I Memorial do ICHS - ICHS/UFOP
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I M e m o r i a l d o I C H S<br />
LETRAS<br />
Estratégias argumentativas na política de cotas nas instituições públicas<br />
William Augusto Menezes 63<br />
Gilmar Bueno Santos 64<br />
Fernanda Borges Ferreira 65<br />
Maysa da Pádua Teixeira<br />
A presente comunicação situa-se no campo da Análise <strong>do</strong> Discurso. Ela tem por objeto o<br />
exame de algumas estratégias argumentativas a respeito da questão de se reservar ou não uma<br />
cota de 50% das vagas das Instituições Federais de Educação Superior aos negros, aos índios e<br />
aos par<strong>do</strong>s que tenham cursa<strong>do</strong> integralmente o Ensino Médio em escolas públicas. Esta é,<br />
sabemos, uma proposição legislativa <strong>do</strong> Governo Federal, sob o argumento que a medida<br />
promove uma correção histórica da discriminação racial, contribuin<strong>do</strong> para um acesso<br />
realmente igualitário aos bens públicos, em particular, à educação superior. O assunto<br />
encontra-se na ordem <strong>do</strong> dia das discussões, com manifestações a favor e contra, evidencian<strong>do</strong><br />
uma variedade de discursos no interior da opinião pública, e permitin<strong>do</strong> que os defensores das<br />
diversas posições utilizem estrategicamente determina<strong>do</strong>s procedimentos argumentativos e<br />
valores socialmente partilha<strong>do</strong>s. A partir da Teoria da Argumentação de Ch. Perelman e L.<br />
Olbrechts-Tyteca, a Nova Retórica, concentramos a atenção nas condições básicas para o<br />
início da relação argumentativa, a constituição <strong>do</strong> acor<strong>do</strong> básico entre os ora<strong>do</strong>res e os seus<br />
auditórios, e em saber como se combinam a finalidade persuasiva desta tipologia discursiva e<br />
determina<strong>do</strong>s aspectos legais na formação de novos direitos e deveres. De uma maneira geral,<br />
tais questões podem ser sintetizadas pelo conhecimento acerca da interação entre os campos<br />
normativo e discursivo, no processo de deliberação em curso.<br />
REDUÇÃO DAS VOGAIS POSTÔNICAS [I, U] NO PORTUGUÊS BRASILEIRO:<br />
ANÁLISE AUDITIVA/ACÚSTICA.<br />
Gleice de Andrade Neves 66<br />
Profª. Drª. Adriana S. Marusso<br />
A presente proposta tem o intuito de relatar o desenvolvimento de uma pesquisa em<br />
andamento na Universidade Federal de Ouro Preto que verifica a realização fonética das vogais<br />
postônicas [I, U] no português brasileiro, especificamente da cidade de Belo Horizonte e região<br />
metropolitana. Este estu<strong>do</strong> pretende ainda caracterizar foneticamente tais vogais através de<br />
uma análise auditiva e acústica. Para isso, primeiramente, os da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s de duas informantes<br />
<strong>do</strong> sexo feminino foram submeti<strong>do</strong>s a uma análise auditiva para verificar se o ouvi<strong>do</strong> humano<br />
registra essas variantes postônicas como reduzidas e, portanto, distintas de suas<br />
correspondentes plenas. Com o término dessa etapa podemos perceber que o ouvi<strong>do</strong> humano<br />
identifica diferenças na produção dessas vogais tanto em termos de quantidade quanto de<br />
qualidade vocálica. Assim, partimos para a análise acústica para verificar se essas diferenças<br />
63 Doutor em Estu<strong>do</strong>s Lingüísticos: Análise <strong>do</strong> Discurso. Pesquisa<strong>do</strong>r FAPEMIG-FALE/UFMG.<br />
64 Mestran<strong>do</strong>. POSLIN-FALE/UFMG.<br />
65 Mestranda. POSLIN-FALE/UFMG.<br />
66 Graduanda em Letras pela Universidade Federal de Ouro Preto.<br />
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