Semântica - CCE - Universidade Federal de Santa Catarina
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<strong>de</strong>finição <strong>de</strong>ssas etiquetas, que serve para os nossos propósitos, mas que merece mais<br />
elaboração, po<strong>de</strong> ser:<br />
AGENTE: ser consciente que <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ia o evento em questão;<br />
PACIENTE ou TEMA: ser consciente ou não que sofre ou é o alvo do evento em<br />
questão;<br />
BENEFICIÁRIO: alvo do resultado <strong>de</strong> um evento;<br />
INSTRUMENTO:<br />
meio ou objeto através do qual o evento se realiza.<br />
Vale<br />
a pena dizer que essa assimetria aparece claramente nas representações sintáticas<br />
que adotamos<br />
no módulo anterior.<br />
SN<br />
S<br />
SV<br />
N V SN<br />
João<br />
AGENTE<br />
beijar N<br />
Maria<br />
PACIENTE<br />
A representação acima <strong>de</strong>ixa claro que o verbo transitivo, no caso ‘beijar’, se<br />
combina primeiramente com o argumento interno, ‘Maria’, gerando um<br />
predicado <strong>de</strong><br />
um<br />
lugar: ‘beijar Maria’. Este é o nível do SV. Agora esse predicado <strong>de</strong> um lugar se<br />
combina<br />
com o argumento externo, no caso ‘João’. Evidências e argumentos como<br />
estes , além da discussão sobre o que e quantos são exatamente os papéis temáticos,<br />
levam também a pensar sobre a sua necessida<strong>de</strong>. De fato, encontramos teorias que<br />
dispensam a idéia <strong>de</strong> papel temático e apreen<strong>de</strong>m a assimetria a que aludimos aqui<br />
através <strong>de</strong> outros mecanismos (o cálculo-lambda, por exemplo).<br />
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