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20 2cultura ‘Histeria’ faz comédia com criação do vibrador O produto que hoje está confinado à privacidade dos sex shops foi, por muito tempo, divulgado abertamente em jornais e revistas como o melhor remédio para acalmar o que era então diagnosticado como “histeria” feminina. O cenário de surgimento do primeiro vibrador, no fim do século 19, é o pano de fundo da comédia “Histeria”, de Tanya Wexler. Nela, o jovem Mortimer Granville (Hugh Dancy, foto) se inicia na prática médica ajudando um senhor que alivia os sintomas “histéricos” de mulheres com massagens íntimas. Com problemas na mão para continuar o trabalho, Granville inventa a geringonça e se divide entre as duas filhas do patrão: uma pura e virtuosa e outra rebelde e adepta a causas humanitárias, vivida por Maggie Gyllenhaal. METRO cultura John Goodman e Alan Arkin vivem figurões da indústria cinematográfica, já Ben Affleck é o agente da CIA que bola o plano maluco 60 segundos Astro de “Breaking Bad” está em “Argo” BRYAN CRANSTON Você faz o papel de um figurão da CIA, que nem sempre é retratada de forma positiva, mas que, dessa vez, é bem heroica. Isso é interessante. Geralmente você tem um protagonista e um antagonista bem claros, mas, no filme, isso não era evidente. Sabemos quem é o protagonista, mas quem é o antagonista? Ele acabou se tornando essa ideologia, essa opressão externa. O grande chamariz do filme é o fato de que quem participou disso tudo teve um trabalhão e acabou sem reconhecimento. Exato. Por isso que rebato a ideia de que essa ação teve motivação política, porque os homens e as mulheres da CIA fizeram tudo isso sabendo que não seriam reconhecidos. E tudo bem. Eles encaram dessa forma: “esse é meu trabalho”. Você tem feito muitos filmes desde o sucesso de “Breaking Bad”. Como você arranja tempo? Geralmente recuso mais do que aceito, mas tudo depende da qualidade do filme e da minha agenda. Minha principal responsabilidade era “Breaking Bad” e minha família. METRO INTERNACIONAL FOTOS:DIVULGAÇÃO
Tudo de mentira ‘Argo’ mostra como a CIA criou um filme falso para tirar do Irã seis americanos perseguidos Parte thriller de espionagem, parte sátira a Hollywood. Assim é “Argo”, que chega hoje aos cinemas. Dirigido e protagonizado por Ben Affleck, o longa leva às telas uma história real que, de tão inacreditável, parece ter sido concebida desde o início apenas como ficção. Com a revolução iraniana de 1979 e a ascensão do aiatolá Khomeini ao poder, o xá que comandava o país foi abrigado pelos Estados Unidos. Em represália, a embaixada americana no Irã foi invadida e os funcionários tomados como re- féns – todos menos seis refugiados escondidos pelo embaixador canadense. O problema era tirá-los de lá, já que todas as fronteiras estavam tomadas por vigilância. Sem ter nenhuma ideia minimamente viável, o agente Tony Mendez segue um plano quase nonsense: fazê-los se passarem pela equipe de produção de um filme rodado no Irã. Ok, parece absurdo. Mas realmente aconteceu! O problema é que o sigilo da operação a manteve por quase 30 anos em absoluto segredo, sendo revelada pe- www.readmetro.com SEXTA-FEIRA, 9 DE NOVEMBRO DE 2012 “Argo” Intrínseca 256 págs. R$ 29,90 lo próprio Mendez em um livro editado aqui só agora. Para o roteirista Chris Terio, o difícil foi escolher as histórias em que focar. “Havia pelo menos cinco ângulos que eu adoraria explorar caso fosse uma minissérie da HBO, por exemplo”, diz. Acontece que, para o plano dar certo, era preciso torná-lo crível. Roteiro e produtor foram de fato contratados e atores chegaram a fa- Outras estreias 21 zer uma leitura dramática para a imprensa antes da fuga. “Mas preferimos não usar o roteiro para criar nosso próprio filme”, diz Terio, referindo-se à produção falsa de uma ficção científica a la “Star Wars”. E é justamente o roteiro o trunfo de “Argo”, que sabe prender o espectador como poucos principalmente nos trinta minutos finais – prepare-se para ter uma síncope em pleno cinema. METRO SÃO PAULO E METRO INTERNACIONAL WWW.READMETRO.COM ‘Marcados Para Morrer’ [EUA, 2012], de David Ayer Com Jake Gyllenhaal e Michael Peña Depois de confiscarem um pequeno montante de dinheiro e algumas armas de membros de um temido cartel de drogas, dois jovens policiais são jurados de morte. ‘Um Alguém Apaixonado’ [Japão/França, 2012], de Abbas Kiarostami Com Ryo Kase e Rin Takanashi O diretor iraniano, autor de “Cópia Fiel”, faz um retrato de 24 horas na vida de um velho professor aposentado e de uma jovem prostituta que se encontram em Tóquio. ‘Virando Bicho’ [Brasil, 2012], de Alexandre Carvalho e Silva Fraiha O documentário acompanha seis jovens, mostrando desde a preparação deles para o vestibular até o momento em que ficam sabendo do resultado das provas. ‘Em Nome de Deus’ [Filipinas, 2012], de Brillante Mendoza Com Isabelle Huppert e Mercedes Cabral O filme narra o período em que Thérèse Bourgoin, funcionária de uma organização humanitária nas Filipinas, é sequestrada por engano por um grupo extremista islâmico. ‘Peixonauta – Agente Secreto da O.S.T.R.A’ [Brasil, 2012], de Célia Catunda e Kiko Mistrorigo Para conquistar a insígnia de agente especial O.S.T.R.A., Peixonauta entra em nova aventura, tendo que cumprir sete missões com a ajuda de seus amigos Marina e Zico.
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