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ANDREA SCHIMMENTI - Programa de Pós-Graduação em Filosofia ...

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e que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a existência <strong>de</strong> uma única substância, a matéria. O<br />

dualismo das proprieda<strong>de</strong>s supõe que os seres humanos são<br />

substâncias físicas, mas possu<strong>em</strong> proprieda<strong>de</strong>s mentais, e estas<br />

proprieda<strong>de</strong>s são não-físicas, são distintas das proprieda<strong>de</strong>s físicas, e<br />

são características adicionais do mundo, que exist<strong>em</strong> acima e além das<br />

características físicas <strong>de</strong>ste (cf. FRANKISH, 2005, p. 28).<br />

Para um dualista das proprieda<strong>de</strong>s, afirmar que t<strong>em</strong>os proprieda<strong>de</strong>s<br />

mentais não é dizer que possuímos uma “coisa” chamada <strong>de</strong> mente,<br />

mas é simplesmente afirmar que os seres humanos possu<strong>em</strong><br />

proprieda<strong>de</strong>s, capacida<strong>de</strong>s, ou características que po<strong>de</strong>m ser<br />

classificadas por contraste com relação às coisas como as pedras ou as<br />

canetas (cf. KIM, 1996, p 5).<br />

Estas proprieda<strong>de</strong>s são tidas como características da inteligência<br />

consciente, e são consi<strong>de</strong>radas não físicas no sentido <strong>de</strong> que, segundo<br />

os dualistas, jamais po<strong>de</strong>m ser reduzidas ou explicadas exclusivamente<br />

<strong>em</strong> termos dos conceitos das ciências físicas (cf. CHURCHLAND, 2004,<br />

p. 30). Um dualista das proprieda<strong>de</strong>s não precisa aceitar mentessubstância,<br />

mas simplesmente supor que os seres humanos possu<strong>em</strong><br />

características ou proprieda<strong>de</strong>s mentais distintivas, como a <strong>de</strong><br />

experimentar sensações, percepções, <strong>em</strong>oções, como a <strong>de</strong> l<strong>em</strong>brar,<br />

raciocinar, julgar, como a <strong>de</strong> ter consciência <strong>de</strong> algo, como a <strong>de</strong> agir, a<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejar, querer, etc. (cf. ROSENTHAL, 1998, p. 2).<br />

Po<strong>de</strong>mos pensar nas nossas crenças, nos nossos <strong>de</strong>sejos, nas<br />

nossas intenções, ou nas nossas dores, como sendo estados mentais,<br />

ou também como sendo eventos mentais, no sentido <strong>de</strong> que chamamos<br />

<strong>de</strong> “evento” o que r<strong>em</strong>ete a uma mudança <strong>de</strong> um estado mental. Os<br />

eventos e os estados mentais, os quais po<strong>de</strong>m também ser chamados<br />

<strong>de</strong> “fenômenos”, ou <strong>de</strong> “ocorrências” (cf. KIM, 1996, p. 6), po<strong>de</strong>m ser<br />

vistos como proprieda<strong>de</strong>s mentais que atribuímos aos outros assim<br />

como atribuímos proprieda<strong>de</strong>s aos objetos físicos (cf. ENGEL, 2000, p.<br />

99).<br />

mental (cf. KIM, 1996, p. 51). Esta tese negava uma relação causal direta entre o<br />

mental e o físico.<br />

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