12.04.2013 Views

Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Luis Maranhão questiona o poder <strong>da</strong> publici<strong>da</strong>de frente ao consumidor<br />

indefeso (2010); José Marques de Melo oferece tripla contribuição – res-<br />

gata as “identi<strong>da</strong>des brasileiras” peculiares à nossa teoria do Jornalismo<br />

(2006), sugere balizas para construir a História <strong>da</strong> Folkcomunicação<br />

(2008) e propõe um roteiro histórico para o registro do desenvolvimento<br />

<strong>da</strong> Economia Política <strong>da</strong> Comunicação no país (2010).<br />

Essas teses sobre a “multidisciplinari<strong>da</strong>de” do campo <strong>da</strong> comunicação<br />

coexis<strong>tem</strong>, naturalmente, com aquelas que pregam a diluição <strong>da</strong>s frontei-<br />

ras entre as disciplinas, advogando a emergência de um espaço transdis-<br />

ciplinar, como, por exemplo, Maria Immacolata V. Lopes (2000 e 2003).<br />

História Contextual<br />

José Salomão David Amorim faz a primeira análise contextual dos<br />

estudos de comunicação, no Brasil, no livro de Charles Wright – Comu-<br />

nicação de massa (Rio de Janeiro, Bloch, 1968), em apêndice intitulado<br />

“Panorama <strong>da</strong> Cultura de Massa no Brasil”, tendo, ao afinal, um comen-<br />

tário sobre “tendências dos estudos”.<br />

Os passos seguintes seriam <strong>da</strong>dos por José Marques de Melo (1976),<br />

ao situar o paradoxo comunicação/incomunicação no mapa geopolítico<br />

nacional, proclamando-a como variável relevante para a consoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><br />

área acadêmica. Luiz Beltrão, Carlos Alberto de Medina e Anamaria Fa-<br />

dul acrescentam suas contribuições para bem entender o espaço regional<br />

brasileiro, onde florescem singulares culturas populares.<br />

Octavio Ianni (1976) lança o grito de alerta: “É inviável a compressão<br />

<strong>da</strong> natureza <strong>da</strong> indústria cultural sem enquadrá-la na moldura do im-<br />

perialismo”. Tais advertências repercu<strong>tem</strong>, vivamente, na postura crítica<br />

assumi<strong>da</strong> pela INTERCOM, refletindo-se no <strong>tem</strong>ário dos livros resul-<br />

tantes dos seus primeiros congressos: ideologia e poder (1979), classes<br />

subalternas (1980), populismo (1981) e contra-hegemonia (1982).<br />

48 • <strong>Quem</strong> <strong>tem</strong> <strong>medo</strong> de <strong>pesquisa</strong> <strong>empírica</strong>?

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!