenda Caixa<br />
D'água <strong>de</strong> braços abertos e esperan<strong>do</strong> um<br />
dia que os Senhores Deputa<strong>do</strong>s chegue<br />
até Bom Conselho e que me procurem<br />
para que eu, pousa abraçá-los naquele<br />
rincão, naquela água <strong>do</strong>ce, naquele local<br />
on<strong>de</strong> a água soberba, não é a água <strong>do</strong><br />
Ouricuri <strong>do</strong> meu queri<strong>do</strong> amigo Gilvan<br />
Coriolano que falta e que o povo sertanejo<br />
vive tão carente o tão sofri<strong>do</strong>. Bom<br />
Conselho, na realida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> tenho a<br />
minha fazenda, tem bastante água. E um<br />
dia eu tenho a satisfação e a emoção
incontida <strong>de</strong> recebê-los lá, no meu<br />
casebre, na minha choupana para abraçar<br />
um por um o a gente passar uma tar<strong>de</strong>,<br />
um dia, quem sabe, até mais <strong>de</strong> um dia<br />
<strong>de</strong>lician<strong>do</strong>-se <strong>do</strong> clima, daquele ver<strong>de</strong>,<br />
daquelas montanhas <strong>de</strong> Bom Conselho.<br />
Aos Senhores, portanto, nesta tar<strong>de</strong>, o<br />
meu abraço, a minha satisfação profunda,<br />
meu muito obriga<strong>do</strong> pela atenção que a<br />
mim foi tributada neste momento. Até<br />
logo.<br />
(Reassume a Presidência o Deputa<strong>do</strong><br />
Argemiro Pereira.)<br />
O Sr. PRESIDENTE - Com a palavra, o<br />
Deputa<strong>do</strong> Marcus Cunha.<br />
O Sr. MARCUS CUNHA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,<br />
Srs. Deputa<strong>do</strong>s, quero, inicialmente,<br />
testemunhar a eficiência <strong>do</strong> trabalho que<br />
foi realiza<strong>do</strong> nesta Casa durante esses<br />
últimos anos pela chamada Oposição<br />
Parlamentar ao Governo <strong>do</strong> Ex-<br />
Governa<strong>do</strong>r Miguel Arraes <strong>de</strong> Alencar.<br />
Inicialmente li<strong>de</strong>rada pelo Deputa<strong>do</strong><br />
Maviael Cavalcanti, <strong>de</strong>pois pelo Deputa<strong>do</strong><br />
Carlos Porto e, recentemente, a Bancada<br />
Oposicionista li<strong>de</strong>rada pelo Deputa<strong>do</strong><br />
Arthur Correia trabalhou, como já disse,<br />
com bastante eficiência na análise critica<br />
que segun<strong>do</strong> a ótica da oposição o<br />
Governo estaria erran<strong>do</strong>. E a Oposição<br />
trabalhou com tanta eficiência que foi,<br />
inclusive, capaz <strong>de</strong> vocalizar a oposição<br />
feita ao Governo <strong>do</strong> Dr. Miguel Arraes <strong>de</strong><br />
Alencar através <strong>do</strong>s meios <strong>de</strong><br />
comunicação.<br />
Por isso mesmo, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Srs.<br />
Deputa<strong>do</strong>s, quan<strong>do</strong> nós, praticamente,<br />
estamos encerran<strong>do</strong> a atual legislatura, eu<br />
gostaria <strong>de</strong> ler não um discurso, mas,<br />
talvez, um <strong>do</strong>cumento, não tão profun<strong>do</strong><br />
como eu gostaria, mas um <strong>do</strong>cumento<br />
para ficar registra<strong>do</strong> nos Anais <strong>de</strong>sta<br />
Casa, dizen<strong>do</strong> aquilo que sob a minha<br />
ótica houve <strong>de</strong> positivo no Governo <strong>do</strong> Ex-<br />
Governa<strong>do</strong>r Miguel Arraes <strong>de</strong> Alencar.<br />
(Lê):<br />
Senhor Presi<strong>de</strong>nte, Senhores Deputa<strong>do</strong>s:<br />
O segun<strong>do</strong> Governo <strong>de</strong> Miguel Arraes não<br />
suce<strong>de</strong>u apenas a uma administração<br />
conserva<strong>do</strong>ra e anti-popular. Vitoriosa nas<br />
urnas, confirmada pelas pesquisas <strong>de</strong><br />
opinião que lhe creditaram os maiores<br />
índices <strong>de</strong> aprovação, e consagrada na<br />
eleição que fez <strong>do</strong> Ex-Governa<strong>do</strong>r o<br />
Deputa<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral mais vota<strong>do</strong> <strong>do</strong> País, a<br />
segunda administração <strong>de</strong> Arraes<br />
significou, na verda<strong>de</strong>, a ruptura com um<br />
mo<strong>de</strong>lo econômico, social e político,<br />
imposto pela força das armas em<br />
<strong>Pernambuco</strong> e no Brasil. Nesse senti<strong>do</strong>,<br />
este segun<strong>do</strong> perío<strong>do</strong> guarda estreita<br />
ligação com o primeiro, no início da<br />
década <strong>de</strong> 60, quan<strong>do</strong> a gran<strong>de</strong> maioria<br />
da população pernambucana participou <strong>de</strong><br />
um governo prioritariamente volta<strong>do</strong> para<br />
suas reais necessida<strong>de</strong>s e justas<br />
reivindicações.<br />
Ao la<strong>do</strong> <strong>de</strong> tantos outros companheiros,<br />
tive a honra <strong>de</strong> integrar o segun<strong>do</strong><br />
governo <strong>de</strong> Miguel Arraes. Inicialmente<br />
como lí<strong>de</strong>r da Maioria na Assembléia<br />
<strong>Legislativa</strong>, e em seguida como Secretário<br />
da Casa Civil, cargo <strong>do</strong> qual me<br />
<strong>de</strong>sincompatibilizei para disputar a<br />
Prefeitura <strong>do</strong> Recife, com o apoio <strong>do</strong><br />
governa<strong>do</strong>r, <strong>do</strong> então Prefeito Jarbas<br />
Vasconcelos e da Frente Popular <strong>do</strong><br />
Recife.<br />
Tais fatos - ou mesmo a proximida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
meses da conclusão daquele perío<strong>do</strong><br />
administrativo - não turvam uma visão<br />
correta <strong>do</strong> que foi efetivamente realiza<strong>do</strong>,<br />
em favor da gran<strong>de</strong> maioria <strong>do</strong>s<br />
pernambucanos, <strong>de</strong>ntro das diretrizes<br />
<strong>de</strong>finidas: estabelecimento <strong>de</strong><br />
mecanismos <strong>de</strong> integração e<br />
racionalização na aplicação <strong>do</strong>s recursos<br />
públicos; promoção <strong>do</strong> entendimento<br />
como base para a solução <strong>de</strong> conflitos <strong>de</strong><br />
interesse coletivo; incentivo à promoção<br />
da cidadania através <strong>do</strong> estímulo à<br />
participação <strong>do</strong> povo marginaliza<strong>do</strong>, na<br />
concepção e execução <strong>de</strong> programas e<br />
pela oferta <strong>de</strong> serviços públicos que o<br />
integrou à socieda<strong>de</strong>; priorida<strong>de</strong> às ações<br />
que beneficiam a maior parte <strong>de</strong><br />
população; recuperação <strong>do</strong> patrimônio <strong>do</strong><br />
Esta<strong>do</strong> e eficientização <strong>do</strong>s órgãos e<br />
empresas governamentais e ampliação e<br />
melhoria da infra-estrutura econômica.<br />
Para tanto, constituir-se uma equipe <strong>de</strong><br />
governo unitária, <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista político<br />
e administrativo, foi o passo primeiro e
essencial. Ele permitiu o surgimento <strong>de</strong><br />
um quadro favorável à ação integrada,<br />
numa prática diferente daquela <strong>do</strong><br />
loteamento <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> entre grupos <strong>de</strong><br />
interesses os mais diversos, que não<br />
aqueles volta<strong>do</strong>s para os reais objetivos<br />
<strong>de</strong> um Governo Popular.<br />
Como no primeiro, o segun<strong>do</strong> governo <strong>de</strong><br />
Miguel Arraes afirmou, na prática, a<br />
viabilida<strong>de</strong> tecnológica <strong>de</strong> pequena<br />
produção, ao contrário <strong>do</strong>s programas<br />
paternalistas e compensatórios <strong>do</strong><br />
passa<strong>do</strong>. E apontou para a criação <strong>de</strong> um<br />
amplo espaço produtivo no Esta<strong>do</strong> que, se<br />
for consolida<strong>do</strong>, criará condições <strong>de</strong><br />
equilíbrio sócio-econômico, interferin<strong>do</strong><br />
nas situações <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho,<br />
<strong>de</strong>scentralizan<strong>do</strong> a produção e a renda.<br />
O agravamento da crise econômica, via<br />
aumento acelera<strong>do</strong> das pressões<br />
inflacionárias, resultan<strong>do</strong> no acirramento<br />
das <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sociais, levou à<br />
ampliação <strong>do</strong>s conflitos sociais. A busca<br />
<strong>do</strong> diálogo e <strong>do</strong> entendimento, como base<br />
para a solução <strong>do</strong>s conflitos, foi uma das<br />
diretrizes prioritárias da atuação<br />
consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> um elemento essencial para<br />
a construção <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>mocrática e pluralista.<br />
Recuperar o patrimônio público e tornar a<br />
máquina estatal eficiente foi mais que uma<br />
simples questão gerencial. Representou<br />
uma diretriz, em resposta política <strong>do</strong><br />
governo Miguel Arraes à situação <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sgoverno e aban<strong>do</strong>no a que foi<br />
relega<strong>do</strong> o Esta<strong>do</strong>, por aqueles que o<br />
geriram no passa<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> os interesses<br />
priva<strong>do</strong>s passaram a <strong>do</strong>minar a gestão da<br />
coisa pública, colocan<strong>do</strong>-a a serviço <strong>de</strong><br />
segmentos políticos não comprometi<strong>do</strong>s<br />
com o atendimento <strong>do</strong>s interesses <strong>de</strong><br />
maioria.<br />
Em coerência com essas diretrizes, são<br />
muitos os exemplos <strong>de</strong> realizações a<br />
<strong>de</strong>stacar. Na área da produção <strong>de</strong><br />
alimentos e ampliação da oferta <strong>de</strong><br />
trabalho no campo, a ação <strong>do</strong> governo<br />
voltou-se para os segmentos majoritários<br />
<strong>do</strong>s mais necessita<strong>do</strong>s. Em uma iniciativa<br />
que integrou praticamente to<strong>do</strong>s os<br />
órgãos da administração, foi enfrenta<strong>do</strong> o<br />
secular <strong>de</strong>safio <strong>do</strong> <strong>de</strong>semprego na entresafra<br />
da agricultura canavieira, através <strong>do</strong><br />
Programa Chapéu <strong>de</strong> Palha. Esta<br />
iniciativa, amplamente apoiada pelos cem<br />
mil trabalha<strong>do</strong>res temporários que, nos<br />
governos passa<strong>do</strong>s, durante a<br />
entressafra, se transformavam em “bóiasfrias”<br />
<strong>de</strong>semprega<strong>do</strong>s, migran<strong>do</strong> para as<br />
cida<strong>de</strong>s próximas e para a região<br />
metropolitana <strong>do</strong> Recife, agravan<strong>do</strong> a<br />
miséria urbana. Os trabalha<strong>do</strong>res foram<br />
emprega<strong>do</strong>s em obras públicas e no<br />
plantio, em 1989, <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 1.000<br />
hectares arrenda<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>sapropria<strong>do</strong>s ou<br />
cedi<strong>do</strong>s na Zona da Mata.<br />
Foi ainda pela região canavieira que o<br />
governo Arraes iniciou o Programa Mata<br />
Livre, para a liberação <strong>de</strong> terras para o<br />
plantio ou ampliação <strong>de</strong> estrutura urbana<br />
<strong>de</strong> povoa<strong>do</strong>s isola<strong>do</strong>s no meio <strong>de</strong><br />
canaviais. Para tanto, o governo buscou<br />
inicialmente o entendimento com usineiros<br />
e fornece<strong>do</strong>res <strong>de</strong> cana. On<strong>de</strong> isso não foi<br />
possível, ocorreu a <strong>de</strong>sapropriação <strong>de</strong><br />
áreas, inclusive em outras regiões. Ao<br />
to<strong>do</strong>, mais <strong>de</strong> três mil hectares na zona <strong>de</strong><br />
mata e no agreste passaram das mãos<br />
<strong>do</strong>s mais ricos para a exploração coletiva<br />
<strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res nos três anos <strong>do</strong><br />
governo <strong>de</strong> Miguel Arraes - numa ação<br />
que há 25 anos não era empreendida pelo<br />
Executivo Estadual em pernambuco.<br />
Conflitos que se estendiam há décadas,<br />
como o <strong>do</strong> Engenho Patrimônio, foram<br />
soluciona<strong>do</strong>s, em benefício <strong>do</strong>s<br />
trabalha<strong>do</strong>res e suas famílias.<br />
Conce<strong>do</strong> um aparte ao nobre Deputa<strong>do</strong><br />
Sérgio Guerra.<br />
O Sr. Sérgio Guerra - Deputa<strong>do</strong> Marcus<br />
Cunha, primeiro para parabenizá-lo pelo<br />
<strong>do</strong>cumento que V.Exa. <strong>de</strong>ixa hoje para o<br />
conhecimento <strong>do</strong>s pernambucanos. Com<br />
a competência que ninguém lhe nega,<br />
V.Exa. reúne num texto uma síntese rara<br />
<strong>do</strong> que foi possível fazerem <strong>Pernambuco</strong><br />
numa situação <strong>de</strong> extrema dificulda<strong>de</strong>.<br />
Um ponto que V.Exa. já chamou a<br />
atenção foi das iniciativas <strong>do</strong> Governo<br />
Arraes no campo da terra e na<br />
regularização <strong>do</strong> patrimônio <strong>de</strong> muitos<br />
trabalha<strong>do</strong>res.<br />
Valeria a pena, ainda, acrescentar a<br />
afirmação que V.Exa. introduz na<br />
discussão <strong>de</strong> hoje, um da<strong>do</strong> que, para<br />
mim, foi extremamente relevante. A
capacida<strong>de</strong> que teve o Governo Arraes <strong>de</strong><br />
harmonizar socialmente o Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Pernambuco</strong>. Havia uma previsão <strong>de</strong> que<br />
a posse <strong>de</strong> Arraes era o começo <strong>de</strong> uma<br />
situação <strong>de</strong> ruptura social em<br />
<strong>Pernambuco</strong> Essa ruptura não se <strong>de</strong>u. A<br />
custa <strong>de</strong> uma ação forte e responsável foi<br />
possível manter o equilíbrio <strong>de</strong> to<strong>do</strong> um<br />
conjunto social extremamente difícil,<br />
empobreci<strong>do</strong> e socialmente radicaliza<strong>do</strong>.<br />
A competência <strong>do</strong> Governo Arraes <strong>de</strong><br />
administrar o conflito latente da socieda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, evitan<strong>do</strong> que este Esta<strong>do</strong><br />
se transformar-se num turbilhão <strong>de</strong> lutas<br />
sociais, foi seguramente uma gran<strong>de</strong><br />
realização política e administrativa <strong>do</strong><br />
Governo que junto fizemos.<br />
Eu me recor<strong>do</strong> muito bem que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />
seu primeiro discurso como Lí<strong>de</strong>r da<br />
Bancada <strong>do</strong> Governo, V.Exa. chamava a<br />
atenção da necessida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r<br />
eleito e <strong>do</strong> Governo que ele formou,<br />
trabalhar para que as forças <strong>de</strong><br />
<strong>Pernambuco</strong> se harmonizassem, para que<br />
houvesse um mínimo <strong>de</strong> unida<strong>de</strong> e o<br />
Esta<strong>do</strong> não fosse prejudica<strong>do</strong>, para que,<br />
<strong>de</strong> uma forma ou <strong>de</strong> outra, to<strong>do</strong>s se<br />
sentissem, mais ou menos, responsáveis<br />
por uma situação que atingia a to<strong>do</strong>s, <strong>de</strong><br />
uma forma ou <strong>de</strong> outra, mais ou menos<br />
negativamente, mais ou menos<br />
positivamente. Foi o Deputa<strong>do</strong>, Marcus<br />
Cunha, na época, que chamou a atenção<br />
para essa necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> convergência<br />
social. Eu me recor<strong>do</strong> que V.Exa. fez,<br />
inclusive, uma série <strong>de</strong> visitas a entida<strong>de</strong>s<br />
sociais, as <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res e <strong>do</strong>s<br />
patrões e que nessas visitas o seu esforço<br />
foi para que tivesse um conjunto <strong>de</strong><br />
informações que pu<strong>de</strong>sse <strong>do</strong>tar ao<br />
Governo e ao Governa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> condições<br />
para atuar, manten<strong>do</strong> esse equilíbrio<br />
indispensável a preservação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e<br />
da socieda<strong>de</strong> em <strong>Pernambuco</strong>.<br />
Quero parabenizá-lo pelo discurso que<br />
faz, na certeza que a Assembléia ouve,<br />
hoje, como em raras oportunida<strong>de</strong>s, mais<br />
um pronunciamento amplo, tenso, sério<br />
que foi a marca da sua atuação<br />
parlamentar nos vários mandatos que<br />
teve.<br />
O Sr. MARCUS CUNHA - Agra<strong>de</strong>ço o<br />
vosso aparte, Deputa<strong>do</strong> Sérgio Guerra, e<br />
sublinho exatamente aquele trecho <strong>do</strong> seu<br />
aparte em que V.Exa. chama a atenção<br />
para a capacida<strong>de</strong> que teve o Governo<br />
Miguel Arraes <strong>de</strong> harmonizar os conflitos,<br />
<strong>de</strong> administrar <strong>de</strong>ntro da harmonia os<br />
conflitos sociais <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Pernambuco</strong>. Foi importante sobretu<strong>do</strong>,<br />
quan<strong>do</strong> nós temos consciência <strong>de</strong> que o<br />
Governa<strong>do</strong>r Arraes, a maior parte da sua<br />
administração, ele realizou essa<br />
administração quan<strong>do</strong> o Governo Fe<strong>de</strong>ral<br />
se encontrava em plena <strong>de</strong>composição,<br />
sem nenhum prestigio perante e opinião<br />
pública, com todas as estruturas da<br />
socieda<strong>de</strong> brasileira cancerosas e<br />
<strong>Pernambuco</strong> que sempre foi um Esta<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong> muita tradição <strong>de</strong> luta, continuou<br />
tranqüilo no meio <strong>de</strong>sse mar revolto sob o<br />
coman<strong>do</strong> <strong>do</strong> Ex-Governa<strong>do</strong>r que<br />
Governou com to<strong>do</strong>s os segmentos<br />
sociais e produtivos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Pernambuco</strong>.<br />
Mas, Sr. Presi<strong>de</strong>nte.<br />
Simultaneamente, a irrigação chegou a 3<br />
mil hectares <strong>de</strong> pequenos produtores, e<br />
base da agricultura <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, amplian<strong>do</strong><br />
e produção <strong>de</strong> alimentos em 62 mil<br />
toneladas. Os financiamentos através <strong>do</strong><br />
Programa <strong>de</strong> Apoio ao Pequeno Produtor<br />
cresceram oito vezes <strong>de</strong> 1987 a 1909,<br />
atingin<strong>do</strong> 16 milh6es <strong>de</strong> dólares no último<br />
ano. Houve um gran<strong>de</strong> esforço <strong>de</strong><br />
integração entre os órgãos <strong>de</strong> pesquisa,<br />
distribuição <strong>de</strong> sementes, armazenagem<br />
construção e manutenção <strong>de</strong> estradas e<br />
distribuição <strong>de</strong> safras, para que a comida<br />
chegasse mais barata na mesa <strong>do</strong>s<br />
trabalha<strong>do</strong>res.<br />
Nesse esforço, foi <strong>de</strong>cisivo o programa<br />
Cestão <strong>de</strong> Povo, uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> 200 lojas<br />
populares espalhadas por diversas<br />
regiões <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, on<strong>de</strong> <strong>13</strong> produtos<br />
básicos são vendi<strong>do</strong>s, em média 30%<br />
mais baratos <strong>do</strong> que nos merca<strong>do</strong>s<br />
convencionais. Milhares <strong>de</strong> famílias<br />
passaram a comprar semanalmente no<br />
Cestão <strong>do</strong> Povo, consumin<strong>do</strong> <strong>do</strong>is milhões<br />
e meio <strong>de</strong> quilos <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias.<br />
Na área <strong>do</strong> abastecimento d’água, apesar<br />
<strong>do</strong>s profun<strong>do</strong>s cortes <strong>do</strong>s recursos<br />
fe<strong>de</strong>rais para o setor, as atenções <strong>do</strong><br />
governo Arraes foram prioritárias - não<br />
apenas em função <strong>de</strong> sua importância<br />
imediata, mas também pela correlação
entre a oferta da água tratada e a<br />
diminuição <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças transmissíveis,<br />
especialmente em crianças. Nos três<br />
anos, mais <strong>de</strong> 1 milhão <strong>de</strong> pessoas sem<br />
abastecimento em suas casas, ou<br />
atendidas <strong>de</strong> forma esparsa e irregular,<br />
passaram a ter água limpa para beber. A<br />
re<strong>de</strong> <strong>de</strong> distribuição foi aumentada em<br />
mais <strong>de</strong> 900 quilômetros. Na região<br />
metropolitana, o sistema Botafogo foi<br />
reforça<strong>do</strong>, e no interior, através <strong>do</strong><br />
trabalho integra<strong>do</strong> <strong>de</strong> Compesa, Cisagro e<br />
Cohab, 300 mil, pessoas que viviam em<br />
bairros da periferia urbana e distritos<br />
isola<strong>do</strong>s da zona rural, passaram a ter<br />
abastecimento regular, a partir <strong>de</strong> poços,<br />
cisternas e açu<strong>de</strong>s.<br />
A seca - momento em que a crise da água<br />
se agudiza - foi igualmente enfrentada <strong>de</strong><br />
urna forma nova, <strong>de</strong>mocrática e popular.<br />
Antes <strong>de</strong> completar seis meses, o governo<br />
<strong>de</strong> Miguel Arraes era leva<strong>do</strong> a <strong>de</strong>cretar a<br />
emergência em 118 municípios assola<strong>do</strong>s<br />
pela falta <strong>de</strong> chuvas. Se continuassem a<br />
valer as práticas <strong>de</strong> governos passa<strong>do</strong>s,<br />
seria mais uma oportunida<strong>de</strong> para os<br />
privilegia<strong>do</strong>s <strong>de</strong> sempre enriquecerem<br />
com o dinheiro público ou trocarem votos<br />
por latas d'água. Mas isso também<br />
mu<strong>do</strong>u. Terminada a seca, o governo<br />
tinha concluí<strong>do</strong> 19.731 açu<strong>de</strong>s, barragens,<br />
barreiros e passagens molhadas, com o<br />
trabalho <strong>de</strong> 220 mil homens alista<strong>do</strong>s nas<br />
frentes, <strong>de</strong> emergência, sob a fiscalização<br />
<strong>do</strong>s Grupos <strong>de</strong> Ação municipal. Forma<strong>do</strong>s<br />
por funcionários públicos, representantes<br />
<strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res e das comunida<strong>de</strong>s, os<br />
GAM´s faliram a chamada “indústria da<br />
seca”.<br />
Os alistamentos contemplaram apenas os<br />
agricultores necessita<strong>do</strong>s, os pagamentos<br />
foram feitos em cheques nominais <strong>do</strong><br />
Ban<strong>de</strong>pe, as obras realizadas foram<br />
listadas em computa<strong>do</strong>r e registradas em<br />
cartório, com garantia <strong>de</strong> usufruto<br />
comunitário. Um exemplo <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong>,<br />
austerida<strong>de</strong> e rigor na aplicação <strong>do</strong>s<br />
recursos públicos, por parte <strong>do</strong> governo,<br />
que terminou sen<strong>do</strong> segui<strong>do</strong> por outros<br />
esta<strong>do</strong>s nor<strong>de</strong>stinos.<br />
Com a mesma disposição foi enfrenta<strong>do</strong> o<br />
<strong>de</strong>safio das empresas e companhias<br />
estatais, uma herança caótica recebida<br />
em 1987. O melhor exemplo é o <strong>do</strong><br />
Ban<strong>de</strong>pe, que em fevereiro daquele ano<br />
encontrava-se sob risco <strong>de</strong> intervenção<br />
fe<strong>de</strong>ral. Saneadas suas finanças e<br />
profissionalizada sua direção, o banco<br />
estadual passou a trabalhar pela maioria.<br />
No governo anterior, em quatro anos o<br />
Ban<strong>de</strong>pe havia realiza<strong>do</strong> 31.008<br />
financiamentos a pequenos agricultores.<br />
Em 1988, já no governo Arraes, o banco<br />
igualava esse número e em 1989 o<br />
Crédito Popular chegou a 60 mil<br />
agricultores, proprietários <strong>de</strong> até 60 mil<br />
hectares, impulsionan<strong>do</strong> a recuperação da<br />
agricultura <strong>de</strong> alimentos em <strong>Pernambuco</strong>.<br />
Em 1988, o Ban<strong>de</strong>pe foi escolhi<strong>do</strong> pela<br />
conceituada revista “EXAME” como o<br />
segun<strong>do</strong> melhor banco estadual <strong>do</strong> Brasil,<br />
em <strong>de</strong>sempenho global, apenas supera<strong>do</strong><br />
pelo gigantesco BANESPA. E em 1989, a<br />
revista “VEJA” apontava o Ban<strong>de</strong>pe como<br />
o banco estadual com a política mais<br />
profissional na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões.<br />
A <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> investimento e recuperação<br />
das estatais - como uma comprovação da<br />
sua viabilida<strong>de</strong>, quan<strong>do</strong> voltadas para o<br />
interesse da maioria - abrangeu também o<br />
IPA, e SEMEMPE, a CILPE e o LAFEPE.<br />
Com apoio <strong>de</strong> experimentos<br />
biotecnológicos inéditos, o IPA<br />
transformou-se na única empresa <strong>de</strong><br />
pesquisas <strong>do</strong> País a trabalhar com mudas<br />
<strong>de</strong> proveta <strong>de</strong> culturas básicas - como<br />
mandioca, batata-<strong>do</strong>ce, batata inglesa,<br />
inhame e banana, benefician<strong>do</strong> milhares<br />
<strong>de</strong> pequenos agricultores. A SEMEPE<br />
triplicou e sua produção <strong>de</strong> sementes,<br />
comercializadas com 145 mil pequenos e<br />
médios produtores. Ao final <strong>do</strong>s três anos<br />
<strong>do</strong> governo Arraes, a CILPE teve sua<br />
capacida<strong>de</strong> industrial elevada em 51%, o<br />
que significou 180 mil litros <strong>de</strong> leite a mais<br />
no merca<strong>do</strong>, por dia.<br />
O LAFEPE - recebi<strong>do</strong> com o patrimônio<br />
dilapida<strong>do</strong>, dividas <strong>de</strong> 345 mil dólares e<br />
linha <strong>de</strong> produção estagnada -<br />
praticamente renasceu. Em 1909 já<br />
lançava <strong>12</strong> novos medicamentos,<br />
aumentava sua produção em 220% e<br />
apresentava um lucro operacional <strong>de</strong> 1,1<br />
milhão <strong>de</strong> dólares.<br />
Nesta política em relação às estatais, a<br />
CELPE merece especial <strong>de</strong>staque, pela<br />
dimensão que sua ação ganhou no<br />
Governo Miguel Arraes. De 1966, quan<strong>do</strong>
foi inicia<strong>do</strong> o programa <strong>de</strong> eletrificação<br />
rural no Esta<strong>do</strong>, até março <strong>de</strong> 1997,<br />
quan<strong>do</strong> o governo Arraes tomou posse,<br />
haviam si<strong>do</strong> eletrificadas 30 mil<br />
proprieda<strong>de</strong>s rurais nas diversas regiões,<br />
uma média <strong>de</strong> 1.500 por ano. Em três<br />
anos <strong>do</strong> governo Arraes a energia elétrica<br />
chegou a nada menos <strong>do</strong> que 23 mil<br />
proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> até 10 hectares, um<br />
recor<strong>de</strong> histórico, que beneficiou<br />
diretamente pequenos agricultores<br />
produtores <strong>de</strong> alimentos. Até março <strong>de</strong><br />
1991, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a programação<br />
<strong>de</strong>ixada, esse número irá chegar a 31 mil<br />
proprieda<strong>de</strong>s. Ou seja realizar, em quatro<br />
anos, no setor, mais <strong>do</strong> que os governos<br />
passa<strong>do</strong>s só conseguiram fazer em 21<br />
anos. Igual esforço foi empreendi<strong>do</strong> nas<br />
ligações <strong>do</strong>mésticas.<br />
Mas, conce<strong>do</strong> o aparte ao nobre<br />
Deputa<strong>do</strong> Pedro Eurico.<br />
O Sr. Pedro Eurico - Deputa<strong>do</strong> Marcus<br />
Cunha, não venho á Tribuna <strong>de</strong> aparte<br />
para ter comenta<strong>do</strong> o lustre<br />
pronunciamento <strong>de</strong> V.Exa. o que toca ao<br />
conjunto das ações, aos acertos, ao<br />
lega<strong>do</strong> positivo que o Governo Arraes<br />
<strong>de</strong>ixa para o povo <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, no<br />
perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> profunda crise econômica<br />
como ressaltou V.Exa..<br />
Mas venho à Tribuna, porque sei que<br />
V.Exa., faz uma <strong>de</strong>spedida <strong>de</strong>sta Casa, <strong>de</strong><br />
uma forma diferente. V.Exa faz a<br />
<strong>de</strong>spedida <strong>de</strong>sta Casa, <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong><br />
espírito <strong>de</strong> luta, garra, coragem o<br />
efetivamente o pronunciamento <strong>de</strong> V.Exa.,<br />
foi uma prova disso, a ma prova que<br />
V.Exa. não o político só <strong>de</strong> Parlamento. E<br />
não vai restringir a sua militância, a sua<br />
vida pública ao Parlamento.<br />
Nós temos um viés, que nós vemos ter<br />
que romper com ele, com o passa <strong>do</strong>s<br />
anos. Esse viés, hoje é o seguinte,<br />
Deputa<strong>do</strong> Marcus Cunha, ainda e a visão<br />
pequena, uma visão atrasada, <strong>de</strong> quem só<br />
é político quem tem mandato, só<br />
sobrevive, só participa da vida pública ou<br />
o Deputa<strong>do</strong> o ou Secretário <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, e<br />
nunca militante partidário.<br />
E é por isso que nós não constituímos<br />
parti<strong>do</strong>s políticos, é por isso que nós não<br />
constituímos ativida<strong>de</strong>s políticas<br />
permanentes e dura<strong>do</strong>uras. E, eu sei<br />
porque tenho conversa<strong>do</strong> nos últimos<br />
dias, longamente com V. Exa., e sei que<br />
V. Exa., vai continuar na trincheira.<br />
Conheci V.Exa., conheci o Deputa<strong>do</strong><br />
Marcus Cunha, quan<strong>do</strong> ainda era<br />
estudante da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito, estava<br />
ingressan<strong>do</strong> na Faculda<strong>de</strong>, nos tempos<br />
brabos da Ditadura Militar em 1970 e já ali<br />
aprendi a conviver com V. Exa., a ver a<br />
sua luta. V. Exa., enfrentou aquela eleição<br />
em 1970, que foi quase um kamicase<br />
naquela eleição, porque os<br />
pronunciamentos <strong>de</strong> V. Exa., no horário<br />
gratuito <strong>de</strong> televisão, assombrava o povo<br />
<strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong> pela coragem que V.<br />
Exa., tinha.<br />
Depois, como Verea<strong>do</strong>r em 1972, chegou<br />
até a amargar até mesmo a prisão nas<br />
<strong>de</strong>pendências <strong>do</strong> DDI - CODI.<br />
Posteriormente, em 1974, V.Exa., se<br />
elege o Deputa<strong>do</strong> mais vota<strong>do</strong> em<br />
<strong>Pernambuco</strong>. Em 1978 vai á Brasília,<br />
retorna a <strong>Pernambuco</strong>, volta á<br />
Assembléia, é nosso candidato á Prefeito<br />
<strong>de</strong> Recife e agora V.Exa., <strong>de</strong>spe<strong>de</strong>-se da<br />
Assembléia legislativa, mas não dá vida<br />
pública. E é preciso uma reflexão também.<br />
Que tipo <strong>de</strong> Parlamento estamos<br />
construin<strong>do</strong> hoje? Qual é a ameaça que<br />
se abate sobre o Parlamento Brasileiro?<br />
Quais são os vícios que vão conviver no<br />
Parlamento Brasileiro, na próxima<br />
legislatura, muitos anos <strong>do</strong> que nesta? O<br />
Parlamento brasileiro hoje corre risco <strong>de</strong><br />
ser parlamento to<strong>do</strong> ele preso pelo po<strong>de</strong>r<br />
econômico, aos nobres e aos gran<strong>de</strong>s<br />
grupos, ou preso ao ranço <strong>do</strong><br />
corporativismo que vem comprometen<strong>do</strong> o<br />
aparelho <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>, que vem<br />
comprometen<strong>do</strong> a função pública em<br />
nosso País. Sei que talvez por isso V.<br />
Exa., seja hoje penaliza<strong>do</strong> pela perda <strong>do</strong><br />
mandato, mas não vamos enten<strong>de</strong>r a<br />
perda <strong>do</strong> mandato como uma pena, como<br />
uma <strong>de</strong>rrota, somente. Não é por aí.<br />
Neste momento V.Exa., <strong>de</strong>ixa o<br />
Parlamento, mas vai participar conosco da<br />
resistência que vamos travar aqui em<br />
<strong>Pernambuco</strong> contra o nosso Governo que<br />
vem aí. Não vamos fazer um Oposição<br />
sistemática, uma Oposição pela Oposição,<br />
temos também discuti<strong>do</strong> isso com V. Exa..<br />
Os tempos são outros, exigem <strong>de</strong> nós<br />
propostas, análise e ninguém melhor <strong>do</strong>
que V. Exa., para, <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s Parti<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />
Oposição, ajudar a fazer análise lúcida da<br />
situação <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, da situação <strong>do</strong><br />
Recife, da Região Metropolitana, mas<br />
acima <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> <strong>do</strong> enfrentamento a essa<br />
política econômica que nos leva hoje a um<br />
processo recessivo, á <strong>de</strong>snacionalização,<br />
ao sucateamento <strong>do</strong> nosso Parque<br />
Industrial ao empobrecimento <strong>do</strong> nosso<br />
povo.<br />
Então Dep. Marcus Cunha, quero me<br />
congratular com V.Exa., como amigo<br />
pessoal, que já tive momentos duros,<br />
momentos plurais, porque enten<strong>do</strong> que<br />
<strong>de</strong>mocracia se constrói no pluralismo e o<br />
pluralismo se constrói a partir da<br />
contradição. Do contrário nós vamos<br />
construir o novo. Por vários momentos<br />
estivemos em posições contrárias, mas<br />
por vários momentos também construímos<br />
o novo <strong>Pernambuco</strong>. Sei, que V.Exa., vai<br />
ajudar a Bancada que vai ficar aqui a<br />
construir uma Oposição sólida para<br />
garantir o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
da <strong>de</strong>mocracia no Brasil.<br />
O Sr. MARCUS CUNHA - Agra<strong>de</strong>ço o<br />
aparte <strong>de</strong> V.Exa., Dep. Pedro Eurico. O<br />
testemunho carinhoso que <strong>de</strong>u aqui na<br />
Tribuna <strong>de</strong> apartes da Assembléia<br />
<strong>Legislativa</strong> sobre a minha vida<br />
universitária e sobre os inícios da minha<br />
vida pública e reafirman<strong>do</strong>, como já tenho<br />
dito a V.Exa., que na verda<strong>de</strong>, a partir <strong>do</strong><br />
dia 16 <strong>de</strong> fevereiro, serei um solda<strong>do</strong> da<br />
construção aqui das nossas bases,<br />
procuran<strong>do</strong> sempre uni-las para que já<br />
nas eleições municipais nós comecemos e<br />
recuperar o terreno político no Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Pernambuco</strong>.<br />
Conce<strong>do</strong> o aparte ao Deputa<strong>do</strong> Arthur<br />
Correia.<br />
O Sr. Arthur Correia - Nobre Deputa<strong>do</strong><br />
Marcus Cunha, tinha até pouco tempo a<br />
impressão <strong>de</strong> que sairia <strong>de</strong>sta Casa sem<br />
<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fazer aquilo que tivesse ao meu<br />
alcance e, que fosse extremamente<br />
necessário, para a segurança, para o bem<br />
estar, para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />
<strong>Pernambuco</strong>. No entanto, hoje ao ouvir<br />
V.Exa., Parlamentar <strong>do</strong>s mais brilhantes<br />
<strong>de</strong>sta Casa, político sério, homem que se<br />
revelou como relator da nossa Carta<br />
Magna e, que ganhou no convívio <strong>do</strong>s<br />
quatros anos, especialmente no convívio<br />
mais aperta<strong>do</strong> na Comissão <strong>de</strong><br />
Sistematização, a minha admiração. E,<br />
fiquei sem per<strong>do</strong>ar o povo pernambucano<br />
por ter esqueci<strong>do</strong> o número 15<strong>13</strong>3,<br />
número <strong>de</strong> V. Exa., que <strong>de</strong>via ter volta<strong>do</strong> a<br />
esta Casa. Mas, hoje observan<strong>do</strong> ali, ao<br />
la<strong>do</strong> <strong>do</strong> sertanejo Vital Novaes, quan<strong>do</strong> V.<br />
Exa. disse, que o Governo Arraes fez<br />
<strong>de</strong>zenove mil e poucas barragens no<br />
Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, eu tenho a<br />
impressão que aí estar uma das razões <strong>do</strong><br />
povo ter rejeita<strong>do</strong> o nome <strong>de</strong> V. Exa.,<br />
como relator da Constituinte e, talvez até<br />
dai eu ter senti<strong>do</strong> a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
reeleição e, com perspícacia <strong>de</strong> matuto<br />
interiorano, ter <strong>de</strong>sisti<strong>do</strong>. Porque, certa<br />
vez eu disse aqui ao Lí<strong>de</strong>r Áureo Bradley<br />
quan<strong>do</strong> anunciou um número <strong>de</strong><br />
barragens bem menor <strong>do</strong> que esse que<br />
V.Exa. traz hoje. Naquela hora eu já dizia<br />
ao Lí<strong>de</strong>r Áureo Bradley, vou apresentar<br />
um Projeto, meu caro Deputa<strong>do</strong> Áureo<br />
Bradley, tentan<strong>do</strong> incluir nataçáo, como<br />
matéria obrigátória nas escolas Estaduais<br />
<strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, acima da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Caruaru. Agora, eu me preocupo e,<br />
chamo a atenção <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s<br />
sertanejos, Vital Novaes, <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte<br />
Argemiro Pereira to<strong>do</strong>s que tem área <strong>de</strong><br />
atuação na Zona seca <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>.<br />
Vamos os que irão continuar na Casa,<br />
tratar <strong>de</strong> incluir natação como matéria<br />
obrigatória. Porque vamos ter um gran<strong>de</strong><br />
número <strong>de</strong> mortes <strong>de</strong> crianças, com essas<br />
<strong>de</strong>zenove mil barragens espalhadas em<br />
<strong>Pernambuco</strong>, principalmente , porque o<br />
nosso agrestino e o nosso sertanejo não<br />
são como os homens da faixa <strong>do</strong> litoral,<br />
acostuma<strong>do</strong>s ao convívio com as gran<strong>de</strong>s<br />
barragens <strong>de</strong> qualquer forma Deputa<strong>do</strong><br />
Marcus Cunha, eu fico feliz com essa<br />
noticia, porque não posso duvidar, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
que V. Exa. é o veiculo <strong>de</strong>la para dar<br />
conhecimento a Assembléia <strong>Legislativa</strong>.<br />
Era apenas esse registro que eu queria<br />
fazer e, agra<strong>de</strong>cer a V. Exa. a gentileza <strong>do</strong><br />
aparte.<br />
O Sr. MARCUS CUNHA - Deputa<strong>do</strong><br />
Arthur Correia, quan<strong>do</strong> V.Exa. se<br />
aproximou <strong>do</strong> microfone <strong>de</strong> aparte, eu<br />
tinha certeza <strong>de</strong> que as palavras <strong>de</strong>
V.Exa., seriam exatamente nesta direção.<br />
Eu não po<strong>de</strong>ria esperar outra coisa <strong>de</strong><br />
V.Exa. Primeiramente, um aparte<br />
generoso para com o amigo que apren<strong>de</strong>u<br />
a lhe admirar, também na construção da<br />
nossa Carta Magana da nova Constituição<br />
já em vigor <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>.<br />
V.Exa. foi generoso para comigo, como<br />
tem si<strong>do</strong> generoso para comigo em várias<br />
oportunida<strong>de</strong>s nesta Casa. Eu sabia que<br />
V.Exa., ia me fazer um elogio, mas,<br />
também eu tinha consciência, por<br />
conhecer V.Exa. como conheço, <strong>de</strong> que<br />
apesar <strong>do</strong> elogio apesar da amiza<strong>de</strong>,<br />
apesar <strong>do</strong> bom entendimento, V.Exa. não<br />
voltaria as costas ao seu passa<strong>do</strong>, a sua<br />
coerência <strong>de</strong> homem público engaja<strong>do</strong><br />
num la<strong>do</strong> político que não é o meu la<strong>do</strong>.<br />
E, aí V.Exa. fez a crítica, a crítica é<br />
marcada também pela ironia, pelo bom<br />
humor, que V.Exa. tem revela<strong>do</strong> nesta<br />
Casa. Eu diria apenas, que V.Exa., repetiu<br />
muito a palavra barragem e, quan<strong>do</strong> eu<br />
enumerei as realizações, nesta área, eu<br />
não falei apenas em barragens: Eu falei<br />
também em açu<strong>de</strong>, em barragens, em<br />
barreiros e, passagens molhadas que<br />
V.Exa. conhece.<br />
Mas, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, dan<strong>do</strong> continuida<strong>de</strong>,<br />
com a mesma disposição, foi enfrenta<strong>do</strong> o<br />
<strong>de</strong>safio das Empresas e Companhias<br />
Estatais, uma herança caótica recebida<br />
em 87. O melhor exemplo é o <strong>do</strong><br />
BANDEPE, que em fevereiro daquele ano<br />
encontrava-se sob risco <strong>de</strong> Intervenção<br />
Fe<strong>de</strong>ral. Saneadas as suas finanças e,<br />
profisionalizada a sua direção, o Banco<br />
Estadual passou a trabalhar pela maioria.<br />
No Governo anterior, em quatro anos, o<br />
BANDEPE, havia realiza<strong>do</strong>, 38.008<br />
financiamentos a pequenos agricultores.<br />
Em 88, já no Governo Arraes, por<br />
milhares <strong>de</strong> pequenos agricultores. A<br />
SEMENTE triplicou a sua produção <strong>de</strong><br />
sementes, comercializadas com 145.000<br />
pequenos e médios produtores. ao final<br />
<strong>do</strong>s três anos <strong>do</strong> Governo, a CILPE teve a<br />
sua capacida<strong>de</strong> industrial elevada em 51<br />
%, o que sigiificou 180 mil litros <strong>de</strong> leite a<br />
mais no merca<strong>do</strong> por dia. O LAFEPE,<br />
recebi<strong>do</strong> como património <strong>de</strong>lapida<strong>do</strong>,<br />
dívidas <strong>de</strong> 345 mil dólares, em linha <strong>de</strong><br />
produção estagnada, praticamente<br />
renasceu em 89 já lançava <strong>do</strong>ze novos<br />
medicamentos. Aumentava a sua<br />
produção em 220 % e apresentava um<br />
lucro operacional <strong>de</strong> 1,1 milhão <strong>de</strong><br />
dólares. Nesta política, em relação as<br />
Estatais, a CELPE merece especial<br />
<strong>de</strong>staque, pela dimensão que sua ação<br />
ganhou no Governo Arraes, <strong>de</strong> 1966<br />
quan<strong>do</strong> foi inicia<strong>do</strong> o programa <strong>de</strong><br />
eletrificação rural no Esta<strong>do</strong>, até março<br />
<strong>de</strong> 1987, quan<strong>do</strong> o Governo Arraes tomou<br />
posse, haviam si<strong>do</strong> eletrificadas trinta mil<br />
proprieda<strong>de</strong>s rurais nas diversas regiões.<br />
Uma média <strong>de</strong> um mil e quinhentas por<br />
ano. Em três anos <strong>do</strong> Governo Arraes, a<br />
enegia elétrica chegou a nada menos <strong>do</strong><br />
que 23 mil proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> até <strong>de</strong>z<br />
hectares um recor<strong>de</strong> histórico, que<br />
beneficiou diretamente pequenos<br />
agricultores e produtores <strong>de</strong> alimentos.<br />
Até março <strong>de</strong> 91, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a<br />
programação <strong>de</strong>ixada, esse número irá<br />
chegar a 31 mil proprieda<strong>de</strong>s. Ou seja,<br />
realizar em quatro anos, no setor mais<br />
que os Governos passa<strong>do</strong>s ao<br />
conseguiram fazer em vinte e um anos.<br />
Igual esforço foi empreendi<strong>do</strong> nas<br />
ligações <strong>do</strong>mésticas, em residências <strong>de</strong><br />
baixa renda, a meta era <strong>do</strong>ze mil ligações<br />
por ano, um total <strong>de</strong> trinta e seis mil<br />
ligações em três anos. Mas, no final <strong>do</strong><br />
Governo Arraes, um novo recor<strong>de</strong> foi<br />
alcança<strong>do</strong> quarenta e uma mil ligações<br />
em casas <strong>de</strong> famílias pobres, benefician<strong>do</strong><br />
mais <strong>de</strong> duzentas mil pessoas que<br />
trocaram o can<strong>de</strong>eiro pelo interruptor <strong>de</strong><br />
luz.<br />
Conce<strong>do</strong> o aparte ao Deputa<strong>do</strong> Humberto<br />
Barradas.<br />
O Sr. Humberto Barradas - Meu caro<br />
amigo Deputa<strong>do</strong> Marcus Cunha, V. Exa.,<br />
me <strong>de</strong>ixa satisfeito e feliz na tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> hoje<br />
começo <strong>de</strong> noite, quan<strong>do</strong> vem a Tribuna<br />
<strong>de</strong>sta Casa, fazer uma narrativa das<br />
realizações <strong>do</strong> Governo Arraes, e o<br />
Deputa<strong>do</strong> Humberto Barradas, que foi<br />
Vice-Lí<strong>de</strong>r <strong>do</strong> Governo <strong>de</strong> Dr. Arraes,<br />
consequentemente li<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> <strong>do</strong> meu li<strong>de</strong>r<br />
Marcus Cunha, não po<strong>de</strong>ria nesse<br />
momento, <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> parábenizá-lo por<br />
<strong>do</strong>is gran<strong>de</strong>s motivos, primeiro lugar que<br />
vejo V.Exa., novamente na Tribuna da<br />
Casa, dan<strong>do</strong> <strong>de</strong>monstração da sua<br />
competência, e dizen<strong>do</strong> taxativamente
palavras elogiosas, ao Governo Dr.<br />
Arraes.<br />
Em segun<strong>do</strong> lugar Deputa<strong>do</strong> Mlarcus<br />
Cunha, amigo meu não tem <strong>de</strong>feito, e<br />
inimigo quan<strong>do</strong> não tem eu boto, e não<br />
po<strong>de</strong>ria corno amigo <strong>de</strong> Dr. Miguel Arraes,<br />
embora hoje, o la<strong>do</strong> oposto, <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ver<br />
exatamente a essa Tribuna, para dizer<br />
que <strong>do</strong> la<strong>do</strong> <strong>de</strong> cá, e que eu posso dá o<br />
testemunho das qualificações pessoais <strong>do</strong><br />
Governo Miguel Arraes, e gostaria que V.<br />
Exa. soubesse, que me alegra<br />
profundamente, vê-lo repito fazen<strong>do</strong> uma<br />
análise positiva, daquilo que foi o Governo<br />
que nós <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>mos, acho que V. Exa e<br />
eu, pu<strong>de</strong>mos ao apagar das luzes <strong>do</strong><br />
nosso mandato, <strong>de</strong>ixar essa Casa <strong>do</strong><br />
mesmo jeito que entramos, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> as<br />
mesmas coisas e as mesmas idéias que<br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>mos quan<strong>do</strong> aqui chegamos,<br />
muito bom e muito bonito porque mas<br />
uma vez se prova quan<strong>do</strong> as coisas existe<br />
são verda<strong>de</strong>iras palpaveis concretas, não<br />
se precisa usar uma sigla partidária, para,<br />
se dizer que estamos juntos, quero que V.<br />
Exa., saiba, que a distancia que nos<br />
separa, não é mais nem menos <strong>do</strong> que<br />
essa sigla partidária, nós estamos juntos<br />
Deputa<strong>do</strong> Marcus Cunha, porque nós<br />
enten<strong>de</strong>mos, nós po<strong>de</strong>mos na<br />
convivência, po<strong>de</strong>r dizer hoje, quem é o<br />
Governa<strong>do</strong>r Miguel Arraes <strong>de</strong> Alencar em<br />
to<strong>do</strong> canto, em qualquer local, on<strong>de</strong> falar<br />
<strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r Miguel Arraes, estará lá o<br />
Deputa<strong>do</strong> Humberto Barradas, para dizer<br />
que ele é um homem Inteiro, homem<br />
sério, competente e <strong>de</strong> bem, pularia <strong>de</strong><br />
galho para esquecer aquilo tu<strong>do</strong> que pu<strong>de</strong><br />
apren<strong>de</strong>r e que o povo <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong><br />
reconheceu na eleição passada, acho que<br />
V. Exa. mas uma vez trilha pelo caminho<br />
certo, volta V. Exa., a ser aquele<br />
Deputa<strong>do</strong> como ativo e combatente, V.<br />
Exa. que teve algum tempo por traz <strong>do</strong>s<br />
basti<strong>do</strong>res, V. Exa., que tirou umas férias<br />
que reputo merecidas pelo <strong>de</strong>scanço, mas<br />
imerecidas porque a falta <strong>de</strong> V. Exa. foi<br />
sentida, não só pelo Governo Dr. Arraes,<br />
mas principalmente pelos seus<br />
companheiros <strong>de</strong> Casa Parabéns<br />
Deputa<strong>do</strong> Marcus Cunha, V. Exa. continua<br />
sen<strong>do</strong> aquele li<strong>de</strong>r que eu aprendi a<br />
adumirar, parabéns e volte sempre essa<br />
Tribuna para nos brindar com<br />
Pronunciamentos como esse, com<br />
discurso sério e com um análise<br />
simplesmente honesta daquilo que<br />
aconteceu em <strong>Pernambuco</strong> no Governos<br />
<strong>do</strong> eminente homem púbico Miguel<br />
Arraes.<br />
O Sr. MARCUS CUNHA - Deputa<strong>do</strong><br />
Humberto Barradas, muito obriga<strong>do</strong> pelas<br />
palavras <strong>de</strong> V. Exa., palavras que<br />
traduzem realmente o que V. Exa. é<br />
enquanto pessoa humana, um homem<br />
verda<strong>de</strong>iro, um homem sincero, um<br />
homem que não se abate diante das<br />
dificulda<strong>de</strong>s, e uma pessoa que é capaz<br />
<strong>de</strong> mesmo estan<strong>do</strong> hoje, por motivos que<br />
não vale nem apenas, analisar, <strong>do</strong> outro<br />
la<strong>do</strong> V. Exa., é, capaz <strong>de</strong> ver com isenção<br />
e testemunhar com correçao, com retidão,<br />
com honestida<strong>de</strong> o que ocorreu no Esta<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong> durante o três anos e<br />
poucos meses <strong>do</strong> Governo Miguel Arraes<br />
<strong>de</strong> Alencar.<br />
(Lê):<br />
(...) A meta era <strong>de</strong> <strong>12</strong> mil ligações por<br />
anos o total <strong>de</strong> 36 mil ligações em três<br />
anos. Mas no final <strong>do</strong> Governo Miguel<br />
Arraes, um novo recor<strong>de</strong> foi alcança<strong>do</strong>: 41<br />
mil ligaçõeas em casa <strong>de</strong> famílias pobres,<br />
benefician<strong>do</strong> mais <strong>de</strong> 200 mil pessoas que<br />
trocaram o can<strong>de</strong>eiro pelo interruptor <strong>de</strong><br />
luz.<br />
A coerência com as reinvindicações da<br />
maioria, presente no programa <strong>de</strong><br />
eletrificação, também orientou o programa<br />
Cidadão e a ampliação da Assistência<br />
Judiciária <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Nos três anos <strong>do</strong><br />
governo Miguel Arraes, o programa<br />
Cidadão entrgou cerca <strong>de</strong> 1 milhão <strong>de</strong><br />
<strong>do</strong>cumentos a 600 mil pessoas, através<br />
<strong>do</strong> trabalho integra<strong>do</strong> <strong>de</strong> diversas<br />
Secretarias, pessoas que por serem<br />
pobres nunca tinham recebi<strong>do</strong> <strong>do</strong>s órgãos<br />
públicos um <strong>do</strong>cumento, nem mesmo o<br />
registro cívil. Esse apoio à cidadania foi<br />
amplia<strong>do</strong> com a recuperação da<br />
Assistência Judiciária, em um trabalho<br />
que envolveu 500 advoga<strong>do</strong>s e, em três<br />
anos, assegurou a cerca <strong>de</strong> 250 mil<br />
pessoas pobres o direito à <strong>de</strong>fesa na<br />
Justiça.<br />
Na área <strong>de</strong> habitação, os direitos da
maioria foram igualmente respeita<strong>do</strong>s.<br />
Enfrentan<strong>do</strong> un déficit habitacional <strong>de</strong> 500<br />
mil residências e o corte drástico <strong>de</strong><br />
verbas fe<strong>de</strong>rais para o setor o Governo<br />
Miguel Arraes investiu em programas<br />
habitacionais alternativo, que<br />
benefeciaram meio milhão <strong>de</strong> pessoas.<br />
Como o Banco da Construção, que atuou<br />
em 260 favelas, baratean<strong>do</strong> em 60 % os<br />
custos da casa própria construída em<br />
mutirão. O programa <strong>de</strong> urbanização <strong>de</strong><br />
favelas e a regulamentação da posse <strong>de</strong><br />
áreas ocupadas há décadas pelo povo,<br />
sob constante pressão <strong>de</strong> ações judiciais<br />
e violência por parte <strong>do</strong>s latifundiários<br />
urbanos. O governo Arraes também <strong>de</strong>u<br />
fim ao apadrinhamento político na entrega<br />
<strong>de</strong> casas e apartamentos da Cohab,<br />
realizan<strong>do</strong> o primeiro recadastramento <strong>de</strong><br />
mutuários <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>.<br />
Na educação pública, a priorida<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />
Governo Miguel Arraes foi o cambate ao<br />
analfabetismo, um <strong>de</strong>safio gigantesco. As<br />
escolas estaduais receberam, por ano<br />
cerca <strong>de</strong> um milhão <strong>de</strong> crianças, e 25 mil<br />
adultos apren<strong>de</strong>ram a ler e a escrever nos<br />
“círculos <strong>de</strong> educação e cultura”. Pela<br />
primeira vez na história <strong>de</strong> ensino público<br />
<strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, 100 % das crianças<br />
matriculadas nas escolas estaduais<br />
apren<strong>de</strong>ram os mecanismos da<br />
alfabetização e 80 % foram alfabetiza<strong>do</strong>s,<br />
estrutura física e <strong>de</strong> equipamentos das<br />
escolas, recebi<strong>do</strong>s em péssimas<br />
condições pelo Governo Miguel Arraes, foi<br />
permanentemente restaurada.<br />
Levantamento realiza<strong>do</strong> em março <strong>de</strong><br />
1987 i<strong>de</strong>ntificou 1.015 escolas sem as<br />
mínimas condições <strong>de</strong> funcionamento.<br />
Mesmoa com a queda abrupta das<br />
tranferências <strong>de</strong> recursos pelo Ministério<br />
da Educação, o governo Miguel Arraes,<br />
nos três anos, reformou, ampliou e<br />
construiu 917 escolas, equipada com 238<br />
mil novas carteiras. Em três anos, foram<br />
distribuí<strong>do</strong>s com os alunos mais <strong>de</strong> 5<br />
milhões <strong>de</strong> livros didáticos e 3 milhões <strong>de</strong><br />
módulos <strong>de</strong> equipamentos escolares.<br />
Na área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, <strong>Pernambuco</strong> foi um<br />
<strong>do</strong>s primeiros Esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> País a erradicar<br />
a poliomelite, com resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> ação<br />
preventiva constante ao longo <strong>de</strong> três<br />
anos e <strong>do</strong> trabalho <strong>de</strong> 20 mil voluntários<br />
nas campanhas <strong>de</strong> vacinação. Em 1986,<br />
no final <strong>do</strong> governo anterior, <strong>Pernambuco</strong><br />
batera um triste recor<strong>de</strong>: 79 criança foram<br />
vitimadas pela paralisia infantil. Um<br />
número duas vezes superior ao <strong>de</strong> 1985 e<br />
quase 9 vezes maior <strong>do</strong> que os 9 casos<br />
constata<strong>do</strong>s em 1984. A Secretaria <strong>de</strong><br />
Saú<strong>de</strong> no governo Arraes enfrentou esse<br />
<strong>de</strong>safio como priorida<strong>de</strong>. Em 1987, o<br />
número <strong>de</strong> casos já havia caí<strong>do</strong> para 35.<br />
Em 1988, foram registra<strong>do</strong>s apenas 14 e,<br />
finalmente, em 1989, nenhum caso foi<br />
confirma<strong>do</strong>. Um marco histórico <strong>do</strong><br />
governo Miguel Arraes A pólio estava sob<br />
total controle em <strong>Pernambuco</strong>, antes <strong>do</strong>s<br />
prazos fixa<strong>do</strong>s pelo Ministério da Saú<strong>de</strong>.<br />
Ao assumir o Governo Miguel Arraes não<br />
encontrou um só lote industrial no Esta<strong>do</strong>.<br />
Pois bem! Ampliou os Distritos Industriais<br />
<strong>de</strong> Petrolina, Garanhuns, Caruaru e Belo<br />
Jardim - que estavam esgota<strong>do</strong>s.<br />
No governo Arraes não se permitiu o<br />
fechamento <strong>de</strong> um única gran<strong>de</strong> indústria<br />
em <strong>Pernambuco</strong>, e o Esta<strong>do</strong> retomou a<br />
li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> Projetos na Su<strong>de</strong>ne,<br />
multiplican<strong>do</strong> por 4 o número <strong>de</strong> Cartas<br />
Consulta - o que <strong>de</strong>monstra o crescimento<br />
<strong>do</strong> interesse <strong>do</strong>s empresários em investir<br />
em nossa terra.<br />
O Centro <strong>de</strong> Convenções, antes <strong>de</strong><br />
março/1987, era <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> as famosas<br />
feiras da Alcântara Macha<strong>do</strong> - <strong>do</strong> Sul <strong>do</strong><br />
País - que recebia subsídios passaram a<br />
ser da<strong>do</strong>s às empresas pernambucanas -<br />
em cerca<strong>de</strong> 50 % - para participarem <strong>de</strong><br />
feiras no Esta<strong>do</strong>, no Nor<strong>de</strong>ste e até no<br />
exterior. Maios <strong>de</strong> 3 mil indústrias <strong>de</strong><br />
confecções, couro, calça<strong>do</strong>, móveis e<br />
reparação <strong>de</strong> veículos. Foram subsidia<strong>do</strong>s<br />
o que evitou que o setor <strong>de</strong> confecções<br />
quebrasse aqui no Esta<strong>do</strong>, permitin<strong>do</strong>, ao<br />
contrário, o seu crescimento.<br />
Várias fabricas foram implantadas na área<br />
<strong>de</strong> Suape como a Bung-Born - Conjunto<br />
industrial com investimento <strong>de</strong> 40 milhões<br />
<strong>de</strong> dólares, refinação <strong>de</strong> Milho <strong>do</strong> Brasil<br />
em Garanhuns representan<strong>do</strong> um<br />
investimento inicial <strong>de</strong> 16 milhões <strong>de</strong><br />
dólares. E mais a Suape Textil, a Inducon,<br />
a CIPESA em Jaboatão, etc...<br />
Este discurso, Senhores Deputa<strong>do</strong>s, o<br />
último proferimos na presente legislatura,<br />
nós <strong>de</strong>sejamos que seja um <strong>do</strong>cumento<br />
ainda que supeficial, <strong>de</strong> que foi o governo<br />
<strong>de</strong> Miguel Arraes.
O Sr. PRESIDENTE - Com a palavra o<br />
Deputa<strong>do</strong> José Aglailson.<br />
O Sr. JOSÉ AGLAILSON - Sr.<br />
Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Deputa<strong>do</strong>s.<br />
(Lê):<br />
Infelizmente a <strong>de</strong>spedida é cruel, mas<br />
acontece entre os homens, uns partem<br />
para sempre e outros não se per<strong>de</strong>m no<br />
caminho da volta.<br />
Esta Sessão é uma das últimas <strong>de</strong>ste<br />
perío<strong>do</strong> Legislativo, que também é o<br />
último <strong>de</strong>ste mandato ; sei que muito <strong>do</strong>s<br />
nossos colegas vão se <strong>de</strong>dicar a política<br />
em suas bases e outros encerram aqui a<br />
vida pública. To<strong>do</strong>s cumpriram seu <strong>de</strong>ver,<br />
uns <strong>de</strong>sempenharam seu mandato como<br />
verda<strong>de</strong>iros professores, outros, porém<br />
como eternos alunos, mas o objetivo <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o povo e as instituições<br />
<strong>de</strong>mocráticas é o conforto e até mais <strong>do</strong><br />
que isto, é o sentimento <strong>do</strong> <strong>de</strong>ver<br />
cumpri<strong>do</strong>, <strong>de</strong> bem representar seus<br />
eleitores e Ter <strong>de</strong>fendi<strong>do</strong> o seu Esta<strong>do</strong>.<br />
Relembremos:<br />
- 1987 - iniciávamos uma nova batalha.<br />
Uns, primeiro mandato, outros a<br />
renovação <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> mandatos.<br />
- José Áureo Bradley, o menino <strong>de</strong><br />
Arcover<strong>de</strong>, levantan<strong>do</strong> sua voz para<br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o Governo que se iniciava<br />
“Arraes, a esperança <strong>de</strong> um povo, que<br />
<strong>Pernambuco</strong> soube julgar o seu trabalho.”<br />
- José Humberto, representan<strong>do</strong> Limoeiro<br />
com sua voz firme e eloqüente, teve<br />
coerência como o princípio nortea<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
suas ações.<br />
- Luiz Epaminondas (Luizinho), com<br />
palavras simples soube dizer que veio,<br />
com garbo soube <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r seu povo e<br />
sua gente.<br />
- Arthur Correia (Arturzinho), companheiro<br />
<strong>do</strong> meu irmão no colégio da oposição, que<br />
com sabe<strong>do</strong>ria soube fazer distinção entre<br />
o certo e o erra<strong>do</strong>.<br />
- Joel <strong>de</strong> Hollanda, exemplo <strong>de</strong> cultura e<br />
dignida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>fensor ar<strong>do</strong>roso <strong>do</strong>s<br />
professores <strong>de</strong>ste Esta<strong>do</strong>, classe esta que<br />
ao Deputa<strong>do</strong> Joel <strong>de</strong>ve muito <strong>do</strong> que foi<br />
feito neste mandato.<br />
- Murilo Paraíso, homem prepara<strong>do</strong>, sábio<br />
e inteligente, que não se poupou em<br />
questionar o Governo Arares, mas<br />
<strong>de</strong>vemos <strong>de</strong>stacar que os meus<br />
questionamentos da relação governopovo.<br />
- A<strong>do</strong>lfo José, expressivo, falan<strong>do</strong> manso,<br />
mas sempre procuran<strong>do</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os<br />
interesses <strong>de</strong> sua terra, Caruaru. A capital<br />
<strong>do</strong> Agreste teve um Deputa<strong>do</strong> atuan<strong>do</strong><br />
que em muito enriqueceu seu povo, sua<br />
gente.<br />
- Roberto Fontes, irrequieto, saiu <strong>do</strong><br />
Governo que iniciaria para entrar nas<br />
trincheiras da oposição porque o que<br />
pensava era participar intensamente das<br />
ações <strong>do</strong> Governo, com uma forma <strong>de</strong><br />
brincar com a sua bancada os louros <strong>de</strong><br />
uma vitória brilhante e esmaga<strong>do</strong>ra.<br />
Entretanto, valeu a pena sua mudança,<br />
continuou combativo, autêntico e hoje é o<br />
Vice-Governa<strong>do</strong>r eleito <strong>do</strong> nosso Esta<strong>do</strong>.<br />
- Fernan<strong>do</strong> Pessoa, sua lealda<strong>de</strong> e<br />
competência são os marcos <strong>de</strong> seu<br />
mandato. Esta casa sentirá sua falta e o<br />
povo per<strong>de</strong>u um gran<strong>de</strong> representante.<br />
- José Amorim, homem combativo, que<br />
sempre honrou os que nele confiaram seu<br />
voto, <strong>de</strong>ixa esta Casa tranqüilo, porque,<br />
aqui soube se portar com dignida<strong>de</strong>.<br />
- José Liberato, tantos mandatos, tantas<br />
lutas, José Liberato e o povo <strong>de</strong> Caruaru<br />
já se confun<strong>de</strong>m, pois a história <strong>de</strong>ste<br />
povo está sen<strong>do</strong> escrita pelas ações <strong>de</strong>ste<br />
nobre Deputa<strong>do</strong>.<br />
- Lúcia Heráclio, digna representante da<br />
mulher pernambucana, voz firme e<br />
eloqüente que buscou em cada<br />
pronunciamento a re<strong>de</strong>nção da sua gente.<br />
- Manoel Alves, sentiremos sua falta e<br />
mais <strong>do</strong> que sua região per<strong>de</strong>u não<br />
somente um <strong>de</strong>fensor, mas o incansável o<br />
imbatível representante.<br />
- Marcas Cunha, <strong>Pernambuco</strong> fica com a<br />
lacuna no seu cenário político, pois além<br />
<strong>de</strong> suas ações parlamentares, brilhou<br />
como Relator da constituição <strong>de</strong>ste<br />
Esta<strong>do</strong>.<br />
- Manoel Luna, apren<strong>de</strong>mos muito com<br />
seus ensinamentos. Homem sério e<br />
simples, com quem aprendi que a<br />
humilda<strong>de</strong> supera tu<strong>do</strong> e to<strong>do</strong>s.<br />
- João Lyra, exemplo <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação em<br />
<strong>de</strong>fesa <strong>do</strong> seu povo, o agreste per<strong>de</strong>u um<br />
<strong>do</strong>s seus lí<strong>de</strong>res, <strong>do</strong>s seus mais legitimo
epresentantes, mas mesmo sem<br />
mandato continuará nesta Região.<br />
- Osval<strong>do</strong> Rabelo, não somente esta<br />
Casa, mas também <strong>Pernambuco</strong> tem<br />
muito <strong>do</strong>s seus feitos, sentiremos sua<br />
falta, embora tenhamos entre nós, o seu<br />
mais digno representante, Osvaldinho.<br />
- Paulo Guerra, oriun<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma escola<br />
política séria e das mais competentes<br />
<strong>de</strong>ste Esta<strong>do</strong>, nesta <strong>de</strong>spedida quero<br />
homenagear o sau<strong>do</strong>so governa<strong>do</strong>r Paulo<br />
Guerra.<br />
- Ranilson Ramos, sua atuação não será<br />
esquecida, o São Francisco resgatará em<br />
outras oportunida<strong>de</strong>s o muito que o ilustre<br />
Deputa<strong>do</strong> realizou pôr aquela Região:<br />
- Sérgio Guerra, sua escalada política é o<br />
reconhecimento <strong>do</strong> povo pernambucano,<br />
no Congresso Nacional <strong>Pernambuco</strong><br />
ganha uma voz forte e <strong>de</strong>stemida que<br />
saberá <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r seus reais interesses.<br />
- Vital Novaes, o trabalho <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong><br />
pôr V. Exa. por mais <strong>de</strong> duas décadas em<br />
muito contribuía para o engran<strong>de</strong>cimento<br />
da sua Região. Nesta Casa os Cargos<br />
ocupa<strong>do</strong>s sempre foram exerci<strong>do</strong>s com<br />
sabe<strong>do</strong>ria e serieda<strong>de</strong> sinceramente<br />
sentimos sua falta.<br />
- Almeida Filho, quantas vezes nos<br />
juntamos para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r este Esta<strong>do</strong>,<br />
agora você em outras plagas continuará<br />
soman<strong>do</strong> suas ações comigo, buscan<strong>do</strong><br />
cada vez mais o fortalecimento e o<br />
engran<strong>de</strong>cimento <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>.<br />
- Álvaro Ribeiro, Olinda soube eleger o<br />
seu Deputa<strong>do</strong> Estadual que aqui não<br />
poupou esforços para <strong>de</strong>fendê-lo agora,<br />
em Brasília, tenho certeza que continuará<br />
com o povo mesmo propósito.<br />
- Argemiro Pereira, a nossa convivência<br />
nesta Casa <strong>de</strong> Joaquim Nabuco me<br />
permitiu apren<strong>de</strong>r com o nobre<br />
representante da Serra Talhada que a<br />
política se faz com serieda<strong>de</strong>, honestida<strong>de</strong><br />
e honra<strong>de</strong>z.<br />
- Clo<strong>do</strong>al<strong>do</strong> Torres, seus mandatos foram<br />
coroa<strong>do</strong>s agora com a Presidência <strong>de</strong>sta<br />
Casa. O Po<strong>de</strong>r Legislativo <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong><br />
<strong>de</strong>u um <strong>do</strong>s exemplos ímpares neste País,<br />
austerida<strong>de</strong> foi a tônica <strong>de</strong> sua<br />
Presidência.<br />
- Geral<strong>do</strong> Pinho Alves, jovem, impulsivo,<br />
que buscou durante seu mandato, através<br />
<strong>de</strong> suas brilhantes situações <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os<br />
interesses <strong>do</strong> povo <strong>de</strong> Paulista,<br />
respalda<strong>do</strong> no Dr. Geral<strong>do</strong>, que com<br />
certeza foi seu mestre maior.<br />
- Gilvan Coriolano, Ouricuri para esta<br />
Assembléia seu representante, que hoje<br />
embora não reeleito tem o sentimento <strong>do</strong><br />
<strong>de</strong>ver cumpri<strong>do</strong>.<br />
- Humberto Barradas, Jaboatão já<br />
reconheceu que per<strong>de</strong>u um gran<strong>de</strong><br />
representante, e nos, seus pares, também<br />
o reconhecimento. Entretanto esperamos<br />
nos reencontrar outras vezes neste<br />
Plenário.<br />
- Inal<strong>do</strong> Lima, seus exemplos contribuíram<br />
da maneira significativa para o<br />
engran<strong>de</strong>cimento <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s nós Médicos,<br />
pastor <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s firmes e coerente.<br />
Mas ouço, com gran<strong>de</strong> prazer, a palavra<br />
<strong>do</strong> ilustre e bravo Deputa<strong>do</strong> Humberto<br />
Barradas.<br />
O Sr. Humberto Barradas - Meu caro<br />
amigo José Aglailson, V.Exa. teve a rara<br />
felicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lembrar, agora, neste<br />
momento, <strong>do</strong> ilustre parlamentares que<br />
passaram pôr esta casa, alguns que como<br />
V.Exa. continuarão. E eu, ali, senta<strong>do</strong><br />
observan<strong>do</strong> V. Exa. via e, imaginava se<br />
nós não conhecêssemos como<br />
conhecemos V.Exa. e ou outros pares<br />
<strong>de</strong>sta Casa, nós diríamos que valor só<br />
tem o Deputa<strong>do</strong> no dia que per<strong>de</strong> a<br />
eleição o vai embora. Mas como nós<br />
sabemos que as palavras ditas por V.Exa.<br />
e por outros companheiros vêm <strong>do</strong> fun<strong>do</strong><br />
da alma, <strong>do</strong> fun<strong>do</strong> <strong>do</strong> Coração, só nos<br />
resta vir a esta Tribuna agra<strong>de</strong>cer a<br />
V.Exa. e, bonda<strong>de</strong>, a atenção que teve<br />
com este Deputa<strong>do</strong> que se <strong>de</strong>spe<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta<br />
Casa.<br />
Eu queria que V.Exa. soubesse que é,<br />
realmente, um momento <strong>de</strong> muita emoção<br />
para, to<strong>do</strong>s nós que ouvimos <strong>de</strong> V.Exa.,<br />
exatamente, aquilo que poucos fizeram<br />
nesta Casa: homenagear aquelas que<br />
partem, aqueles que vão embora.<br />
Neste momento eu quero me incorporar a<br />
V.Exa. no seu dia - curso para que juntos<br />
possamos homenagear aqueles<br />
conpanheiros que como eu não tiveram a<br />
feliz sorte <strong>de</strong> permanecer nesta Casa<br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> o povo <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>.<br />
Embora, temos a obrigação <strong>de</strong> fazê-lo fora
<strong>de</strong>la.<br />
Parabéns, Deputa<strong>do</strong>, pela feliz<br />
oportunida<strong>de</strong>.<br />
O Sr. JOSÉ AGLAILSON - Registro, com<br />
prazer, o aparte <strong>de</strong> V.Exa., Deputa<strong>do</strong> o<br />
que eu faço, aqui, na tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> hoje é,<br />
apenas, justiça e justiça.<br />
(Lê):<br />
- João Coelho, mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> lí<strong>de</strong>r adivinha<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong> cargo que aqui, na Capital, soube<br />
conquistar os menos favoreci<strong>do</strong>s e que<br />
temos certeza que embora fora <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r<br />
Legislativo continuará na mesma luta em<br />
<strong>de</strong>fesa <strong>do</strong>s mais necessita<strong>do</strong>s.<br />
- Maviael Cavalcanti, antigo <strong>de</strong> todas as<br />
horas, que aproveitou <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os<br />
momentos que esta casa lhe ofereceu<br />
para buscar o crescimento <strong>de</strong><br />
<strong>Pernambuco</strong> sen<strong>do</strong> única forma <strong>de</strong><br />
resgatar a situação da pobreza e míseria<br />
em que vive parte <strong>do</strong> povo<br />
pernambucano: agora, em Brasília, sua<br />
voz terá eco e conseqüentemente mais<br />
ressonância.<br />
Pôr fim Sr. Presi<strong>de</strong>nte e Srs. Deputa<strong>do</strong>s<br />
que nesse instante posto a minha justa<br />
homenagem, oportunida<strong>de</strong> em que, <strong>de</strong><br />
coração lamento não continuar nesta<br />
Casa ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong>s companheiros que<br />
acabei acabei <strong>de</strong> saudar.<br />
Este seu irmãozinho aqui permanecerá da<br />
mesma forma como sempre os acolheu. O<br />
meu gabinete será o seu gabinete, a<br />
minha voz po<strong>de</strong>rá ser a sua voz, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
que assim <strong>de</strong>sejares.<br />
Era só isto Sr. Presi<strong>de</strong>nte a to<strong>do</strong>s um<br />
Natal completo <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong>s, que o<br />
Salva<strong>do</strong>r resnasça verda<strong>de</strong>ira, completo<br />
<strong>de</strong> felicida<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>iramente no coração<br />
<strong>de</strong> cada um <strong>de</strong> nós e que a lição maior <strong>do</strong><br />
Cristo “AMOR” - seja nossa prática <strong>do</strong> ano<br />
vira<strong>do</strong>uro.<br />
Muito obriga<strong>do</strong> Sr. Presi<strong>de</strong>nte Srs.<br />
Deputa<strong>do</strong>s.<br />
O Sr. PRESIDENTE - Nao haven<strong>do</strong> mais<br />
ora<strong>do</strong>res inscritos, passamos à Or<strong>de</strong>m <strong>do</strong><br />
Dia.<br />
(Em votacão, é aprova<strong>do</strong> em Segun<strong>do</strong><br />
Turno o Projeto Nº 718. Em Discussão<br />
Única é aprova<strong>do</strong> a Indicação Nº 4329).<br />
O Sr. PRESIDENTE - Em discussão a<br />
Indicação nº 4330.<br />
Com a palavra o Deputa<strong>do</strong> Nilton<br />
Carneiro.<br />
O Sr. NILTON CARNEIRO - Sr.<br />
Presi<strong>de</strong>nte, estou aqui para lamentar a<br />
mensagem sobre o Tribunal <strong>de</strong> Contas<br />
que está fora <strong>de</strong> cogitação na atual<br />
legislatura.<br />
Outro fato que merecia <strong>de</strong>ixar aqui<br />
registra<strong>do</strong>, é a criação <strong>de</strong> Municípios.<br />
Passamos o ano to<strong>do</strong> e não veio a<br />
Plenário a solução para a criaçao <strong>de</strong><br />
novos Municípios em <strong>Pernambuco</strong>. Tem<br />
quase cem Distritos em condições <strong>de</strong><br />
serem emancipa<strong>do</strong>s, Sr. Presi<strong>de</strong>nte.<br />
O Deputa<strong>do</strong> Roldão Joaquim, além <strong>de</strong> ser<br />
um Deputa<strong>do</strong>, é, também, Delega<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
Polícia. Ele sabe que nesse Posto Nossa<br />
Senhora, <strong>de</strong> Lour<strong>de</strong>s, na Avenida General<br />
Manoel Rabelo, em Sucupira tem, a<br />
cinqüeta metros <strong>de</strong> distância, urn posto da<br />
Polícia Ro<strong>do</strong>viária que funciona noite e<br />
dia. Se lá não tem policiamento, <strong>de</strong>ve-se<br />
acionar os militares que ficam ali<br />
estaciona<strong>do</strong>s para dá segurança aos<br />
mora<strong>do</strong>res, porque é evi<strong>de</strong>nte que<br />
continua faltan<strong>do</strong> policiamento aqui no<br />
Recife e na sua área metropolitana. Até<br />
agora não houve nenhuma alteração, nem<br />
modificação com relação aos planos <strong>de</strong><br />
policiamento, continuan<strong>do</strong> os mesmos<br />
erros. Basta citar aqui o caso da cavalaria<br />
Dias Car<strong>do</strong>so, em San Martins, que <strong>de</strong>ixa<br />
o bairro aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong> e vem policiar no<br />
asfalto, quan<strong>do</strong> aqui não é necessário<br />
cavalos para. policiar e sim viaturas,<br />
porque o cavalo quan<strong>do</strong> veim policiar no<br />
asfalto escorrega. e cai, quebra a canela.<br />
Então, é por isso que o Recife não tem<br />
policiamento, porque os oficiais<br />
encarrega<strong>do</strong>s <strong>de</strong> fazer esse policiamento<br />
no Quartel <strong>do</strong> Derby, no COPOM,<br />
geralmente são homens que têm as suas<br />
casas resgardadas com solda<strong>do</strong>s, como<br />
ocorre na Vila Militar na Avenida General<br />
Abdias <strong>de</strong> Carvalho, on<strong>de</strong> tem quinze<br />
solda<strong>do</strong>s guarnecen<strong>do</strong> cem casa. Os<br />
erros continuam no próprio Quartel <strong>do</strong><br />
Derby. São oficiais que comandam o
policiamento da capital e eles, por si só,<br />
têm a <strong>de</strong>vida segurança. Mas, nós civis<br />
ficamos entregues aos marginais, até<br />
mesmo arriscan<strong>do</strong> ter as nossas<br />
residências invadidas, como ocorre em<br />
San Martins, lugar que tem quatro quartéis<br />
da PM e não há um policiamento lá.<br />
Enquanto eu for Deputa<strong>do</strong>, estarei, aqui,<br />
reclaman<strong>do</strong> revolta<strong>do</strong> o que ocorre no<br />
Recife e <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> especial na área <strong>do</strong>s<br />
quarteis <strong>de</strong> San Martins, on<strong>de</strong> não há<br />
policiamento. O marginal, mata, esfola ,<br />
estrupa e fica zomban<strong>do</strong> da policia,<br />
porque os policiais, ou não querem<br />
trabalhar ou tem me<strong>do</strong> <strong>de</strong> enfrentar os<br />
marginais.<br />
Fica, aqui, o meu protesto, que será o<br />
último que faremos este ano porque no<br />
dia 15 a Assembléia vai fechar para<br />
balanço e não haverá reunião. Então,<br />
quero aproveitar, aqui, ate o ultimo<br />
instante enquanto eu tiver força e andar<br />
normalmente para reclamar a falta <strong>de</strong><br />
policiamento que ocorre no Recife e nos<br />
seus subúrbios.<br />
(Encerrada a Discussão, e esta aprovada.<br />
prosseguin<strong>do</strong>, são aprova<strong>do</strong>s os<br />
Requerimentos <strong>de</strong> n°s 30<strong>12</strong>; 30<strong>13</strong> (este a<br />
unanimida<strong>de</strong>, requerida pelo Deputa<strong>do</strong><br />
Pedro Eurico); 3014 a 3016 (este a<br />
unanimida<strong>de</strong>, requerida pelo Deputa<strong>do</strong><br />
Manoel Ferreira).)<br />
O Sr. PRESIDENTE - Em discussão o<br />
Requerimento nº 3017.<br />
Com a palavra, o Deputa<strong>do</strong> Nilton<br />
Carneiro.<br />
O Sr. NILTON CARNEIRO - Sr.<br />
Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, o Deputa<strong>do</strong><br />
Geral<strong>do</strong> Coselho, voltou no requerimento<br />
<strong>de</strong> pesar não está aqui presente. E<br />
embora, seja o bravo companheiro<br />
Geral<strong>do</strong> Coelho, o legítimo pernambucano<br />
se esqueceu <strong>de</strong> que a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> casa<br />
nova, não é na Bahia, é em <strong>Pernambuco</strong>,<br />
casa nova e uma cida<strong>de</strong> integrada na<br />
Comarca <strong>de</strong> São Francisco. Portanto, e<br />
uma cida<strong>de</strong> pernambucana e não da<br />
Bahia.<br />
Eu vou votar contra o requerimento,<br />
porque o Deputa<strong>do</strong> não está aqui para<br />
fazer alteração. Porque eu não posso <strong>de</strong><br />
forma nenhuma, Deputa<strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte,<br />
sen<strong>do</strong> pernambucano aceitar, e mesmo<br />
que está aceitan<strong>do</strong>, entregar <strong>de</strong> mão<br />
beijada sem um protesto, a Comarca <strong>de</strong><br />
São Francisco na Bahia.<br />
Nós vamos lutar até o fim, essa Comarca<br />
precisa vir para <strong>Pernambuco</strong> o mais<br />
rápi<strong>do</strong> possível e talvez no Governo <strong>de</strong><br />
Collor ainda, vão fazer no próximo ano,<br />
um movimento nesse senti<strong>do</strong>.<br />
(Encerrada a Discussão, a proposição é<br />
aprovada Contra o Voto <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong><br />
Nilton Carneiro. Continuan<strong>do</strong>, são<br />
aprova<strong>do</strong>s o Requerimentos nºs 3018<br />
(Este a unanimida<strong>de</strong>, requerida pelo<br />
Deputa<strong>do</strong> Ferreira Lima Filho); 3019 (este<br />
a unanimida<strong>de</strong>, solicitada pelo Deputa<strong>do</strong><br />
Roldão Joaquim): 3020 (este a<br />
unanimida<strong>de</strong>. requerida pelo Deputa<strong>do</strong><br />
Luiz Epaminondas); e 3021.)<br />
O Sr. PRESIDENTE - Esgotada a Pauta,<br />
a Mesa passa a <strong>de</strong>spachar a matéria que<br />
<strong>de</strong>u entrada no Pequeno Expediente.<br />
(Vão à Publicação as Indicações nºs 4331<br />
a 4333 <strong>de</strong> autoria <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong> Pedro<br />
Eurico; O mesmo ocorren<strong>do</strong> com os<br />
Requerimentos nºs 3022 e 3023 <strong>de</strong><br />
autoria <strong>do</strong>s Srs. Geral<strong>do</strong> Barbosa e<br />
Manoel Ferreira.)<br />
O Sr. PRESIDENTE - Nada mais haven<strong>do</strong><br />
a tratar, encerro a presente Reunião e<br />
convoco outra para amanhã, à hora<br />
regimental, com a seguinte Or<strong>de</strong>m <strong>do</strong> Dia:<br />
Discussão Única <strong>do</strong> Parecer Nº 2210.<br />
Autora: 10ª Comissão.<br />
Oferece Redação Final ao Projeto nº 695,<br />
<strong>de</strong> autoria <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Executivo, que dispõe<br />
sobre a Política Energética Estadual, em<br />
especial sobre o aproveitamento da Ilha<br />
Energética <strong>de</strong> Gravatá e dá outras<br />
providências.<br />
Discussão Única <strong>do</strong> Parecer Nº 2211.<br />
Autora: 10ª Comissão.<br />
Oferece Redação Final ao Projeto nº 718<br />
<strong>de</strong> iniciativa <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong> Men<strong>do</strong>nça Filho,<br />
que estabelece critérios e utilização <strong>do</strong>s<br />
recursos transferi<strong>do</strong>s pela união para o<br />
Esta<strong>do</strong> DE <strong>Pernambuco</strong> para fins <strong>de</strong>
educação.<br />
Discussão Única <strong>do</strong> Parecer Nº 22<strong>12</strong>.<br />
Autora: 10ª Comissão.<br />
Oferece Redação Final ao Projeto nº 853,<br />
<strong>de</strong> autoria <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong> Marcus Cunha,<br />
Presi<strong>de</strong>nte da Comissão <strong>de</strong><br />
Sistematização <strong>Legislativa</strong>, que<br />
regulamenta o Artigo 238 da Constituicão<br />
<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, estabelecen<strong>do</strong> normas para<br />
<strong>de</strong>claração <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> Pública.<br />
Discussão Única <strong>do</strong> Parecer Nº 2214.<br />
Autora: 10ª Comissão.<br />
Oferece Redação Final ao Projeto nº 867,<br />
<strong>de</strong> autoria <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong> Men<strong>do</strong>nça Filho,<br />
que proibe aos estabelecimentos <strong>de</strong><br />
Ensino <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> ou convenia<strong>do</strong>s impedir<br />
o acesso <strong>do</strong> aluno à instituição por motivo<br />
<strong>de</strong> ausência ou irregularida<strong>de</strong> no seu<br />
fardamento.<br />
Discussão Única <strong>do</strong> Parecer Nº 2215.<br />
Autora: 10ª Comissão.<br />
Oferece Redação Final ao Projeto nº 888,<br />
<strong>de</strong> autoria <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong> Pedro Eurico, que<br />
cria o Conselho Estadual <strong>de</strong> Habitação e<br />
dá outras providências.<br />
Discussão Única <strong>do</strong> Parecer Nº 2216.<br />
Autora: 10ª Comissão.<br />
Oferece Redação Final ao Projeto nº<br />
1076, oriun<strong>do</strong> <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Executivo, que<br />
Institui a Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ria <strong>de</strong> Assuntos á<br />
Pessoa Porta<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> Deficiência - CEAD<br />
e dá outras providências.<br />
Discussão Única <strong>do</strong> Parecer Nº 2217.<br />
Autora: 10ª Comissão.<br />
Oferece Redação Final ao Projeto nº<br />
1087, oriun<strong>do</strong> <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Judiciário, que<br />
cria cargos necessários á instalação e<br />
funcionamento <strong>de</strong> juiza<strong>do</strong>s especiais <strong>de</strong><br />
pequenas causas e dá outras<br />
providências.<br />
Discussão Única <strong>do</strong> Parecer Nº 2218.<br />
Autora: 10ª Comissão.<br />
Oferece Redação Final ao Projeto nº<br />
1102, oriun<strong>do</strong> <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Executivo, que<br />
dispõe sobre o Controle da Poluição<br />
Atmosférica no Esta<strong>do</strong>, e dá outras<br />
providências.<br />
Discussão Única <strong>do</strong> Parecer Nº 2219.<br />
Autora: 10ª Comissão.<br />
Oferece Redação Final ao Projeto nº<br />
1108, oriun<strong>do</strong> <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Executivo, que<br />
autoriza o Po<strong>de</strong>r Executivo a transferir,<br />
mediante <strong>do</strong>ação, a COHAB-PE, uma<br />
área <strong>de</strong> terra localizada no Distrito <strong>de</strong><br />
Tamandaré, Município <strong>de</strong> Rio Formoso, e<br />
dá outras providências.<br />
Discussão Única <strong>do</strong> Parecer Nº 2220.<br />
Autora: 10ª Comissão.<br />
Oferece Redação Final ao Projeto nº<br />
1110, oriun<strong>do</strong> <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Executivo, que<br />
estabelece normas sobre consulta em<br />
matéria tributária, <strong>de</strong>fine a base <strong>de</strong> cálculo<br />
<strong>do</strong> ICMS inci<strong>de</strong>nte sobre o fornecimento<br />
<strong>de</strong> alimentação, bebidas e outras<br />
merca<strong>do</strong>rias em restaurantes, bares,<br />
cafés e estabelecimentos similares, e dá<br />
outras providências.<br />
Segunda Discussão <strong>do</strong> Projeto Nº 1069.<br />
Autor: Po<strong>de</strong>r Executivo.<br />
Suspen<strong>de</strong> o reajuste mensal automático<br />
<strong>do</strong>s valores <strong>de</strong> remuneração <strong>do</strong>s Cargos<br />
Comissiona<strong>do</strong>s CCS e CCI, da<br />
Administração Direta e os Cargos em<br />
Comissão das Autarquias e Fundações.<br />
Regime <strong>de</strong> Urgência.<br />
Pareceres favoráveis das 1ª, 3ª e 2ª<br />
Comissões.