Hélio Rebello Cardoso Júnior - ICHS/UFOP
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c) a parte de uma coleção numerável não pode ser maior e tem de ser menor<br />
com relação ao todo do qual ela é parte.<br />
Em uma coleção de amigos, por exemplo, tendo em vista critérios estatísticos, a<br />
multidão poderia ser dividida em tantas coleções enumeráveis capazes de agrupar seus<br />
indivíduos. Por exemplo, poderíamos ter uma coleção dos homens e mulheres brancas,<br />
dos homens e mulheres negros e dos homens e mulheres mestiços, se o critério de<br />
contagem fosse étnico. Da mesma forma, teríamos coleções enumeráveis segundo um<br />
critério religioso: amigos católicos, protestantes, evangélicos, seguidores de cultos<br />
afros, budistas, etc. Outras coleções poderiam ser formadas de acordo com quantas<br />
identidades fossem possíveis, a fim de definir as unidades constituintes discretas em<br />
uma coleção. Poderíamos dizer que uma maioria seria representada por uma dessas<br />
coleções definidas segundo critérios diversos, dado que, por exemplo, em um país onde<br />
a maioria numérica da população fosse branca e católica, então o padrão representativo<br />
seria dado por uma das coleções em face das demais possíveis.<br />
Mas, sabemos que para as complexas redes sociais isso não é verdade, pois o<br />
alinhamento das relações de amizade transgride coleções discretas tão simples como as<br />
enumeráveis. Os negros são amigos de brancos, os católicos de protestantes, etc. Sendo<br />
assim, precisamos entender como se formam relações concretamente em situações mais<br />
complexas que as possíveis em coleções enumeráveis , pois neste caso é como se os<br />
indivíduos somente tivessem entre si traços identitários como traço de união.<br />
Em situações mais complexas, as relações de amizade são formadas por um<br />
equivalente geral através da axiomatização das unidades de cada coleção enumerável<br />
considerada para sua composição. Quanto a esse tipo de formação, é preciso<br />
entendermos como se constitui uma coleção denumerável.