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Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

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ao descreverem a evolução <strong>da</strong>s práticas <strong>da</strong> área, destacam as várias pers-<br />

pectivas de sua abor<strong>da</strong>gem no âmbito acadêmico e profissional. James<br />

Grunig (2003, p. 69) considera que “as relações públicas estão se tornan-<br />

do uma profissão fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong> em conhecimentos acadêmicos”. Por-<br />

tanto, podemos afirmar que hoje não se pode mais considerar as relações<br />

públicas apenas como ativi<strong>da</strong>de ou prática profissional, constituindo elas,<br />

também, um campo de conhecimento específico. No Brasil, a área está<br />

institucionaliza<strong>da</strong> nessas duas vertentes.<br />

Como áreas de conhecimento, comunicação organizacional e rela-<br />

ções públicas inserem-se no âmbito <strong>da</strong>s ciências <strong>da</strong> comunicação e <strong>da</strong>s<br />

ciências sociais aplica<strong>da</strong>s. Possuem um corpus de conhecimento com lite-<br />

ratura específica, teorias reconheci<strong>da</strong>s mundialmente, cursos de pós-gra-<br />

duação (lato sensu e stricto sensu), <strong>pesquisa</strong>s científicas etc. Constituem,<br />

portanto, campos acadêmicos e aplicados de múltiplas perspectivas.<br />

Como identi<strong>da</strong>de e matriz acadêmica, cabe a hegemonia ao pensamento<br />

comunicacional norte-americano. Conforme registra a História, o surgimen-<br />

to e a evolução inicial, tanto <strong>da</strong>s práticas como dos estudos, aconteceram nos<br />

Estados Unidos. Hoje, eles vêm merecendo a atenção dos <strong>pesquisa</strong>dores em<br />

todos os continentes, principalmente a comunicação organizacional. Grandes<br />

avanços epis<strong>tem</strong>ológicos alcançados até agora dos estudos dos canais, mensa-<br />

gens, fluxos, redes, audiências etc., entre os anos de 1950 e 1970, aos estudos<br />

interpretativos, a partir de 1980, para os inúmeros e múltiplos enfoques na<br />

primeira déca<strong>da</strong> de 2000.<br />

Esses campos do saber têm como característica geral a sis<strong>tem</strong>atização<br />

reflexiva <strong>da</strong>s práticas profissionais e <strong>da</strong> práxis <strong>da</strong> comunicação nas e <strong>da</strong>s orga-<br />

nizações. Por serem áreas altamente aplica<strong>da</strong>s, é fun<strong>da</strong>mental que os estudos<br />

levem em conta a natureza <strong>da</strong>s organizações no contexto <strong>da</strong> dinâmica <strong>da</strong><br />

história e <strong>da</strong>s conjunturas sociais, políticas e econômicas para prefigurar os<br />

fenômenos e objetos de investigação científica.<br />

Os campos de relações públicas e comunicação organizacional estão ins-<br />

tituídos no País e foram muitas as conquistas alcança<strong>da</strong>s, sobretudo, nas<br />

duas últimas déca<strong>da</strong>s. Nesse contexto, credita-se um papel importante<br />

A Pesquisa Empírica Aplica<strong>da</strong>: Métodos, desafios institucionais, • 465<br />

meios de comunicação, educação e interfaces • 465

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