ANDREA SCHIMMENTI - Programa de Pós-Graduação em Filosofia ...
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pois se encontram <strong>em</strong> relações causais que <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser consi<strong>de</strong>radas<br />
extensionalmente. Portanto, a falência das leis psico-físicas não t<strong>em</strong><br />
alguma conseqüência sobre a questão se os eventos mentais e físicos<br />
estão causalmente relacionados. Mesmo se não existiss<strong>em</strong> leis psicofísicas<br />
<strong>de</strong> qualquer tipo (estritas ou não estritas) isto não provaria a<br />
ineficácia causal do mental (cf. DAVIDSON, 1993, p. 194).<br />
4.2.2.2 Uma segunda estratégia argumentativa <strong>de</strong> Davidson<br />
Kim insiste no seguinte ponto: a extensionalida<strong>de</strong> da relação causal<br />
não é aqui uma questão central (cf. KIM, 2003, p. 128). Isto é, segundo<br />
Kim, dizer que a relação causal entre eventos é uma relação que<br />
concerne os eventos tomados extensionalmente, não é suficiente para<br />
po<strong>de</strong>rmos afirmar que existe uma eficácia causal do mental, pois o que<br />
está <strong>em</strong> questão é a eficácia causal das proprieda<strong>de</strong>s ou dos tipos<br />
mentais dos quais são instâncias os eventos que se encontram na<br />
relação causal. Em suma, a eficácia causal do mental <strong>de</strong>ve r<strong>em</strong>eter,<br />
segundo Kim, à existência <strong>de</strong> leis psico-físicas.<br />
Segundo Kim, Davidson concordaria tacitamente com a acusação <strong>de</strong><br />
epifenomenalismo que ele mesmo lhe dirigiu originariamente <strong>em</strong> seu<br />
escrito “The myth of nonreductive materialism” (KIM, 1993), pois<br />
aceitaria a alegação <strong>de</strong> que, para po<strong>de</strong>rmos dizer que ha eficácia<br />
causal, não é suficiente a presença da mera relação <strong>de</strong> causalida<strong>de</strong> que<br />
há entre os eventos tomados extensionalmente (cf. KIM, 2003, p. 127).<br />
Ou seja, Davidson admitiria que, para que se possa dizer que há uma<br />
eficácia causal do mental, é fundamental mostrar que existe uma<br />
relevância causal das proprieda<strong>de</strong>s mentais. Por esta razão Davidson,<br />
<strong>em</strong> “Thinking Causes” (DAVIDSON, 1993), lançaria mão <strong>de</strong> uma<br />
segunda estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa, como um “plano B”, para tentar mostrar<br />
que no monismo anômalo, afinal, as proprieda<strong>de</strong>s mentais não são<br />
causalmente ineficazes. Esta segunda estratégia consistiria <strong>em</strong> reforçar<br />
seu argumento acrescentando duas outras teses à tese que atribui um<br />
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