12.04.2013 Views

Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

comunicação deve ser entendi<strong>da</strong> como processo, conforme descrito por<br />

Berlo: “Ca<strong>da</strong> situação de comunicação difere de algum modo de qualquer<br />

outra, mas ain<strong>da</strong> assim podemos tentar isolar certos elementos em comum<br />

apresentados por to<strong>da</strong>s.” (1979, p. 33) e Schramm (1970).<br />

Nesse processo, cabe a comunicação massa é manter a estabili<strong>da</strong>de do<br />

sis<strong>tem</strong>a social (DEFLEUR & BALL-ROKEACH, 1993, p. 155-156), ofe-<br />

recendo um conteúdo que satisfaça e motive o maior número possível de<br />

pessoas a cumprirem seus papéis dentro do sis<strong>tem</strong>a, de forma a manter o<br />

equilíbrio econômico-financeiro – e, portanto, a estabili<strong>da</strong>de – deste sis<strong>tem</strong>a.<br />

A análise de conteúdo e o tratamento dos <strong>da</strong>dos<br />

As utilizações iniciais <strong>da</strong> Análise de Conteúdo pelos <strong>pesquisa</strong>dores<br />

<strong>da</strong> Comunicação eram marca<strong>da</strong>s pela busca <strong>da</strong> objetivi<strong>da</strong>de, ou seja, pelo<br />

empenho quantitativo no tratamento dos <strong>da</strong>dos, uma vez que, trabalhado<br />

como instrumento de Análise, o método se aplica a diversas fontes de <strong>da</strong>-<br />

dos: as matérias jornalísticas, os discursos dos políticos, as cartas troca<strong>da</strong>s,<br />

os anúncios publicitários, os romances autobiográficos, os relatórios oficiais.<br />

Com o desenvolvimento <strong>da</strong>s <strong>pesquisa</strong>s, o método foi se aproximando de<br />

outras abor<strong>da</strong>gens e trabalhando em conjunto com outros métodos, iniciou<br />

relações de análise que incluíam aspectos característicos dos estudos de lin-<br />

guística, <strong>da</strong> etnologia, <strong>da</strong> história, <strong>da</strong> psiquiatria, <strong>da</strong> psicanálise, <strong>da</strong> psicologia,<br />

<strong>da</strong>s ciências políticas, e muitos outros que se mostraram úteis na <strong>pesquisa</strong><br />

sobre o jornalismo e de forma ampla, dos processos comunicativos.<br />

A utilização de conceitos de outras áreas do conhecimento abriu es-<br />

paço para os debates sobre a ênfase <strong>da</strong> Análise de Conteúdo na abor<strong>da</strong>-<br />

gem quantitativa nas <strong>pesquisa</strong>s e o desenvolvimento de um maior aporte<br />

qualitativo nestas análises. A partir desse ponto, o método passou a se<br />

desenvolver a partir de uma dupla perspectiva: a análise quantitativa,<br />

que se desenvolve a partir a frequência (o número de vezes) com que<br />

surgem certas características fixas – um gênero, uma palavra, um modelo<br />

416 • <strong>Quem</strong> <strong>tem</strong> <strong>medo</strong> de <strong>pesquisa</strong> <strong>empírica</strong>?

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!