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ANDREA SCHIMMENTI - Programa de Pós-Graduação em Filosofia ...

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papel central à extensionalida<strong>de</strong> dos eventos que aparec<strong>em</strong> na relação<br />

causal. Estas duas teses são: a tese da superveniência das<br />

proprieda<strong>de</strong>s mentais sobre as proprieda<strong>de</strong>s físicas, e a tese da<br />

existência <strong>de</strong> generalizações não estritas que po<strong>de</strong>m ser expressas <strong>em</strong><br />

termos mentais (cf. KIM, 2003, p. 127).<br />

4.2.2.2.1 A tese da superveniência<br />

A tese da superveniência 30 , explorada mais amplamente <strong>em</strong><br />

“Thinking Causes” (cf. DAVISON, 1993, p. 186), é introduzida<br />

brev<strong>em</strong>ente por Davidson <strong>em</strong> “Mental Events” (IDEM, 1970b, p. 214),<br />

para suportar seu argumento do monismo anômalo, mostrando que as<br />

proprieda<strong>de</strong>s mentais têm eficácia causal s<strong>em</strong> que haja redução. A tese<br />

da superveniência, <strong>em</strong> Davidson, é uma tese monista e fisicalista, que<br />

contraria a tese da ineficácia causal do mental, mas não implica a<br />

existência <strong>de</strong> leis estritas psicofísicas.<br />

Davidson <strong>de</strong>screve no modo seguinte o conceito <strong>de</strong> superveniência<br />

dos eventos mentais sobre os eventos físicos:<br />

“ainda que a posição que eu <strong>de</strong>screvo nega que existam leis psico-físicas, é<br />

consistente com a visão <strong>de</strong> que as características mentais são <strong>em</strong> algum sentido<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, ou supervenientes, das características físicas. Tal superveniência<br />

po<strong>de</strong>ria ser tomada para significar que não po<strong>de</strong>m existir dois eventos idênticos <strong>em</strong><br />

todos os aspectos físicos, mas diferentes <strong>em</strong> algum aspecto mental, ou que um<br />

objeto não po<strong>de</strong> mudar <strong>em</strong> algum aspecto mental s<strong>em</strong> mudar <strong>em</strong> algum aspecto<br />

físico. Uma <strong>de</strong>pendência ou superveniência <strong>de</strong>ste tipo não implica redução através<br />

<strong>de</strong> leis ou através <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição” (DAVIDSON, 1970b, p. 214).<br />

A superveniência do mental sobre o físico, <strong>em</strong> Davidson, é <strong>em</strong> primeiro<br />

lugar uma tese monista e fisicalista, pois significa que, se dois eventos<br />

são idênticos nas suas proprieda<strong>de</strong>s físicas, <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser idênticos nas<br />

suas proprieda<strong>de</strong>s mentais. Isto é, não po<strong>de</strong>m existir eventos distintos<br />

pelas proprieda<strong>de</strong>s mentais que não po<strong>de</strong>m ser distintos pelas<br />

proprieda<strong>de</strong>s físicas. A conseqüência disto é a <strong>de</strong> que uma mudança<br />

nas proprieda<strong>de</strong>s mentais <strong>de</strong> um evento é s<strong>em</strong>pre acompanhada por<br />

30 Esta dissertação não preten<strong>de</strong> aprofundar as críticas à tese da superveniência.<br />

Sobre a questão, po<strong>de</strong>m ser consultados McLaughlin (1985), Kim (1993b), e Caorsi<br />

(2005).<br />

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