Efeito da preparação nos sítios de cromo....pdf

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___________________________________________________________________Polimerização de Etileno 6.1 Polimerização de Etileno VI POLIMERIZAÇÃO DE ETILENO A polimerização de etileno em catalisadores Cr/SiO2 é realizada industrialmente a 373-393 K e pressão entre 25 e 40 atm [1]. Testes catalíticos em laboratório podem ser feitos num reator em lama ("slurry") com agitação mecânica utilizando como solvente o n- hexano ou o isobutano. Assim, é possível estudar a atividade na formação do polietileno, bem como a influência de vários parâmetros nas propriedades do polímero formado em condições próximas às industriais [13, 21, 87, 88]. A técnica de infravermelho in situ com transformada de Fourier (FTIR) também tem sido usada na polimerização de etileno em catalisadores Cr/SiO2 [61, 85, 89, 90, 91]. O acompanhamento da polimerização é avaliado pelo crescimento de bandas associadas às estruturas -CH2-CH2- do polímero, permitindo avaliar o mecanismo e a cinética de reação. Os perfis cinéticos típicos de polimerização dos tipos de catalisadores para polietileno são mostrados na Figura VI-1 [3]. A taxa de polimerização com um catalisador Philips - CrO3/SiO2 (curva B) mostra um período de indução após o qual a taxa de polimerização é aproximadamente constante e com pouca perda de atividade, mesmo após várias horas de reação. O catalisador UNIPOL - (φ3SiO)2CrO2/SiO2 (curva D) mostra um perfil semelhante ao do catalisador Philips, embora não apresente período de indução. O perfil cinético do catalisador à base de cromoceno - (C5H5)2Cr/SiO2 (curva A) mostra atividade muito alta durante a primeira hora de reação, caindo rapidamente até uma atividade residual na segunda hora. A desativação é relacionada à decomposição do sítio ativo ou sua reação com hidroxilas do suporte, não estando associada à quantidade de polímero produzido. A curva C mostra o perfil cinético de polimerização de um catalisador Ziegler-Natta - MgCl2/TiCl4. Neste caso, não há período de indução e a atividade inicial é alta. Entretanto, a desativação se inicia antes da primeira hora de reação. Essa desativação é associada à decomposição do catalisador por processos como acoplamento bi-molecular MgCl2+TiCl4 ou reação com haletos de alquil-alumínio formados na polimerização. 108

___________________________________________________________________Polimerização de Etileno Figura VI-1 - Perfis cinéticos na polimerização de etileno com várias famílias de catalisadores A) cromoceno, B) Philips, C) Ziegler-Natta e D) Unipol [3] O cromo no estado de oxidação +2, na forma Cr 2+ A, é relatado como o sítio mais ativo para a polimerização [66, 75, 86, 92]. Garrone e col. [75] procuraram identificar a espécie ativa realizando experimentos de infravermelho com adsorção de CO seguida de adsorção de etileno a pressão parcial crescente, mantendo a pressão parcial de CO inicial. Nestas condições, a espécie Cr 2+ B adsorve apenas 1 molécula de CO, Cr 2+ B(CO), enquanto a espécie Cr 2+ A adsorve 3, Cr 2+ A(CO)3. Foi utilizado um catalisador 0,5% Cr/SiO2 com tratamento à vácuo a 1073 K e redução com CO a 623 K (experimento I, Tabela V-6, Capítulo V) e também tratado sob vácuo a 973 K após a redução (experimento II, Tabela V-6). A Tabela V-6 apresenta as porcentagens de Cr 2+ A, Cr 2+ B e Cr 2+ C presentes após os dois procedimentos. Na Figura VI-2 (a), experimento I, observa-se uma diminuição gradual das bandas a 2192 cm -1 , do Cr 2+ B-CO , 2184 e 2178 cm -1 , do Cr 2+ A-CO, e o aparecimento de nova banda a 2176 cm -1 , referente ao complexo Cr 2+ A(CO)(C2H4) com o aumento da pressão de etileno numa amostra com CO adsorvido. Os autores sugerem que no Cr 2+ B ocorre apenas a substituição de CO por etileno, enquanto no Cr 2+ A se dá a troca em duas etapas com formação do complexo intermediário, Equação VI-1. Cr ( CO) + C H → Cr ( C H ) + CO B 3 2 2 2 4 4 Cr ( CO) + C H → Cr ( CO)( C H ) + 2CO A 4 Cr ( CO)( C H ) + C H → Cr ( C H ) + CO + C H A 2 B 4 A Equação VI-1 - Sequência de reações de substituição do CO por etileno no CrA e CrB 109 2 4 A 2 2 4 4 2 4

___________________________________________________________________Polimerização <strong>de</strong> Etileno<br />

6.1 Polimerização <strong>de</strong> Etileno<br />

VI<br />

POLIMERIZAÇÃO DE ETILENO<br />

A polimerização <strong>de</strong> etileno em catalisadores Cr/SiO2 é realiza<strong>da</strong> industrialmente a<br />

373-393 K e pressão entre 25 e 40 atm [1]. Testes catalíticos em laboratório po<strong>de</strong>m ser<br />

feitos num reator em lama ("slurry") com agitação mecânica utilizando como solvente o n-<br />

hexano ou o isobutano. Assim, é possível estu<strong>da</strong>r a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> na formação do polietileno,<br />

bem como a influência <strong>de</strong> vários parâmetros nas proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s do polímero formado em<br />

condições próximas às industriais [13, 21, 87, 88]. A técnica <strong>de</strong> infravermelho in situ com<br />

transforma<strong>da</strong> <strong>de</strong> Fourier (FTIR) também tem sido usa<strong>da</strong> na polimerização <strong>de</strong> etileno em<br />

catalisadores Cr/SiO2 [61, 85, 89, 90, 91]. O acompanhamento <strong>da</strong> polimerização é avaliado<br />

pelo crescimento <strong>de</strong> ban<strong>da</strong>s associa<strong>da</strong>s às estruturas -CH2-CH2- do polímero, permitindo<br />

avaliar o mecanismo e a cinética <strong>de</strong> reação.<br />

Os perfis cinéticos típicos <strong>de</strong> polimerização dos tipos <strong>de</strong> catalisadores para<br />

polietileno são mostrados na Figura VI-1 [3]. A taxa <strong>de</strong> polimerização com um catalisador<br />

Philips - CrO3/SiO2 (curva B) mostra um período <strong>de</strong> indução após o qual a taxa <strong>de</strong><br />

polimerização é aproxima<strong>da</strong>mente constante e com pouca per<strong>da</strong> <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, mesmo após<br />

várias horas <strong>de</strong> reação. O catalisador UNIPOL - (φ3SiO)2CrO2/SiO2 (curva D) mostra um<br />

perfil semelhante ao do catalisador Philips, embora não apresente período <strong>de</strong> indução. O<br />

perfil cinético do catalisador à base <strong>de</strong> <strong>cromo</strong>ceno - (C5H5)2Cr/SiO2 (curva A) mostra<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> muito alta durante a primeira hora <strong>de</strong> reação, caindo rapi<strong>da</strong>mente até uma<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> residual na segun<strong>da</strong> hora. A <strong>de</strong>sativação é relaciona<strong>da</strong> à <strong>de</strong>composição do sítio<br />

ativo ou sua reação com hidroxilas do suporte, não estando associa<strong>da</strong> à quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

polímero produzido. A curva C mostra o perfil cinético <strong>de</strong> polimerização <strong>de</strong> um catalisador<br />

Ziegler-Natta - MgCl2/TiCl4. Neste caso, não há período <strong>de</strong> indução e a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> inicial é<br />

alta. Entretanto, a <strong>de</strong>sativação se inicia antes <strong>da</strong> primeira hora <strong>de</strong> reação. Essa <strong>de</strong>sativação<br />

é associa<strong>da</strong> à <strong>de</strong>composição do catalisador por processos como acoplamento bi-molecular<br />

MgCl2+TiCl4 ou reação com haletos <strong>de</strong> alquil-alumínio formados na polimerização.<br />

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