I Memorial do ICHS - ICHS/UFOP

Isabel Cristina Leite 30
I M e m o r i a l d o I C H S
A presente comunicação se trata de um tema transversal da pesquisa que desenvolvemos sobre
a atuação da esquerda revolucionária na cidade de Belo Horizonte, intitulada “COLINA –
Oposição Armada e Gênero em Belo Horizonte (1967-1969)”. Pretendemos, a partir do
conceito de “Banalidade do Mal”, explicitado por Hannah Arendt, mostrar a aplicabilidade
deste dentro da instituição militar, com todas as suas regras e hierarquia, que usou a tortura
como método de política no período da ditadura ocorrida no Brasil (1964-1985) e ainda
analisar os reflexos deste período e as mudanças ocorridas nesta instituição nos dias atuais.
Quando e como ocorre a Banalidade do mal? Para tanto, embasaremos em trabalhos sobre
memórias de militares dos anos de chumbo e artigos escritos pelos próprios militares hoje,
para a Ouvidoria da Polícia, além de intérpretes de Hannah Arendt, entre os quais destacamos
Christophe Dejours que fala sobre a normopatia , como agravante da banalidade do mal e
Norma Souki que nos dá apontamentos de como o mal começa no plano individual, passa a
atingir grupos até terminar no Estado, além de outros autores.
A IDADE MÉDIA NO ORIENTE. PERSPECTIVAS DE PESQUISA
Celso Taveira 1
A ausência de estudos bizantinos e do Oriente Próximo na Universidade Brasileira resulta num
quadro de perplexidade. Desconhecimento da geografia, de sociedades, das línguas e de uma
história que prima simultaneamente pela alta complexidade, pelo fascínio e por uma
importância que é sistematicamente esquecida. Trata-se de uma história na qual não apenas o
passado e o presente, como também o Ocidente e o Oriente se encontram, mas tal encontro
infelizmente torna-se condicionado por uma abrumador desconhecimento em nosso meio
acadêmico. A lenta mas contínua iniciativa do estudo da história bizantina no Departamento
de História do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da UFOP pretende despertar, e
efetivamente vem despertando, o interesse dos estudantes, procurando assim criar
pesquisadores numa área de conhecimento tão importante quanto desconhecida no Brasil.
O “REGIME DE THEMATA” EM BIZÂNCIO: ECONOMIA AGRÁRIA,
SOCIEDADE E MILITARIZAÇÃO. 31
Rafael Mansano Dalbon
Prof. Dr. Celso Taveira (orientador)
O Império Bizantino no século VII apresenta-se diante de uma série de problemas
administrativos acarretados pelas invasões: uma economia exaurida pelo pagamento de
tributos, forte pressão fiscal sobre a população, um território bastante retraído e um exército
enfraquecido caracterizam o contexto em que se desenvolveu o “regime dos themata” (pl.).
Esse sistema pode ter sido inserido em Bizâncio ao longo da dinastia de Heráclio (610-717),
que teria formado os primeiros themata durante sua contra-ofensiva sobre os persas na Ásia
Menor (619). Assim, o thema (sing.) consiste no assentamento de tropas em uma circunscripção
30 Aluna do 6° período do curso de História
31 Esse estudo faz parte do Projeto: “Política, religião direito e ideologia na Idade Média” , desenvolvido com financiamento da Cnpq
(PIBIC/CNPq/UFOP) no período de 01/08/2003 a 31/07/2004.
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