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Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

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traçar um panorama o mais fiel possível em relação ao pensamento e às<br />

atitudes <strong>da</strong>s relações públicas – pratica<strong>da</strong>s por relações-públicas ou por<br />

outros profissionais que se dedicam a essa área, cujo crescimento <strong>tem</strong><br />

sido diretamente proporcional ao seu nível de profissionalização.<br />

Vale, aqui, também, assinalar os termos cunhados como sinônimos<br />

em nosso país: Comunicação Organizacional e Relações Públicas. Tan-<br />

to um quanto outro pode ser entendido como campos – em função de<br />

características como históricos próprios, teorias e conceitos particulares,<br />

elaborados ao longo dos anos, nos Estados Unidos, na Europa ou na<br />

América Latina, além de possuírem <strong>pesquisa</strong>s efetiva<strong>da</strong>s em linhas pró-<br />

prias e metodologias de <strong>pesquisa</strong> e de produção profissional.<br />

Utiliza-se <strong>da</strong> ideia de campo (BOURDIEU, 2003, p. 66) como uma<br />

“estrutura de relações objetivas” que possam “explicar a forma concreta<br />

<strong>da</strong>s interações”. E isso está tanto nas características próprias, assumi<strong>da</strong>s<br />

a partir do habitus – a interiorização de um conjunto de sis<strong>tem</strong>as que<br />

peculiariza os componentes desse campo (BOURDIEU, 2004, p. 117) –,<br />

quanto na caracterização de um corpus – de um conjunto de produções<br />

que se relacionem a eles. Logo, a função de relações públicas está direta-<br />

mente associa<strong>da</strong> à ideia de formação de campo profissional – espaço <strong>da</strong><br />

prática, do fazer, do agir e <strong>da</strong> crítica pela ação, <strong>da</strong> produção de um corpus<br />

técnico –, relacionado à atuação no universo organizacional, enquanto<br />

comunicação organizacional é um espaço de produção e disputa de sen-<br />

tidos (BALDISSERA, 2011).<br />

A disputa e a geração de sentidos e de significados é, também,<br />

essencial para o entendimento <strong>da</strong>s relações públicas e do que, aqui,<br />

propõe-se chamar de filosofia de relações públicas (FARIAS, 2011).<br />

Mais do que práticas e ações, relações públicas têm por base de sus-<br />

tentação a ideia de interação entre os públicos. E isso não se faz<br />

somente pelo debruçar teórico: exige à aproximação, a troca, a possi-<br />

bili<strong>da</strong>de de experienciação.<br />

A Pesquisa Empírica Aplica<strong>da</strong>: Métodos, desafios institucionais, • 487<br />

meios de comunicação, educação e interfaces • 487

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