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Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

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discurso dominante amalgama e exibe as vantagens <strong>da</strong>s tecnologias, no<br />

entanto, as corporações tomam a dianteira e, sem esperar pelos linea-<br />

mentos <strong>da</strong>s políticas públicas, oferecem serviços que dão como resultado<br />

uma mu<strong>da</strong>nça substantiva <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> cotidiana dos indivíduos ou, ao menos,<br />

de uma parte dela. 9<br />

No âmbito <strong>da</strong>s indústrias culturais, o panorama não parece tão claro<br />

nem esperançoso e se <strong>tem</strong>e por uma concentração empresarial muito<br />

maior, de tipo horizontal e vertical, em relação aos conteúdos informa-<br />

tivos. Nesse sentido, os portais são um claro exemplo de concentração<br />

de tipo vertical: através de compras e alianças de diversas índoles entre<br />

diferentes setores <strong>da</strong> produção simbólica (principalmente empresas de<br />

telecomunicações, software e televisão com produtores de conteúdos), as<br />

empresas proprietárias ofertam uma varia<strong>da</strong> gama de serviços e possibi-<br />

li<strong>da</strong>des para que o internauta não tenha necessi<strong>da</strong>de de sair do site.<br />

Desse modo, o seu imaginário é arrebatado pelas novi<strong>da</strong>des incessan-<br />

<strong>tem</strong>ente despeja<strong>da</strong>s por essas empresas, sempre atentas ao potencial de<br />

consumo dos indivíduos. O lócus <strong>da</strong> invoca<strong>da</strong> interativi<strong>da</strong>de é, na ver<strong>da</strong>-<br />

de, um espaço de consumo. O usuário, ao contrário do que se sucede na<br />

tradicional indústria <strong>da</strong>s telecomunicações – concretamente na telefonia<br />

vocal –, não cria conteúdos, mesmo que a configuração <strong>da</strong> rede apresente<br />

mutações fun<strong>da</strong>mentais. 10 As vivências globalizantes, possibilita<strong>da</strong>s pelos<br />

cação e mu<strong>da</strong>nça na Europa. In: SOUSA, Helena. Comunicação, economia e<br />

poder. Porto: Porto, 2006. p. 13-28. p. 26<br />

9. DRUETTA, Delia Crovi. Socie<strong>da</strong>d de la información y el conocimien-<br />

to: algunos deslindes imprescindibles. In: _____ (Coord.). Socie<strong>da</strong>d de la<br />

información e conicimiento: entre lo falaz y lo possible. Buenos Aires: La<br />

Crujía, 2004. p. 17-55. p. 37.<br />

10. BECERRA, Martín. De la divergencia a la convergencia. In: _____.<br />

A Pesquisa Empírica como instrumento de • 331<br />

comunicação científica • 331

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