I Memorial do ICHS - ICHS/UFOP
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I M e m o r i a l d o I C H S<br />
problemas que enfrentavam os escritores neo-realistas, ou seja, a dificuldade de exprimir a<br />
realidade dentro da dinâmica de suas tensões internas. Para a análise aqui proposta, baseamonos<br />
nos próprios escritos <strong>do</strong> filósofo Antonio Gramsci, bem como em alguns de seus<br />
comentaristas e em críticos literários que fizeram realçar o valor estético e proposistivo <strong>do</strong>s<br />
escritos de Alves Re<strong>do</strong>l, como Álvaro Pina.<br />
Mani Scorza*<br />
Dulce Viana Mindlin**<br />
Mito: Criação e permanência<br />
A inevitabilidade de atender os anseios <strong>do</strong> homem de compreender o mun<strong>do</strong> que o cerca<br />
origina a criação <strong>do</strong>s mitos, formas primordiais de interpretar a realidade, questionan<strong>do</strong> e<br />
simultaneamente interpretan<strong>do</strong> a origem desta. Tais narrativas provêm portanto de<br />
determinada disposição mental, de questionamento e elucidação, que origina por sua vez a<br />
concretização de um pensamento, defini<strong>do</strong> por Ortega como algo que fazemos para saber a<br />
que nos ater, sain<strong>do</strong> da dúvida.<br />
A veemente contraposição entre mito e logos torna-se então questionável, o mito possui um logos<br />
que lhe é peculiar, uma lógica envolta em crenças.<br />
O desenvolvimento desta relativa contraposição, proposta <strong>do</strong> trabalho, dar-se-há basea<strong>do</strong> nas<br />
idéias de Andrè Jolles, Gilberto de Mello Kujawski e Mircea Eliade, ten<strong>do</strong> em vista que a razão e a<br />
história são mutáveis e contestáveis e os mitos permanecem hirtos, pois são arquétipos,<br />
formam o inconsciente coletivo.<br />
O Inicia<strong>do</strong> <strong>do</strong> Vento - O Menino e o Vento: Tradução Fílmica<br />
Fernan<strong>do</strong> Alves Sales 71<br />
Exporemos no seguinte trabalho a análise da tradução <strong>do</strong> conto: “O Inicia<strong>do</strong> <strong>do</strong> Vento”, 1956,<br />
de Aníbal Macha<strong>do</strong>, para o filme: “O Menino e o Vento” 1966, de Carlos Hugo Christiansen.<br />
Os tópicos com que trabalharemos serão “ponto de vista”, “caracterização das personagens”,<br />
“traduções”, “relação enre<strong>do</strong>/trama” e “simbologia”, sen<strong>do</strong> que mais profundamente o<br />
segun<strong>do</strong> e o terceiro tópicos.<br />
A bibliografia que utilizaremos será a seguinte: o conto acima cita<strong>do</strong>, o livro “O Foco<br />
Narrativo”, os textos: “Narrativa Verbal e Narrativa Visual: Possíveis Aproximações”, de Tânia<br />
Pellegrini e: “Do texto ao filme, a cena e a construção <strong>do</strong> olhar no cinema”, de Ismail Xavier,<br />
ambos <strong>do</strong> Literatura, Cinema e Televisão, organiza<strong>do</strong> pela primeira. E alguns dicionários de<br />
simbologia para os significa<strong>do</strong>s simbólicos tanto de vento quanto de cavalo, sen<strong>do</strong> mais<br />
adiante explica<strong>do</strong>s os motivos.<br />
Seguiremos a meto<strong>do</strong>logia de Ismail Xavier e de Tânia Pelegrini, e seus devi<strong>do</strong>s pressupostos<br />
teóricos para tradução fílmica, explicita<strong>do</strong>s mais claramente no decorrer <strong>do</strong> trabalho.<br />
Temos por intenção mostrar o bom trabalho feito pelo cineasta em sua tradução fílmica <strong>do</strong><br />
presente conto.<br />
71 Graduan<strong>do</strong> da Ufop<br />
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