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ANDREA SCHIMMENTI - Programa de Pós-Graduação em Filosofia ...

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O probl<strong>em</strong>a da redução, no âmbito do probl<strong>em</strong>a mente-corpo, po<strong>de</strong><br />

ser enunciado do modo seguinte: exist<strong>em</strong> leis psico-físicas que possam<br />

servir <strong>de</strong> leis-ponte? No âmbito do probl<strong>em</strong>a da redução psico-física, as<br />

leis-ponte fornec<strong>em</strong> as ligações cruciais entre proprieda<strong>de</strong>s mentais e<br />

físicas, e constitu<strong>em</strong> por isto um fator crítico no seio do <strong>de</strong>bate sobre a<br />

questão mente-corpo. Portanto, a alegação da anomalia do mental, ou<br />

seja, da ausência <strong>de</strong> leis estritas que regulam o mental, é um argumento<br />

contra a possibilida<strong>de</strong> do reducionismo mente-corpo (cf. KIM, 1996, p.<br />

218).<br />

Afirmar a existência <strong>de</strong> leis psicofísicas é dizer que as leis<br />

neurobiológicas que são supostas governar o organismo humano<br />

governam também os estados e os eventos mentais. O naturalismo<br />

associou frequent<strong>em</strong>ente as conexões nomológicas que efetivam esta<br />

redução interteórica (as leis-ponte), com as teorias da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> entre<br />

as proprieda<strong>de</strong>s mentais e as proprieda<strong>de</strong>s físicas (cf. EVNINE, 1991, p.<br />

59). Isto significa que, no âmbito do probl<strong>em</strong>a mente-corpo, o<br />

naturalismo reducionista geralmente acoplou o monismo ontológico com<br />

o monismo epist<strong>em</strong>ológico, ou seja, associou a redução ontológica com<br />

a redução epist<strong>em</strong>ológica.<br />

Davidson se opõe às várias formas <strong>de</strong> redução epistémica dos<br />

conceitos mentais, seja esta <strong>de</strong> caráter comportamentalista,<br />

neurofisiológico ou funcional. Porém, ele aceita a redução ontológica,<br />

pois “as entida<strong>de</strong>s mentais não acrescentam nada à mobília física do<br />

mundo” (DAVIDSON, 1994, p. 231). A posição <strong>de</strong> Davidson sobre o<br />

mental po<strong>de</strong> ser qualificada <strong>de</strong> “monismo fisicalista”, por <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r que<br />

os estados mentais são eventos, e eventos físicos (IBID.), que faz<strong>em</strong><br />

parte do fluxo causal da natureza. As conexões causais que envolv<strong>em</strong><br />

eventos mentais estão, segundo Davidson, entre os fatos familiares <strong>de</strong><br />

nossa experiência cotidiana (IBID., p. 231-232).<br />

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