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I Memorial do ICHS - ICHS/UFOP

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I M e m o r i a l d o I C H S<br />

Nossa hipótese inicial, é que na Freguesia de Guarapiranga, caracteristicamente agrícola e<br />

marcada por uma economia de subsistência, havia a presença de um complexo agrário<br />

camponês, que seria marca<strong>do</strong> tanto pela presença de camponeses, quanto pela combinação<br />

com o trabalho escravo, possui<strong>do</strong>res de lógicas distintas da plantation. No entanto, mesmo<br />

frente às alterações políticas <strong>do</strong> perío<strong>do</strong>, estes camponeses, teriam a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> uma postura<br />

marcada pela estabilidade econômico-social, visan<strong>do</strong> a manutenção de seus padrões de vida.<br />

Tal sistema econômico garantiu a sobrevivência da população local, geran<strong>do</strong>, no entanto, uma<br />

estrutura avessa à inovação técnica. O aspecto central para explicar essa situação, está no fato,<br />

de que o campesinato local, foi gera<strong>do</strong> no interior de um sistema escravista, estimulan<strong>do</strong> assim<br />

o desvio de recursos para a aquisição de escravos, e não para a inovação técnica.<br />

Assim, este trabalho contribuirá para que preenchamos um pouco, a lacuna nos estu<strong>do</strong>s<br />

econômicos coloniais, analisan<strong>do</strong>, a conduta de grupos sociais, envolvi<strong>do</strong>s na economia<br />

familiar agrícola.<br />

Índios e caipiras: destribalização indígena e a conquista da fronteira agrícola na Zona<br />

da Mata mineira (1770-1830).<br />

Ricar<strong>do</strong> Batista de Oliveira 46<br />

Este trabalho tem por objetivo investigar o processo de destribalização e redução <strong>do</strong>s<br />

indígenas que habitavam os sertões <strong>do</strong> Leste Mineiro e verificar a relação desse processo para<br />

com a conquista e colonização dessa área, dan<strong>do</strong> atenção especial à região <strong>do</strong> Rio Pomba<br />

como núcleo irradia<strong>do</strong>r da colonização na Zona da Mata mineira entre 1770 e 1830. Destarte<br />

serão feitas considerações sobre o mo<strong>do</strong> de vida indígena nestas localidades: caracteres étnicos<br />

e raciais, organização social, cultura e produção material serão estuda<strong>do</strong>s. Em seguida, serão<br />

analisa<strong>do</strong>s mecanismos destribalizantes de grande importância, dentre os quais, pode-se citar: a<br />

catequese levada pelo Pe. Manoel de Jesus Maria, a ação “civiliza<strong>do</strong>ra” empreendida por Gui<strong>do</strong><br />

Thomaz Marlière e o escambo; sobretu<strong>do</strong>, aquele envolven<strong>do</strong> a cobiçada poaia, (raiz de uso<br />

medicina) há tempos utilizada pelos índios e a aguardente (produto que o branco logo<br />

percebeu ser altamente aprecia<strong>do</strong> pelo índio). Por fim, será verifica<strong>do</strong> o processo de efetivação<br />

da conquista da fronteira agrícola da Zona da Mata mineira: as diversas formas de resistência<br />

indígena, a formação da sociedade na Mata mineira, a incipiente atividade cafeeira e a tentativa<br />

de supressão da identidade indígena. Além de uma bibliografia específica, para a execução <strong>do</strong><br />

trabalho pode-se contar com diverso material primário (fontes diretas): listas nominativas,<br />

registros paroquiais, cartas de <strong>do</strong>ações de sesmarias, petições, processos-crime e determinações<br />

policiais. O suporte meto<strong>do</strong>lógico se dará pelo apoio da história demográfica, numa<br />

perspectiva da história social.<br />

BANDITISMO NAS MINAS COLONIAL: O BANDO DO LENDÁRIO “MÃO DE<br />

LUVA”. ( MACACU: 1783-1786)<br />

Rodrigo Leonar<strong>do</strong> de Sousa Oliveira 1 .<br />

Esse trabalho pretende enfocar a questão da ocupação e exploração econômica ilegal nos<br />

sertões de leste da Mantiqueira, denomina<strong>do</strong> Cachoeira de Macacu. Sen<strong>do</strong> assim, analisaremos<br />

46 Graduan<strong>do</strong> em história pela <strong>UFOP</strong>. Bolsista da FAPEMIG.<br />

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