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Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

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nas antípo<strong>da</strong>s <strong>da</strong> estreita concepção de “mídia como matéria-prima”, tal<br />

como descreveu McLuhan. Embora Innis certamente dê muita atenção<br />

às proprie<strong>da</strong>des materiais <strong>da</strong>s tecnologias de comunicação, ele está muito<br />

mais interessado no quadro institucional mais amplo do qual a mídia<br />

era uma parte, com particular referência à iniciativa individual e às rela-<br />

ções sociais. Isso indica que as visões convencionais de Innis, que foram<br />

modela<strong>da</strong>s pela leitura de McLuhan e basea<strong>da</strong>s em uma quanti<strong>da</strong>de de<br />

textos muito restrita, devem ser reconsidera<strong>da</strong>s. Uma tal reformulação<br />

nos permitiria não apenas entender Innis em seus próprios termos; mas,<br />

provavelmente, conduziria à conclusão de que uma ligação muito mais<br />

frouxa <strong>da</strong> dupla Innis/McLuhan estaria em jogo. Isso levanta a questão<br />

sobre como se deve conceber a relação de Innis e McLuhan com o que<br />

veio a ser chamado de Escola de Comunicação de Toronto. Se, de fato, é<br />

o caso que o a dupla Innis/McLuhan seja produto dos esforços zelosos<br />

de McLuhan, mais que o reflexo de uma comuni<strong>da</strong>de real de propósi-<br />

tos e substância, então, faria muito sentido considerar Innis como uma<br />

inspiração mais que como um fun<strong>da</strong>dor <strong>da</strong> Escola de Comunicação de<br />

Toronto. Alguém poderia, então, dedicar-se à tentativa de extrair um<br />

sentido de uma “des-mcluhanização” de Innis, por um lado, e na Escola de<br />

Comunicação de Toronto mcluhanista, por outro. 42<br />

42. Esta comunicação é uma versão revisa<strong>da</strong> de uma apresentação, “The<br />

Ambiguous Legacy of Innis and McLuhan: Thoughts on the Emergence<br />

(and Non-Emergence) of Communication Studies In Cana<strong>da</strong>, 1943-1955,”<br />

apresenta<strong>da</strong> no Simpósio “Tracking,” no Departamento de Estudos de Co-<br />

municação na Concordia University, em 4 de novembro de 2005. E também<br />

se baseia em material dos seguintes artigos: William J. Buxton, “The Bias<br />

against Communication: On the Neglect and Non-publication of the ‘In-<br />

complete and Unrevised Manuscript’ of Harold A<strong>da</strong>ms Innis.” Canadian<br />

Journal of Communication 26, 2, 2001: 211-229; William J. Buxton, “Harold<br />

Innis’ ‘French Inflection’: Origins, Themes, and Implications of his 1951<br />

Conhecimento empírico crítico: extensões de • 279<br />

McLuhan na comunicação • 279

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