12.04.2013 Views

Semântica - CCE - Universidade Federal de Santa Catarina

Semântica - CCE - Universidade Federal de Santa Catarina

Semântica - CCE - Universidade Federal de Santa Catarina

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Os preenchimentos po<strong>de</strong>m ainda ser mais variados se consi<strong>de</strong>rarmos a estrutura<br />

em (1b), porque po<strong>de</strong>mos combinar os tipos <strong>de</strong> sintagma que vimos <strong>de</strong> (2) a (11), por<br />

exemplo:<br />

(12) Um menino ama todos os professores.<br />

Seriam esses preenchimentos semanticamente idênticos? Será que em todos os<br />

casos acima o argumento que preenche o predicado ‘roncar’ se refere a um indivíduo<br />

em particular? A que se refere ‘os meninos’ em (6), por exemplo? Essas são questões<br />

intrincadas e teremos <strong>de</strong> nos contentar com uma panorama das respostas possíveis, nos<br />

aprofundando apenas em alguns aspectos.<br />

1. Nomes Próprios<br />

Já vimos, no módulo anterior, que a lacuna do argumento po<strong>de</strong> ser preenchida<br />

por um Nome Próprio como em:<br />

(13) a. João ronca.<br />

b. Maria ama João.<br />

Em (13a), o predicado ‘ronca’ é saturado pelo argumento ‘João’, um nome<br />

próprio que, como tal, se refere a um indivíduo específico no mundo. Em (13b), o<br />

predicado ‘ama’ é preenchido por dois nomes próprios, ‘João’ e ‘Maria’; como já<br />

vimos, nesse caso a relação <strong>de</strong> amor é <strong>de</strong> João para Maria, por isso dizemos que a<br />

extensão do predicado <strong>de</strong> dois lugares é um conjunto <strong>de</strong> pares or<strong>de</strong>nados.<br />

Uma das questões mais difíceis com relação aos nomes próprios, que ainda não<br />

encontra uma solução que seja consensual na filosofia da linguagem, mesmo já tendo<br />

sido o tema <strong>de</strong> inúmeros autores, po<strong>de</strong> ser assim formulada: como é que através <strong>de</strong> uma<br />

expressão lingüística (no caso, expressões <strong>de</strong> nomes próprios como “Albert Einstein”)<br />

chegamos a um indivíduo no mundo? Ou, reformulando a questão para usarmos uma<br />

boa analogia <strong>de</strong> Susan Haack, como é como “pescamos” os objetos no mundo através<br />

das expressões lingüísticas? Há duas maneiras principais <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>rmos a essa<br />

questão quando pensamos em nomes próprios: uma <strong>de</strong>las, cujo mentor é Mill e que foi<br />

37

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!