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ANDREA SCHIMMENTI - Programa de Pós-Graduação em Filosofia ...

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associar alguma parte fixa do cérebro <strong>de</strong> Art com os critérios do uso <strong>de</strong><br />

uma palavra. Depois <strong>de</strong> ter <strong>de</strong>smontado a máquina, po<strong>de</strong>ríamos<br />

somente dizer o que a máquina faria <strong>em</strong> circunstâncias <strong>de</strong>terminadas,<br />

mas não po<strong>de</strong>ríamos <strong>de</strong>terminar uma lei rígida para o seu<br />

comportamento. É preciso interpretar a estrutura global do<br />

comportamento <strong>de</strong> Art, atribuindo a priori um amplo grau <strong>de</strong> coerência e<br />

racionalida<strong>de</strong>. S<strong>em</strong> esta atribuição não po<strong>de</strong>ríamos atribuir algum<br />

significado. É preciso, também, assumir uma estrutura <strong>de</strong> crenças e<br />

<strong>de</strong>sejos que esteja <strong>em</strong> concordância com a nossa, para ter uma base<br />

para interpretar os <strong>de</strong>sacordos. Todas estas condições não po<strong>de</strong>m ser<br />

formuladas num vocabulário puramente físico, então a psicologia não<br />

po<strong>de</strong> ser reduzida às ciências físicas.<br />

Os argumentos <strong>de</strong> Davidson <strong>de</strong> que a psicologia não po<strong>de</strong> ser uma<br />

ciência são limitados às áreas da psicologia que se refer<strong>em</strong> a atitu<strong>de</strong>s<br />

proposicionais, ou seja, a estados e eventos mentais que exib<strong>em</strong> o<br />

caráter da intencionalida<strong>de</strong>.<br />

Além disso, Davidson afirma, cautelosamente, que “seria <strong>de</strong>sonesto<br />

resumir estas observações dizendo que a psicologia (a parte da qual<br />

nos estamos ocupando) não é uma ciência; a conclusão é mais no<br />

sentido <strong>de</strong> que a psicologia se distingue das outras ciências <strong>de</strong> um<br />

modo importante e interessante” (IDEM, 1974, p. 241). Davidson, ao<br />

colocar a psicologia num plano b<strong>em</strong> diferente <strong>de</strong> todas aquelas ciências<br />

que tomam como mo<strong>de</strong>lo a ciência física, parece pelo menos querer<br />

conce<strong>de</strong>r à psicologia a qualificação <strong>de</strong> “ciência” como título honorífico.<br />

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