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Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

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<strong>da</strong>s condições sociais de produção. Revela os pré-supostos do discurso;<br />

mas, também, referencia o fazer produzido, em que atores encenam as<br />

práticas de uma autonomia relativa, mas não dissocia<strong>da</strong> <strong>da</strong>s condições<br />

concretas de elaboração, difusão e desenvolvimento <strong>da</strong>quilo que se está<br />

empreendo. Porém, as competências para abor<strong>da</strong>r esse ou aquele objeto<br />

e a forma <strong>da</strong><strong>da</strong> a ele são desenha<strong>da</strong>s na natureza de produção. Estas<br />

determinam o ponto de parti<strong>da</strong>, a trajetória e motivam o objeto para a<br />

toma<strong>da</strong> de decisão.<br />

Quando trazemos para o cenário <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong> dois fatores: tecnologia<br />

digital e juventude, por exemplo, percebemos que há certo pânico com<br />

referência ao sis<strong>tem</strong>a de aprendizagem <strong>da</strong> nova geração. Esse alerta <strong>da</strong>do<br />

pelas gerações mais experientes vem carregado, muitas vezes, de um viés<br />

crítico para a instantanei<strong>da</strong>de, o imediatismo e a superficiali<strong>da</strong>de com<br />

que os jovens adquirem e administram seus conhecimentos. Talvez, a<br />

crítica feita a essa nova geração possa ser justifica<strong>da</strong> com o que Kirsten<br />

Drotner (apud TAPSCOTT, 1999, p. 47) chama de “pânico <strong>da</strong> mídia”.<br />

Ele caracteriza quatro pontos para o abismo entre as várias gerações.<br />

Desde a insegurança <strong>da</strong>s gerações “mais velhas” quanto às novas tecno-<br />

logias; passando pelo desconforto causado por esse aparente desconheci-<br />

mento; as novas mídias sempre causam desconfiança; e que a revolução<br />

digital instala<strong>da</strong> não é controla<strong>da</strong> por adultos.<br />

De fato, é uma mu<strong>da</strong>nça, uma nova maneira de aprender e de ensinar,<br />

na qual o conhecer primeiro e verificar depois deixam de existir. Hoje,<br />

essa juventude aprende fazendo. Nesse sentido, uma nova fisionomia de<br />

<strong>pesquisa</strong> se desenha. A juventude vai para a prática, tentando provar suas<br />

teorias. Ensejam, desenvolvem, configuram, desenham e combinam mé-<br />

todos e metodologias para que, a partir de suas experiências práticas,<br />

possam desenvolver novas teorias. São outros desafios e focos que estão<br />

sendo implementados. Não queremos dizer que os métodos e metodolo-<br />

gias estão ultrapassados. Mas, que necessitam de combinações e de a<strong>da</strong>p-<br />

tações, objetivando entender e apreender essa nova reali<strong>da</strong>de. Trata-se,<br />

na ver<strong>da</strong>de, de um sentido de mão dupla, <strong>da</strong> prática para a teoria e vice-<br />

A Pesquisa Empírica Aplica<strong>da</strong>: Métodos, desafios institucionais, • 401<br />

meios de comunicação, educação e interfaces • 401

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