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Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

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identificar, delimitar e desvelar objetivamente determinados fenômenos,<br />

esclarecendo – também com objetivi<strong>da</strong>de – os nexos de causali<strong>da</strong>de<br />

que estabelecem com outros fenômenos, chegando a leis objetivas e,<br />

portanto, universais e, destas, a teorias, conjuntos de afirmações não<br />

contraditórias e de saber acumulado (SPONHOLZ, 2005) que orien-<br />

tam novas observações e servem de referente, enquanto suposições hipo-<br />

téticas, para a produção de novo conhecimento científico.<br />

As teorias científicas pretendem representar, mediante conceitos<br />

articulados em linguagens e códigos específicos, as constrições<br />

que ligam os fenômenos entre si e encontrarão suas<br />

justificações nas positivi<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s verificações indutivas ou negativi<strong>da</strong>des<br />

<strong>da</strong>s falsificações dedutivas correlatas à ocorrência<br />

futura de determinados fenômenos. (EPSTEIN, 2005, p. 15)<br />

Impõe-se, ao abor<strong>da</strong>r questões que roçam a epis<strong>tem</strong>ologia e a<br />

hermenêutica <strong>da</strong> ciência, alguma clarificação terminológica, já que a<br />

utilização de determinados termos pressupõe uma categorização que<br />

não é universal e implica uma opção teórica. Desde logo, é fun<strong>da</strong>men-<br />

tal delimitar o que se considerará por fenômeno. Numa perspectiva de<br />

base kantiana, entender-se-á um fenômeno como uma manifestação<br />

do fenômeno um objeto que pode ser positiva e objetivamente carac-<br />

terizado e delimitado no <strong>tem</strong>po e no espaço, mas também que é uma<br />

coisa que existe não intencionalmente em si mesma independen<strong>tem</strong>ente <strong>da</strong><br />

observação. A perspectiva assumi<strong>da</strong> neste trabalho é, observa-se, pós-<br />

-positivista e realista e não construcionista, crítica ou outra. Saliente-<br />

-se, nomea<strong>da</strong>mente, assume-se que através <strong>da</strong> linguagem – e em espe-<br />

cial <strong>da</strong> linguagem ma<strong>tem</strong>ática – é possível descrever fenômenos reais<br />

com ver<strong>da</strong>de. Isto é, conforme recor<strong>da</strong> Tambosi (2007), podem-se esta-<br />

belecer correspondências entre a reali<strong>da</strong>de e os discursos que a procuram<br />

308 • <strong>Quem</strong> <strong>tem</strong> <strong>medo</strong> de <strong>pesquisa</strong> <strong>empírica</strong>?

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