ANDREA SCHIMMENTI - Programa de Pós-Graduação em Filosofia ...
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3.2.4 Sobre a existência de generalizações não-estritas psicológicas e psicofísicas 99 3.2.5 O conceito de causalidade do agente e o efeito acordeão 102 3.3 A PSICOLOGIA NÃO È UMA CIÊNCIA 104 4 ANOMALIA DO MENTAL E MONISMO FISICALISTA 116 4.1 A CRÍTICA AO MONISMO ANÔMALO: UM BREVE PANORAMA 119 4.1.1 Uma crítica ao argumento de Davidson 119 4.1.2 Algumas críticas à tese davidsoniana 121 4.2 O DEBATE ENTRE DAVIDSON E JAEKWON KIM SOBRE A CAUSALIDADE MENTAL NO MONISMO ANÔMALO 124 4.2.1 A critica de Kim ao monismo anômalo 127 4.2.2 A resposta de Davidson a Kim 129 4.2.2.1 Uma primeira estratégia argumentativa de Davidson 130 4.2.2.2 Uma segunda estratégia argumentativa de Davidson 133 4.2.2.2.1 A tese da superveniência 134 4.2.2.2.2 As generalizações nomológicas não estritas 140 4.2.3 Sobre as conclusões de Davidson em relação à eficácia causal do mental no monismo anômalo 143 CONCLUSÃO 151 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 157
INTRODUÇÃO O problema do qual esta dissertação se ocupa concerne ao lugar do mental num mundo compreendido exclusivamente segundo o modelo e as leis das ciências naturais. O tema da pesquisa é o conceito de mental que marcou a inscrição de Donald Davidson no debate contemporâneo, pois ele, no próprio âmbito da tradição naturalista, tenta defender a autonomia da filosofia com relação à ciência, e a anomalia do mental, ou seja, a sua autonomia das leis que são supostas governar os fenômenos físicos. O primeiro capítulo da dissertação trata das concepções naturalistas do mental que, a partir da segunda metade do século XX, tentaram abordar o problema mente-corpo, isto é, tentaram indagar sobre a natureza dos estados mentais, e sobre a relação do mental com o mundo fisico. Há uma forma de naturalismo que postula que só existem coisas e eventos naturais e materiais (cf. PETIT, 1992, p. 296), e que constitui uma forma de fisicalismo, pois se segue, de sua ontologia, que a definição correta do mundo deve expressar as leis da ciência física. A visão de que não há alguma substância imaterial, e o que existe no espaço-tempo são somente partículas materiais, é chamada de “monismo fisicalista”. No âmbito do monismo fisicalista surge uma particular concepção com relação ao problema do mental, segundo a qual as ações e os comportamentos humanos podem ser explicados unicamente em termos químico-físicos (cf. HORGAN, 1994, p. 472). Neste sentido, duas foram as concepções do mental que monopolizaram os debates a partir dos anos sessenta do século XX: o eliminativismo e o reducionismo. Enquanto o eliminativismo defende que os fenômenos mentais devem ser eliminados como tais do vocabulário da ciência, o reducionismo, comparando sistematicamente classes de eventos mentais e classes de estados cerebrais, afirma que cada propriedade mental é idêntica a uma determinada propriedade neurobiológica. A identidade entre propriedades mentais e físicas, 9
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INTRODUÇÃO<br />
O probl<strong>em</strong>a do qual esta dissertação se ocupa concerne ao lugar do<br />
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do mental, ou seja, a sua autonomia das leis que são supostas governar<br />
os fenômenos físicos.<br />
O primeiro capítulo da dissertação trata das concepções naturalistas<br />
do mental que, a partir da segunda meta<strong>de</strong> do século XX, tentaram<br />
abordar o probl<strong>em</strong>a mente-corpo, isto é, tentaram indagar sobre a<br />
natureza dos estados mentais, e sobre a relação do mental com o<br />
mundo fisico.<br />
Há uma forma <strong>de</strong> naturalismo que postula que só exist<strong>em</strong> coisas e<br />
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uma forma <strong>de</strong> fisicalismo, pois se segue, <strong>de</strong> sua ontologia, que a<br />
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unicamente <strong>em</strong> termos químico-físicos (cf. HORGAN, 1994, p. 472).<br />
Neste sentido, duas foram as concepções do mental que<br />
monopolizaram os <strong>de</strong>bates a partir dos anos sessenta do século XX: o<br />
eliminativismo e o reducionismo. Enquanto o eliminativismo <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que<br />
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