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Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

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conhecimento científico sobre o jornalismo. Alguns desses procedi-<br />

mentos podem classificar-se como empíricos, pois implicam diversas<br />

formas de investigação de campo – levantamento de <strong>da</strong>dos discursivos e<br />

documentais; entrevistas e inquéritos aos agentes implicados no processo<br />

jornalístico (desde as fontes aos receptores); debates entre esses agentes<br />

moderados pelos <strong>pesquisa</strong>dores etc.; outros não implicam qualquer espé-<br />

cie de trabalho de campo – caso, por exemplo, <strong>da</strong>s reproduções e revisões<br />

teóricas, isto é, <strong>da</strong> teoria gera<strong>da</strong> a partir de ideias pré-existentes, sem<br />

verificação “no terreno” <strong>da</strong> vali<strong>da</strong>de dos postulados teóricos.<br />

Este trabalho <strong>tem</strong> por objetivo apurar até que ponto os <strong>pesquisa</strong>-<br />

dores portugueses em jornalismo recorrem a estratégias metodológicas<br />

<strong>empírica</strong>s e não <strong>empírica</strong>s, de forma a encontrar <strong>da</strong>dos suficientes para<br />

responder à questão balizadora <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong> – serão os <strong>pesquisa</strong>dores por-<br />

tugueses em jornalismo avessos à investigação <strong>empírica</strong>? A hipótese a<br />

testar é que, apesar de os estudos jornalísticos portugueses terem sido<br />

quase exclusivamente não-empíricos até 1974 (SOUSA, coord. et al.,<br />

2010), desde esse ano, ter-se-ão tornado predominan<strong>tem</strong>ente empíricos,<br />

devido à instituição de cursos universitários de comunicação e jornalismo,<br />

a partir de 1979, e à consequente formação de uma comuni<strong>da</strong>de científica<br />

portuguesa de <strong>pesquisa</strong>dores devotados aos estudos jornalísticos.<br />

Um segundo objetivo do trabalho é o de perceber quais os métodos de<br />

<strong>pesquisa</strong> <strong>empírica</strong> mais e menos usados pelos <strong>pesquisa</strong>dores portugueses.<br />

Esta <strong>pesquisa</strong> visa responder, assim, a duas perguntas de investigação:<br />

1) Qual o peso <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong> <strong>empírica</strong> e não-<strong>empírica</strong> nos estudos jorna-<br />

lísticos desenvolvidos em Portugal após 1974?<br />

2) Qual o peso que <strong>tem</strong> ca<strong>da</strong> um dos métodos empíricos nas <strong>pesquisa</strong>s<br />

no campo do jornalismo desenvolvi<strong>da</strong>s em Portugal após 1974?<br />

Para se <strong>da</strong>r resposta a ambas as perguntas, adotou-se uma me-<br />

todologia que combinou a <strong>pesquisa</strong> bibliográfica com uma emula-<br />

306 • <strong>Quem</strong> <strong>tem</strong> <strong>medo</strong> de <strong>pesquisa</strong> <strong>empírica</strong>?

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