12.04.2013 Views

Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

y reproducción, sino con la posibili<strong>da</strong>d de apontar elementos<br />

de renovación de los estudios socioculturales según<br />

un modelo ‘posdisciplinario’ emergente (FUENTES NA-<br />

VARRO, 2000, p. 55).<br />

Nesta re-configuração <strong>da</strong>s ciências sociais e <strong>da</strong>s humani<strong>da</strong>des, afirma<br />

Fuentes Navarro (2000), a comunicação como campo de <strong>pesquisa</strong> parte,<br />

ao mesmo <strong>tem</strong>po, de uma evidente debili<strong>da</strong>de disciplinar, porém, há uma<br />

grande flexibili<strong>da</strong>de e abertura a integração de múltiplas perspectivas de<br />

trabalho, em comparação com outras ciências sociais, e de uma relevân-<br />

cia ca<strong>da</strong> vez mais reconheci<strong>da</strong> de seu objeto genérico de estudos, a co-<br />

municação, na constituição do mundo con<strong>tem</strong>porâneo. Essas condições,<br />

juntamente com a utopia <strong>da</strong>s discussões <strong>da</strong> comunicação como transfor-<br />

madora <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de, faz com que exista ‘internamente’, no campo, um<br />

‘núcleo básico’ compartilhado pelos <strong>pesquisa</strong>dores que o constituem, e<br />

faz de seu ‘exterior’ a chave de sua aspiração como diferença legítima no<br />

campo intelectual.<br />

Além disso, é um campo interdisciplinar, uma vez que seus objetos espe-<br />

cíficos são produtos cujo conteúdo está contido nas demais disciplinas que<br />

constituem o universo científico. (MARQUES DE MELO, 1998, p. 40).<br />

Hoje, diante <strong>da</strong>s tecnologias <strong>da</strong> informação e <strong>da</strong> comunicação, novos<br />

cenários desenham o foco e os contornos de nosso entendimento sobre<br />

a <strong>pesquisa</strong> em comunicação social. Como afirma (MEKSENAS 2011,<br />

web), “a <strong>pesquisa</strong> tecnológica, que atua como estratégia de acumulação<br />

de capital, supera já a fonte <strong>da</strong> mais-valia. Portanto, valorizar a <strong>pesquisa</strong><br />

é em primeiro lugar questioná-la”.<br />

Então, fun<strong>da</strong>mental para o encaminhamento <strong>da</strong>s <strong>pesquisa</strong>s teóricas<br />

ou <strong>empírica</strong>s, é desfazer a tendência reprodutiva, abrindo caminho para<br />

que as tecnologias compor<strong>tem</strong> um aprender criativo <strong>da</strong>quilo que precisa<br />

ser investigado, instrumentando o ambiente <strong>da</strong> investigação de um arse-<br />

nal capaz não só de atender ao rigor <strong>da</strong> ciência, mas de produzir conhe-<br />

cimento que possa ser utilizado no “mercado” <strong>da</strong>s práticas.<br />

394 • <strong>Quem</strong> <strong>tem</strong> <strong>medo</strong> de <strong>pesquisa</strong> <strong>empírica</strong>?

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!