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Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

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de abor<strong>da</strong>gem – no conjunto do conteúdo; e a análise qualitativa, cujo<br />

objetivo é destacar a presença ou a ausência de uma característica espe-<br />

cífica – que, igualmente, pode ser um gênero ou uma palavra ou até uma<br />

estratégia de linguagem (um estilo) ou de um conjunto de características<br />

em uma mensagem, conjunto de mensagens ou até mesmo um determi-<br />

nado fragmento de mensagem.<br />

Na medi<strong>da</strong> em que a exigência <strong>da</strong> realização de <strong>pesquisa</strong>s quantitativas<br />

tornou-se menos rígi<strong>da</strong>, os estudos que se apoiavam no método, mas privi-<br />

legiando ou mesmo se restringindo a um tratamento qualitativo passaram a<br />

se desenvolver com maior freqüência. Paralelamente, a análise de conteúdo<br />

começou a ser vista como algo maior do que um trabalho cujo descritivo, e pas-<br />

saram a ser valorizados os resultados obtidos pela de inferência, ou seja, aqueles<br />

que buscavam as causas e não apenas os resultados expressos nos conteúdos.<br />

Segundo Bardin (1988), três aspectos incentivaram o aumento <strong>da</strong>s<br />

investigações que <strong>tem</strong> como base a análise de conteúdo: a) a utilização<br />

de programas de computadores; b) o interesse pelos estudos relacionados<br />

à comunicação audiovisual e outros aspectos não-verbais do processo co-<br />

municativo; c) a ausência de precisão nas análises linguísticas. As novas<br />

tecnologias <strong>da</strong> computação aplica<strong>da</strong>s à <strong>pesquisa</strong> permitiram uma análise<br />

mais aprofun<strong>da</strong><strong>da</strong> <strong>da</strong>s mensagens, facilitando aspectos relativos à mensu-<br />

ração e a análise quantitativa de uma forma geral. Além disso, técnicas de<br />

estatísticas, antes especializa<strong>da</strong>s, tornaram-se disponíveis em programas<br />

simples de computador, democratizando o seu uso. Também, a análise<br />

de aspectos não linguísticos ou não-verbais <strong>da</strong> mensagem passam a des-<br />

pertar maior atenção dos <strong>pesquisa</strong>dores. O uso <strong>da</strong>s cores, <strong>da</strong> tipografia,<br />

a presença ou não de entrevistados, a postura física dos jornalistas nos<br />

conteúdos audiovisuais, o uso <strong>da</strong> música e de outros recursos sonoros<br />

se afirmaram como possibili<strong>da</strong>des para serem analisados por meio <strong>da</strong><br />

análise de conteúdo.<br />

A ampliação <strong>da</strong>s possibili<strong>da</strong>des de análise levou a novos questiona-<br />

mentos sobre o método, ampliando a sua prática. Atualmente, grande par-<br />

te dos <strong>pesquisa</strong>dores que utilizam a Análise de Conteúdo fun<strong>da</strong>menta-se<br />

A Pesquisa Empírica Aplica<strong>da</strong>: Métodos, desafios institucionais, • 417<br />

meios de comunicação, educação e interfaces • 417

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