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ANDREA SCHIMMENTI - Programa de Pós-Graduação em Filosofia ...

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das explicações que concern<strong>em</strong> aos eventos e aos conteúdos mentais,<br />

pois constitui uma razão para o fato <strong>de</strong> que uma explicação, assim<br />

como o fornecimento <strong>de</strong> razões, se adapta melhor às frases ou às<br />

proposições do que diretamente ao que as frases se refer<strong>em</strong>. Assim,<br />

uma explicação do porque Scott morreu não é necessariamente uma<br />

explicação do porque o autor <strong>de</strong> Waverley morreu (IBID., p.171).<br />

A metafísica mínima <strong>de</strong> Davidson ten<strong>de</strong> a <strong>de</strong>flacionar a ontologia<br />

reducionista, que categoriza o mental através <strong>de</strong> tipos, proprieda<strong>de</strong>s,<br />

classes. Na sua <strong>de</strong>fesa da ontologia monista e da anomalia do mental, o<br />

fisicalismo <strong>de</strong> Davidson nega que possa haver uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> entre<br />

proprieda<strong>de</strong>s mentais e físicas, ou entre tipos <strong>de</strong> estados mentais e<br />

tipos <strong>de</strong> estados físicos, mas afirma a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> entre ocorrências<br />

(tokens), ou seja, entre eventos particulares: todo evento mental é<br />

idêntico a um evento físico (IDEM, 1994, p. 231).<br />

A i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> entre ocorrências permite a redução ontológica<br />

evitando, ao mesmo t<strong>em</strong>po, a redução epist<strong>em</strong>ológica. Davidson não<br />

aceita a existência <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s entre as proprieda<strong>de</strong>s mentais e<br />

físicas, pois esta aceitação equivaleria a admitir a possibilida<strong>de</strong> da<br />

redução epist<strong>em</strong>ologica do mental ao físico, isto é, equivaleria a negar a<br />

tese da anomalia do mental.<br />

2.2 O DUPLO PROJETO DE DAVIDSON<br />

Por acreditar que não exist<strong>em</strong> leis estritas psico-físicas <strong>de</strong> qualquer<br />

tipo (leis-ponte tipo-tipo que expressam i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s entre proprieda<strong>de</strong>s<br />

mentais e físicas, ou leis que colocam <strong>em</strong> relação proprieda<strong>de</strong>s mentais<br />

com distintas proprieda<strong>de</strong>s físicas), Davidson chama a sua posição <strong>de</strong><br />

“monismo anômalo” (cf. DAVIDSON, 1994, p. 231). No monismo<br />

anômalo, a tese monista <strong>de</strong> que os eventos mentais são, baixo outras<br />

<strong>de</strong>scrições, eventos físicos, não po<strong>de</strong> ameaçar, segundo Davidson, a<br />

tese do anomalismo, isto é, a tese <strong>de</strong> que os eventos mentais, enquanto<br />

subsumidos por conceitos s<strong>em</strong>ânticos e intencionais, não po<strong>de</strong>m ser<br />

governados pelas leis estritas da física.<br />

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