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Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

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os investigadores a técnica <strong>da</strong> entrevista e conhecendo as potenciali<strong>da</strong>des<br />

desse método empírico para a obtenção de <strong>da</strong>dos, que esclareçam outras<br />

informações ou permitam a reconstrução, por vezes histórica, de pro-<br />

cessos e percursos, entende-se por que razão é o terceiro método (12%<br />

dos casos registados) de que os <strong>pesquisa</strong>dores portugueses do jornalismo<br />

mais se socorreram. Menos frequente e quase residual, tendo em conta<br />

a amostra, é o recurso a outras técnicas de obtenção de informações di-<br />

retas de pessoas, como os inquéritos (3% dos casos) e os grupos de foco<br />

(1% dos casos), embora os primeiros sejam importantes, por exemplo,<br />

para estudos sobre o perfil sociográfico dos jornalistas, e os segundos, por<br />

exemplo, para estudos de recepção <strong>da</strong>s mensagens jornalísticas<br />

A análise de websitese aparece como quarto método de <strong>pesquisa</strong> com<br />

mais casos contabilizados (6% dos casos). Decorre <strong>da</strong> aparição do web-<br />

jornalismo e <strong>da</strong> atenção que, consequen<strong>tem</strong>ente, os investigadores do jor-<br />

nalismo dedicaram a essa nova forma – hipermediática – de fazer jorna-<br />

lismo que, além do mais, terá a atracção do factor novi<strong>da</strong>de.<br />

A observação etnográfica, a análise documental e a recolha e análise<br />

de indicadores estatísticos, com 5% dos casos contabilizados, surgem na<br />

quinta posição amostral dos métodos de <strong>pesquisa</strong> <strong>empírica</strong> usados pelos<br />

<strong>pesquisa</strong>dores portugueses em jornalismo. A recolha de informações em<br />

documentos é particularmente importante em <strong>pesquisa</strong>s que envolvem<br />

as biografias de jornalistas e a história do jornalismo (englobando-se,<br />

aqui, a história dos jornalistas e dos meios jornalísticos), indiciando a<br />

importância desses objetos de estudo no panorama <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong> em jor-<br />

nalismo em Portugal. Do mesmo modo, a recolha e análise dos mais varia-<br />

dos indicadores estatísticos (balanços contabilísticos, tiragens, audiências,<br />

escolari<strong>da</strong>de, poder aquisitivo, pirâmide etária, etc.) é relevante, em espe-<br />

cial, para o estudo <strong>da</strong> indústria dos meios jornalísticos e dos seus subsetores<br />

(televisão, imprensa generalista, imprensa segmenta<strong>da</strong>, imprensa regional e<br />

local, rádio…) e para o estudo do impacto <strong>da</strong>s políticas públicas nos mes-<br />

mos. Já a observação etnográfica permite, por exemplo, aclarar rotinas pro-<br />

dutivas em jornalismo e hábitos de consumo de informação jornalística.<br />

318 • <strong>Quem</strong> <strong>tem</strong> <strong>medo</strong> de <strong>pesquisa</strong> <strong>empírica</strong>?

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