DIARIO ESPIRITUAL ABRIL 2011.pub (Sola lettura) - Missão Belém
DIARIO ESPIRITUAL ABRIL 2011.pub (Sola lettura) - Missão Belém
DIARIO ESPIRITUAL ABRIL 2011.pub (Sola lettura) - Missão Belém
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
9<br />
Nas drogas, até que uma noite cheguei em casa e não encontrei mais<br />
ninguém! Abri o guarda roupas dela e tinha um bilhete: “Eu falei que um dia<br />
iria embora! Vou viver com a minha filha, adeus!”.<br />
Nesse momento a casa caiu de verdade: a morte, a separação, a bebida, as<br />
drogas, tinha perdido tudo...<br />
Tudo acabou, já não tinha mais amigos, nem mais nada.<br />
Fui morar numa garagem, bebendo e fazendo bico. As pessoas passavam<br />
olhavam para o lixo que eu era e sentiam pena. Era o fundo do poço, já não<br />
comia, só bebia. Certo dia, bem debilitado, fui atravessar a rua e o carro<br />
brecou bem em cima das minhas pernas, “FOI DEUS QUE ME SALVOU”.<br />
Outro dia fui parar no hospital e fiquei internado 25 dias, quase morri, foi<br />
Deus que me salvou mais uma vez.<br />
Minha mãe, conheceu um mulher que tinha um filho na <strong>Missão</strong> <strong>Belém</strong> e me<br />
disse “Vai você também!”. A minha resposta sempre era: “amanhã” e<br />
continuava bebendo. Um dia, minha mãe começou a chorar, ai eu pensei: “Vou,<br />
fico uns dias e volto...”, só não sabia que Deus tinha preparado tudo para<br />
mim. Cheguei no sitio, fui bem acolhido e não conseguia mais ir embora...<br />
Deus me segurava. Veio o Jé-Shuá que me abriu os olhos sobre o mundo de<br />
Deus que eu não conhecia, depois os cursos de Catequese, o Diário<br />
espiritual...<br />
Certo dia, na capela, comecei a pedir a Deus a reconciliação com a minha<br />
família. Depois de 2 meses, quanto menos esperava, vi descer do portão de<br />
entrada a minha mãe, minha filha e minha neta. Olhei para o céu e disse<br />
“SENHOR NÃO MEREÇO TANTO!” Mas quando fui para a capela rezar para<br />
agradecer , Ele me disse: “EU TE DEI de volta AS SUAS JOIAS MAS<br />
NÃO ESQUEÇA QUE EU SOU O SEU VERDADEITO OURO!”.a Ele devo a<br />
minha vida. Já estou há 2 anos e 3 meses na <strong>Missão</strong> e sou muito feliz. Foi me<br />
pedido de coordenar o Sitio São Miguel Arcanjo, sendo que o Manuelzinho<br />
deve partir para o Haiti. Sinto-me muito bem, servindo os irmãos, junto ao<br />
Fabio e ao Erich. Ninguém pode explicar a alegria que está no meu coração,<br />
quando vejo os irmãos se restaurarem. Sinto-me útil, não são mais aquele lixo<br />
de que as pessoas sentiam pena. Descubro em mim dons que nem imaginava.<br />
Aqui dentro somos cerca de 150 pessoas e vivemos numa harmonia que nos<br />
faz sentir uma só família. No final de fevereiro, pronunciei solenemente,<br />
diante do Bispo as minhas “Promessas” de entrega a Deus, dentro da <strong>Missão</strong><br />
<strong>Belém</strong> e sinto que Deus deu uma “reviravolta” na minha vida: de pinguço, me<br />
fez sentir filho com uma vontade imensa de consagrar toda a minha vida a<br />
Ele até o fim! Eu te amo Jesus!<br />
“Sois fortes e vencestes o maligno!”<br />
10<br />
Testemunho do primeiro irmão que se restaurou na <strong>Missão</strong> <strong>Belém</strong><br />
(Achamos melhor não dar mais dados desse querido irmão, que se encontrava no mesmo<br />
lugar onde Pe Giampietro fez o retiro que determinou o inicio da <strong>Missão</strong> <strong>Belém</strong> e com ele<br />
elaborou as regras básicas da acolhida. Hoje se encontra a frente de uma grande casa de<br />
acolhida no Estado de São Paulo).<br />
“Faltavam poucos dias ao completar 6 anos de Restauração e eu costumo<br />
festejar esse dia em que Deus me tirou da rua. Cheguei no sitio, onde Pe<br />
Giampietro fez seu retiro, mais morto do que vivo, fiquei tremendo por um mês<br />
inteiro por causa da abstinência do álcool. Ali me restaurei.<br />
Hoje tenho uma vida nova e não pretendo me envolver com trabalhos do mundo<br />
(apesar de ser mestre de obra e ter recebido muitas propostas). Cuido de uma<br />
casa de acolhida que é uma ilha abençoada e a minha alegria é ver os irmãos que<br />
se regeneram para uma vida nova.<br />
Estou fazendo um curso de teologia para leigos e aqui aconteceu o fato.<br />
Era um dia de muito sol e calor, na parte da tarde. Eu estava indo para o curso<br />
com um colega que não conhecia a minha história e a minha escravidão do álcool<br />
que me jogou na sarjeta por 4 anos! Para chegar na Teologia, havia uma subida,<br />
tinha um sol de rachar e a gente pingava de suor. De repente, passamos na<br />
frente de um bar e ele me disse: “Espera aqui um momento”. Eu já imaginei o que<br />
ele queria fazer e me deu um frio na barriga. Faz 6 anos que eu não coloco uma<br />
gota de álcool na minha boca, porque sei que “o primeiro gole” me levaria para o<br />
buraco. O meu colega voltou com uma latinha de cerveja bem gelada e falou para<br />
mim “toma!”. Logo eu disse: “Obrigado, não quero... estou bem assim!”, mas o<br />
meu<br />
amigo insistiu: “Larga de ser bobo, com esse sol que arrebenta e esse calor<br />
precisa de uma cerveja bem gelada, toma!” e a colocou na frente do meu<br />
nariz. Já comecei a me sentir esquisito. Senti uma grande vontade de<br />
tomar...