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ANDREA SCHIMMENTI - Programa de Pós-Graduação em Filosofia ...

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gama <strong>de</strong> posições fisicalistas, algumas das quais propõ<strong>em</strong> casos mistos<br />

<strong>de</strong> redução parcial e eliminação parcial (IBID., p. 10-11), que não são<br />

objeto <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong>sta dissertação.<br />

1.3.1 Fisicalismo eliminativo e fisicalismo redutivo<br />

Em geral, segundo Stich, a tese do fisicalismo eliminativo proce<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> duas pr<strong>em</strong>issas (cf. STICH, 1994, p. 2; STICH, 1996, p. 1):<br />

1) Pr<strong>em</strong>issa um: as crenças, os <strong>de</strong>sejos, e outras familiares expressões<br />

<strong>de</strong> estados intencionais foram elevados à dignida<strong>de</strong> <strong>de</strong> termos<br />

teoréticos <strong>de</strong> uma teoria <strong>de</strong> senso comum da mente, uma teoria<br />

psicológica largamente difundida, muitas vezes chamada <strong>de</strong><br />

“psicologia do senso comum”, ou “psicologia popular”, que<br />

fundamenta o nosso discurso cotidiano sobre os estados mentais.<br />

2) Pr<strong>em</strong>issa dois: a psicologia popular é uma teoria seriamente errada,<br />

pois muitas das reivindicações que ela faz sobre os estados e<br />

processos dos quais surge o comportamento, são falsas (cf. STICH<br />

& NICHOLS, 1992, p. 2; cf. STICH, 1994, p. 2; STICH, 1996, p. 1).<br />

Destas pr<strong>em</strong>issas, o eliminativismo conclui que as crenças, os <strong>de</strong>sejos<br />

e outros estados mentais intencionais <strong>de</strong> senso comum evocados pela<br />

psicologia popular não po<strong>de</strong>m fazer parte da ontologia <strong>de</strong> uma<br />

psicologia cientifica madura, <strong>de</strong> uma ciência madura que explica como a<br />

mente/cérebro trabalha e produz o comportamento que observamos.<br />

Portanto, os estados intencionais da psicologia <strong>de</strong> senso comum não<br />

exist<strong>em</strong> (IBID.).<br />

A tese eliminativista é assim resumida por Stich:<br />

“…é difícil imaginar uma doutrina mais radical e provocativa: o que o<br />

eliminativismo afirma é que os estados intencionais, aos quais nos referimos nas<br />

nossas <strong>de</strong>scrições e explicações cotidianas das vidas mentais e das ações das<br />

pessoas, são mitos. Como os <strong>de</strong>uses <strong>de</strong> Homero e as bruxas da Ida<strong>de</strong> Media, os<br />

pensamentos, ou as crenças, ou os <strong>de</strong>sejos, ou as esperanças, ou os medos, não<br />

exist<strong>em</strong>. Estes estados putativos são as colocações mal orientadas <strong>de</strong> uma teoria<br />

seriamente errada, como o flogisto e o fluido calórico e o éter luminífero” (cf.<br />

STICH, 1994, p. 1).<br />

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