I Memorial do ICHS - ICHS/UFOP

I M e m o r i a l d o I C H S
observadas durante a análise auditiva são as mesmas em termos acústicos. A fim de verificar as
diferenças acústicas existentes entre as variantes postônicas [I, U] e suas correspondentes
tônicas, ambas serão analisadas, pois assim, poderemos traçar um panorama mais específico da
produção dessas vogais. A análise acústica que se encontra em processo inicial está sendo
realizada através do programa de computador PRAAT 4.0.2 de análise da fala, desenvolvido
por Paul Boersma e David Weenink do Departamento de Fonética da Universidade de
Amsterdam, e que pode ser adquirido gratuitamente através da internet. Finalmente, as análises
auditiva e acústica serão cotejadas. Ao comparamos as vogais em contexto às vogais
produzidas isoladamente, percebemos que as primeiras são mais centrais e reduzidas na
qualidade. Sabemos ainda que as vogais átonas, alvo de nosso estudo, estão mais vulneráveis
aos efeitos co-articulatórios, ou seja, tendem a sofrer maiores influências dos demais
segmentos, se comparadas com suas correspondentes tônicas. Assim, buscaremos caracterizar
auditiva e acusticamente as variantes [I, U] a fim de ampliar os conhecimentos a respeito das
vogais do português brasileiro.
O PROGRAMA PRAAT 4.0.2 ©: UMA FERRAMENTA AUXILIAR
NO ENSINO DE FONÉTICA E FONOLOGIA
Adelma L.O. Silva. Araújo 1 (mestranda)
Thaïs Cristófaro Silva 2 (orientadora)
Adriana Silvia Marusso 3 (co-orientadora)
No Brasil, há, segundo Albano (1998), apenas cinco laboratórios de fonética, dois dos quais
estão na UNICAMP, e os três últimos são de propriedade da UFRJ, UFSC e a UFMG,
respectivamente. É fato, portanto, que a maioria dos estudantes de graduação sairá da
universidade sem ter conhecido um instrumento sequer de análise acústica. O custo
elevadíssimo de um laboratório restringe a manipulação dos seus instrumentos somente a
poucos estudantes de pós-gradução e professores pesquisadores. Mas a não disponibilidade de
laboratórios em todas universidades não pode ser um empecilho ao conhecimento, já que
como aliado do ensino de fonética e fonologia está a revolução tecnológica. A disponibilidade
via internet de programas de análise acústica poderá ser um elo que faltava para a descoberta
de como associar a teoria á prática de análise acústica. Respostas a diversas perguntas poderiam
ser encontradas através do uso da tecnologia. Algumas dessas perguntas seriam: quais
ferramentas podem auxiliar o ensino da fonética acústica? Existem programas de acústica de
fácil manipulação? É necessário conhecimento profundo para manipular um programa de
acústica? Como devo proceder para usar um programa deste tipo? Qual será o ganho para o
aluno se a prática (uso do programa) for associada à teoria?
A exposição consistirá da análise da realização fonética pela autora de uma vogal do espectro
vocálico do português brasileiro. Serão descritos a etapas metodológicas realizadas durante a
análise acústica descrevendo-se os passos desde a gravação até aferição dos três primeiros
formantes fornecidos pelo programa Praat 4.2.0 ©. Pretende-se mostrar as vantagens que
seriam obtidas pelos alunos se esses associassem a teoria à prática na análise acústica. A curva
1 Aluna do Programa de Pós-Graduação em Estudos Lingüísticos – FALE/UFMG
2 Profª. Adjunta da Faculdade de Letras da FALE/UFMG
3 Profª. Adjunta do Instituto de Ciências Humanas e Sociais – ICHS/UFOP
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