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ANDREA SCHIMMENTI - Programa de Pós-Graduação em Filosofia ...

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Kim acredita que, pelo fato <strong>de</strong> que o conceito <strong>de</strong> superveniência <strong>de</strong><br />

Davidson não ameaça a anomalia do mental (pois nega a existência <strong>de</strong><br />

leis estritas psico-físicas), não po<strong>de</strong> garantir, ao mesmo t<strong>em</strong>po, a<br />

eficácia causal das proprieda<strong>de</strong>s e dos tipos mentais. Portanto, a<br />

superveniência não é consistente com o monismo anômalo pois viola<br />

seu primeiro princípio (IBID., p.131-132).<br />

Supor a superveniência è, para Davidson, admitir ao mesmo t<strong>em</strong>po a<br />

eficácia causal do mental e a anomalia do mental. Para Kim, porém, isto<br />

não po<strong>de</strong> ser: se a superveniência sustenta a anomalia do mental, ela<br />

não po<strong>de</strong> implicar eficácia causal do mental. Então, segundo Kim, não<br />

somente as três pr<strong>em</strong>issas do monismo anômalo são inconsistentes<br />

entre si, pois causalida<strong>de</strong> do mental não condiz com anomalia, como<br />

também a noção <strong>de</strong> superveniência que Davidson introduz é<br />

inconsistente com a primeira pr<strong>em</strong>issa do monismo anômalo.<br />

Kim conclui que a noção <strong>de</strong> superveniência é consistente com a sua<br />

idéia <strong>de</strong> que, no monismo anômalo, o mental é um epifenômeno, não<br />

possui eficácia causal. Segundo Kim, para salvar a anomalia do mental,<br />

t<strong>em</strong>os que renunciar à sua eficácia causal no mundo físico. Se não<br />

exist<strong>em</strong> leis estritas psicofísicas, então o mental é causalmente ineficaz.<br />

O monismo anômalo confere ao domínio físico o papel <strong>de</strong> dar forma à<br />

estrutura causal do mundo, mas, segundo Kim, po<strong>de</strong> ser lido no sentido<br />

<strong>de</strong> que a causação física é a única causação que há, e funda todas as<br />

relações causais. Encontrar para o mental um papel causal, no contexto<br />

do monismo anômalo, não é, segundo Kim, tarefa fácil (IBID., p. 132).<br />

4.2.2.2.2 As generalizações nomológicas não estritas<br />

A estratégia argumentativa <strong>de</strong> Davidson inclui não somente a teoria da<br />

superveniência, como também a afirmação da existência <strong>de</strong><br />

generalizações psicofísicas não estritas. Davidson afirma que a eficácia<br />

causal do mental não precisa ser suportada por leis estritas, ou por<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s entre tipos ou proprieda<strong>de</strong>s mentais e físicas: a existência<br />

<strong>de</strong> meras generalizações psicofísicas não estritas, que enunciam<br />

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