12.04.2013 Views

Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

mas e fenômenos comunicacionais para a preservação <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de. No<br />

prisma <strong>da</strong> comunicação, as análises tendem a abarcar a desigual<strong>da</strong>de do<br />

poder e o controle dos grupos sociais, sendo impossível a preservação <strong>da</strong><br />

neutrali<strong>da</strong>de defendi<strong>da</strong>. Desenvolvi<strong>da</strong>, principalmente, nos Estados Uni-<br />

dos, <strong>tem</strong> como teóricos principais Lazarsfeld, Schramm, Berlo, Lasswell,<br />

Katz, McQuail e McComs, entre outros. “Los enfoques de la influen- infl uen-<br />

cia personal, usos y gratificaciones y el análisis funcional, por citar unos<br />

cuantos, pueden ubicarse igualmente en esta perspectiva”. (LOZANO<br />

REDÓN, 1996, p. 22-23)<br />

A corrente positivista, na América Latina 12 , teve lugar privilegiado.<br />

Isso pode ser comprovado nas afirmações de Beltrán (1985), Sánchez<br />

Ruiz e Fuentes Navarro (1992), entre outros. Nos diversos estudos desses<br />

investigadores, podemos observar que a <strong>pesquisa</strong> latino-americana sobre<br />

comunicação social sofreu forte influência de modelos conceituais pro-<br />

cedentes dos Estados Unidos. Sánchez Ruiz, por exemplo, afirma que<br />

principalmente até o início dos anos de 1960, a América Latina recebeu<br />

acriticamente e “sin mediaciones ni a<strong>da</strong>ptaciones el empirismo, el funcio-<br />

nalismo, el difusionismo y su síntesis, el desarrollismo”. (1992, pp. 17-18)<br />

Já a corrente crítica 13 acreditava que, antes de estu<strong>da</strong>r a comunicação,<br />

12. “En América Latina [...] se advierte este enfoque como sustento conceptu-<br />

al de múltiplos estudios en la tradición de la difusión de innovaciones, y de la<br />

modernización a través de la comunicación de masas. Asimismo, se presente en<br />

diversos estudios que siguieron el famoso paradigma de Lasswell” (LOZANO<br />

REDÓN, 1996, p. 23).<br />

13. Vale à pena um retorno a Mauro Wolf, no livro Teorias <strong>da</strong> Comunicação,<br />

de 1987, em que ele faz considerações sobre o surgimento desta corrente teó-<br />

rica. Segundo ele, essa corrente <strong>tem</strong> suas raízes no grupo de <strong>pesquisa</strong>dores que<br />

freqüentaram “o Institut für Sozialforschung, de Frankfurt, fun<strong>da</strong>do em 1923”.<br />

Com o nazismo o centro é fechado e seus <strong>pesquisa</strong>dores vão para Paris e poste-<br />

390 • <strong>Quem</strong> <strong>tem</strong> <strong>medo</strong> de <strong>pesquisa</strong> <strong>empírica</strong>?

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!