12.04.2013 Views

Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

fun<strong>da</strong>mental pensar a <strong>pesquisa</strong> como integrante do processo de ensino-<br />

-aprendizagem. Ela deve ser encara<strong>da</strong> com o rigor <strong>da</strong> ciência, mas sem<br />

perder de foco sua capaci<strong>da</strong>de integradora e as possibili<strong>da</strong>des que se des-<br />

cortinam para as novas descobertas.<br />

Mas, será que to<strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong> é <strong>empírica</strong>? Ou to<strong>da</strong> empiria é <strong>pesquisa</strong>?<br />

Antes de responder a essas questões, é necessário discutir esses conceitos<br />

e sua importância no cenário comunicativo, objetivo deste artigo.<br />

Vicissitudes metodológicas: escolhas necessárias<br />

Qual o conceito de empírico? Podemos começar por buscar o signi-<br />

ficado do termo “<strong>pesquisa</strong> <strong>empírica</strong>”. Nesse sentido Meksenas 10 (2011,<br />

web), define como:<br />

(1) o modo de fazer <strong>pesquisa</strong> por meio de um objeto localizado<br />

dentro de um recorte do espaço social. Assim, além de<br />

implicar num recorte <strong>da</strong> totali<strong>da</strong>de social, a <strong>pesquisa</strong> <strong>empírica</strong><br />

está centra<strong>da</strong> na escolha de aspectos <strong>da</strong>s relações entre<br />

sujeitos. (2) A <strong>pesquisa</strong> <strong>empírica</strong> li<strong>da</strong> com processos de interação<br />

e face a face, isto é, o <strong>pesquisa</strong>dor não pode elaborar<br />

a <strong>pesquisa</strong> em “laboratório” ou em uma biblioteca – isolado<br />

e apenas com livros à sua volta. Nesta mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de <strong>da</strong> elaboração<br />

do conhecimento, o <strong>pesquisa</strong>dor precisa ‘ir ao campo’,<br />

isto é, o <strong>pesquisa</strong>dor precisa inserir-se no espaço social coberto<br />

pela <strong>pesquisa</strong>; necessita estar com pessoas e presenciar<br />

as relações sociais que os sujeitos-<strong>pesquisa</strong>dos vivem. É uma<br />

mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de de <strong>pesquisa</strong> que se faz em presença.<br />

10. PAULO MEKSENAS - Sociólogo, mestre em didática e doutor em educação<br />

pela USP. Professor do Centro de Ciências <strong>da</strong> Educação <strong>da</strong> UFSC e autor de Ci<strong>da</strong>-<br />

<strong>da</strong>nia, Poder e Comunicação (São Paulo: Cortez, 2002)<br />

A Pesquisa Empírica Aplica<strong>da</strong>: Métodos, desafios institucionais, • 387<br />

meios de comunicação, educação e interfaces • 387

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!