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Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

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Também é importante entender os conceitos de metodologia e de<br />

método. Há metodologias determina<strong>da</strong>s para diversos tipos de <strong>pesquisa</strong>s<br />

e essas são diferentes de métodos. “Quando falamos em método, nos<br />

referirmos ao conjunto de procedimentos que nos ensinam a pensar ou<br />

a interpretar a reali<strong>da</strong>de social de determinado modo e não de outro”. O<br />

método é o ponto de parti<strong>da</strong> do ‘problema’ a ser resolvido. É o caminho<br />

ordenado e sis<strong>tem</strong>ático para se chegar a um propósito. É a estratégia, é o<br />

que fazer. “Então, podemos definir que se o método nos aju<strong>da</strong> a pensar o<br />

mundo, a metodologia é o conjunto” de táticas “para coletar informações<br />

acerca <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de examina<strong>da</strong> pelo <strong>pesquisa</strong>dor e no contexto <strong>da</strong> rea-<br />

lização de uma <strong>pesquisa</strong> <strong>empírica</strong>”. É a forma de aplicação do método,<br />

é a tática para a utilização <strong>da</strong> estratégia, é o como fazer. “Desse modo,<br />

método se refere mais a um estilo de pensamento no campo <strong>da</strong>s ciências<br />

humanas”, enquanto a metodologia oferece as formas de se chegar a re-<br />

sultados válidos, independente <strong>da</strong>s ver<strong>da</strong>des que se quer demonstrar com<br />

a solução do problema proposto na <strong>pesquisa</strong>. (MEKSENAS, 2011, web)<br />

A metodologia deve atender a um instrumental coerente, claro, pre-<br />

ciso, capaz de encaminhar e, posteriormente, dirimir os impasses teóricos<br />

para o desafio <strong>da</strong> prática. “O endeusamento <strong>da</strong>s técnicas produz ou um<br />

formalismo árido, ou respostas estereotipa<strong>da</strong>s. Seu desprezo, ao contrá-<br />

rio, leva ao empirismo sempre ilusório em suas conclusões, ou a especu-<br />

lações abstratas e estéreis. Na<strong>da</strong> substitui, no entanto, a criativi<strong>da</strong>de do<br />

<strong>pesquisa</strong>dor.” (MINAYO, 1994, p. 16).<br />

Uma vez definido o que atribuímos a método e metodologia, outro<br />

fator fun<strong>da</strong>mental para o desenvolvimento de qualquer investigação é<br />

aquele que nasce <strong>da</strong> curiosi<strong>da</strong>de do cientista. Neste cenário que se dese-<br />

nham os caminhos <strong>da</strong>s investigações científicas. Na ver<strong>da</strong>de, essa curio-<br />

si<strong>da</strong>de pode ser traduzi<strong>da</strong> como encantamento não somente pelas coisas<br />

a serem investiga<strong>da</strong>s, mas por seu entorno. Esse acercamento termina<br />

por produzir o saber de forma metódica, sis<strong>tem</strong>ática e organiza<strong>da</strong>. É<br />

o desenvolvimento <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>. Nas Ciências Sociais Aplica<strong>da</strong>s, campo<br />

de enquadramento <strong>da</strong> Comunicação, torna-se fun<strong>da</strong>mental uma nova<br />

388 • <strong>Quem</strong> <strong>tem</strong> <strong>medo</strong> de <strong>pesquisa</strong> <strong>empírica</strong>?

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