Efeito da preparação nos sítios de cromo....pdf
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_______________________________________Caracterização dos Precursores Secos e Calcinados tratamento nas duas temperaturas. No entanto, os autores observaram 15% de íons cloreto após o tratamento a 573K, mas nenhum cloreto foi observado na amostra tratada a 973 K. 4.3 Conclusões parciais Os estudos realizados nos catalisadores, precursores secos e misturas físicas de Cr/SiO2 permitiram verificar a influência do precursor de cromo na interação Cr-O-Si na superfície do suporte e na distinta distribuição de espécies Cr 6+ /Cr 3+ . No catalisador 1CrB, preparado com cromato de bis(trifenilsilila), o cromo apresentou a menor interação com o suporte e predomínio de Cr 3+ sobre o Cr 6+ . Entretanto, segundo análise de XPS, as partículas de cromo estão preferencialmente na superfície do suporte. Essa característica foi proporcionalmente maior neste catalisador que nos demais. A forma de interação do precursor com a sílica durante a impregnação é resultado da decomposição do sal sob oxigênio e temperatura, sendo parâmetros fundamentais na distribuição das espécies de cromo. Nos catalisadores 1CrA e 1CrD ocorre predomínio de Cr 6+ e o grau de interação Cr- O-Si mostrou ser semelhante. No entanto, o catalisador 1CrC apresentou cerca de 25% de espécies Cr 3+ e seu perfil de redução com H2 sugere a presença de espécies de cromo com distintas interações com o suporte. No capítulo seguinte, os catalisadores serão reduzidos com CO para obtenção de Cr 2+ , sítio ativo para a polimerização. A distribuição de espécies Cr 2+ será determinada e analisada à luz das frações de Cr 6+ /Cr 3+ nos catalisadores calcinados. No Capítulo VI, os catalisadores reduzidos com CO serão utilizados na polimerização de etileno. A atividade de cada catalisador na polimerização e as propriedades do polietileno formado serão avaliadas em conjunto com os resultados de distribuição de espécies calcinadas e reduzidas. 68
_______________________________________________Caracterização dos Catalisadores Reduzidos V CARACTERIZAÇÃO DOS CATALISADORES REDUZIDOS 5.1 Ativação e Caracterização dos Sítios Ativos Cr 2+ Após a preparação e calcinação, o catalisador Cr/SiO2 para polimerização apresenta principalmente Cr 6+ disperso na superfície da sílica, ancorado sob a forma de cromatos, dicromatos ou aglomerados de CrO3, segundo a literatura citada a seguir. Para obter a espécie ativa na polimerização é necessário ativá-lo utilizando tratamento com um gás redutor em condições isentas de umidade e oxigênio. Tanto nos catalisadores tipo Philips quanto nos Union Carbide [66] a atividade catalítica para polimerização está associada à presença de espécies de cromo divalente, Cr 2+ , de baixo número de coordenação (NC=2). Dos agentes redutores, os mais empregados neste caso são o hidrogênio, o monóxido de carbono e o etileno. Entretanto, o uso de H2 ou etileno como agentes redutores provoca a formação de água no meio reacional e pode reduzir a eficiência da redução [32]. Além disso, a Equação V-1 mostra que o hidrogênio é um agente redutor um pouco mais fraco que o monóxido de carbono [34]. H O CO⎯⎯→ H + CO 2 + ← 2 2 69 ΔGT 0 = -30+0,042.(T-298) kJ/mol Equação V-1 - reação de equilíbrio do gás d´água A análise de redução à temperatura programada (TPR) pode ser usada para determinar o estado de oxidação médio do cromo em catalisadores Cr/SiO2 após calcinação. Entretanto, é necessário estabelecer o estado de oxidação final, parâmetro discutido intensamente na literatura [33, 34, 58, 59, 67]. Groeneveld e col. [34] sugeriram que a valência final do cromo após redução com H2 é função da velocidade do gás e da taxa de aquecimento. A influência da água formada durante a redução se dá tanto pela reoxidação de Cr 2+ a Cr 3+ quanto pela hidrólise da ligação Si-O-Cr. Este último mecanismo pode resultar na mobilidade do cromo na superfície do suporte com aglomeração de partículas e formação de espécies de Cr 2O3. Estes autores observaram a presença de Cr 2+ e Cr 3+ num catalisador após redução com pulsos de H2 ou CO em correntes de gás inerte até 773K. As vazões das correntes de H2/Ar e CO/He eram de 50–100ml/min e 75ml/min, respectivamente, e as espécies de cromo presentes após redução foram determinadas pelos
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_______________________________________________Caracterização dos Catalisadores Reduzidos<br />
V<br />
CARACTERIZAÇÃO DOS CATALISADORES REDUZIDOS<br />
5.1 Ativação e Caracterização dos Sítios Ativos Cr 2+<br />
Após a <strong>preparação</strong> e calcinação, o catalisador Cr/SiO2 para polimerização apresenta<br />
principalmente Cr 6+ disperso na superfície <strong>da</strong> sílica, ancorado sob a forma <strong>de</strong> cromatos,<br />
dicromatos ou aglomerados <strong>de</strong> CrO3, segundo a literatura cita<strong>da</strong> a seguir. Para obter a<br />
espécie ativa na polimerização é necessário ativá-lo utilizando tratamento com um gás<br />
redutor em condições isentas <strong>de</strong> umi<strong>da</strong><strong>de</strong> e oxigênio. Tanto <strong>nos</strong> catalisadores tipo Philips<br />
quanto <strong>nos</strong> Union Carbi<strong>de</strong> [66] a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> catalítica para polimerização está associa<strong>da</strong> à<br />
presença <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong> <strong>cromo</strong> divalente, Cr 2+ , <strong>de</strong> baixo número <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação (NC=2).<br />
Dos agentes redutores, os mais empregados neste caso são o hidrogênio, o monóxido <strong>de</strong><br />
carbono e o etileno. Entretanto, o uso <strong>de</strong> H2 ou etileno como agentes redutores provoca a<br />
formação <strong>de</strong> água no meio reacional e po<strong>de</strong> reduzir a eficiência <strong>da</strong> redução [32]. Além<br />
disso, a Equação V-1 mostra que o hidrogênio é um agente redutor um pouco mais fraco<br />
que o monóxido <strong>de</strong> carbono [34].<br />
H O CO⎯⎯→<br />
H + CO<br />
2<br />
+ ←<br />
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69<br />
ΔGT 0 = -30+0,042.(T-298) kJ/mol<br />
Equação V-1 - reação <strong>de</strong> equilíbrio do gás d´água<br />
A análise <strong>de</strong> redução à temperatura programa<strong>da</strong> (TPR) po<strong>de</strong> ser usa<strong>da</strong> para<br />
<strong>de</strong>terminar o estado <strong>de</strong> oxi<strong>da</strong>ção médio do <strong>cromo</strong> em catalisadores Cr/SiO2 após<br />
calcinação. Entretanto, é necessário estabelecer o estado <strong>de</strong> oxi<strong>da</strong>ção final, parâmetro<br />
discutido intensamente na literatura [33, 34, 58, 59, 67]. Groeneveld e col. [34] sugeriram<br />
que a valência final do <strong>cromo</strong> após redução com H2 é função <strong>da</strong> veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> do gás e <strong>da</strong><br />
taxa <strong>de</strong> aquecimento. A influência <strong>da</strong> água forma<strong>da</strong> durante a redução se dá tanto pela<br />
reoxi<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> Cr 2+ a Cr 3+ quanto pela hidrólise <strong>da</strong> ligação Si-O-Cr. Este último mecanismo<br />
po<strong>de</strong> resultar na mobili<strong>da</strong><strong>de</strong> do <strong>cromo</strong> na superfície do suporte com aglomeração <strong>de</strong><br />
partículas e formação <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong> Cr 2O3. Estes autores observaram a presença <strong>de</strong> Cr 2+ e<br />
Cr 3+ num catalisador após redução com pulsos <strong>de</strong> H2 ou CO em correntes <strong>de</strong> gás inerte até<br />
773K. As vazões <strong>da</strong>s correntes <strong>de</strong> H2/Ar e CO/He eram <strong>de</strong> 50–100ml/min e 75ml/min,<br />
respectivamente, e as espécies <strong>de</strong> <strong>cromo</strong> presentes após redução foram <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s pelos