Efeito da preparação nos sítios de cromo....pdf
Efeito da preparação nos sítios de cromo....pdf Efeito da preparação nos sítios de cromo....pdf
_______________________________________Caracterização dos Precursores Secos e Calcinados ativados por agentes redutores como alquis alumínio ou alcóxidos de alumínio ou ainda reduzidos "in situ" no próprio reator de polimerização pelo etileno. O comportamento de sais organo-metálicos suportados em sílica frente à calcinação tem sido pesquisado [29, 30]. Os autores concluem que a decomposição de acetato de cromo (III) e acetilacetonado de cromo (III) em atmosfera de oxigênio gera CrO3 ancorado sobre a sílica. A decomposição de acetilacetonato se dá em duas etapas. Na primeira etapa ocorre a eliminação parcial de ligantes do acetilacetonato, formando uma estrutura semelhante à do acetato (a 485 K). Na etapa seguinte, a 583 K, ocorre a oxidação de Cr 3+ a Cr 6+ . No acetato de cromo ocorre decomposição numa única temperatura, a 563 K, idêntica à temperatura de decomposição do sal mássico, sugerindo que a impregnação resulta em pequenos cristalitos dispersos sobre a superfície do suporte. Conforme relatado anteriormente (Figura II-2, Capítulo II), a sílica gel possui distintos grupos de hidroxilas na sua superfície [7]. Vuurman e col. [31] estudaram o comportamento das hidroxilas superficiais de uma sílica Cab-O-Sil (300 m 2 /g) impregnada com Cr(NO3)3.9H 2O nos teores de 0,5 e 1,5% Cr. A análise de infravermelho mostrou um consumo das hidroxilas isoladas, a 3740 cm -1 , com o aumento do teor de cromo, Figura IV-1. Por sua vez, o grupo de hidroxilas vicinais, a 3685 cm -1 , não sofreu variação. Os autores sugerem que as hidroxilas vicinais podem ser menos acessíveis ao cromo do que as isoladas ou mais fortemente ligadas à superfície, sendo mais difícil sua remoção. Figura IV-1 - Espectros de FTIR da região de hidroxilas de catalisadores Cr/SiO2 [31] 36
_______________________________________Caracterização dos Precursores Secos e Calcinados A presença de óxido de cromo ligado à superfície da sílica causa ainda alteração no espectro de infravermelho na região entre 800 e 1000 cm -1 . Zecchina e col. [32] e Kim e Woo [33], atribuem o aparecimento de uma banda a 907 cm -1 à ligação Cr=O na superfície do catalisador calcinado. Ainda segundo Kim e Woo, a intensidade desta banda diminui com a temperatura de calcinação, de acordo com a Figura IV-2, sendo máxima na temperatura de 823K. Os autores observaram um aumento na fração de Cr 2O3 com o aumento da temperatura de calcinação até 1123K, acompanhando a diminuição de intensidade da banda a 907cm -1 . Figura IV-2 - Espectros de FTIR de amostras calcinadas a várias temperaturas: (a) SiO 2 calcinada a 1023K e catalisador 1%Cr/SiO2 calcinado a (b) 823K, (c) 923K, (d) 1023K e (e) 1123K [33] A forma com a qual o cromo se incorpora às hidroxilas isoladas da sílica foi estudada por muitos autores [13, 27-31, 34]. Embora CrO3 mássico comece a decompor em Cr2O3 e O2 em torno de 473 K, uma certa fração de Cr 6+ é estabilizada na sílica até 1173 K. Isso é devido à formação de cromato ou policromatos (dicromato, tricromato, tetracromato, etc) através do qual o cromo está ligado diretamente ao suporte. A Figura IV-3 apresenta as formas de ancoragem do cromo na sílica. Nota-se que para a forma cromato a relação OH/Cr é de 2/1, enquanto para a forma dicromato a relação é de 1/1. Na literatura os autores divergem sobre a presença das espécies cromato, dicromato ou ambas, principalmente devido à ausência de padrões puros nos 37
- Page 1 and 2: EFEITO DA PREPARAÇÃO NOS SÍTIOS
- Page 3 and 4: Resumo da Tese apresentada à COPPE
- Page 5 and 6: Agradecimentos Ao término dos quat
- Page 7 and 8: 3.6.11 Espectroscopia de Reflectân
- Page 9 and 10: ÍNDICE DE FIGURAS Figura II-1 - Di
- Page 11 and 12: Figura V-12 - Análise de TPR de CO
- Page 13 and 14: ÍNDICE DE TABELAS Tabela II-1 - Di
- Page 15 and 16: ___________________________________
- Page 17 and 18: ___________________________________
- Page 19 and 20: ___________________________________
- Page 21 and 22: ___________________________________
- Page 23 and 24: ___________________________________
- Page 25 and 26: ___________________________________
- Page 27 and 28: ___________________________________
- Page 29 and 30: ___________________________________
- Page 31 and 32: ___________________________________
- Page 33 and 34: ____________Preparo dos Catalisador
- Page 35 and 36: ____________Preparo dos Catalisador
- Page 37 and 38: ____________Preparo dos Catalisador
- Page 39 and 40: ____________Preparo dos Catalisador
- Page 41 and 42: ____________Preparo dos Catalisador
- Page 43 and 44: ____________Preparo dos Catalisador
- Page 45 and 46: ____________Preparo dos Catalisador
- Page 47 and 48: ____________Preparo dos Catalisador
- Page 49: ___________________________________
- Page 53 and 54: ___________________________________
- Page 55 and 56: ___________________________________
- Page 57 and 58: ___________________________________
- Page 59 and 60: ___________________________________
- Page 61 and 62: ___________________________________
- Page 63 and 64: ___________________________________
- Page 65 and 66: ___________________________________
- Page 67 and 68: ___________________________________
- Page 69 and 70: ___________________________________
- Page 71 and 72: ___________________________________
- Page 73 and 74: ___________________________________
- Page 75 and 76: ___________________________________
- Page 77 and 78: ___________________________________
- Page 79 and 80: ___________________________________
- Page 81 and 82: ___________________________________
- Page 83 and 84: ___________________________________
- Page 85 and 86: ___________________________________
- Page 87 and 88: ___________________________________
- Page 89 and 90: ___________________________________
- Page 91 and 92: ___________________________________
- Page 93 and 94: ___________________________________
- Page 95 and 96: ___________________________________
- Page 97 and 98: ___________________________________
- Page 99 and 100: ___________________________________
_______________________________________Caracterização dos Precursores Secos e Calcinados<br />
A presença <strong>de</strong> óxido <strong>de</strong> <strong>cromo</strong> ligado à superfície <strong>da</strong> sílica causa ain<strong>da</strong> alteração<br />
no espectro <strong>de</strong> infravermelho na região entre 800 e 1000 cm -1 . Zecchina e col. [32] e<br />
Kim e Woo [33], atribuem o aparecimento <strong>de</strong> uma ban<strong>da</strong> a 907 cm -1 à ligação Cr=O na<br />
superfície do catalisador calcinado. Ain<strong>da</strong> segundo Kim e Woo, a intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>sta<br />
ban<strong>da</strong> diminui com a temperatura <strong>de</strong> calcinação, <strong>de</strong> acordo com a Figura IV-2, sendo<br />
máxima na temperatura <strong>de</strong> 823K. Os autores observaram um aumento na fração <strong>de</strong><br />
Cr 2O3 com o aumento <strong>da</strong> temperatura <strong>de</strong> calcinação até 1123K, acompanhando a<br />
diminuição <strong>de</strong> intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> ban<strong>da</strong> a 907cm -1 .<br />
Figura IV-2 - Espectros <strong>de</strong> FTIR <strong>de</strong> amostras calcina<strong>da</strong>s a várias temperaturas: (a) SiO 2<br />
calcina<strong>da</strong> a 1023K e catalisador 1%Cr/SiO2 calcinado a (b) 823K, (c) 923K, (d) 1023K<br />
e (e) 1123K [33]<br />
A forma com a qual o <strong>cromo</strong> se incorpora às hidroxilas isola<strong>da</strong>s <strong>da</strong> sílica foi<br />
estu<strong>da</strong><strong>da</strong> por muitos autores [13, 27-31, 34]. Embora CrO3 mássico comece a <strong>de</strong>compor<br />
em Cr2O3 e O2 em torno <strong>de</strong> 473 K, uma certa fração <strong>de</strong> Cr 6+ é estabiliza<strong>da</strong> na sílica até<br />
1173 K. Isso é <strong>de</strong>vido à formação <strong>de</strong> cromato ou policromatos (dicromato, tricromato,<br />
tetracromato, etc) através do qual o <strong>cromo</strong> está ligado diretamente ao suporte. A Figura<br />
IV-3 apresenta as formas <strong>de</strong> ancoragem do <strong>cromo</strong> na sílica. Nota-se que para a forma<br />
cromato a relação OH/Cr é <strong>de</strong> 2/1, enquanto para a forma dicromato a relação é <strong>de</strong> 1/1.<br />
Na literatura os autores divergem sobre a presença <strong>da</strong>s espécies cromato,<br />
dicromato ou ambas, principalmente <strong>de</strong>vido à ausência <strong>de</strong> padrões puros <strong>nos</strong><br />
37