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Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

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-versa. É sair do conceito de que métodos e metodologias são camisas<br />

de força e entendê-los na lógica de sis<strong>tem</strong>as que permi<strong>tem</strong> sis<strong>tem</strong>atizar<br />

o conhecimento de forma ordena<strong>da</strong>, capazes de contribuir, significativa-<br />

mente, para o desenvolvimento social e a construção de novas teorias e<br />

de outros saberes práticos.<br />

Inseri<strong>da</strong> nesse contexto de inquietude, as experiências resultantes <strong>da</strong>s<br />

investigações, que fazem uma aparente inversão de ordem, possibilitarão<br />

a construção de novos conhecimentos, superando a fragmentação dos<br />

saberes. Dessa forma, um dos desafios é o de alcançar objetivos mais am-<br />

plos e resultados plurais, numa perspectiva integradora não apenas dos<br />

conteúdos; mas e, sobretudo, de formas, formatos, procedimentos, pes-<br />

quisadores e instituições. Assim, a ameaça à formação de um campo <strong>da</strong><br />

Comunicação autônomo, devido ao uso indiscriminado e desconectado<br />

dos múltiplos conhecimentos, poderá ser supera<strong>da</strong> com a sis<strong>tem</strong>atização<br />

e a reflexão constante e integra<strong>da</strong> dos participantes, em to<strong>da</strong>s as fases<br />

do processo, para que os diversos aportes teórico-metodológicos estejam<br />

voltados a um objetivo maior: o entrecruzamento de ciências, de modo<br />

que sejam modifica<strong>da</strong>s e repensa<strong>da</strong>s em função <strong>da</strong> comunicação, de um<br />

novo olhar transformador.<br />

Nesse sentido, o resultado também poderá oferecer uma visão<br />

interdisciplinar, possibilitando uma prática diferencia<strong>da</strong>, que pode<br />

<strong>da</strong>r conta <strong>da</strong> complexi<strong>da</strong>de e <strong>da</strong> dinâmica do campo <strong>da</strong> Comuni-<br />

cação, especialmente no Brasil. Essa prática pode se traduzir pela<br />

possibili<strong>da</strong>de que a <strong>pesquisa</strong>, como um todo, oferece de descrever e<br />

diagnosticar a produção do conhecimento comunicativo, analisando<br />

o desenvolvimento dos setores midiáticos; desenhando o panorama<br />

<strong>da</strong> indústria nacional de informação e de comunicação; analisando,<br />

mensurando e descrevendo os setores <strong>da</strong>s profissões legitima<strong>da</strong>s e<br />

<strong>da</strong>s ocupações emergentes no campo, além de traçar o perfil nacional<br />

<strong>da</strong> comunicação, evidenciando os aspectos socioeconômico, educati-<br />

vo-cultural, entre outros. Todo esse amplo escopo possibilita a refle-<br />

xão teórica basea<strong>da</strong> na construção coletiva prática de novos conhe-<br />

402 • <strong>Quem</strong> <strong>tem</strong> <strong>medo</strong> de <strong>pesquisa</strong> <strong>empírica</strong>?

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