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Atomistica - Ricardo Feltre e Setsuo Yoshinaga

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ATOMÍSTICA <strong>Ricardo</strong> <strong>Feltre</strong> • <strong>Setsuo</strong> <strong>Yoshinaga</strong><br />

ouro.<br />

46<br />

radiatividade - 2<br />

Isto é comprovado utilizando-se um eletroscópio elementar de folhas de<br />

Quando se encosta um bastão carregado (digamos positivamente) , as<br />

lâminas de ouro se repelem. Se existe no interior do vidro um material radiativo, este<br />

ioniza o gás e, rápida mente, descarrega o eletroscópio. fazendo com que as folhas de<br />

ouro se reaproximem.<br />

Constata-se ainda que, quanto maior o teor de urânio na amostra, mais<br />

rapidamente se descarrega o eletroscópio.<br />

Este aparelho, embora muito simples, foi utilizado pelo casal Curie durante<br />

suas experiências.<br />

Para extrair o urânio., compravam minérios de diversas procedências.<br />

Um deles, apechblenda da cidade de Joachimsthal (hoje na Tchecoslováquia),<br />

apresentava-se muito mais radiativo que ou trás amostras.<br />

Examinando o minério com cuidado, foi observado que uma das frações de<br />

impureza extraída da pechblenda apresentava-se muito mais radiativa que o urânio<br />

puro.<br />

Este fato fez com que o casal Curie desconfiasse da existência de um outro<br />

elemento radiativo até então desconhecido. De fato, em 1898 eles conseguem isolar<br />

um novo elemento radiativo, cerca de 400 vezes mais radiativo que o urânio. Ao<br />

novo elemento foi dado o nome de "Polônio" em homenagem à pátria de Mme.<br />

Curie, natural de Varsóvia.<br />

As pesquisas continuaram e logo depois, o casal Curie anunciava a<br />

descoberta de outro elemento muito mais radiativo que o Polônio e que foi<br />

denominado de "rádio".<br />

O rádio produz intensas emissões; as quais atravessam até mesmo camadas<br />

de chumbo que seriam barreiras para os _ "raios-X": tornam muito fluorescentes<br />

materiais como "sulfeto de zinco" ou "platino cianureto de bário". Estas emissões<br />

exercem ainda efeito enérgico na destruição de células vivas. O próprio Becquerel que<br />

carregou um tubo contendo sais de rádio, no bolso do paletó, quando se dirigia a uma<br />

conferência, recebeu uma forte queimadura na pele que depois se degenerou em<br />

forma de úlcera, levando meses para curar-se.<br />

Hoje, o rádio é também empregado para fulminar células cancerígenas, em

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