Efeito da preparação nos sítios de cromo....pdf
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_______________________________________________Caracterização dos Catalisadores Reduzidos<br />
CO a baixa temperatura é importante do ponto <strong>de</strong> vista industrial, uma vez que o CO é um<br />
dos contaminantes principais <strong>da</strong> corrente <strong>de</strong> etileno e po<strong>de</strong> reduzir a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
polimerização, conforme será reportado no item 6.1. A temperatura <strong>de</strong> <strong>de</strong>ssorção<br />
observa<strong>da</strong> para o CO é semelhante à temperatura <strong>de</strong> polimerização com catalisadores tipo<br />
Phillips, em torno <strong>de</strong> 353 K.<br />
Na mistura física MFCrO3 a <strong>de</strong>ssorção também ocorreu a baixa temperatura, mas<br />
dois picos foram observados, a 350 e 435 K. O primeiro pico ocorreu a temperatura<br />
semelhante a dos catalisadores 1CrA e 1CrD, os quais apresentaram apenas espécies Cr 6+<br />
após calcinação. O maior teor <strong>de</strong> <strong>cromo</strong> nesta mistura física (3% Cr) em relação aos<br />
catalisadores po<strong>de</strong> levar a uma maior concentração <strong>de</strong> <strong>sítios</strong> <strong>de</strong> Cr 2+ na superfície do<br />
suporte, alterando a força <strong>de</strong> adsorção <strong>da</strong> molécula son<strong>da</strong>. De fato, Zecchina e col. [76]<br />
reportam que a adsorção <strong>de</strong> CO em catalisadores Cr/SiO2 com maior teor <strong>de</strong> <strong>cromo</strong> resulta<br />
na formação <strong>de</strong> carbonatos e carboxilatos. A conjunção <strong>de</strong>stes fatores po<strong>de</strong> resultar na<br />
<strong>de</strong>ssorção a temperatura mais eleva<strong>da</strong>. Nos catalisadores com presença <strong>de</strong> Cr 3+ , 1CrB e<br />
1CrC, a <strong>de</strong>ssorção <strong>de</strong> CO ocorreu a temperaturas mais altas, a 603 e 495 K,<br />
respectivamente.<br />
Não foi verifica<strong>da</strong> <strong>de</strong>ssorção <strong>de</strong> H2 em to<strong>da</strong> a faixa <strong>de</strong> temperatura estu<strong>da</strong><strong>da</strong>. A<br />
formação <strong>de</strong> H2 em análises <strong>de</strong> TPD <strong>de</strong> CO tem sido observa<strong>da</strong> e atribuí<strong>da</strong> à reação do CO<br />
com água – reação <strong>de</strong> “shift” (Equação V-10) na caracterização <strong>de</strong> catalisadores metálicos<br />
[22, 83]. A água seria proveniente <strong>de</strong> hidroxilas superficiais ou água adsorvi<strong>da</strong>. No<br />
entanto, durante o TPD <strong>de</strong> CO, concomitante a <strong>de</strong>ssorção <strong>de</strong> CO, ocorreu evolução <strong>de</strong> CO2,<br />
exceto para o catalisador 1CrC. O catalisador 1CrA apresentou pico <strong>de</strong> <strong>de</strong>ssorção <strong>de</strong> CO2 a<br />
384 K, temperatura pr óxima à <strong>da</strong> <strong>de</strong>ssorção <strong>de</strong> CO (379 K). O mesmo comportamento foi<br />
verificado nas análises <strong>da</strong>s amostras 1CrB, 1CrD e na mistura física MFCrO3. No entanto,<br />
essas amostras também apresentaram <strong>de</strong>ssorção <strong>de</strong> CO2 a temperaturas mais eleva<strong>da</strong>s,<br />
acima <strong>de</strong> 500 K. A ocorrência <strong>de</strong> <strong>de</strong>ssorção <strong>de</strong> CO2 em temperatura próxima a <strong>da</strong><br />
<strong>de</strong>ssorção <strong>de</strong> CO po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>vi<strong>da</strong> à reação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sproporcionamento <strong>de</strong> CO, segundo a<br />
Equação V-11.<br />
2 CO CO2 + C<br />
Equação V-11 - Reação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sproporcionamento <strong>de</strong> CO<br />
Os picos <strong>de</strong> <strong>de</strong>ssorção <strong>de</strong> CO2 acima <strong>de</strong> 500 K <strong>nos</strong> catalisadores 1CrB, 1CrC, 1CrD<br />
e a mistura física MFCrO3 po<strong>de</strong>m ser, ain<strong>da</strong>, referentes à <strong>de</strong>composição <strong>de</strong> carbonatos ou<br />
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