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I Memorial do ICHS - ICHS/UFOP

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I M e m o r i a l d o I C H S<br />

conhecimento científico e tecnológico. Por intermédio da participação nas Exposições<br />

Universais de Berlim (1886), Paris (1889), Chicago (1893), Santiago (1894), Saint Louis (1904),<br />

Bruxelas (1910) e Turim (1911), a EMOP contribuiu para a divulgação <strong>do</strong>s recursos minerais<br />

<strong>do</strong> Brasil visan<strong>do</strong> atrair investimentos para o país. Nessas Exposições expunham-se as<br />

inovações <strong>do</strong> capitalismo que se consolidava em escala mundial.<br />

Destaca-se neste contexto a criação da “Sociedade de Geographia Econômica de Minas<br />

Geraes” em 1889 (seu primeiro presidente foi Henri Gorceix) que visava promover a<br />

“industria, o comércio e a imigração na província de Minas Gerais”. Há uma estreita relação<br />

entre a SGE, os engenheiros da EMOP, e a organização e classificação <strong>do</strong>s materiais<br />

recolhi<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s seus sócios para serem envia<strong>do</strong>s para as Exposições Universais visan<strong>do</strong><br />

representar a província de Minas. A análise da posição social e econômica destes sóciosmembros<br />

pode trazer evidências sobre a elite econômica e política que se consoli<strong>do</strong>u em Minas<br />

Gerais entre o final <strong>do</strong> século XIX e início <strong>do</strong> século XX.<br />

MESSIANISMO DA RAZÃO: AS REPRESENTAÇÕES DA UTOPIA<br />

O discurso anarquista nas redes da episteme racionalista<br />

Antônio Luiz Vieira ∗<br />

O artigo analisa a “luta de representações” na formação de um novo imaginário social.<br />

Estabelece correlações entre as representações produzidas pelo discurso anarquista e as<br />

representações produzidas pelo discurso hegemônico das elites intelectuais no Brasil, nas<br />

primeiras décadas <strong>do</strong> século XX. Um “jogo de espelhos” entre representações <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> que<br />

formam redes de forças e estratégias de poder. Trabalhamos com a hipótese de que, não<br />

obstante podermos aproximar o discurso anarquista a uma “razão emancipatória”, o mesmo<br />

acaba por produzir-se como “presa” dentro da episteme racionalista que sustenta os discursos<br />

e as estratégias da ordem burguesa emergente. Negan<strong>do</strong> o capitalismo emergente, o discurso<br />

anarquista afirma a mesma constelação simbólica das elites reforma<strong>do</strong>ras.<br />

Kelly Cristina Nascimento 62<br />

As representações <strong>do</strong> feminino na imprensa mineira<br />

A proposta deste trabalho visa pensar o processo de emancipação das mulheres mineiras entre<br />

o final <strong>do</strong> século XIX e início <strong>do</strong> século XX, passan<strong>do</strong> por uma análise <strong>do</strong> ideal de mulher<br />

difundi<strong>do</strong> pela sociedade. Os estu<strong>do</strong>s historiográficos sobre a família brasileira, salvo<br />

importantes exceções, confirmam a supremacia masculina em relação à mulher no interior <strong>do</strong><br />

quadro social. Durante séculos a mulher foi vista como inferior ao homem e via de regra esta<br />

esteve à mercê de suas decisões. No entanto, não devemos fechar os olhos para as diversas<br />

manifestações contrárias a esta imposição social que muitas mulheres explicitaram em<br />

diferentes regiões <strong>do</strong> Brasil. Importantes pesquisas sobre o tema foram desenvolvidas nas<br />

últimas décadas, no campo da Sociologia, Psicologia, Educação, História dentre outras. A<br />

História das Mulheres constitui-se como um campo específico no interior da História Social e<br />

∗<br />

Mestre em História Social, na linha “Política e Imaginário”, pela Universidade Federal de Uberlândia. Professor da rede municipal de<br />

ensino de Ribeirão Preto – SP.<br />

62<br />

Mestranda em História Social da Cultura pela UFMG.<br />

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