12.04.2013 Views

ANDREA SCHIMMENTI - Programa de Pós-Graduação em Filosofia ...

ANDREA SCHIMMENTI - Programa de Pós-Graduação em Filosofia ...

ANDREA SCHIMMENTI - Programa de Pós-Graduação em Filosofia ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

pois se encontram <strong>em</strong> relações causais que <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser consi<strong>de</strong>radas<br />

extensionalmente. Portanto, a falência das leis psico-físicas não t<strong>em</strong><br />

alguma conseqüência sobre a questão se os eventos mentais e físicos<br />

estão causalmente relacionados. Mesmo se não existiss<strong>em</strong> leis psicofísicas<br />

<strong>de</strong> qualquer tipo (estritas ou não estritas) isto não provaria a<br />

ineficácia causal do mental (cf. DAVIDSON, 1993, p. 194).<br />

4.2.2.2 Uma segunda estratégia argumentativa <strong>de</strong> Davidson<br />

Kim insiste no seguinte ponto: a extensionalida<strong>de</strong> da relação causal<br />

não é aqui uma questão central (cf. KIM, 2003, p. 128). Isto é, segundo<br />

Kim, dizer que a relação causal entre eventos é uma relação que<br />

concerne os eventos tomados extensionalmente, não é suficiente para<br />

po<strong>de</strong>rmos afirmar que existe uma eficácia causal do mental, pois o que<br />

está <strong>em</strong> questão é a eficácia causal das proprieda<strong>de</strong>s ou dos tipos<br />

mentais dos quais são instâncias os eventos que se encontram na<br />

relação causal. Em suma, a eficácia causal do mental <strong>de</strong>ve r<strong>em</strong>eter,<br />

segundo Kim, à existência <strong>de</strong> leis psico-físicas.<br />

Segundo Kim, Davidson concordaria tacitamente com a acusação <strong>de</strong><br />

epifenomenalismo que ele mesmo lhe dirigiu originariamente <strong>em</strong> seu<br />

escrito “The myth of nonreductive materialism” (KIM, 1993), pois<br />

aceitaria a alegação <strong>de</strong> que, para po<strong>de</strong>rmos dizer que ha eficácia<br />

causal, não é suficiente a presença da mera relação <strong>de</strong> causalida<strong>de</strong> que<br />

há entre os eventos tomados extensionalmente (cf. KIM, 2003, p. 127).<br />

Ou seja, Davidson admitiria que, para que se possa dizer que há uma<br />

eficácia causal do mental, é fundamental mostrar que existe uma<br />

relevância causal das proprieda<strong>de</strong>s mentais. Por esta razão Davidson,<br />

<strong>em</strong> “Thinking Causes” (DAVIDSON, 1993), lançaria mão <strong>de</strong> uma<br />

segunda estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa, como um “plano B”, para tentar mostrar<br />

que no monismo anômalo, afinal, as proprieda<strong>de</strong>s mentais não são<br />

causalmente ineficazes. Esta segunda estratégia consistiria <strong>em</strong> reforçar<br />

seu argumento acrescentando duas outras teses à tese que atribui um<br />

133

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!