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manta geotêxtil de 500.000 m² é parte importante para revitalização ...

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GEOTECNIA AMBIENTAL<br />

MANTA GEOTÊXTIL DE <strong>500.000</strong> M²<br />

É PARTE IMPORTANTE PARA<br />

REVITALIZAÇÃO DE PRAIA<br />

NO RIO DE JANEIRO<br />

após d<strong>é</strong>cadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação ambiental, o<br />

projeto <strong>de</strong> recuperação da praia <strong>de</strong> sepetiba<br />

foi iniciado. <strong>geotêxtil</strong> fará se<strong>para</strong>ção entre<br />

sedimentos tóxicos e nova camada <strong>de</strong> areia<br />

extraída <strong>de</strong> jazida submarina.<br />

Anos <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação transformaram a praia <strong>de</strong> Sepetiba,<br />

na zona oeste do Rio <strong>de</strong> Janeiro, em um manguezal poluído.<br />

Na d<strong>é</strong>cada <strong>de</strong> 1970, o local ainda possuía as belezas<br />

naturais, mas <strong>de</strong>vido à presença <strong>de</strong> empresa que tinha<br />

como principal ativida<strong>de</strong> a produção <strong>de</strong> zinco, al<strong>é</strong>m<br />

da dragagem <strong>para</strong> a construção e ampliação do Porto<br />

<strong>de</strong> Itaguaí, toneladas <strong>de</strong> sedimentos foram <strong>de</strong>positados<br />

na baía, resultando em um acúmulo <strong>de</strong> lodo e outros<br />

sedimentos.<br />

• FUNDAÇÕES & OBRAS GEOTÉCNICAS<br />

Com o objetivo <strong>de</strong> recuperar o local, o governo do Estado<br />

irá gastar cerca <strong>de</strong> R$ 46 milhões provenientes do<br />

Fundo Estadual <strong>de</strong> Conservação Ambiental (Fecam) <strong>para</strong><br />

revitalizar a área. localizada no fundo da Baía <strong>de</strong> Sepetiba,<br />

a praia <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> dois quilômetros estava coberta<br />

<strong>de</strong> entulhos, resíduos e sujeiras que estão sendo transformados,<br />

por meio <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> recuperação e reconstrução.<br />

A execução do projeto ficou a cargo da empresa<br />

O<strong>de</strong>brecht, vencedora da licitação no início do ano.


<strong>de</strong>gradação amBiental<br />

Segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), os principais<br />

problemas encontrados na Baía <strong>de</strong> Sepetiba são a<br />

contaminação <strong>de</strong> sedimentos e organismos por metais<br />

pesados, alterações nos processos <strong>de</strong> erosão e alta sedimentação,<br />

poluição por óleo e orgânica das águas, perda<br />

<strong>de</strong> balneabilida<strong>de</strong>, práticas turísticas <strong>de</strong>sorganizadas, falta<br />

<strong>de</strong> normatização da pesca, queda no processo da pesca artesanal,<br />

perda <strong>de</strong> biomassa <strong>de</strong> organismos pelágicos e bentônicos,<br />

<strong>de</strong>saparecimentos <strong>de</strong> esp<strong>é</strong>cies em <strong>de</strong>terminadas<br />

regiões, redução <strong>de</strong> manguezais, <strong>de</strong>caimento da produção<br />

biológica e <strong>de</strong>preciação da paisagem.<br />

A <strong>de</strong>gradação começou no período em que a mineradora<br />

Ingá, instalada no município <strong>de</strong> Itaguaí, produzia zinco<br />

<strong>de</strong> alta pureza, contaminando o local com material tóxico.<br />

Hoje a empresa está sob intervenção Fe<strong>de</strong>ral, mas seus estoques<br />

<strong>de</strong> resíduos continuam a ser uma ameaça ao meio<br />

ambiente.<br />

O antigo Porto <strong>de</strong> Sepetiba, hoje Porto <strong>de</strong> Itaguaí, que ocupa<br />

uma área <strong>de</strong> 10,4 milhões <strong>de</strong> metros quadrados no município<br />

<strong>de</strong> Itaguaí, ao sul e a leste da Ilha da Ma<strong>de</strong>ira, está<br />

localizado nessa baía. O Inea ainda diz que a ampliação e a<br />

expansão do Porto <strong>de</strong> Sepetiba, do canal <strong>de</strong> acesso e bacia<br />

<strong>de</strong> evolução, visando sua a<strong>de</strong>quação <strong>para</strong> o recebimento<br />

<strong>de</strong> navios cada vez maiores e mais rápidos, exigiu a realização<br />

<strong>de</strong> obras <strong>de</strong> dragagem <strong>para</strong> o aprofundamento do<br />

canal, significando tamb<strong>é</strong>m uma intervenção potencialmente<br />

poluidora.<br />

<strong>revitalização</strong><br />

O projeto <strong>de</strong> <strong>revitalização</strong> da praia <strong>de</strong> Sepetiba <strong>é</strong> uma antiga<br />

reivindicação dos cerca <strong>de</strong> 40 mil moradores e pescadores<br />

do bairro que viram a região ser <strong>de</strong>struída <strong>de</strong>vido ao<br />

a praia <strong>de</strong> dois km per<strong>de</strong>u suas<br />

beleza natural, característica<br />

marcante da d<strong>é</strong>cada <strong>de</strong> 1970<br />

anos <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação transformaram<br />

as praias da região em<br />

um amontoado <strong>de</strong> lama, lixo<br />

e resíduos tóxicos<br />

Marcos teixeira, diretor da<br />

o<strong>de</strong>brecht, espera que novos<br />

projetos <strong>de</strong> urbanismo sejam<br />

atraídos <strong>para</strong> a região<br />

intenso crescimento industrial e a ampliação <strong>de</strong> instala-<br />

ções portuárias. Esse projeto ambiental <strong>é</strong> consi<strong>de</strong>rado a<br />

maior obra <strong>de</strong> transplante <strong>de</strong> manguezal do Estado do Rio<br />

<strong>de</strong> Janeiro.<br />

“Com a <strong>revitalização</strong> da praia <strong>de</strong> Sepetiba espera-se que novos<br />

investimentos sejam atraídos a região, como projetos<br />

<strong>de</strong> urbanismo, saneamento e ainda haja uma valorização<br />

imobiliária e turística. É trazer <strong>de</strong> volta a praia que existia<br />

anteriormente à presença do manguezal”, afirma o diretor<br />

da O<strong>de</strong>brecht, Marcos Teixeira.<br />

FUNDAÇÕES & OBRAS GEOTÉCNICAS •


Na primeira fase, a Secretaria Estadual do Ambiente remanejou<br />

cerca <strong>de</strong> 525 mil mudas invasoras, situadas na área<br />

do mangue e por volta <strong>de</strong> 780 mil caranguejos, que só ficaram<br />

presentes em boa <strong>parte</strong> da praia <strong>de</strong>vido ao lodaçal que<br />

cobriu a antiga faixa <strong>de</strong> areia.<br />

A vegetação foi transportada <strong>para</strong> o Canal do Fundão, zona<br />

Norte, região que se<strong>para</strong> a ilha do continente, local on<strong>de</strong> o<br />

Governo do Estado realiza obras <strong>de</strong> <strong>de</strong>spoluição, recriando<br />

os manguezais que existiam nas margens dos rios e que<br />

hoje se resumem a um <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> lixo contaminado. Esses<br />

manguezais estão recebendo a vegetação retirada <strong>de</strong> Sepetiba<br />

<strong>para</strong> a recomposição da praia. Os crustáceos foram<br />

levados <strong>para</strong> uma área vizinha à Base A<strong>é</strong>rea <strong>de</strong> Santa Cruz.<br />

De acordo com Marcos Teixeira, o processo constitui na recomposição<br />

da faixa <strong>de</strong> areia. A camada <strong>de</strong> lodo presente,<br />

que ocupava <strong>de</strong> dois a três metros <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>, passou<br />

por uma limpeza superficial com a retirada do lixo.<br />

a oBra<br />

A obra <strong>de</strong> reabilitação ambiental da Praia <strong>de</strong> Sepetiba consiste<br />

na execução <strong>de</strong> um aterro hidráulico na praia, com<br />

material arenoso vindo da jazida marinha localizada na<br />

Baía <strong>de</strong> Sepetiba, nas proximida<strong>de</strong>s da Restinga da Marambaia.<br />

O aterro tem como perspectiva abranger uma área <strong>de</strong><br />

508.000 <strong>m²</strong>, com extensão aproximada <strong>de</strong> 2 km, com largura<br />

máxima <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 530 m, em sua maior faixa, e volume<br />

aproximado da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 649.000 m³. O volume estimado<br />

já está consi<strong>de</strong>rando os possíveis recalques esperados, em<br />

<strong>de</strong>corrência da presença <strong>de</strong> materiais altamente compressíveis<br />

na sua fundação.<br />

O aterro foi executado a partir da Rua Praia <strong>de</strong> Sepetiba, em<br />

largura variada, com terminação em talu<strong>de</strong>s suaves (inclinação<br />

1V:12H) at<strong>é</strong> a superfície atual do terreno. As alturas<br />

construtivas dos aterros <strong>de</strong>verão ser variáveis, <strong>de</strong> modo a<br />

funcionarem como sobrecargas, compensando os recalques<br />

futuros estimados.<br />

• FUNDAÇÕES & OBRAS GEOTÉCNICAS<br />

aves ainda povoam a praia, que já passou por limpeza superficial<br />

Parte da camada <strong>de</strong> lodo que ocupava <strong>de</strong> dois a três metros <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong><br />

foi retirada, aguardando a colocação da <strong>manta</strong> <strong>geotêxtil</strong><br />

<strong>manta</strong> <strong>geotêxtil</strong> está sendo<br />

aplicada sobre sedimentos argilosos,<br />

que posteriormente será coberta<br />

por 80 cm <strong>de</strong> areia


Para a garantia <strong>de</strong> uma boa execução<br />

do aterro sobre os sedimentos argilosos<br />

existentes abaixo da superfície<br />

atual da praia, está sendo aplicada na<br />

interface aterro/argila uma <strong>manta</strong> <strong>geotêxtil</strong><br />

<strong>de</strong> 500 mil metros quadrados, assentada<br />

por faixas costuradas entre si.<br />

Ela impedirá a passagem <strong>de</strong> resíduos,<br />

mas permitirá a troca <strong>de</strong> ar, distribuindo<br />

as tensões e o peso da areia, impedindo<br />

a formação <strong>de</strong> sulcos.<br />

A <strong>manta</strong> será posteriormente coberta<br />

por 600 mil metros cúbicos <strong>de</strong> areia,<br />

garantindo a funcionalida<strong>de</strong> sem que<br />

haja rupturas do material <strong>de</strong> fundação,<br />

extraída <strong>de</strong> jazida submarina, na<br />

própria baía. Esse trabalho específico<br />

contará com uma draga autotransportadora<br />

<strong>de</strong> sucção e recalque que<br />

terá como objetivo extrair a areia e<br />

trazê-la <strong>para</strong> a disposição na praia.<br />

Depois <strong>de</strong> concluídas as obras, a praia<br />

<strong>de</strong> Sepetiba apresentará uma faixa <strong>de</strong><br />

areia <strong>de</strong> aproximadamente 400 metros<br />

<strong>de</strong> largura e dois quilômetros <strong>de</strong><br />

extensão. A faixa <strong>de</strong> areia alcançará<br />

altura <strong>de</strong> 80 cm sobre o <strong>geotêxtil</strong>.<br />

Segundo o diretor da O<strong>de</strong>brecht, a<br />

obra que teve início em julho <strong>de</strong> 2010<br />

<strong>de</strong>ve ser concluída em 12 meses.<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> pronta, a praia terá uma faixa <strong>de</strong><br />

areia <strong>de</strong> aproximadamente 400 metros<br />

obras tiveram início em julho <strong>de</strong> 2010 e <strong>de</strong>verão ser concluídas no meio <strong>de</strong> 2011<br />

o aterro foi executado a partir da rua<br />

Praia <strong>de</strong> sepetiba, em largura variada, com<br />

terminação em talu<strong>de</strong>s<br />

FUNDAÇÕES & OBRAS GEOTÉCNICAS •

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