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Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

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a publicação do livro Content analysis in Comunication Research, de Be-<br />

relson 5 considerado como primeiro manual sobre Análise de Conteúdo.<br />

A busca por exatidão nos <strong>da</strong>dos e a valorização do trabalho empírico<br />

fez com que o método ganhasse um novo vigor, nas últimas déca<strong>da</strong>s do<br />

Século XX, em trabalhos que destacam a a<strong>da</strong>ptabili<strong>da</strong>de do método a<br />

<strong>pesquisa</strong> com tecnologias eletro-eletrônica de comunicação e, a partir de<br />

uma tendência de utilização na esfera do ativismo político (FONSECA<br />

JÚNIOR, 2006, p. 281), na análise <strong>da</strong> programação de meios eletrônicos<br />

e do conteúdo do jornalismo em diferentes veículos.<br />

Coloca<strong>da</strong> acima dos modismos, a Análise de Conteúdo <strong>tem</strong> por finali-<br />

<strong>da</strong>de a discrição objetiva, sis<strong>tem</strong>ática e quantitativa do conteúdo manifesto<br />

<strong>da</strong> comunicação. Entende-se que um estudo sis<strong>tem</strong>ático é aquele que tra-<br />

balha com regras defini<strong>da</strong>s, ou seja, um sis<strong>tem</strong>a operacional que conduz à<br />

<strong>pesquisa</strong>. Trata-se, portanto, <strong>da</strong> busca por <strong>da</strong>dos objetivos ou, dito de outra<br />

forma, por uma análise objetiva que, desde o início, propõe-se a responder<br />

uma questão, a atingir um “objetivo”, considerando que, dentre as possibi-<br />

li<strong>da</strong>des de investigação e análise, a quanti<strong>da</strong>de é uma quali<strong>da</strong>de relevante<br />

para se compreender o conjunto dos <strong>da</strong>dos investigáveis.<br />

A objetivi<strong>da</strong>de do método, no entanto, não desobriga os <strong>pesquisa</strong>-<br />

dores de trabalharem, a partir <strong>da</strong> incorporação de marcos teóricos pro-<br />

fundos e bem definidos, <strong>da</strong> aplicação de ferramentas estatísticas, <strong>da</strong><br />

incorporação de <strong>da</strong>dos procedentes de análises posteriores de qualquer<br />

tipo e, sobretudo, <strong>da</strong> definição de conceitos coerentes e suficientes para<br />

possibilitas a objetivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> análise. De fato, por ser um método que se<br />

fun<strong>da</strong>menta na objetivi<strong>da</strong>de, a Análise de Conteúdo exige uma defini-<br />

ção precisa <strong>da</strong>s categorias de análise, de modo a permitir sua utilização<br />

por diferentes <strong>pesquisa</strong>dores. Da mesma forma, para a sis<strong>tem</strong>atização<br />

5. Berelson, Bernard. Content Analysis in Communication Research. New York:<br />

Free Press, 1952. Em uma tradução livre do título: Análise de Conteúdo na<br />

Pesquisa em Comunicação<br />

A Pesquisa Empírica Aplica<strong>da</strong>: Métodos, desafios institucionais, • 413<br />

meios de comunicação, educação e interfaces • 413

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