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Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

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(ou do seu tipo ideal). Trata-se de uma estratégia de equilíbrio e dese-<br />

quilíbrio, ou de renovação constante, no qual o equilíbrio é representa-<br />

do pelos elementos estruturantes, ou elementos que permi<strong>tem</strong> a rápi<strong>da</strong><br />

identificação do gênero; e o desequilíbrio é representado pela novi<strong>da</strong>de<br />

– ou quebra de expectativas – constituí<strong>da</strong> pelos elementos que, embora<br />

aparen<strong>tem</strong>ente se afas<strong>tem</strong> <strong>da</strong>s características básicas do gênero, podem ser<br />

utilizados como fator para despertar e/ou conquistar a atenção do público.<br />

As classificações sobre os gêneros jornalísticos, em suas diferentes<br />

propostas, continuam como importantes fontes de <strong>pesquisa</strong>s para a aca-<br />

demia e elemento didático importante para o ensino do Jornalismo. No<br />

entanto, a proposta do estudo dos gêneros já se estendeu para além do<br />

jornalismo e configura-se como uma área que gera estudos nos diversos<br />

suportes midiáticos e ativi<strong>da</strong>des profissionais. Autores diversos já apli-<br />

cam o modelo à análise do conteúdo de diferentes meios de comunica-<br />

ção: gêneros radiofônicos, gêneros televisivos (ARONCHI DE SOU-<br />

ZA, 2004) e gêneros <strong>da</strong> publici<strong>da</strong>de, entre outros.<br />

Em todos os casos, a base para definição dos gêneros permanece a<br />

mesma, uma relação contratual de pré-decodificação do conteúdo, que se<br />

realiza por meio de uma estratégia discursiva característica.<br />

Ain<strong>da</strong> assim, são poucos os estudos que procuram entender os gêne-<br />

ros a partir de um suporte teórico mais amplo, <strong>da</strong>ndo condições para o<br />

aprofun<strong>da</strong>mento desse instrumento de análise.<br />

Considerações finais<br />

A questão dos gêneros, sem dúvi<strong>da</strong>, coloca-se como um espaço aberto<br />

para debates e novas propostas de classificação. No entanto, o levanta-<br />

mento teórico, aqui vislumbrado, aponta a importância dessa questão para<br />

a realização de trabalhos que tenham como base a Análise de Conteúdo.<br />

O ponto central <strong>da</strong> Análise de Conteúdo é uma definição criteriosa<br />

dos elementos para análise, no caso, os diferentes gêneros envolvidos no<br />

428 • <strong>Quem</strong> <strong>tem</strong> <strong>medo</strong> de <strong>pesquisa</strong> <strong>empírica</strong>?

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