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N.° 60 Julho<br />
FL<br />
FRIBOURG<br />
1996 2010 2011<br />
-<br />
“ Portugal existe onde existe um português ”<br />
JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG<br />
FRI LUSO<br />
ITERATURA • OPINIÃO • POESIA • COMENTÁRIOS • HUMOR • HORÓSCOPO<br />
Humberto Pinho 2<br />
A ALBARDA<br />
DO<br />
POVO<br />
Laurentino Sabrosa 3<br />
Heresias<br />
e<br />
Seitas<br />
Geral 7<br />
PAZ<br />
Cinthya Nunes Vieira da Silva 18<br />
Catando<br />
Lixo<br />
O Museu do Côa, inaugurado em julho de 2010, já recebeu mais de 30 mil<br />
visitantes, um número "significativo" para os responsáveis pela unidade<br />
museológica edificada num ponto "estratégico" da região do Douro Superior.<br />
O Museu do Côa registou<br />
um novo recorde de 578<br />
visitantes, no dia 23 de<br />
Abril.<br />
Nas suas férias do Verão,<br />
aproveite para conhecer o<br />
novo equipamento<br />
cultural de excelência do<br />
Douro.<br />
Faça também uma visita às<br />
gravuras do Parque Arqueológico<br />
do Vale do Côa, o<br />
mais importante sítio de<br />
arte rupestre Paleolítica ao<br />
ar livre no mundo, algumas<br />
datadas de há 20 mil anos.<br />
Estas gravuras milenares<br />
foram reconhecidas como<br />
Património da Humanidade<br />
pela Unesco, em<br />
1998. Há já mais de meia<br />
centena de núcleos de arte<br />
identificados e quase mil<br />
rochas inventariadas, ao<br />
longo de 17 km, mas a<br />
prospecção continua todos<br />
os dias.<br />
Aberto ao público desde<br />
30 de Julho, o Museu do<br />
Côa proporciona ao visi-<br />
Amália Rodrigues e seu...<br />
tante uma viagem no tempo, até à alvorada do desenvolvimento da Humanidade, quando<br />
surgiram as primeiras tentativas de representação simbólica enquadradas por uma nova<br />
relação do Homem com a natureza e pela emergência da Cultura. Três salas de contextualização<br />
e introdução à temática expositiva e quatro salas onde é apresentado o tratamento<br />
monográfico da arte rupestre do Vale do Côa, são complementadas com a exposição temporária<br />
“Gesto e Inscrição”, composta por 38 obras, de nove artistas contemporâneos, da<br />
colecção da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento .<br />
O Museu está aberto todos os dias, excepto às 2ªas feiras, das 9h00 às 12h30 e das 14h00<br />
às 17h30,<br />
O custo de ingresso para o Museu (bilhete individual) é de 5,00€, sendo o custo do bilhete<br />
conjunto para ingresso no Museu e visita a um dos núcleos de Arte Rupestre de 12,00€<br />
http://solpaz.blogs.sapo.pt/
2 2011 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG N.° 60 FRI -LUSO<br />
Humberto Pinho da Silva<br />
HOMENAGEM Faleceu um amigo! P. Aquilino Pereira 02 Maio 2011<br />
“NA CASA DO BENFICA: P. Aquilino Pereira a convite do autor<br />
Quehas benze a casa!”<br />
Fiquei exausto. Era um grande amigo que tinha na minha vida...<br />
EU senti tudo! No dia que lhe amputaram a perna, falei com o<br />
jornalista José Abílio Coelho e, ele disse-me: - João, amputaram<br />
a perna ao seu amigo. - Qual? - P. Aquilino Pereira. Respondi;<br />
Falei com ele esta semana, nada<br />
levava a querer tal coisa! Hoje<br />
liguei ao meu amigo Peixoto que<br />
está de férias em Portugal! Tal<br />
como o Zé, disse-me: O teu<br />
amigo faleceu. Pensei para meus<br />
botões, foi o P. Aquilino Pereira... E<br />
certo, o Peixoto confirmou-me a<br />
triste notícia. Cheguei ao PC e<br />
deparo-me com a notícia no ecrã<br />
na minha frente, o VÍDEO que EU<br />
fiz no Verão e, que lhe dedico de<br />
coração a meu amigo e respeitado<br />
Reverendo Padre Aquilino<br />
Pereira. Tinha tudo pensado para lhe fazer uma entrevista nas<br />
férias como Padre, como Homem e como Escritor, andei lentamente<br />
demais, é tarde, fica este vídeo para lembrança e algumas<br />
fotos... Sabem quem escolheu a foto do meu segundo<br />
livro? Foi o amigo Aquilino Pereira! Pensei tê-lo também<br />
comigo no evento cultural no Verão, à semelhança como o teve<br />
noutro evento cultural anterior. P. Aquilino Pereira marcou a<br />
minha vida e, da minha família, foi desde muito novo, digo<br />
mesmo, desde sempre que tive afecto aquele homem, (embora<br />
muitos não gostassem dele!) Baptizou-me e fez outras acções<br />
religiosas a minhas filhas. P. Aquilino, desde cedo, (de sempre)<br />
adquiriu confiança e amizade para comigo, desde a catequese,<br />
confissões, Comunhão Solene, Crisma e, passeios por esse<br />
Portugal fora, (devo a ele muitos locais que conheci) desde o<br />
Minho ao Algarve. Tanto é que a nossa amizade levou a que o<br />
Padre Aquilino Pereira em Homilia em plena missa de Domingo<br />
A ALBARDA DO POVO<br />
Muitos são os que pensam que mudando o regime ou partido, que pontifica na capital, a situação<br />
melhora, olvidando que o povo terá sempre que obedecer.<br />
Neste mundo, uns nasceram para servir, outros para serem servidos; uns para obedecer, outros<br />
para mandar. Os homens não são todos iguais, ainda que se afirme o contrario. A diferença começa<br />
no local e na família em que se nasce, das oportunidades surgidas, e capacidade intelectual de<br />
cada um.<br />
Tive professor – que detestava, – que a propósito de tudo e de nada, dizia que estavamos numa<br />
ditadura intelectual: o mais inteligente e capaz, escraviza o fraco e o menos abonado de intelecto.<br />
Embora a forma como proferia, fosse-me desagradável, não deixava de lhe dar razão: a elite, constituída, em regra, pelos que<br />
tiveram mais formação e oportunidades, não se cansa de cercear direitos aos que a servem, ou seja: o povo.<br />
Continua na página 8<br />
em 2006, falou aos seus paroquianos do autor Quelhas e do<br />
primeiro livro e também do meu avô na passagem da primeira<br />
Guerra Mundial em La Lys em França. As três últimas vezes que<br />
falamos, foi no funeral do meu Pai, missa do Sétimo Dia, de<br />
seguida convidei-o para almoçar com a família e, por último no<br />
Verão, quando fiz este lindo vídeo.. Devo dizer que o tal telefonema<br />
que lhe tinha feito, (as<br />
funcionárias do lar sabem que é<br />
verdade!) era para fazer a<br />
Comunhão Solene e a Crisma às<br />
minhas filhas e, ficamos de lhe<br />
ligar nesta altura novamente.<br />
Mas também senti que algo não<br />
estava bem com ele, não desabafou,<br />
só sei que quando o<br />
chamei demorou pouco tempo,<br />
estava com os trabalhadores no<br />
Campo e nada levava a querer.<br />
Gostaria que sua última morada<br />
terrena e, em HOMENAGEM, fos-<br />
se no jazigo na entrada do cemitério, pois já disse isso publicamente<br />
à actual junta de freguesia. Não posso deixar de dizer o<br />
seguinte: E, esta vai para a cultura da Póvoa de Lanhoso que,<br />
tanto me debati, (embora não seja interessante para o comum<br />
dos mortais) Citei entre muitos autores povoenses ou com<br />
raízes assentes na vida dos povoense e caso do P. Aquilino<br />
Pereira, como autor e escritor, com obra de livro “Comemoração<br />
das Bodas de Ouro Sacerdotais do (P. Aquilino) ” e tantos artigos<br />
nos jornais povoenses que, deveria de ser autor do mês em vivo<br />
e não em morto, pois não tinha sentido nenhum, e agora que já<br />
não está entre nós, com toda a certeza que não vai apreciar tal<br />
virtude!? “P. Aquilino para além de um amigo era um cliente na<br />
Loja-Inovalar. Sempre me visitava e tomávamos algo num bar ali<br />
ao lado!”<br />
Resta-me dizer que descanse em PAZ.<br />
João Gonçalves “Quelhas”
RI -LUSO<br />
oje em dia, poucos de nós<br />
serão aqueles que não<br />
tenham sido na rua ou à<br />
orta de casa, abordados por<br />
ois homens ou duas mulheres,<br />
ue andam em propaganda<br />
eligiosa, querendo distribuir<br />
teratura editada pela sua<br />
ongregação. Querem, obviaente,<br />
aliciar-nos para as suas<br />
eias, para passarmos a ser<br />
eus praticantes. Nenhum<br />
esses grupos é católico,<br />
mbora apresentem afinidades<br />
om o Cristianismo, e é exactaente<br />
por causa dessas afiniades<br />
que, por vezes, consegem<br />
arrebanhar pessoas. Cada<br />
atólico deve ter uma fé suficintemente<br />
sólida para lhes<br />
aber resistir, e ver onde estão<br />
s erros que lhes servem de<br />
ase. Não vou expor os arguentos<br />
que se poderiam usar<br />
um dos referidos encontros de<br />
ua, porque aí não é sede<br />
rópria de debates religiosos, e<br />
instrução religiosa é tão vasta<br />
ue deve ser feita por livros<br />
propriados. É para dar uma<br />
juda que eu me atrevo a falar<br />
este tema de Heresias e Seitas.<br />
eresia é o erro de quem é<br />
aptizado mas professa<br />
outrina diferente da fé do seu<br />
aptismo, contradizendo,<br />
ortanto, a verdade revelada.<br />
onvém não confundir com<br />
isma, que é a separação da<br />
omunhão com toda a Igreja,<br />
o que resulta a desobediência<br />
o Pontífice Romano. A heresia<br />
mais grave que o cisma, mas<br />
ais grave ainda é a apostasia,<br />
ue é o total abandono da fé<br />
atólica. Os que “inventam”<br />
ma heresia e são mentores do<br />
eu ensino, são chamados<br />
eresiarcas; os que os seguem<br />
N.° 60 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG 2011<br />
H E R E S I A S E S E I T A S<br />
Por Laurentino Sabrosa<br />
são hereges ou heréticos; os<br />
que aderem a um cisma são<br />
cismáticos; os que renegaram<br />
totalmente a fé são apóstatas.<br />
Os que nos abordam na rua,<br />
coitadinhos, não são nada: não<br />
são hereges, não são cismáticos,<br />
não são apóstatas – são, se<br />
calhar bem intencionados,<br />
membros de seitas, grupos<br />
avulso sem seriedade doutrinal,<br />
ramos ou sub-ramos dissidentes<br />
de qualquer heresia. Porém,<br />
alguns deles nem sequer terão<br />
boas intenções, porque se destinam<br />
a explorar em proveito<br />
próprio as angústias e os sentimentos<br />
religiosos das pessoas, e<br />
neste caso bem se pode dizer<br />
que são templos ambulantes do<br />
paganismo.<br />
É claro que estou a falar totalmente<br />
dentro da perspectiva<br />
católica e no âmbito do Cristianismo.<br />
Os maometanos consideram<br />
os cristãos como hereges<br />
ou infiéis. Para nós, católicos, os<br />
cristãos da Igreja Ortodoxa<br />
Grega são cismáticos. Aquando<br />
deste cisma, o Grande Cisma do<br />
Oriente ou Bizantino, a Igreja<br />
que daí surgiu auto-intitulou-se<br />
de ortodoxa. Porém, atendendo<br />
ao significado de ortodoxo<br />
(correcto, de sã doutrina) a<br />
Igreja Latina, com o Primado do<br />
Papa de Roma, bem pode dizer<br />
que os católicos é que são<br />
ortodoxos. Eles, os que se dizem<br />
ortodoxos, são heterodoxos. E,<br />
muito possivelmente, aqueles<br />
que pertencem às seitas, palavra<br />
de tom depreciativo, pensam e<br />
dizem que a seita somos nós!<br />
Marco Aurélio, apesar da sua<br />
sabedoria e religiosidade, perseguiu<br />
os cristãos por os considerar<br />
uma seita nefasta, e o<br />
mesmo conceito a respeito deles<br />
tinha o Apóstolo São Paulo<br />
antes da conversão.<br />
A liberdade religiosa e de pensamento<br />
é de tal ordem, que<br />
muitos católicos por vezes têm<br />
atitudes e opiniões, que, na<br />
prática, até podem ser consideradas<br />
heresias! Ora vejamos:<br />
alguns, não valorizam a Missa;<br />
outros, vão à Missa, mas não<br />
acreditam na transubstanciação;<br />
outros, não acreditam na<br />
Confissão; outros, acham que a<br />
Bíblia só tem aquilo que certos<br />
homens quiseram; outros, não<br />
acreditam no Dogma da<br />
Imaculada Conceição; outros,<br />
não aceitam a infalibilidade da<br />
Igreja através do Papa – e<br />
outros desvios se podem notar<br />
nas conversas de certas pessoas.<br />
É exactamente entre estas<br />
pessoas, sem verdadeira fé e de<br />
pouca instrução religiosa, em<br />
que cada qual pensa à sua<br />
maneira, que as seitas modernas<br />
conseguem aderentes. Até<br />
mesmo entre os grandes<br />
intelectuais se verifica, em nível<br />
mais elevado, coisa semelhante.<br />
O Papa Bento XVI, quando era<br />
Prefeito da Congregação para a<br />
Doutrina da Fé, teve de lutar<br />
contra alguns teólogos que<br />
queriam implantar as suas<br />
teorias que eram desvios da<br />
disciplina e da verdade<br />
revelada: opiniões divergentes<br />
sobre a Fé, sobre o Sacerdócio,<br />
sobre a Tradição, sobre a Hierarquia<br />
da Igreja. Se não fosse a<br />
sua acção inteligente e firme,<br />
todas essas opiniões talvez<br />
degenerassem em heresias<br />
perniciosas no campo doutrinal,<br />
com grave desorientação<br />
de todo o povo cristão.<br />
Esta tendência de surgirem<br />
opiniões ou teses sobre os múltiplos<br />
aspectos da vida e das<br />
relações com Deus, em que se<br />
procura com maior ou menor<br />
honestidade e inteligência<br />
encontrar a Verdade, é muitíssima<br />
antiga. Assim, no século II<br />
surgiu a heresia de Marcião do<br />
Ponto, o marciosismo, além das<br />
heresias do gnosticismo e<br />
montanismo; depois, no século<br />
laurindo.barbosa@gmail.com<br />
III, surgiram o maniqueísmo e o<br />
adopcionismo; no século IV<br />
surgiram o donatismo, o arian<br />
ismo, o apolinarismo e o priscil<br />
ianismo; no século V, surgiram o<br />
pelagianismo, o nestorianismo<br />
e o monofisismo; no século VII<br />
surgiu o monotelitismo; no<br />
século VIII, surgiram os icono<br />
clastas; no século XI surgiu a<br />
heresia de Berengário de Tours<br />
nos séculos XII e XIII surgiram a<br />
seitas dos Bogomilos, do<br />
Cátaros(ou Albigenses) e do<br />
Valdenses; no século XVII surgiu<br />
a seita jansenista e a do<br />
anabaptistas, que emergiram<br />
do Protestantismo. Estes nome<br />
derivam ou do nome de quem<br />
fundou a heresia, ou do<br />
conteúdo da doutrina. Mas isto<br />
não é tudo! Relacionei apena<br />
as mais importantes. Foi para<br />
combater as heresias que em<br />
louvável intenção, mas em<br />
deplorável execução, foi estabe<br />
lecida a chamada Santa<br />
Inquisição.<br />
O estudo das numerosa<br />
heresias que foram surgindo<br />
após a Ascensão de Cristo<br />
juntamente com o estudo dos<br />
diversos concílios que as conde<br />
naram, seria muito interessante<br />
São páginas da História da<br />
Igreja, nem sempre de grande<br />
beleza, mas onde se pode nota<br />
a acção do Espírito a comanda<br />
toda a História, neutralizando e<br />
ridicularizando essas tai<br />
heresias. Fiz este resumo, para o<br />
leitor menos avisado desta<br />
coisas, ver a “piolhagem” que<br />
tínhamos na cabeça a<br />
amofinar-nos o juízo, se todas<br />
elas continuassem a existir e<br />
cada uma a afirmar-nos que ela<br />
ela sim, é que era a verdadeira<br />
doutrina. Aqui, para ajudar o<br />
leitor a resistir e saber responde<br />
a alguns” angariadores” mais<br />
importunos, vou apenas pôr em<br />
destaque, e em resumo, as diferenças<br />
Continua na página 10<br />
3
4 2011 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG N.° 60 FRI -LUSO<br />
Poesia<br />
RITO POÉTICO<br />
i se eu pudesse um dia<br />
o poder ganhar acesso<br />
s corruptos mandaria<br />
’ró Inferno sem regresso.<br />
andaria direitinho<br />
em jamais tempo perder<br />
irectos ao pelourinho<br />
s que abusam do poder.<br />
Páginas abertas à Poesia Lusa<br />
i se eu pudesse mandar<br />
unia com toda a ira<br />
uem nos anda a enganar<br />
om falsidade e mentira.<br />
e eu pudesse obrigaria<br />
sses d’altos honorários<br />
viver o dia a dia<br />
om os mais comuns salários.<br />
i se eu pudesse ordenar<br />
os vigaristas do mundo<br />
anadava-os p’ro alto mar<br />
as num barco sem ter fundo.<br />
edófilos e burlões<br />
ssassinos e traidores<br />
ançava-os aos tubarões<br />
ois todos são predadores.<br />
i se eu pudesse fazia<br />
o bem uma só doutrina<br />
deste mundo bania<br />
odo o mal que o domina.<br />
e eu tivesse esse condão<br />
udo o qu’ em vão se consome<br />
ransformaria em pão<br />
ara dar a quem tem fome.<br />
uclides Cavaco<br />
Quadras<br />
Não posso mudar o vento<br />
Posso manobrar a vela<br />
Levo-te no pensamento<br />
Na distinta Caravela!...<br />
Esperança nunca morre,<br />
Tem sido sempre meu trunfo.<br />
Com esta vida que corre,<br />
Ajuda no meu triunfo.<br />
Jorge Vicente<br />
O BEIJO ESPERADO<br />
Saberei esperar por ti,<br />
como tudo que é muito,<br />
e quando sorrires pra mim,<br />
saberei que tem intuito.<br />
Espero na estrada, na rua,<br />
que tu te achegues a mim,<br />
com a tua alma toda nua,<br />
vestindo saia de cetim.<br />
E mais esperarei, enfim,<br />
que tu venhas de lá, de lá,<br />
aguardarei dentro de mim,<br />
que me tragas ao que há.<br />
E num abraço apertado,<br />
vamos nos cumprimentar,<br />
está mesmo aqui ao lado,<br />
o beijo que estou a guardar.<br />
Jorge Humberto<br />
Noite de núpcias<br />
Noite de gozo, noite de delícias,<br />
Aquela em que a noiva carinhosa,<br />
Vai do seu noivo receber carícias<br />
No leito sobre a colcha cor de rosa.<br />
Sonha acordada coisa fictícias,<br />
Volvendo-se sobre o leito voluptuosa,<br />
E o anjo de amor e de carícias<br />
Fecha a cortina tênue e vaporosa.<br />
Ouvem-se beijos tímidos, ardentes,<br />
Por baixo da cortina assim velada,<br />
Em suspiros tristes e dolentes.<br />
Se fitássemos a noiva agora exangue,<br />
Vê-la-íamos bem triste e descorda<br />
E o leito nupcial banhado em sangue.<br />
Padre Antônio Tomaz<br />
SER MÃE<br />
Ser Mãe é ser Amor a vida inteira<br />
E santa protectora dos “rebentos”<br />
Que anseia vê-los sempre à sua beira<br />
Para lhe dar carinhos e alentos.<br />
Ser Mãe é ser Amiga e companheira<br />
Nas horas de alegria e de tormentos;<br />
É ser ainda fada medianeira<br />
E Lux da Paz em todos os momentos.<br />
Ser Mãe é ser um Anjo Salvador<br />
Que os filhos põe à guarda do Senhor<br />
Para os abençoar e proteger.<br />
Ser Mãe é ser humana e paciente<br />
E ser alma que nunca se recente<br />
Por mais ingratidões que venha a ter!<br />
Clarisse Barata Sanches<br />
De lá para cá.<br />
Inicia de lá para cá,<br />
termina de cá para lá,<br />
com fé na ressurreição<br />
tudo se provará…<br />
Nesse patamar<br />
de tábua rasa<br />
existe uma esfera<br />
de passagem,<br />
por um voltar a nascer<br />
foi visado<br />
e prometido,<br />
por amor concebido<br />
àquela que nos dá o<br />
«Ser»; «Mãe»<br />
A luz do seu amor.<br />
O Carma se cumpre<br />
predito no Inteligível<br />
e afixado no Sensível.<br />
Então? …<br />
Foi de lá para cá<br />
Na fé, na esperança<br />
que “Há”…<br />
Quantas vidas<br />
serão precisas cá<br />
para saldar o seu<br />
pesar pecaminoso?<br />
O livro da vida<br />
é a autenticidade<br />
dessa vida que se apura<br />
em conformidade,<br />
que nos leva ao Sagrado<br />
na elevada perfeição! …<br />
Inicia de lá para cá,<br />
termina de cá para lá,<br />
com fé na ressurreição<br />
tudo se provará….<br />
Pinhal Dias – Amora / Portuga<br />
Maio2011<br />
Envie os seus poemas para serem publicados nesta página
RI -LUSO<br />
ER POETA E SER PROFETA<br />
ue é ser Poeta?<br />
não fazer versos de fado malcriado.<br />
ue é ser Profeta?<br />
não ser adivinho do nosso caminho.<br />
er Poeta e ser Profeta<br />
amar a Deus nas Alturas<br />
na Terra todas as criaturas.<br />
privar com a mais bela estrela<br />
amá-la como a uma mulher bela.<br />
sem que nada se tema<br />
azer de cada pensamento um desejo<br />
de cada desejo um poema.<br />
cultivar todas as virtudes:<br />
ondade, mansidão, civismo,<br />
iligência, paciência, caridade,<br />
emperança, alegria e patriotismo.<br />
um querer dar a quem não nos peça,<br />
um querer partir sem ter pressa,<br />
querer possuir a Infinitude e a Sabedoria<br />
amar de Deus a Ciência e a Poesia.<br />
levar uma vida de paixão<br />
o Amor e do Infinito.<br />
levar uma vida de sofreguidão<br />
o Belo e do Inaudito.<br />
levar uma vida cheia de verdade<br />
ara um dia, cheio de majestade,<br />
em maldizer a sua sorte,<br />
mar sem limites a própria morte,<br />
as vencê-la com um beijo na palma da mão,<br />
isparado sobre ela por um sopro do coração.<br />
pregar de porta em porta<br />
a outra Vida a vinda<br />
depois cair qual ave exânime, quase morta,<br />
a imensidão celestial e infinda<br />
ara balbuciar, então, de voz desfalecida,<br />
a chegar à Cidade Prometida:<br />
Oh! Potestades!<br />
Eu já tinha saudades!<br />
urentino Barbosa<br />
e pés gelados, calça longa molhada,<br />
e pingos densos velozes pela estrada...<br />
ue, pé-ante-pé, me vai cantando o bravo<br />
hino que no ser me entra porque gravo.<br />
faço, então, cantiga de alma lavada:<br />
ecordo o trevo, a sorte e a desfolhada,<br />
eco das Trindades, em desagravo,<br />
mito da canção que brotou um cravo.<br />
quem colherá chuva por entre os dedos,<br />
os passos que desbravam frios clamores,<br />
ara fugir da frente dos quentes medos?!<br />
s tu?! Tu que mal sabes o que labirinto<br />
chuva que me sai em pauta de cores…<br />
as só tu rimas com o que quero e sinto!<br />
osa Silva<br />
N.° 60 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG 2011<br />
POETA Á ANTIGA<br />
Quando o enxergam passar - passos pequenos,<br />
a face magra, quieto, entristecido -<br />
lançando às vezes , no ar, mudos acenos<br />
em gestos de abraçar o indefinido;<br />
Quando o enxergam passar(e o seu ouvido<br />
não atende aos insultos dos terrenos)<br />
todos, num quase acento comovido,<br />
dizem:"deve ser louco, mais ou menos..."<br />
Um dia (nem eu sei como se deu)<br />
conversamos...Contou-me todo o seu<br />
viver, cheio de angústias e revezes...<br />
É poeta!...Arrependo-me dizê-lo<br />
pois eu sei que dirão, agora, ao vê-lo:<br />
-"Poeta?... Então é louco duas vezes!"<br />
Lino Vitti<br />
Quando eu morrer... Hum!!!<br />
Por Renã Leite Pontes<br />
Quando eu morrer... Hum!!! Quero ser cremado<br />
pra converter-me em fino pó dos pós.<br />
e ao liberar meu coração alado,<br />
nada mais quero, do que quereis vós.<br />
Quero voar num vento delicado,<br />
pra me juntar aos pós dos meus avôs;<br />
abandonando o nosso horrendo estado,<br />
fluir-me em gás num vento de mil nós.<br />
E ganhar cor de poeira vermelha,<br />
ser da Divina Fogueira, a centelha,<br />
da Chama que dá vida ao universo.<br />
Só rogo a Deus que na hora postuma,<br />
não haja entreve de coisa nenhuma:<br />
quero escrever o meu mais lindo verso.<br />
TODOS IGUAIS<br />
Se entre os Reis és o mais poderoso<br />
É porque com eles vives lado a lado<br />
Nessa toca em que tudo é frondoso<br />
Num ambiente em que tudo é viciado<br />
Se amigo e não poderoso é o pobre<br />
É porque nunca lhe sorriu a vida<br />
Ele que passando fome é o mais Nobre<br />
Porque é o que mais sofre à partida<br />
Mas Deus não tem os olhos vendados<br />
Sabe à partida quais os agregados<br />
Para sofrerem estes males da vida<br />
EU QUERIA SER...<br />
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5<br />
Que os poderosos e os pobres se juntem<br />
Para sermos todos fortes e com vintém<br />
E caminhamos de mãos dadas à partida<br />
Jorge Vicente - Fribourg<br />
Eu queria ser a Estrela<br />
Lá em cima, de vigia<br />
Eu queria ser como o Sol<br />
Que aquece e alumia<br />
Eu queria ser a Lua cheia<br />
Clareando a noite escura<br />
Queria ter esta ventura<br />
Iluminava os caminhos<br />
Onde passam casalinhos<br />
Abraçados, aos beijinhos<br />
Eu queria ser a andorinha<br />
Voar p’ra terras distantes<br />
Onde há vidas contrastante<br />
Riqueza, fome, medo, guerra<br />
Um ror de feridas na terra<br />
Onde muitos têm muito<br />
E milhões não têm nada<br />
Eu queria ser um Anjo<br />
Para as lutas acalmar<br />
Todas as chagas sarar<br />
Daria alegria aos tristes<br />
E esperança aos descrentes<br />
Aos insensíveis, sentimentos<br />
Ninguém fariam sofrer<br />
Eu queria ser...<br />
Fernanda Lúcia
6 2011 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG N.° 60 FRI -LUSO<br />
OUSÃ MEU PREITO<br />
ainha das Beiras)<br />
OUSÃ, vila d’ encantos! Vila divina,<br />
om serra rica que é como benesse<br />
uem tua vasta floresta examina,<br />
rende as almas e nunca mais esquece<br />
paisagem que s’ergue da colina,<br />
os meus olhos extáticos parece,<br />
oiva entre mimosas que domina<br />
colossal extensão que a enaltece!<br />
colhedora, boa com todos turistas,<br />
u’encontram nas suas sublimes vistas,<br />
onforto pra minorar suas canseiras!<br />
ao admirar-te, minh’alma se humilha,<br />
az bem contemplar tanta maravilha,<br />
ão há dúvida és bem a rainha das beiras<br />
elson Fontes<br />
EGREDO ETERNO<br />
pensar que me amavas...<br />
nlacei as minhas mãos nas tuas<br />
dei-te um beijo em comunhão,<br />
o mais profundo<br />
o meu coração.<br />
aiu como pedra em mar convulsivo<br />
mentira enganosa e falaz.<br />
gora, maldito e perverso,<br />
estruíste a minha casa de fogo.<br />
ão esperes que te diga suplicante:<br />
u quero-te, rogo, que por ti volto.<br />
fogo que ardia apagou-se.<br />
oje, homem perverso,<br />
igo-te que me fizeste sofrer.<br />
as tardes já os pássaros<br />
pagaram seus cantos.<br />
ágrimas e amores estão dormindo<br />
um sepulcro fechado a sete chaves<br />
os fantasmas movem-se<br />
m dança macabra.<br />
MÃE<br />
Minha Mãe, mulher linda<br />
Como eu sinto ainda<br />
A tua ternura infinda!...<br />
Quis ser a tua imagem<br />
Ter tua Fé e coragem<br />
Na luta, no sofrimento.<br />
Nas mágoas que passaste<br />
Por mim, te sacrificaste<br />
Sem queixa nem um lamento<br />
Foste o meu anjo, meu guia<br />
Acalentaste meus filhos<br />
Que te lembram, avozinha<br />
Dos beijinhos que lhes davas<br />
Das histórias que contavas<br />
Quando iam p’ra caminha...<br />
Muitos anos já passaram<br />
Perenes saudades ficaram...<br />
Que Deus te recompense<br />
Este poema te escrevo<br />
MÃE, a ti tanto devo!<br />
Fernanda Lúcia<br />
GOTAS DE ORVALHO<br />
Leves gotas pequeninas<br />
Nas folhas de madrugada<br />
Anunciam cristalinas<br />
De mais um dia a chegada.<br />
Em cada gota brilhante<br />
Há vida, luz e poesia<br />
Que vem poisar deslumbrante<br />
Como cristais de alquimia!...<br />
Feitas de água Divina<br />
Que do Céu não foi chovida<br />
E nas folhas se aglutina<br />
Sem ser da Terra nascida...<br />
Caprichos da Natureza<br />
De cujos entender falho<br />
P’ra descrever a beleza<br />
Que há nas gotas de orvalho!<br />
Epitáfio<br />
Por Renã Leite Pontes<br />
No dia em que eu morrer, cante comigo:<br />
venceu a morte mais uma batalha!<br />
morreu de tanto asco de canalha!<br />
morreu e não deixou vivo um amigo!<br />
Morreu de boa morte em seu abrigo!<br />
pediu a cremação, não quis mortalha!<br />
buscou a perfeição, versou sem falha!<br />
a morte, para si, não foi castigo!<br />
Quero voltar a ser nefelibata...<br />
folha que cura, folha que me mata,<br />
converte em glória o rumo desta história.<br />
Não pinto os meus cabelos pra morrer,<br />
mas, certos casos... pode acontecer:<br />
“tragada foi a morte com a vitória”.<br />
Do Livro Diálogos (An) Versos, Paka-Tatu, 2011.<br />
SERRETA NA<br />
INTIMIDADE<br />
A boa Amiga e<br />
inspirada<br />
poetisa Rosa<br />
Silva Maria<br />
“Azoriana”,<br />
felicitando-a<br />
pela publicação<br />
deste seu<br />
interessante<br />
livro de<br />
recordações,<br />
“Serreta na<br />
Intimidade”<br />
(prosa e<br />
poesia), com<br />
muito apreço:<br />
O livro “Serreta na Intimidade”<br />
Que li com carinho e muito prazer,<br />
É obra querida de muita Saudade<br />
Que a Rosa Maria gostou de escrever.<br />
Da Ilha Terceira, poeta se fez<br />
E o sonho do livro lhe veio à memória.<br />
Honrando a família muito a satisfez<br />
Com fotos bonitas tecendo - lhe história!<br />
Fizemos há tempos uma desgarrada,<br />
“Desgarrada Além-mar”, impressa, engraçada<br />
Que muito nos honra em nossa Amizade!<br />
E agora, também, a aprecio bastante<br />
Em canto que vibra de amor radiante,<br />
No livro “Serreta na Intimidade”!<br />
delaide Ramos Vilela<br />
Euclides Cavaco<br />
Clarisse Barata Sanches - Góis<br />
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RI -LUSO<br />
N.° 60 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG 2011<br />
mália Rodrigues e seu aniversário<br />
920 - Amália da Piedade Rodrigues nasceu na Rua Martim Vaz, na freguesia da Pena, próximo da Mouraria, em Lisboa. Os pais eram<br />
aturais da Beira Baixa mas radicados em Lisboa durante alguns anos. É a quinta de nove filhos. A data certa do nascimento é descon<br />
ecida: em documentos oficiais nasceu a 23 de Julho, mas Amália sempre considerou que nasceu no primeiro dia desse mês. Não é o<br />
ue ficou declarado no Registo Civil. Para ela o que importava é que foi no tempo das cerejas e no signo do Leão.<br />
921, os pais de Amália, por<br />
ificuldades de subsistência,<br />
egressam para a Beira Baixa<br />
eixando Amália em Lisboa a<br />
argo dos avós maternos.<br />
929, inicia a escola primária<br />
m Lisboa, na Escola Primária<br />
a Tapada da Ajuda. É numa<br />
sta da escola que canta pela<br />
rimeira vez em público.<br />
s pais de Amália voltam<br />
ovamente para Lisboa, mas<br />
mália continua a viver com<br />
s avós.<br />
932, arranja emprego como<br />
ordadeira depois de terminar<br />
escola primária.<br />
7<br />
1932, arranja emprego como<br />
bordadeira depois de termina<br />
a escola primária.<br />
1933, emprega-se nas fábrica<br />
de bolos da Pampulha, em<br />
Lisboa.<br />
1934, passa a morar com o<br />
pais e os irmãos na zona<br />
operária junto ao Tejo.<br />
1938, concorre ao Concurso da<br />
Rainha do Fado dos Bairros, no<br />
qual não chega a participa<br />
pois as outras concorrente<br />
ameaçam desistir se ela<br />
concorrer, e Amália acaba po<br />
desistir da participação. Neste<br />
concurso conhece Francisco<br />
a Cruz, um jovem de 23 anos, torneiro mecânico e guitarrista amador, com quem se casará em 1940, casamento que dura dois anos<br />
os ensaios do Concurso da Rainha do Fado dos Bairros, Amália é notada por um assistente que a recomenda a Jorge Soriano, directo<br />
a casa de fados Retiro da Severa. A audição foi um sucesso, mas para não contrariar a família, acaba por não aceitar o convite. Como<br />
dista amadora exibe-se em vários locais com o nome de Amália Rebordão, devido ao seu irmão Filipe Rebordão, pugilista relativa<br />
ente conhecido.<br />
939, estreia-se no Retiro da Severa, como fadista profissional. O êxito no Retiro como artista exclusiva é um sucesso, e espalha-se po<br />
da a Lisboa pela boca do público. Imediatamente passa a cabeça de cartaz.<br />
940, canta no Solar da Alegria, Café Mondego e Retiro da Severa, como artista exclusiva e já com reportório próprio. É no Solar da<br />
legria que José de Melo passa a ser seu empresário. É José de Melo que afasta Amália da gravação de discos, com o argumento de<br />
ue os discos iriam afastar o público das casas de fado.<br />
icia a sua colaboração com o poeta Linhares Barbosa, e com Frederico de Brito e Gabriel de Oliveira.<br />
mália e Francisco da Cruz casam mudando-se para casa da família dele, em Algés.<br />
streia-se nos palcos no Teatro Maria Vitória na revista Ora Vai Tu!. Amália é atracção convidada.<br />
venta a fadista vestida de negro com xaile negro.<br />
999, Amália Rodrigues morreu no dia 6 de Outubro, com 79 anos. Está sepultada no Panteão Nacional, entre os portugueses ilustres<br />
evanta-te Portugal<br />
Como não ficar triste com a notícia<br />
do pedido de ajuda que Portugal<br />
vem de fazer.<br />
É do outro lado do atlântico que recebi<br />
a notícia triste desta eventualidade<br />
dos portugueses não serem<br />
capazes de limparem a sua própria<br />
casa. Como é possível que não tenhamos<br />
um mínimo de portuguesismo,<br />
para sair desta vergonha de<br />
pessoas incapazes de solucionar os<br />
seus próprios problemas.<br />
Nós sabemos que uma ajuda exterior<br />
tem que se pagar e o preço é<br />
bem maior do que o preço de uma<br />
dose de portuguesismo.<br />
É tempo que a classe política em<br />
Portugal cesse de ver e de falar<br />
sem demagogia, que haja uma reavaliação<br />
das verdadeiras potencialidades<br />
deste pais e deste povo,<br />
para tomarem decisões e ter as ações necessárias<br />
para que possamos sair desta pouca vergonha,<br />
da impossibilidade de limpar a nossa própria casa.<br />
Nós sabemos que o maior problema<br />
de Portugal é a distribuição da riqueza e quando<br />
vemos que alguns funcionários públicos têm<br />
salários idênticos aos países mais ricos da Europa,<br />
quando o país tem menos riqueza, que o país não<br />
produz suficientemente, por má organização<br />
e falta de profissionalismo.<br />
Mas sabemos também que há potencialidades<br />
em Portugal, que<br />
essas deviam ser aproveitadas para<br />
levantar este país.<br />
Eu tenho falado da invisibilidade da Comunidade<br />
portuguesa em França, mas essa mesma é em<br />
qualquer canto do mundo e a prova<br />
manuel de sousa Fonseca<br />
contact@lusojornal.com<br />
disso é aqui no Brasil.<br />
Se fomos nós que o descobrimos,<br />
porque razão são outras nações<br />
que se implantam e desenvolvem<br />
seus negócios, os nossos produtos<br />
são raros, os das outras nações<br />
estão omnipresentes.<br />
Quando deixarmos em Portugal de<br />
comprar toda a porcaria de vem de<br />
fora, quando soubermos defender<br />
e valorizar o que é nosso, quando<br />
formos agressivos em termos de<br />
mercado e cultura, quando deixarmos<br />
de pensar com o estômago,<br />
quando deixarmos de ser pequenos,<br />
então aí sim, poderemos levantar a cabeça.<br />
Levanta-la e olhar para o horizonte em<br />
busca de novas perspetivas para este<br />
país e seu povo.
8 2011 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG N.° 60 FRI -LUSO<br />
A CRÔNICA “O MILHARAL”<br />
Lino Vitti<br />
Há semanas atrás tive oportunidade de escrever uma crônica saudosa, lembrando meus<br />
mpos de roça, quando, adolescente ainda, participava do trato à lavoura, ao lado dos adultos, pai,<br />
os, camaradas e até um preto ex-escravo, chamado Mamédio. O texto provocou o estro cronístico de<br />
inha esposa professora Dorayrthes, que hoje brinda os leitores com uma Crônica de sua lavra falando<br />
bre o mesmo tema rural. Leiamos:<br />
“ O MILHARAL”<br />
Dorayrthes S.S. Vitti<br />
Parodiando a crônica do meu esposo Lino Vitti, inspirei-me para escrever também uma<br />
roniqueta sobre o mesmo assunto nela tratado.<br />
Diante de um milharal, primeiramente, fiquei observando a beleza dessa plantação. O<br />
xuberante verde de suas folhas, farfalhando com o passar do vento, como fossem música para<br />
eus ouvidos, música regida pelo vento e sussurrada pela folhagem. Que maravilha!<br />
uando aparecem as espigas com seus tufos de cabelos louros, beijadas pelo sol, brilham, lembrando cabeleiras louras das moças<br />
lhendo as espigas prontas para serem consumidas.<br />
Lembro-me então das pamonhas fervidas em grandes tachos e curau feitos pela minha saudosa mãe.A criançada, ao redor<br />
sperava, para raspar a panela, enquanto mamãe dizia: saiam de perto, ainda vão se queimar. Era só alegria com algazarra que faziam<br />
Não é somente para esses doces e iguarias que o milho é utilizado. O tipo de milho branco, depois de ser limpo no moinho<br />
ansforma-se na gostosa cangica que , cozida com leite, é degustada nas tardes de inverno.<br />
O milho seco serve como alimento para as aves, cavalos, burros e porcos.Depois de moído nos moinhos próprios torna-se no<br />
utritivo fubá. Com ele se faz a famosa polenta apreciada por toda a gente. Que tal uma bela polenta com frango ao molho? È prá dar<br />
gua na boca. E o bolo de fubá, ai que delicia!? Um fofo bolo de fubá com café e leite nas tardes de qualquer um!<br />
Falando nessas boas coisas a saudade fez-me fugir um pouco do assunto.<br />
Continuando a ver o milharal, vislumbrei no meio da vasta onda verde, uma figura exótica, com um rosto triste, braços aber<br />
s como os de Cristo na cruz. Na cabeça, chapéu roto e roupas maiores que o corpo.<br />
Aproximei-me e vi um boneco. Ele olhou-me e disse:<br />
- “Infeliz sina a minha. Ficar aqui nas frias noites de inverno ou ao causticante sol de verão.<br />
- Sabe, a minha tarefa é espantar os pássaros que vêm comer o milho que não plantaram. Mas apesar de tudo ,<br />
nto-me um triste palhaço. E apesar ainda disso cada qual tem a sua utilidade. Aquele fazendo rir e eu espantando os pássaros. Cada<br />
m prestando algum bem para a humanidade.<br />
O milho em suas tantas utilidades é uma bênção de Deus para os homens.<br />
poetalinovitti@ig.com.br (blog: http://poeta-linovitti.blogspot.com/)<br />
Continuação da página 2<br />
A ALBARDA DO POVO<br />
Certa ocasião Fedro contou a seguinte fábula, que ilustra, e bem, o que venho escrevendo:<br />
Um pobre pastor regressava a casa com o burrito, quando escuta ruído de armas e passos de<br />
soldados. Receoso de ser espoliado, vira-se para o jumento e ordena:<br />
- Mexe-te! Corre! se não os soldados podem levar-te para carregares armas ou mantimentos!<br />
Muito pachorrentamente o jerico volta-se para o dono e exclama desolado:<br />
- E a mim que me importa!? Se minha sina é usar sempre albarda!?<br />
Como o jumento, o trabalhador braçal, o operário, o empregado, que não possua amigos<br />
poderosos, não tem outro remédio, senão andar de albarda, servindo sempre a elite, que se<br />
impôs pela inteligência ou pela força. Disso ninguém o livra.<br />
O único meio a seu alcance é mudar de albarda. Pode ser simples ou enfeitada, mas é sempre<br />
albarda. Mas ainda há quem ingenuamente pense o contrário.<br />
http://solpaz.blogs.sapo.pt
RI -LUSO<br />
N.° 60 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG 2011<br />
EXPOSIÇÃO MEMÓRIA<br />
DE<br />
CLARISSE BARATA SANCHES<br />
ESTEVE PATENTE NA CASA DO ARTISTA<br />
EM GÓIS, DO 11 ATÉ AO DIA 30 DE JUNHO DE 2011<br />
COM 263 QUADROS<br />
( É natural que a exposição esteja aberta por mais alguns dias )<br />
Gostei de fazer uma exposição<br />
De alguns dos meus poemas, mas sem glória,<br />
Para deixar em Góis recordação<br />
Que ficasse, de mim, grata memória!<br />
São trabalhos da minha inspiração,<br />
Obra simples, não muito meritória,<br />
Mas feita com amor no coração<br />
E algo do meu ser, da minha história!<br />
Foi Deus que projectou e foi meu guia,<br />
Sem Ele, eu, esta obra não faria<br />
Para deixar em Góis, por afeição!<br />
Ao Senhor agradeço a preciosa<br />
Ideia que me deu e frutuosa,<br />
Se vista com carinho e atenção!<br />
Clarisse Barata Sanches – Góis – Portugal<br />
Viver ou Juntar dinheiro?<br />
Há determinadas mensagens que, de tão interessante, não precisam<br />
nem sequer de comentários. Como esta que recebi recentemente.<br />
Li em uma revista um artigo no qual jovens executivos davam receitas<br />
simples e práticas para qualquer um ficar rico. Aprendi, por exemplo,<br />
que se tivesse simplesmente deixado de tomar um cafezinho por dia,<br />
nos últimos quarenta anos, teria economizado 30 mil reais. Se tivesse<br />
deixado de comer uma pizza por mês, 12 mil reais. E assim por diante.<br />
Impressionado, peguei um papel e comecei a fazer contas. Para minha<br />
surpresa, descobri que hoje poderia estar milionário. Bastaria não ter<br />
tomado as caipirinhas que tomei, não ter feito muitas viagens que fiz,<br />
não ter comprado algumas das roupas caras que comprei. Principalmente,<br />
não ter desperdiçado meu dinheiro em itens supérfluos e<br />
descartáveis.<br />
Ao concluir os cálculos, percebi que hoje poderia ter quase 500 mil<br />
reais na minha conta bancária. É claro que não tenho este dinheiro.<br />
Presidente da Câmara de Góis, Dr.ª Maria de Lurdes Castanheira,<br />
oferecendo um ramo de flores à poetisa Clarisse Barata Sanches<br />
Relativamente a este evento, hoje inaugurado, 11/06/2011, desejo agradecer à Câmara Municipal de Góis, na pessoa de sua Presidente<br />
Senhora Dr.ª Maria de Lurdes Castanheira a sua amável anuência para se realizar esta exposição de quadros e também ao<br />
Sr. Dr. Filipe Carvalho, que desde a primeira hora se dispôs a colaborar comigo neste evento e ainda à Direcção da Cooperativa<br />
Silva-Pecuária de Vila Nova do Ceira, que logo se prontificou a ceder uma linda e confortável sala para este evento, da qual sou<br />
sócia já há muitos anos. Todavia, foi depois resolvido fazer aqui a exposição, mas não posso deixar de esquecer a sua gentileza.,<br />
porque os olhos ficaram-me naquela sala, que cheguei a ir ver. Clarisse B. Sanches<br />
Mas, se tivesse, sabe o que este dinheiro me permitiria fazer?<br />
Viajar, comprar roupas caras, me esbaldar em itens supérfluos e<br />
descartáveis, comer todas as pizzas que quisesse e tomar cafezinhos à<br />
vontade.<br />
Por isso, me sinto muito feliz em ser pobre. Gastei meu dinheiro por<br />
prazer e com prazer. E recomendo aos jovens e brilhantes executivos<br />
que façam a mesma coisa que fiz. Caso contrário, chegarão aos 61 anos<br />
com uma montanha de dinheiro, mas sem ter vivido a vida.<br />
"Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim ele<br />
saberá o VALOR das coisas e não o seu PREÇO"<br />
Que tal um cafezinho ou ”um chopinho”?<br />
9<br />
Max Gehringer
0 2011 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG N.° 60 FRI -LUSO<br />
H E R E S I A S E S E I T A S<br />
Por Laurentino Sabrosa<br />
Continuação da página 3<br />
entre a nossa Igreja Católica e as tais seitas a que me tenho<br />
vindo a referir.<br />
A Igreja foi fundada por Jesus Cristo, verdadeiro Deus – as seitas<br />
foram fundadas muito posteriormente por “iluminados”, muitos<br />
dos quais não têm remédio senão aceitar a divindade de Cristo;<br />
Na Igreja há o ministério petrino firmado no rochedo bíblico que<br />
foi São Pedro, comprovado pelo Novo Testamento, e os ministérios<br />
ordenados (bispos, padres e diáconos) - nas seitas não há<br />
tal ministério: os seus chefes ou “pastores”, alguns dos quais se<br />
intitulam de bispos, são nomeados pelos membros e entre os<br />
membros que já conseguiram arrebanhar, por serem, talvez, os<br />
de maior ousadia ou melhor oratória ; Na Igreja, a Bíblia é interpretada<br />
como parte dos ensinamentos de Cristo e dos Apóstolos,<br />
e de acordo com as regras universais do contexto e dos<br />
significados - cada seita tem a sua própria interpretação da<br />
Bíblia, quase sempre “à letra”, ignorando os estudos bíblicos e as<br />
leis de interpretação literária ; A Igreja está em todo o mundo, é<br />
universal, é católica - as seitas tendem a ser locais, a dividirem-mse<br />
a se subdividirem pois não têm a preocupação de par tilhar a<br />
mesma fé e o mesmo credo ; Os membros da Igreja são os leigos,<br />
as paróquias, as dioceses, as associações, que no seu conjunto<br />
formam uma grande comunidade - as seitas são grupos que<br />
vivem fechados sobre si próprios sem preocupação de fraternidade<br />
e ligação com outras seitas; A Igreja aceita como membros<br />
pessoas de diferentes graus de conversão, não considera<br />
salvos apenas os que estão incluídos no seu seio, e reconhece<br />
que os seus membros são pecadores - nas seitas cada membro<br />
pensa que está salvo pelo simples facto de a ela pertencer e que<br />
todo o mundo só estará salvo quando pertencer a essa “sua”<br />
seita .<br />
São estas as principais diferenças entre a Igreja e as diversas<br />
seitas. O leitor mais interessado pode e deve, como eu já disse<br />
acima, instruir-se em livros adequados.<br />
MAIO 2011<br />
PRO-MASSAGENS<br />
- Massoterapia clínica a domicílio ou consultório.<br />
Massagens:<br />
- Terapêutica<br />
- Relaxamento<br />
- Desportiva<br />
Duração 60 min.<br />
- Custos: a domicílio CHF 70.-<br />
- em consultório CHF 50.-<br />
Tratamentos: - Avaliação e tratamento (endireita)<br />
- Dores da coluna vertebral<br />
- Dores musculares e tecidos moles<br />
- Dores em articulações periféricas (ombros, cotovelos, joelhos e pés)<br />
Custos: em função da duração do tratamento, as deslocações são<br />
acrescidas de CHF 20.-<br />
Contactos:<br />
César Meneses (terapeuta diplomado)<br />
Rue du Mont Carmel 23<br />
CH 1762 Givisiez<br />
Tel: 077 446 46 83 mail: luso.massage@gmail.com<br />
Hoje vamos falar um pouquinho<br />
do amanhã de ontem...<br />
Por:<br />
Jorge Campos<br />
A doçura da Vida:<br />
Todos nos sabemos que, a Humanidade no seu desejo,<br />
procura encontrar a felicidade…<br />
A Gente empenhou-se por todas as partes à procura das energias<br />
e forças da Natureza, para logo coloca-las ao nosso<br />
serviço...<br />
Com as tempos que se perdem e, as noites que correm atrás<br />
dos dias e, os dias correm atrás das noites!<br />
- Será que poderemos encontrar a felicidade ou não?!<br />
Algumas vezes perguntamo-nos a nós próprios...<br />
- O que é vida e o que pensamos sobre a própria vida?<br />
Penso que todos nós temos experiências memoráveis e, oportunidades<br />
que a vida nos dá e que valem a pena.<br />
Mas também penso que a vida muitas vezes é injusta com<br />
alguns de nós e até acabar mesmo por nos dar algumas<br />
surpresas.<br />
Á partida penso que somos pessoas felizes por termos<br />
nascido no sítio que nos tocou, porque a vida é uma lotaria!<br />
Quanto a mim e até agora, só posso dizer que me tratou bem,<br />
posso mesmo dizer que não me faltou nada, mas sabendo<br />
que, nem tudo pode ser prefeito<br />
Por esta razão e devido a algumas experiencias, tratei, e trato<br />
de dar um significado a tudo que me rodeia, não quero ser<br />
como muita gente! Viventes, mas mortos ao mesmo tempo!<br />
Quero saber como me sinto, como penso e como estou e<br />
acima de tudo saber quem sou!...<br />
Prefiro ser escravo da minha Arte, mas não da minha estupidez!<br />
Sei que quero viver com todas as facetas, mas para mim o mais<br />
importante é o sentimento que sinto perante todos os seres<br />
Humanos e pela Natureza Mãe e pelo Deus que a criou…<br />
Quantas vezes lemos um livro ou uma revista e encontramos<br />
um artigo, que nos toca perfumadamente.<br />
Quantas vezes lemos um livro, que nos leva ao conhecimento<br />
e á novidade, fazendo mesmo dilatar a nossa mente e mesmo<br />
muitas das vezes nos faz entender o Mundo que nos rodeia.<br />
Por esta razão, hoje partilharemos todo este momento, que na<br />
minha opinião é uma maneira de interpretar a Arte juntamente<br />
com pessoas que procuram a intensidade da Arte e<br />
Leitura. “Arte com significado e Arte com Razão”<br />
j.campos@usz.ch<br />
http://autodidactajorgecampos.blogspot.com/<br />
Campos da Silva Jorge Manuel, Escultor e Artista Plástico –<br />
Ajudante de analista clínico
RI -LUSO<br />
arlene Gandra<br />
arlenecult@hotmail.com<br />
os dias 2 e 3 de setembro de<br />
011, o Projeto Portuguesia levará<br />
0 poetas portugueses e<br />
strangeiros a Vila Nova de Famacão,<br />
em Portugal, para debates<br />
ão convencionais sobre a literara<br />
experimental que acontece<br />
o mundo. O ator e escritor<br />
ilmar Silva conta que a edição<br />
m Portugal é bancada pela<br />
âmara Municipal de Famalicão.<br />
evento acontecerá na Casa<br />
useu Camilo Castelo Branco -<br />
dificação onde viveu e suicidouo<br />
escritor Camilo Castelo<br />
ranco (Lisboa, 16 de março de<br />
825 – 1 de junho, 1890). E tem<br />
xclusividade, não podendo ser<br />
presentado em outros países<br />
m o acordo da Câmara. O museu<br />
m como presidente Armindo<br />
osta.”<br />
obre parte do Projeto Portuguea,<br />
que custou 100 mil reais, ele<br />
xplica: “Pesquisei 101 autores de<br />
ortugal, Guiné-Bissau, Cabo<br />
erde e Brasil (Minas Gerais), in<br />
co. Gravei com todos eles<br />
aptando a expressão inovadora.<br />
m CD de videopoemas vem<br />
ncartado no livro Portuguesia<br />
ue é fragmento do amplo<br />
rojeto). Meu objetivo é atingir<br />
dos os países de língua portuuesa.”<br />
iversos escritores portugueses e<br />
fricanos estão conhecidos no<br />
undo devido ao emprenho de<br />
ilmar Silva na divulgação incanvel.<br />
Há meses Luís Serguilha<br />
amalicão) roda o Brasil lançando<br />
livro Koa’E. Jorge Melícias<br />
oimbra) também descobriu o<br />
rasil através do projeto. Outro<br />
oeta que deixa o público encando<br />
é José Luís Peixoto (Galveias,<br />
ortugal).<br />
N.° 60 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG 2011<br />
Portuguesia em Famalicão<br />
Evento internacional tem a curadoria e criação do brasileiro<br />
Wilmar Silva<br />
(CRÉDITO: MARLENE GANDRA)<br />
Wilmar Silva, domiciliado em Belo Horizonte,<br />
nasceu em Rio Paranaíba, Estado de Minas<br />
Gerais, em 30 de abril de 1965. Poeta, ensaísta,<br />
performer, editor, curador, artista visual e<br />
sonoro. Autor dos livros ANU, Estilhaços no Lago<br />
de Púrpura, Z a Zero, Astillas en el Lago de<br />
Púrpura e Yguarani. Editor da Anome Livros,<br />
Prêmio Jabuti/2009. Roteirista/apresentador do<br />
programa Tropofonia (Prêmio Roquette-<br />
Pinto/2010), Rádio Educativa 104,5 UFMG<br />
(Universidade Federal de Minas Gerais).<br />
Biossonoro é o estilo de Wilmar<br />
11<br />
Na nomeada e experimental poesia<br />
biossonora o coração não sente. O cérebro<br />
é verbalizado, perspicaz. A linguagem é<br />
pintura. Vocábulos desconexos, dessequen<br />
ciados, pulsos, impulsos. Ouvidos atentos<br />
Poetas degradados se contorcem. Escribas<br />
que cantam com as duas mãos simultanea<br />
mente. O certo é errado. Os sons não usuais<br />
passeiam em células.<br />
O intelectual relata que mesmo com tantas<br />
viagens no Brasil e exterior não pode aban<br />
donar o processo de criação em meio à<br />
turbulência. “O tempo é abstrato. Crio nas<br />
pautas. Poesia é cela. Tentativa de nos<br />
reumanizarmos. Impossível contagiarmos<br />
os outros se não nos integramos de forma<br />
visceral. Dramas humanos têm grau de<br />
parentesco. Regra existe até onde se<br />
concretiza. O poeta não tem pátria. Ele é a<br />
antena da raça”, explana o artista dos palcos<br />
e palavras.<br />
Wilmar Silva expõe que nossas almas são<br />
representadas através de livros. “Acontec<br />
imentos da infância são determinantes no<br />
decorrer da vida. Relembrar a infância é se<br />
relembrar. Somos eternamente crianças<br />
Somos nossa memória. E a criança brinca<br />
Escolhi o alfabeto.”<br />
Terças Poéticas<br />
Há seis anos Wilmar Silva é curador das<br />
Terças Poéticas, evento que acontece nos<br />
jardins do Palácio das Artes, em Belo Hori<br />
zonte, Brasil. “Devemos ter inteligência para<br />
ocuparmos espaços disponíveis. Nunca<br />
recebemos menos de 100 pessoas. Duzen<br />
tas edições catalogadas. É um público que<br />
ouve silenciosamente poesia. Todos os<br />
autores são recebidos igualmente, famosos<br />
ou não. Foi impossível não se emocionar<br />
quando a atriz Maria Fernanda, filha de<br />
Cecília Meireles, declamou poemas da sua<br />
mãe. O poeta Ferreira Gullar participou das<br />
Terças Poéticas logo após receber o Prêmio<br />
Camões em 2010.”
RI -LUSO<br />
N.° 60 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG 2011<br />
Biografia de:<br />
Célia Maria Pinto Correia Ventua<br />
Arte: Decorações<br />
Célia Maria Pinto Correia Ventura, faz "Mimos para Decoração" este tipo de trabalho artesanal faz parte do seu Hobby. Muitos dos<br />
trabalhos da Célia Ventura, são feitos de objectos designados ao lixo (arranjos em telha, garrafões, folhas secas, flores, paus etc.) e<br />
que passam a ter uma nova vida em decoração para o lar... A artesã já tem entrado em alguns Eventos: Festa da Arca de Regensdorf,<br />
Convívio Cultural no Sporting de Zürich, (festa do livro, Terra das Marias da Fonte ou fontanário, história com histórias) Célia<br />
Ventura, é ainda principiante nestas andanças Culturais, começou no ano de 2009 as suas experiências e actividades culturais...<br />
A Célia é natural da Vila de Sendim, Concelho de Tabuaço, distrito de Viseu.<br />
Acrescenta: “Sou portuguesa com muito orgulho!” A Célia Ventura, veio para a Suíça aos 13 anos, habita em Meierhofstrasse 19 em<br />
Dällikon. Célia começou a trabalhar nas saladas por contracto durante 3 anos. Posteriormente casou e arranjou os papéis<br />
(permissão) pelo seu marido, mas, continuou a trabalhar nas saladas!<br />
“- Quando arranjei o meu primeiro filho, (neste caso uma menina) deixei de trabalhar a tempo inteiro nas saladas, por decisão<br />
própria.”<br />
Célia achou por bem, dedicar a vida a sua filha, marido e lidas da casa… Quando Célia diz que deixou de trabalhar a tempo<br />
inteiro nas saladas, pensou em trabalhar aos sábados, pediu ao patrão e ele aceitou. Mais tarde surge o segundo filho e Célia tem<br />
mais um afazer! Como se não bastasse, a Célia Ventura, por ventura, arranjou mais um entretimento, para além daquilo que fazia<br />
com dedicação à família a 100%, depois vieram as artes! Tudo começou por simples coisas: O Chefe estava para passar à reforma<br />
luis-filipe-pinto-ventura@hispeed.ch<br />
http://mimosparadecoracaodacelia.blogspot.com/e juntaram-se todos os colegas de trabalho e pensaram oferecer algo ao<br />
patrão, (uma prenda bem merecida.) porque sempre foi um bom Chefe para a Célia e para os colegas.<br />
“- Eu queria oferecer-lhe algo diferente feito por minhas mãos, comecei a fazer uns saquinhos com lona e cada saquinho, representava<br />
seu ano de trabalho, arranjei uma cesta no qual pus esses saquinhos no meio, emoldurei uma folha de jornal, onde ele à uns anos atrás<br />
fez uma entrevista e, eu tinha-o guardado. Para a sua mulher foi então um centro de mesa com flores, que naquela altura eram de<br />
papel, mas só sei que eles adoraram, também os meus colegas de trabalho e alguns convidados Suíços, ficaram encantados. Depois vi<br />
que realmente as pessoas gostaram, depois começaram a comentar, daí então resolvi fazer para oferecer à minha família e a colegas,<br />
sempre fazendo coisas diferentes.”<br />
A surpresa, foi quando um colega foi a casa da Célia pedir algo para oferecer à mulher. O colega gostou e incentivou a artesã de<br />
então, (Célia Ventura) a fazer mais coisas, que ela tinha jeito, para ir fazendo e metendo na Vitrina que tinha em casa, mas Célia<br />
não acreditava que desse frutos ao fazer artesanato, este insistiu, até que Célia se aventurou e, diz que foi muito bom esse<br />
estímulo…<br />
Através do Blogue “Mimos Para Decoração Da Célia,” as pessoas podem ver as suas artes e por lá pedem muitas das vez algo<br />
semelhante! Mas Célia diz que não é possível fazer igual por mais que custe, nunca sai igual, e também assim é melhor, porque<br />
neste contexto só faz peças únicas!<br />
“- Depois de tanta insistência das minhas amigas, dei um grande passo... criar este Blogue. Aqui pretendo mostrar as minhas "habilidades<br />
manuais" de tudo o que gosto de fazer nos meus tempos livres... Espero que gostem!”<br />
A autodidacta Célia Ventura, diz que dá graças ao seu marido, filhos, família e amigos por a apoiarem.<br />
Acrescenta: “É um sonho, um dia ter um cantinho para eu poder realmente mostrar o que sei fazer. Um dia talvez em Portugal venha<br />
a montar um pequeno negócio de arranjos de flores. Quem sabe um dia! A esperança é a última a morrer e eu sei esperar…”<br />
Obrigado pela oportunidade de poder escrever um pouco da minha história. (Célia Ventura)<br />
Autor: Quelhas<br />
11b<br />
luis-filipe-pinto-ventura@hispeed.ch<br />
http://mimosparadecoracaodacelia.blogspot.com/
2 2011 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG N.° 60 -<br />
Provérbios<br />
.<br />
<br />
.<br />
.<br />
Dicas<br />
Arroz solto<br />
Para que o arroz não fique colado<br />
durante a cozedura, não o mexa e<br />
acrescente-lhe um fio de azeite.<br />
Este procedimento também<br />
impede que a água transborde.<br />
Frases<br />
A sabedoria suprema seria ter<br />
sonhos suficientemente grandes<br />
para não os perder de vista<br />
enquanto se perseguem.<br />
Wiliam Faulkner<br />
Pensamento<br />
Ainda que os teus passos<br />
pareçam inúteis, vai abrindo<br />
caminhos, c omo a água que<br />
desce cantando da montanha.<br />
Outros te seguirão... Saint-Exupéry<br />
Quadra<br />
Passei à noite na tua rua,<br />
Como sabes é meu costume;<br />
Vi no teu quarto a lua,<br />
Que me encheu de ciúme!<br />
Palavra<br />
Nelson Fontes<br />
dívida s. f.<br />
Coisa que se deve.<br />
dívida activa!: a que nos é devida.<br />
dívida consolidada: a pública que<br />
vence juros sem prazo para reembolso<br />
do capital.<br />
dívida flutuante: a pública que<br />
tem vencimento determinado.<br />
dívida passiva: a que devemos.<br />
dívida pública: a do Estado.<br />
Culinária<br />
FRI LUSO<br />
Bacalhau Assado à Moda do Porto<br />
Ingredientes:<br />
1 kg de lombo de bacalhau<br />
demolhado<br />
4 dl de bom azeite<br />
6 dentes de alho picados<br />
grosseiramente<br />
pimenta branca de moinho<br />
q.b.<br />
1 kg de batatas<br />
3 dentes de alho<br />
sal q.b.<br />
azeitonas pretas q.b.<br />
2 colheres de sopa de salsa<br />
fresca picada<br />
Preparação:<br />
Coza as batatas com a pele em água temperada com sal.<br />
Numa panela com sam água palavras a ferver mete-se o bacalhau e deixa-se levantar fervura<br />
tirando-o a seguir.<br />
Põe-se um tabuleiro de inox sobre uma panela com água que esteja a ferver ao lume; no<br />
tabuleiro põem-se o azeite e os alhos.<br />
Num outro tabuleiro untado com azeite assa-se o bacalhau no forno devendo ficar louro<br />
mas não queimado.<br />
Faça-o em lascas e deite-o no tabuleiro onde está o azeite e os alhos e tapa-se.<br />
Descasque as batatas e corte-as às rodelas.<br />
Na travessa de serviço põe-se as batatas e o bacalhau, e por cima o azeite e alho bem<br />
quente.<br />
Polvilhe com salsa.<br />
Enfeite com azeitonas e sirva.<br />
Leia o FRI-LUSO!<br />
http://friluso.no.sapo.pt
RI -LUSO<br />
ANUAL DAS TIAS DE CASCAIS<br />
scola:<br />
ual é a diferença entre uma tia<br />
urra e uma tia inteligente?<br />
que a tia burra passa para o<br />
aderno o que a professora escreve<br />
o quadro, mas quando a professora<br />
paga ela apaga também. A tia<br />
teligente não passa, porque já<br />
be que a professora vai apagar.<br />
ão:<br />
: Qual é a diferença entre um pão e<br />
ma tia?<br />
: O pão tem miolo!<br />
este de gravidez:<br />
om dia, doutor! Pode dar-me o<br />
sultado do meu teste de gravidez?<br />
Negativo! - Responde calmamente<br />
médico.<br />
tia furiosa:<br />
Ah, é?! Então vou consultar outro<br />
édico!<br />
onta-quilómetros:<br />
ma tia queria vender o seu carro<br />
elho mas tinha muitas dificuldades<br />
orque o mostrador acusava<br />
50.000 Km. Após muito reflectir, ela<br />
ecide pedir um conselho a uma<br />
miga, que lhe perguntou:<br />
Estás pronta para fazer algo ilegal?<br />
Sim! - Respondeu a tia - Quero<br />
endê-lo, custe o que custar! -<br />
ntão, vais ter com o meu amigo que<br />
mecânico. Ele vai colocar o teu<br />
ontador de quilómetros em 50.000<br />
m.<br />
tia vai ao tal mecânico e este<br />
oloca de novo o contador em<br />
0.000 Km.<br />
lguns dias mais tarde, a amiga<br />
ergunta à tia:<br />
Vendeste o carro?<br />
E eu sou o<br />
“Alffa Romeo”<br />
Eu sou a<br />
“Giulietta”<br />
N.° 60 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG 2011<br />
JV<br />
HUMOR<br />
-Estás doida? Agora que ele só tem<br />
50.000 Km, fico com ele!<br />
Sapatos de tia:<br />
Uma tia foi ao centro comercial<br />
comprar um par de sapatos de<br />
jacaré legítimo. O vendedor<br />
informou-a do preço:<br />
- São 500 euros!<br />
- O quê? Não é possível... Não há<br />
outra maneira de conseguir um par<br />
de sapatos de jacaré legitimo?.<br />
- Humm, acho que sim... - respondeu<br />
o vendedor - Eu conheço um parque<br />
aqui perto onde há alguns jacarés. A<br />
senhora pode ir até lá caçar um<br />
deles e fica com o seu próprio<br />
sapato!<br />
A tia , decidida, disse que iria até ao<br />
tal parque caçar os jacarés para<br />
conseguir sapatos legítimos!<br />
No início, o vendedor não acreditou,<br />
mas resolveu ir ao parque verificar<br />
se ela estava por lá.<br />
Quando chegou, viu a tia dentro do<br />
pântano, a dar um tiro num jacaré<br />
enorme e arrastando-o até à<br />
margem, onde estavam mais ou<br />
menos uma dúzia de jacarés mortos.<br />
Espantado, sem acreditar no que<br />
estava a ver, o vendedor viu a caçadora<br />
tia com muita dificuldade em<br />
tirar o jacaré morto da água e exclamar,<br />
com cara de decepção:<br />
- Mas que porcaria! Outro sem sapatos!<br />
Roubo:<br />
Uma tia liga para o 112 para participar<br />
um assalto ao seu carro.<br />
Completamente histérica gritava:<br />
- Roubaram-me o tablier, o volante,<br />
o travão, até o acelerador levaram!<br />
- Calma - diz a voz do outro lado -<br />
dentro de 5 minutos estará aí um<br />
Sabedoria Árabe<br />
Quando fizeres o bem, oculta-o.<br />
Quando te fizerem o bem, proclama-o.<br />
Melhor silenciar até que te peçam a palavra<br />
do que falar até que te silenciem.<br />
Quem responde com pressa, raramente acerta.<br />
Contra o Destino, não adianta cautela.<br />
Se teu amigo for de mel,<br />
não o comas inteiramente.<br />
A generosidade consiste em dar<br />
antes de ser solicitado.<br />
Antes censurar abertamente do que<br />
odiar em silêncio.<br />
Assim como um vaso não serve para nada<br />
se não retém o líquido nele posto,<br />
assim nada há a esperar de um homem que<br />
não guarda os segredos que lhe são confiados.<br />
13<br />
agente da PSP.<br />
Ainda não tinham passado 2 minutos, a tia liga nova<br />
mente e diz:<br />
- Olhe, deixe estar! Afinal sentei-me no banco de trás<br />
por engano...<br />
Amostra:<br />
Uma tia foi fazer exame de fezes e colocou a latinha<br />
com o conteúdo em cima do balcão. A recepcionista<br />
disse-lhe:<br />
- Pode colocar o nome, por favor?<br />
A tia não hesitou e escreveu: 'BOSTA'.<br />
Um olho:<br />
Duas tias passeiam num parque quando uma diz:<br />
- Oh! Olha para aquele cão só com um olho!<br />
A outra, tapando um olho com a mão, pergunta:<br />
- Onde? Onde?
4 2011 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG N.° 60 FRI -LUSO<br />
II Festival de folclore in Wetzikon na Suíça<br />
utor: Quelhas<br />
inspiracaodoautor@sapo.pt<br />
stávamos na Suíça, onde à partida tudo parecia que se ia falar noutra língua, mas afinal falamos cem por cento em português!”<br />
anfitrião da festa: Rancho folclórico da Associação Cultural e Recreativa de Wetzikon<br />
onvidados: Rancho folclórico<br />
e Sierre – Valais – Kanton<br />
rancês. Rancho folclórico de<br />
eausoleid – França. Rancho<br />
lclórico São Miguel do<br />
onte – Fafe – Portugal. Grupo<br />
usical Eclips. Cobertura:<br />
atinos Eventos. Estiveram<br />
resentes o Sr. Doutor Paulo<br />
ufino, Cônso do Cônsul de<br />
ürich e o Sr. Florêncio<br />
arneiro, Presidente da<br />
ederação Portuguesa de<br />
olclore e Etnografia na Suíça.<br />
uelhas fez cobertura para os<br />
anais on-line com transissão<br />
para: TV Minho. TV<br />
lclore de Portugal. Rádio<br />
pace Love. As gravações<br />
ontem entrevistas a todos os<br />
rupos de folclore, “não faltam<br />
fotógrafos e filmagens<br />
or várias pessoas naquele<br />
vento cultural” temos ainda<br />
antares e danças etnográficas<br />
público em geral e ainda<br />
lgumas conversas pelo meio<br />
om o público. “Quelhas, escrir<br />
das comunidades portuuesas<br />
na Suíça discursou em<br />
úblico aos presentes incentiando<br />
a divulgação cultural<br />
ortuguesa. O escritor falou<br />
inda dos jornais Gazeta Lusóna<br />
e Fri-luso e pediu para<br />
rem, assinarem e divulgarem<br />
nossa Comunicação Social. O<br />
oeta, assim como é conheido<br />
nos jornais em Portugal e<br />
uíça, disse em breves instan<br />
tes algo sobre ele e os seus<br />
livros, pela promoção do autor<br />
povoense. Todos os elementos<br />
responsáveis pelos ranchos,<br />
agradeceram a presença do<br />
autor/repórter e com certeza<br />
que vão transmitiram a vida<br />
artística e cultural do autor da<br />
província que divulga todos,<br />
desde a literatura, às artes e à<br />
música de todo o tipo, através<br />
dos blogues, jornais e canais<br />
on-line.” Acrescentou o<br />
responsável do Rancho de São<br />
Miguel do Monte sobre a<br />
presença e a divulgação que<br />
estava o repórter ali a fazer<br />
sem renumeração pela cultura<br />
portuguesa. Já em palco o<br />
grupo Eclips diz: “nós<br />
estivemos numa das tornes<br />
culturais do Quelhas, assim<br />
como outros grupos populares<br />
musicais e ranchos de folclore,<br />
o Cônsul, o Conselheiro das<br />
Comunidades, rádio e TV<br />
on-line, assim como jornalistas<br />
e diversas outras artes<br />
culturais, desde livros, esculturas,<br />
artes plásticas.”O Sr.<br />
Paulo e presidente do rancho<br />
de Wetzikon, autorizou a<br />
presença em Palco para reportar,<br />
todos aplaudiram e falaram<br />
do autor, onde estava casa<br />
cheia! Toda a gente foi bem<br />
servida no jantar convívio de<br />
teor folclorista, que teve boa<br />
orientação de trabalho em<br />
conjunto, “uma grande família”<br />
onde a maioria das pessoas<br />
eram do rancho de Wetzicon.<br />
A festa esteve ao rubro,<br />
encheu-se de cor, som, danças<br />
e cantares do Minho, sobretudo<br />
alegria, onde se encontraram<br />
amigos que não se viam<br />
há muito tempo, “anos” vindos<br />
dos quatro recantos de cada<br />
grupo e a acompanharem os<br />
grupos. Foi um clima de festa,<br />
a cor dos trajes, o som das<br />
concertinas, castanholas e das<br />
palmas, as danças em duo e<br />
em espírito de grupo, as<br />
batidas de sapateado e, as<br />
vozes masculinas e femininas<br />
num contraste musical camponês.<br />
No final aquela gente<br />
toda, incluindo os membros<br />
do rancho e já sem traje,<br />
dançara ao som do grupo<br />
convidado para terminarem o<br />
espectáculo em beleza e, o<br />
grupo do Rancho folclórico da<br />
Associação Cultural e recreativa<br />
de Wetzicon bem mereceu…<br />
Para terminar quero<br />
reflectir no seguinte: A maior<br />
parte dos encontros e<br />
convívios entre ranchos de<br />
folclore existe intercâmbio<br />
cultural, (uma ida e uma volta)<br />
vão aos festivais de folclore<br />
onde são convidados e depois<br />
retribuem da mesma forma.<br />
(“o folclore é uma família”<br />
Paulo presidente) Os grupos<br />
vão a festas particulares e<br />
privadas e também a associações,<br />
mas o preço de custo é<br />
“Quelhas”<br />
sempre simbólico! Fiquei a<br />
saber que a maioria dos trajes<br />
de folclore é feita no baixo<br />
Minho, cidade de Guimarães e<br />
chega ou são adquiridos para<br />
todas as partes do mundo<br />
onde existe cultura enraizada<br />
de folclore. Ainda fique<br />
surpreso, os grupos de folclore<br />
português no estrangeiro<br />
também usam o símbolo do<br />
Minho, “ a imitação da filigrana<br />
com o coração do Minho – O<br />
coração do Minho é d’ouro<br />
usado e trabalhado nas<br />
ourivesarias na Póvoa de<br />
Lanhoso (Travassos e Sobr<br />
adelo da Goma) e Viana do<br />
Castelo.<br />
Bem hajam pela cultura portu<br />
guesa no Mundo, a quinta mais<br />
falada no universo…
RI -LUSO<br />
N.° 60 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG 2011<br />
Geração à Rasca?? Geração à rasca foi a minha!!<br />
Geração à rasca foi a minha. Foi uma geração que viveu num país vazio de gente por causa da emigração e da guerra colonial, onde<br />
era proibido ser diferente ou pensar que todos deveriam ter acesso à saúde, ao ensino e à segurança social.<br />
Uma Geração de opiniões censuradas a lápis azul. De mulheres com poucos direitos, mas de homens cheios deles. De grávidas sem<br />
assistência e de crianças analfabetas. A mortalidade infantil era de 44,9%. Hoje é de 3,6%.<br />
Que viveu numa terra em que o casamento era para toda a vida, o divórcio proibido, as uniões de facto eram pecado e filhos sem<br />
casar uma desonra.<br />
Hoje, o conceito de família mudou. Há casados, recasados, em união de facto, casais homossexuais, monoparentais, sem filhos por<br />
opção, mães solteiras porque sim, pais biológicos, etc.<br />
A mulher era, perante a lei, inferior. A sociedade subjugava-a ao marido, o chefe de família, que tinha o direito de não autorizar a sua<br />
saída do país e que podia, sem permissão, ler-lhe a correspondência.<br />
Os televisores daquele tempo eram a preto e branco, uns autênticos caixotes, em que se colocava um filtro colorido, no sentido de<br />
obter melhores imagens, mas apenas se conseguia transformar os locutores em "Zombies" desfocados.<br />
Hoje, existem plasmas, LCD ou Tv com LEDs, que custam uma pipa de massa.<br />
Na rádio ouviam-se apenas 3 estações, a oficial Emissora Nacional, a católica Rádio Renascença e o inovador Rádio Clube Português.<br />
Não tínhamos os Gato Fedorento, só ouvíamos Os Parodiantes de Lisboa, os humoristas da época.<br />
Havia serões para trabalhadores todos os sábados, na Emissora Nacional, agora há o Toni Carreira e o filho que enchem pavilhões<br />
quase todos os meses. A Lady Gaga vem cantar a Portugal e o Pavilhão Atlântico fica a abarrotar. Os U2, deram um concerto em<br />
Coimbra em 2010, e UM ANO antes os bilhetes esgotaram.<br />
As Docas eram para estivadores, e o Cais do Sodré para marujos. Hoje são para o JET 7, que consome diariamente grandes quantidades<br />
de bebidas, e não só...O Bairro Alto, era para a malta ir às meninas, e para os boémios. Éramos a geração das tascas, do vinho<br />
tinto, das casas do fado e das boites de fama duvidosa. Discotecas eram lojas que vendiam discos, como a Valentim de Carvalho, a<br />
Vadeca ou a Sasseti.<br />
As Redes Sociais chamavam-se Aerogramas, cartas que na nossa juventude enviávamos lá da guerra aos pais, noivas, namoradas,<br />
madrinhas de guerra, ou amigos que estavam por cá.<br />
Agora vivem na Internet, da socialização do Facebook, de SMS e E-Mails cheios de "k" e vazios de conteúdo.<br />
As viagens Low-Cost na nossa Geração eram feitas em Fiat 600, ou então nas viagens para as antigas colónias para combater o<br />
"inimigo".Quem não se lembra dos celebres Niassa, do Timor, do Quanza, do Índia entre outros, tenebrosos navios em que, quando<br />
embarcávamos, só tínhamos uma certeza......a viagem de ida.<br />
Quer a viagem fosse para Angola, Moçambique ou Guiné, esses eram os nossos cruzeiros.Ginásios? Só nas coletividades. Os SPAS<br />
chamavam-se Termas e só serviam doentes.<br />
Coca-Cola e Pepsi, eram proibidas, o "Botas", como era conhecido o Salazar, não nos deixava beber esses líquidos. Bebíamos, laranjada,<br />
gasosa e pirolito.<br />
Recordo que na minha geração o País, tal como as fotografias, era a preto e branco.<br />
A minha geração sim, viveu à rasca. Quantas vezes o meu almoço era uma peça de fruta (quando havia), e a sopa que davam na<br />
escola. E, ao jantar, uma lata de conserva com umas batatas cozidas, dava para 5 pessoas.<br />
Na escola, quando terminei o 7ºano do Liceu, recebi um beijo dos meus pais, o que me agradou imenso, pois não tinham mais nada<br />
para me dar. Hoje vão comemorar os fins dos cursos, para fora do país, em grupos organizados, para comemorar, tudo pago pelos<br />
paizinhos..<br />
Têm brutos carros, Ipad"s, Iphones,PC"s, .... E tudo em quantidade. Pago pela geração que hoje tem a culpa de tudo!!!Tiram cursos<br />
só para ter diploma. Só querem trabalhar começando por cima. Afinal qual é a geração à rasca?<br />
sorisomail.com<br />
15
6 2011 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG N.° 60 FRI -LUSO<br />
“Centro Brasileiro Cultural,”<br />
esignado por Cebrac, é uma<br />
ssociação Brasileira em<br />
urique sem fins lucrativos! O<br />
ebrac nasceu a 16 de Março<br />
o ano de 1996, tem portanto<br />
5 anos de existência, graças<br />
o voluntariado que, exerce<br />
as funções de apoio aquela<br />
ssociação. Para além do<br />
oluntariado, a Colectividade<br />
o Cebrac conta também com<br />
s Sócios. A parte da rentabiliade<br />
financeira bem através<br />
e fundos arrecadados em<br />
ctividades Culturais, tais<br />
omo rendimento dos Evens<br />
realizados. O Centro Brasil<br />
ultural, conta também com<br />
erca de 300 Sócios pagantes<br />
ue retribuem uma cota,<br />
xemplo: Sócio individual 40<br />
HF, Sócio familiar 50 CHF e<br />
ócio Benemérito 100 CHF,<br />
stamos a falar em valores<br />
nuais. Todos os Sócios<br />
odem levar livros, CDS e<br />
VDS para casa, pagando o<br />
luguer mais barato. No<br />
ltimo caso, o Sócio<br />
enemérito não paga<br />
enhum valor no que diz<br />
speito a livros. Todos os<br />
ócios tem descontos nos<br />
ventos Culturais a realizar<br />
elo Cebrac, isto se tiverem de<br />
lugar um salão maior para os<br />
ventos. Diga-se que o espaço<br />
ue o próprio Cebrac tem,<br />
rve para um cafezinho<br />
terário, (caso de hoje)<br />
romover, valorizar e dar inforações<br />
sobre a integração da<br />
omunidade Brasileira na<br />
uíça, etc…<br />
Cebrac, promove palestras<br />
formativas, cursos de línguas<br />
integração e participa de<br />
ctividades nas quais o Brasil é<br />
presentado na Suíça. Oferce<br />
ainda serviços de informaão<br />
e triagem (Tardes de Inforação)<br />
e passou recentemen-<br />
Cebrac, Centro Brasil Cultural<br />
por Quelhas e Thaís<br />
te a dar suporte aos brasileiros<br />
no preenchimento do formulário<br />
online para a solicitação<br />
do passaporte biométrico<br />
junto ao consulado brasileiro<br />
em Zurique. Apoia, desta<br />
forma, a integração da comunidade<br />
brasileira na Suíça.”<br />
Mais especificamente, o<br />
Cebrac conta com muitas<br />
actividades ao longo do ano, a<br />
Oficina de Dança Afro-o-<br />
Brasileira, Estética Facial, Yoga<br />
e Saúde, Alimentação saudável<br />
na Suíça, Movimento e Relaxamento<br />
e O fazer Poético…<br />
Seguem-se as Palestras como<br />
por exemplo: O Imposto de<br />
Renda, A luta das mulheres<br />
pelos seus direitos no decorrer<br />
da história, Separação, Sexualidades,<br />
Partilha de bens e<br />
permanência na Suíça e Informações<br />
sobre Seguro desemprego…<br />
No Cebrac podem ainda fazer,<br />
escreverem-se nos Cursos de<br />
Alemão para Português e de<br />
Português para Alemão…<br />
Em conversa com as senhoras,<br />
Mónica Epperlein Stoll e Nilce<br />
Cunha, Directoras do Cebrac,<br />
disse que, estão abertos a<br />
outras actividades e receptíveis<br />
à minha proposta, unir<br />
culturas. Falamos num Evento<br />
designado por Café Literário, a<br />
convidar escritores portugueses<br />
a residir na Suíça, no qual<br />
eu vou aproveitar pela Cultura<br />
de Língua de Expressão Portuguesa.<br />
Para terminar, quero dizer o<br />
seguinte: O propósito que me<br />
levou a procurar Associações e<br />
gentes dos Continentes Africanos<br />
e da América do Sul, para<br />
além dos Europeus (Portugal)<br />
ou seja, gentes, estilos e<br />
culturas diferentes, foi na pers-<br />
pectiva de unir povos e raças,<br />
tentar fazer uma Organização<br />
Cultural de Língua de<br />
Expressão Portuguesa na<br />
Suíça. Os países de Língua<br />
oficiais Portuguesa, para além<br />
de Portugal, têm Brasil, Timor<br />
Lorosae, Angola, Moçambique,<br />
Guiné-bissau, Cabo Verde, e<br />
são Tomé e Príncipe. As<br />
últimas Colónias de Língua<br />
Portuguesa no Continente<br />
Asiático eram Goa e Macau,<br />
este foi o último território<br />
ultramarino português a ser<br />
descolonizado. Ainda temos<br />
como observadores, Guiné<br />
Equatorial, Maurícia e Senegal.<br />
Não posso deixar de dizer,<br />
segundo aquilo que pesquisei,<br />
a Língua Portuguesa é a 5.a<br />
Língua mais falada no<br />
Universo, graças aos países<br />
que estão situados nos três<br />
continentes, Europa, África e<br />
América do Sul, e ainda na<br />
Ásia!<br />
(com todo o esforço e para já,<br />
só encontrei o Cebrac porque<br />
um jornalista Brasileiro<br />
indicou, mas valeu a pena,<br />
vamos esperar pelo futuro<br />
risonho)<br />
Anuncie no Jornal do CEBRAC<br />
jornalcebrac@yahoo.com.br<br />
Tel: 079 873 9264<br />
Quellenstrasse 25<br />
8005 Zürich<br />
Tel: + 41 44 271 4305 Email<br />
info@cebrac.org<br />
Quellenstrasse 25, 8005 Zürich<br />
www.cebrac.org<br />
Vídeos do Cebrac por Quelhas<br />
in youtube quelhasgoncalves<br />
http://www.youtube.com/wat<br />
ch?v=4S_X6CBys4k<br />
inspiracaodoautor@sao.pt<br />
www.osconfradesdapoesia.com - Email : osconfradesdapoesia@gmail.com
RI -LUSO<br />
O POLITICO E O POETA.<br />
AMIGOS:<br />
Dizem p’r’aí que sou poeta, fraco com manias…<br />
--Sei, todos poetas têm termos depreciativos---<br />
Mas não prometo mundos e fundos, utopias,<br />
Como “alguém” faz sem bases ou objectivos!...<br />
Promete?...Pra ser eleito logo, prometeu…<br />
--Verve de políticos é só falsa verborreia---<br />
A este bom povo que sincero o elegeu,<br />
Qu’agora fala de cátedra de barriga cheia!<br />
Alheio, surdo ao desemprego, de sul a norte,<br />
Qu’está “atolado” co’o Portucale e Freeport,<br />
Um rolo que vai prescrever por ele a sorrir…<br />
O poeta é, sim tolo, mas fala com sinceridade,<br />
Da melhor maneira, d’amor e amizade,<br />
E não com “coisas” negras que valia mais fugir!<br />
(2)<br />
Há em tudo um rasto confuso, “sinistro”<br />
“cabala” como dizem que nunca se vais saber,<br />
Vamos lá esta democracia compreender,<br />
Se as artes-mágicas são de Senhor ministro?...<br />
Papeis assinados à pressa! Falsas assinaturas!<br />
Pactos secretos! E, mais, “luvas” chorudas,<br />
E pelo que dizem, aos amigalhaços ajudas,<br />
E outra coisa mais de tão “nobres” criaturas<br />
Eis a dif’rença d’um politico, d’um poeta,<br />
--Politico fala falso; poeta tem fala directa;<br />
Um engana o povo; outro adoça qualquer alma…<br />
Pra quem o lê, como refrigério ou subtilezas,<br />
O outro?...”tá-se nas tintas que fechem empresas,<br />
Um vive de sonhos; outro a reforma é a palma!<br />
Nelson Fontes Carvalho<br />
AMORA / Belverde<br />
N.° 60 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG 2011<br />
Viagens VOUGA<br />
Tel. 026 424 27 00 / 30<br />
Fax 026 424 27 74<br />
Conto<br />
O Rei dos Comilões...<br />
Era uma vez um rei que era um grande comilão. Era o rei dos comilões. E como não havia ele<br />
de ser o rei, se o reino se chamava Comilândia ou Terra dos Comilões? Empanzinava-se o rei,<br />
do pequeno-almoço à ceia, e empanzinavam-se os seus súbditos, em menor quantidade,<br />
claro, mas também com fartura, pois então!<br />
Era um reino de abundância aquele. Tudo nascia, crescia e dava fruto que era uma admiração.<br />
O trigo a abarrotar os celeiros, o gordo gado a pastar nos prados, a água e o vinho a<br />
jorrar das fontes, as couves tronchudas a alegrar as hortas, enfim um país de maravilha, um<br />
país nunca visto, meus amigos.<br />
O que a terra dava chegava e sobrava. E o que sobrava era muito. Se fosse distribuído pelos<br />
países vizinhos, que não tinham a mesma sorte da Comilândia, a fartura tocaria a todos, a<br />
toda a gente, a todo o Mundo. Mas neste ponto, o rei comilão e rei dos comilões não era do<br />
mesmo parecer.<br />
- Cada um que trate de si - dizia o monarca.<br />
Ora um dia, estranho dia, aconteceu uma coisa de espantar. Foi o caso que o rei, dirigindo-se<br />
para o salão, onde iria tomar o seu pequeno-almoço, perdeu o apetite. Perdeu o rei o apetite,<br />
antes de chegar à mesa do banquete, e não conseguiu lembrar-se de onde o teria deixado.<br />
- O rei perdeu o apetite - murmuram os conselheiros para os ministros, os ministros para os<br />
generais, os generais para os conselheiros, os conselheiros para os ministros, os ministros<br />
para os generais, num murmúrio sem fim. ..<br />
Itália<br />
França<br />
Se conduzir não beba nem se drogue<br />
Se beber ou se drogar não conduza<br />
Cumpra sempre o código da estrada<br />
jornal para as<br />
comunidades portuguesas<br />
no Mundo<br />
http://friluso.no.sapo.pt<br />
Portugal<br />
17<br />
Alemanha<br />
<br />
FRI -LUSO
8 2011 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG N.° 60 FRI -LUSO<br />
Nem consigo mais esconder<br />
ue alguns temas, nos meus<br />
xtos, são reincidentes. Passa<br />
m tempo e lá determinado<br />
sunto de novo. Algumas<br />
zes eu me pergunto se isso<br />
dá por falta de outro<br />
sunto, por esquecimento<br />
eu Deus, Alzheimer?), faciliade<br />
ou por predileção.<br />
Concluo, tentando ser isenta,<br />
m me conceder favorecientos,<br />
que vários de meus<br />
xtos tratam de assuntos<br />
arecidos, pelo fato de que<br />
rtos temas ou me apaixoam<br />
ou me incomodam<br />
bremaneira. Hoje, pensando<br />
bre o que escrever, tentei<br />
vitar um dos meus lugares<br />
muns, ou seja, falar dos<br />
eus bichos de estimação.<br />
omo recentemente o Peteco<br />
astigou um filhote indefeso<br />
e periquito, dando sumiço<br />
m bico, penas e pés, eu fiquei<br />
ntada a narrar a façanha,<br />
as preferi poupar meus<br />
itores de cenas grotescas e<br />
e mais um capítulo da saga<br />
eteco e suas barbáries”.<br />
CATANDO LIXO<br />
Desse modo, olhando ao meu<br />
redor e buscando inspiração,<br />
comecei a me recordar dos<br />
acontecimentos da semana e<br />
sobre o que seria digno de<br />
virar um texto ou, se não fosse<br />
digno, ao menos fosse interessante...<br />
hehehe. Tive idéias que,<br />
infelizmente, não poderia<br />
narrar aqui sem isso refletisse<br />
em outras pessoas. Presenciei<br />
conversas nas quais quase não<br />
acreditei, ouvi uma confissão<br />
inconfessável, mas nada disso<br />
poderia vir estampar um<br />
inocente texto.<br />
Enquanto eu me detinha<br />
nesses pensamentos, a campainha<br />
de casa tocou e eu saí<br />
para atender. Recebi a correspondência<br />
entregue pelo<br />
correio e, enquanto fechava o<br />
portão, vi duas mulheres que<br />
conversavam na calçada<br />
oposta. Uma delas comia um<br />
salgadinho, desses industrializados.<br />
Tão logo acabou, não se<br />
fez de rogada e simplesmente<br />
despejou o dito cujo na rua,<br />
bem ali onde ela estava, como<br />
se isso fosse a coisa mais natu-<br />
ral e adequada do mundo.<br />
Como moramos em uma rua<br />
pequena, sei que nenhuma<br />
delas mora nas casas próximas.<br />
Então, aparentou-me, não<br />
importava deixar lixo na casa<br />
dos outros...<br />
Sei que esse comportamento<br />
não deveria me espantar, de<br />
tanto que é reproduzido, mas<br />
não consigo deixar de me<br />
chocar com o hábito que as<br />
pessoas tem de jogar lixo na<br />
rua, sem simplesmente dar<br />
importância a isso. A quantidade<br />
de papel, comida e<br />
bitucas de cigarro que há<br />
pelas ruas e calçadas, é<br />
simplesmente inconcebível!<br />
Ando cansada de falar ou<br />
escrever sobre isso, pois me<br />
sinto falando às paredes, do<br />
mesmo modo que ando<br />
desgostosa de perceber que,<br />
cada vez mais, prevalece o<br />
individualismo, com sacrifício<br />
do social, do coletivo.<br />
POESIA E SAPATOS<br />
De bruços me debruço mais ainda<br />
até sentir os olhos tumefactos<br />
para saber até que ponto é linda<br />
a intrigante cor desses sapatos<br />
que às tuas pernas dão um brilho tal<br />
e uma leveza tal ao teu andar<br />
que eu penso (embora aches anormal)<br />
que nunca te devias descalçar.<br />
Também porquê, se já não há verdura<br />
nem tu és Leonor para correr<br />
descalça, no poema, à aventura?<br />
O mais difícil, hoje, é antever<br />
quem é que vai à fonte em literatura<br />
e que água dá aos versos a beber.<br />
Joaquim Pessoa, 1948<br />
CINTHYA NUNES VIEIRA DA SILVA<br />
Todo esse lixo das ruas não<br />
somente enfeia os lugares nos<br />
quais vivemos, mas também<br />
entope os ralos, os bueiros, va<br />
parar nos rios, matando peixes<br />
exterminando a vida<br />
invadindo as casas, subtraindo<br />
a vida e a saúde de muitos.<br />
O que mais me espanta<br />
quando chamo a atenção de<br />
quem joga algo na rua, e eu me<br />
sinto, sim, nesse direito, é ouvir<br />
como já ouvi, a pessoa me<br />
olhar, com desdém e dizer: _ E<br />
isso é problema seu?<br />
- Sim, meu caro, é problema<br />
meu! E seu!<br />
CINTHYA NUNES VIEIRA DA SILVA - Advogada, mestra em Direito, professora universitária e escritora - São Paulo
RI -LUSO<br />
N.° 60 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG 2011<br />
Opinião O Circo<br />
Por José Rodrigues no Jornal “O Varzeense de 30/04/2011<br />
Senhoras e senhores, caros contribuintes, bem-vindos ao circo portucalense da metáfora. Temos a honra de<br />
apresentar animais ferozes, contorcionistas, equilibristas, trapezistas e ainda marionetas e bonecos telecomandados<br />
ao serviço de interesses desconhecidos.<br />
Em primeiro lugar pedimos desculpa pelo estado caótico em que se encontra este velho circo, mas não é<br />
possível voltar ao estado novo, por razões óbvias.<br />
Quanto aos animais ferozes que quase iam destruindo o circo, não têm aparecido em público, talvez por<br />
vergonha. Todavia, temos ilusionistas que nos conseguem tirar a carteira do bolso na ilusão que vamos ficar<br />
melhor.<br />
Temos o Zé contorcionista que faz das tripas coração para se manter de pé com o mínimo de dignidade. Temos também equilibristas<br />
na corda bamba, sem rede, que poderão cair a qualquer momento.<br />
Depois do intervalo, temos trapezistas disfarçados de camaleões que voam de trapézio em trapézio, da esquerda para a direita, para<br />
atingir o mais alto, numa atitude pouco nobre, para espanto de todos nós. No centro da palhaçada temos também uma senhora<br />
outrora mui respeitada, com a balança na mão e olhos vendados para deixar passar os tubarões que vão furando a rede, onde<br />
apenas cai o peixe miúdo. Por fim, temos palhaços, muitos palhaços, que nos vão tentando fazer rir, com as suas palhaçadas, ao<br />
mesmo tempo que apresentam uma tragédia em três actos.<br />
Enquanto isto, e para que o circo não caia de vez, vieram três empresas especializadas do estrangeiro, para tentar remediar os buracos<br />
na bancada e no tecido social. O que não deve ficar nada barato.<br />
Muitos pagantes descontentes reclamam: isto assim não pode ser, então já não há vergonha?!...<br />
Alguns abandonam o circo e zarpam para outros sítios onde pagam menos por mais, já que este circo está cheio de “chicos espertos”<br />
que se vão governando à pala dos otários, deixando-os sem camisa e na penúria.<br />
Alguns artistas do circo anunciam: se agora reclamam, esperem por Junho e vão ver o belo e o bonito; se o circo mudar de mãos,<br />
não sei não, se o rapazinho terá “estaleca” para isto, já que não tem qualquer experiência.<br />
Entretanto, no som ambiente continua a ouvir-se: venham, venham ao espectáculo especial de 5 de Junho. Tudo mudará para que<br />
tudo fique na mesma. A palhaçada irá continuar com novos artistas (ou não) e palhaços que compram roupa nos USA, enquanto<br />
por cá os cravos murcham neste chão cada vez mais pobre.<br />
_ “Como não entendem do passado, nada podem sonhar para o futuro”- Agostinho da Silva. *<br />
"Jantar Literário com artistas à mesa no Hotel Rural Maria da Fonte"<br />
Póvoa de Lanhoso com Quelhas<br />
CONVITE:<br />
artes, palestras e literatura. Vamos ter Convidados de Honra, no domínio da Cultura, Política, Arte, Música, Jornalismo, Rádio, TV e Livros!<br />
(os artistas vão expor suas obras no hotel Maria da Fonte, nome associado ao livro em epigrafe) Cada um destes Personagens vai falar<br />
de si próprio, das suas artes, e da história da Maria da Fonte e, do livro Terra das Marias da Fonte e também do autor do livro…<br />
A entrada é livre, “salvo seja”, devem marcar reserva para garantir entrada no caso de casa cheia. O valor é simbólico! As crianças até aos<br />
4 anos não pagam. Dos 4 aos 12 pagam 50%, ou seja 12,50 e adultos 25,00 Marias da Fonte, com direito ao espectáculo e "Jantar<br />
Literário com artistas à mesa no Hotel Maria da Fonte." Venham conhecer o mentor da Festa/Convívio que, já vai no seu 16.0 Evento<br />
Cultural.<br />
"Este Evento/Convívio tem a Cooperação do Pelouro da Cultura da Póvoa de Lanhoso, Hotel Maria da Fonte e, Artistas convidados."<br />
Contactos:<br />
Hotel Rural Maria da Fonte, Quinta do Fundão - Apartado 95 4830-065 Póvoa de Lanhoso<br />
Telefone: 0351 253 639 600 Fax: 0351 253 639 601<br />
info@mariadafonte.com SR: Cândido Mendes<br />
youtube cultural do autor: in QUELHASGONCALVES<br />
No próximo dia 29 de Julho de 2011, sexta-feira, pelas 19h00,<br />
acontece mais um Convívio Multi-Cultural no hotel povoense.<br />
Este Evento, vai ao encontro do livro de história de Portugal,<br />
designado por; “Terra das Marias da Fonte ou fontanário,<br />
história com histórias.<br />
”O Jantar/Convívio vai ter muitas surpresas, desde música,<br />
Alternativo:<br />
0041 787988489<br />
inspiracaodoautor@sapo.pt<br />
autor: Quelhas<br />
19
0 2011 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG N.° 60 FRI -LUSO<br />
A FAMÍLIA<br />
( Filomena Gomes Camacho - Londres )<br />
As Famílias, progressivamente, vão deixando de ser como as Famílias de outrora!<br />
Antes eram numerosas, coesas, fraternas… Havia os avós, os pais, os filhos, os netos…<br />
a formar, de uma maneira harmoniosa, aquele quadro exemplar e fantástico !<br />
Naqueles tempos memoráveis, o ambiente era cálido, de uma solidez tal, que hoje nos<br />
parece utopia!<br />
À hora da refeição, o cheirinho da comida impregnava o ar, convidando cada membro<br />
a reunir-se à volta da mesa. O estar-se sentado, ao redor da mesa, era como que um<br />
acto acolhedor e supremo! Um momento de partilha, de comunhão, de permuta de<br />
valores!... O repasto era acompanhado por conversas alegres, pelo diálogo, pelo apon-<br />
tar de directrizes, advertências…<br />
O enlevo, a boa disposição… enchiam o Lar em profusão!<br />
A refeição era um acto solene! Parecia aureolado por um esplendor místico! A satisfação, o gozo a exultação … resplandeciam em<br />
cada rosto!<br />
Hoje, muitas FAMILIAS estão apenas esboçadas pelos retratos de família ou perpetuados por lembranças remotas!…<br />
Actualmente quase não existem as Famílias que comem juntas…<br />
Não há tempo para se reunirem, para dialogarem, para um serão em comum!<br />
Os pais, de rostos inexpressivos, parecem ter esgotado o dialogo…<br />
Os adolescentes tomam suas refeições frente ao televisor, ou computador… porque acham isso mais aliciante, e os programas<br />
mais apelativo…<br />
E, em muitos destes Lares, apenas existe o pai ou a mãe, porque o outro não quis mais fazer parte daquele elenco, pois os divórcios,<br />
de forma assustadora e avassaladora, vão mutilando os laços de união… e as famílias monoparentais crescem de forma alar-rmante!<br />
Os avós deixaram de fazer parte deste grupo.<br />
Os compromissos tornaram-se dissolúveis.<br />
A correria para alcançar objectivos - muitos deles fugazes - tornaram-se prioridade… A evolução dos tempos… A recessão…<br />
Em suma, todos os factores supracitados são contributivos a esbater as cores vivas e alegres, que emolduravam o quadro da Família,<br />
por tonalidades frias, esvaídas, apagadas…<br />
As crianças já não riem! Estão exaustas, birrentas, nervosas… porque passaram o dia no Infantário.<br />
No palco da vida, muitas Famílias estão sós, stressadas, sem objectivos…<br />
- Onde ficou o riso das crianças?<br />
- Onde ficaram os mimos dos avós?<br />
- Onde ficaram as Famílias numerosos e Unidas?<br />
O riso das crianças foi-se perdendo, paulatinamente, pelos tempos… tornando-se tíbio… apagado…<br />
Os Avós estão no Lar de Terceira Idade.<br />
Num Lar que eles não ajudaram e edificar… que não perspectivaram… que não fez parte de seus sonhos… E, onde os rostos de<br />
familiares, foram substituídos por rostos empedernidos pela solidão, pelo desgosto, pela castração do Lar Doce Lar!<br />
As Famílias numerosas já não existem…<br />
Há que controlar a natalidade…<br />
Não há tempo, não há espaço… para as crianças, para os idosos!<br />
A quem se imputarão as culpas desta destruturada vida Familiar?!<br />
As Mães sentem a angústia de não “ver” as suas crianças a crescer e não “ouvirem” os seus primeiros balbúcios<br />
Há que dar o grito de SOS!<br />
- Viver mais para a Família.<br />
- Sorrir mais à criança que estende seus braços ao afago.<br />
- Escutar mais o adolescente que vai construíndo, sozinho seu futuro... que deve ser alicerçado pelo amor, compreensão…<br />
- Apurar mais o ouvido para escutar a voz do idoso que, com seu saber, sua experiência de vida… poderá enriquecer, direccionar,<br />
advertir… coerentemente. E, sobretudo, porque criou seus filhos, e estão no seu direito de receber o tanto que investiram, sacrificaram,<br />
amaram…<br />
- Tornemos a dar as mãos e voltemos a reconstruir o nosso Lar fazendo nele raiar a luz esplendente do afecto, da compreensão, do<br />
amor, da coesão…<br />
- Deixemos de ser a Família, mutilada, stressadas, só… no Palco da Vida!<br />
Lutemos pela união, pelos laços indissolúveis!<br />
Lutemos por uma FAMILIA GRANDE E UNIDA… para que esta não tenha pertencido apenas a um passado esboçado por velhos<br />
retratos ou, fazendo somente, parte nas reminiscências de um passado…
RI -LUSO<br />
Pessôas nascidas sob o signo de Aries pode<br />
enfrentar alguns desafíos em sua carreira<br />
durante o primeiro semestre do ano. No<br />
entanto, serão capazes de superar todas as<br />
dificuldades. A vida famíliar será maravilhosa.<br />
As pessoas que estão em um<br />
relacionamento podem casar este ano.<br />
Financeiramente os arianos permanecerão<br />
seguros.<br />
As pessoas de Touro tem uma vida maravilhosa<br />
durante todo o ano. Alguns podem<br />
até conseguir uma promoção inesperada.<br />
A vida familiar será harmoniosa. Amigos<br />
fornecerão apoio durante todo o ano. Os<br />
problemas financeiros, se houver vontade,<br />
se resolverão a final do ano. No entanto,<br />
alguns problemas relacionados com a<br />
saúde podem ocorrer durante a segunda<br />
metade do ano. Assim que Touro deve<br />
cuidar de sua saúde em 2011.<br />
Este ano é uma média para as pessoas de<br />
Gêmeos. Não haverá maiores desenvolvimentos<br />
na correira. No entanto, poderá<br />
economizar mais dinheiro para despesas<br />
extras. Até a metade do ano, podem sofrer<br />
problemas de saúde. Por isso, deve cuidar<br />
desse aspecto.<br />
Os esforços feitos em 2010, começam a dar<br />
frutos em 2011. Graças a isto, terá sucesso<br />
em seus projetos e novas oportunidades<br />
para enriquecer a sua vida. Conhecerá<br />
gente nova que abrirão portas importantes.<br />
N.° 60 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG 2011<br />
Já quer saber o horóscopo 2011? Então aquí está. O movimento das estrelas já é conhecida com antecedência, assim queé<br />
possível prevêr como será a vida para cada um de nós, nos próximos anos. Comentávamos recentemente no horóscopo que 2010<br />
iría trazer frescor e renovação para a maioria dos signos. Agora contamos o que nos espera em 2011.<br />
Carneiro www.mariahelena.tv<br />
21/03 a 20/04<br />
Touro<br />
21/04 a 21/05<br />
Gémeos<br />
22/05 a 21/06<br />
Caranguejo<br />
22/06 a 23/07<br />
UM HOMEM AVISADO<br />
TOP SIDA<br />
VALE POR DOIS<br />
HORÓSCOPO PARA 2011<br />
Leão<br />
24/07 a 23/08<br />
O 2011 é um bom ano para os leoninos.<br />
Pode manter uma vida familiar saudável<br />
durante todo o ano. Se tiver uma relação<br />
amorosa, este ano pode casar. Alguns<br />
podem também conseguir uma promoção.<br />
Pela metade do ano irá desfrutar de um<br />
tempo maravilhoso.<br />
Virgem<br />
24/08 a 23/09<br />
Este ano é uma média para as pessoas de<br />
Virgem. No entanto, este ano será uma<br />
garantia de boas finanças. A vida em famíliar<br />
será boa e saudável. Um problema menor<br />
de saúde pode ocorrer no início do ano.<br />
Você não terá um avanço importante na<br />
carreira ou no emprego. No entanto, se você<br />
tem um negócio pode ir melhor em 2011.<br />
Balança<br />
24/09 a 22/10<br />
As pessoas de Libra experimentarám um<br />
ano maravilhoso. Podem manter um relacionamento<br />
saudável com os familiares e com<br />
amigos. No escritório também serão apoiados<br />
por seus colegas e autoridades. A<br />
viagem está no ar. Pode fazer uma viagem<br />
curta com amigos ou parentes. No entanto,<br />
alguma crise financeira pode ocorrer na<br />
metade do ano devido a grandes despesas<br />
imprevistas.<br />
Escorpião<br />
23/10 a 22/11<br />
Este será um ano médio para as pessoas de<br />
Escorpião. No entanto, no início do ano,<br />
pode enfrentar alguns problemas de saúde<br />
que podem ser controláveis. Alguns<br />
problemas podem ocorrer na família. Tente<br />
de ser sincero com seu parceiro, caso<br />
contrário, poderiam acontecer alguns<br />
mal-entendidos. Financeiramente todo o<br />
ano será favorável.<br />
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Sagitário<br />
23/11 a 21/12<br />
Este ano é muito bom para Sagitário. No<br />
lado romântico, este ano será maravilhoso.<br />
No entanto, alguns problemas financeiros<br />
podem ocorrer. Os amigos serão um<br />
grande apoio. Alguns sagitarianos podem<br />
ser promovidos na sua carreira. Uma<br />
viágem também está no ar.<br />
Capricórnio<br />
22/12 a 20/01<br />
Este ano é médio para este signo. Embora<br />
haja garantia financeira, o desenvolvimento<br />
profissional não vai acontecer. Pode<br />
enfrentar alguns problemas na família<br />
também. Em geral, todos os relacionamentos<br />
enfrentarão alguns desafios. Seja<br />
paciente, caso contrário será pior. A pesar<br />
destes inconvenientes, você vai estar<br />
saudável e em forma todo o ano.<br />
Aquário<br />
21/01 a 19/02<br />
Os Aquarianos terão um ano fantástico.<br />
Alguns podem até conseguir uma<br />
promoção. A vida familiar será saudável. Os<br />
amigos serão fiéis todo o ano. Os<br />
problemas financeiros se resolverão sem<br />
muito esforço. No entanto, alguns<br />
problemas relacionados com a saúde<br />
podem surgir em meados do ano. Assim<br />
que, cuide da saúde.<br />
Peixes<br />
20/02 a 20/03<br />
Este ano é muito bom para Peixes. Pode<br />
manter uma vida familiar saudável durante<br />
todo o ano. No entanto, problemas<br />
financeiros podem surgir no início do ano.<br />
Se você tem um relacionamento amoroso<br />
pode se casar. Alguns podem até conseguir<br />
uma promoção no trabalho. O final do ano<br />
vai ser maravilhoso.<br />
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21
2 2011 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG N.° 60 FRI -LUSO<br />
JULHO - 2011<br />
Caranguejo<br />
DOM 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª 6.ª SÁB<br />
1 2<br />
- 7 - 1867. A pena de morte para crimes civis é abolida em<br />
ortugal.<br />
- 7 - 1827. D. Pedro nomeia D. Miguel seu lugar-tenente em<br />
ortugal, desde que este case com a filha do primeiro, a rainha<br />
. Maria da Glória.<br />
- 7 - 1821. D. João VI regressa a Portugal, chamado pelas<br />
ortes Constituintes, reunidas em virtude da revolução de<br />
820.<br />
DOM 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª 6.ª SÁB<br />
3 4<br />
5 6 7 8 9<br />
- 7 - 1852. A pena de morte para crimes políticos é abolida<br />
m Portugal.<br />
- 7 - 1885. Louis Pasteur inocula a primeira vacina bem<br />
ucedida contra a raiva, num rapaz mordido por um cão.<br />
- 7 - 1923. Morte do poeta Guerra Junqueiro.<br />
- 7 - 1497. A frota comandada por Vasco da Gama parte de<br />
isboa em direcção à Índia. A Marinha Portuguesa comemora<br />
seu dia nesta data.<br />
1 - 7 - 1822. As Cortes Constituintes votam a Constituição. Foi<br />
primeira Constituição portuguesa.<br />
DOM 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª 6.ª SÁB<br />
10 11<br />
12 13 14 15 16<br />
3 - 7 - 1647. Criação da Aula de Fortificação e Arquitectura<br />
ilitar, na Ribeira das Naus.<br />
6 - 7 - 1945. Rebentamento da bomba atómica experimental,<br />
at Boy», no deserto do estado do Novo México, nos Estados<br />
nidos da América.<br />
DOM 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª 6.ª SÁB<br />
17 18<br />
19 20 21 22 23<br />
8 - 7 - 1697. Morte do Padre António Vieira, missionário<br />
suíta e diplomata, em São Salvador da Baía.<br />
9 - 7 - 1591. Nascimento de São Vicente de Paulo, fundador<br />
as Congregações das Missões e das Irmãs de Caridade.<br />
2 - 7 - 1941. Invasão da União Soviética pelo exército alemão,<br />
ando início à «Operação Barbarossa».<br />
5 - 7 - 1814. A primeira locomotiva a vapor viável é<br />
onstruída por George Stephenson.<br />
DOM 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª 6.ª SÁB<br />
24 25<br />
26 27 28 29 30<br />
6 - 7 - 1953. «Movimento do 26 de Julho». Fidel Castro ataca<br />
palácio presidencial da Moncada em Santiago de Cuba,<br />
ntando derrubar o ditador Fulgêncio Baptista. Só em 1959<br />
astro conseguirá tomar o poder em Cuba.<br />
7 - 7 - 1970. António de Oliveira Salazar, morre em Lisboa,<br />
om 81 anos de idade.<br />
0 - 7 - 1848. A iluminação a gás é inaugurada em Lisboa.<br />
DOM 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª 6.ª SÁB<br />
31<br />
1 - 7 - 2001. O Cong. dos EUA aprova um projeto de lei que<br />
nverte em crime federal a clonagem de seres humanos.<br />
1 - 7 - 1906<br />
Fundação do Sporting<br />
Clube de Portugal<br />
2 de Julho de 1932, morre em Twickenham,<br />
Inglaterra, D. Manuel II, último rei de Portugal.<br />
Nasceu a 19 de Março de 1889<br />
7 de Julho de 1923, morre, em Lisboa, o escritor e<br />
poeta portugês Abílio de Guerra Junqueiro.<br />
Esteve ligado ao grupo dos "Vencidos da Vida",<br />
de que faziam parte, entre outros, Oliveira Martins<br />
e Antero de<br />
Quental. Entre as suas obras, destacamos Os<br />
Simples e A Velhice do Padre Eterno.<br />
12 de Julho de 1945, é inaugurada, na Academia<br />
de Ciências de Lisboa, a Conferência Inter-racadémica<br />
Luso-brasileira da Língua Portuguesa,<br />
a fim de debater a unificação ortográfica<br />
do idioma comum aos dois países. O acordo<br />
daqui resultante<br />
acabaria por ser adoptado apenas por<br />
Portugal, através do Decreto n.º 35 228, de 8 de<br />
Dezembro de 1945.<br />
18 de Jullho de 1697, morre o escritor português<br />
Padre António Vieira. Excelente orador, enriqueceu<br />
a língua portuguesa com inúmeros textos<br />
argumentativos e discursivos, dos quais destacamos<br />
o Sermão da Sexagéssima e o Sermão de<br />
Santo António aos Peixes.<br />
20 de Julho de 1955, morre, em Lisboa, com 86<br />
anos, Calouste Sarkis Gulbenkian. Membro de<br />
uma ilustre família arménia cujas origens remontam<br />
ao século IV, vem para Lisboa em 1942,<br />
instalando-se no Hotel Aviz que ficava nos terrenos<br />
em que hoje se ergue o Hotel Sheraton.<br />
Cria uma Fundação para fins filantrópicos, artísticos,<br />
educativos e culturais, a Fundação Calouste<br />
Gulbenkian, para entrar em funcionamento após<br />
a sua morte, Fundação essa que fica com todos os<br />
seus bens e rendimentos que não tenham outro<br />
destino no seu testamento. Os estatutos são<br />
aprovados em Julho de 1956, sendo a sua sede<br />
construída em Lisboa. www.leme.pt
FRI -LUSO<br />
Jorge A. G. Vicente - Promotor<br />
N.° 60 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG 2011<br />
Route des Dailles, 42<br />
1752 Villars-s-Glâne FR<br />
Tel. 026 402 21 56<br />
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