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Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

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Além disso, refletindo sobre as tendências liberais, Innis discutiu,<br />

extensamente, as contribuições feitas à comunicação por uma ampla<br />

gama de pensadores e líderes, incluindo Li T’ing-kwei, T’ai Tsung, a<br />

imperatriz Shõtiku, Rogério II, <strong>da</strong> Sicília, Roger Bacon, John Wycliffe,<br />

Dante, Erasmo e Martinho Lutero. Diferen<strong>tem</strong>ente do eurocentrismo<br />

de McLuhan, na análise <strong>da</strong> emergência <strong>da</strong> “Época de Gutenberg” – de-<br />

pendente do desenvolvimento <strong>da</strong> tecnologia <strong>da</strong> impressão – a represen-<br />

tação de Innis <strong>da</strong> história <strong>da</strong> comunicação, concentrando-se em como a<br />

produção e o uso do papel difundiram-se, na Ásia para o oeste, durante<br />

o curso de um milênio, foi muito mais equilibrado. E em seus extensos<br />

relatos sobre a produção de papel, Innis se limita às proprie<strong>da</strong>des do pa-<br />

pel semelhantes à matéria-prima em relação aos sentidos humanos; mas,<br />

também, oferece análises detalha<strong>da</strong>s <strong>da</strong> divisão do trabalho no processo<br />

de produção, no contexto político, nas relações de classe e as implicações<br />

dos produtos específicos que são feitos, a partir do papel, incluindo cartas<br />

de jogos, mapas, panfletos e obras religiosas. Assim, até onde McLuhan<br />

está envolvido, Innis compartilha sua visão de que as matérias-primas<br />

midiáticas podiam ser examina<strong>da</strong>s em termos muito gerais. 38<br />

Finalmente, em seu esforço para desenvolver sua própria visão <strong>da</strong><br />

teoria e <strong>da</strong> prática <strong>da</strong> comunicação, McLuhan afirmava que Innis com-<br />

partilhava seu ponto de vista. Ao “se mover na direção [<strong>da</strong>] harmoni-<br />

zação <strong>da</strong>s artes e <strong>da</strong>s ciências”, afirmou McLuhan, a obra de Innis teve<br />

grande relevância para “o estudo <strong>da</strong> teoria e <strong>da</strong> prática <strong>da</strong> comunicação”.<br />

De acordo com o canadense, “tal estudo parece inevitavelmente conter<br />

a chave para a unificação dos especialismos que proliferam no conhe-<br />

cimento moderno.” Em seu estudo, o físico poderia se aconselhar com<br />

o estudioso de poesia ou filosofia. E o estudioso de poesia ou filosofia<br />

38. McLuhan afirmava, por exemplo, que a “imprensa foi tira<strong>da</strong> do pedestal<br />

por outras mídias.” McLuhan, “New Media as Political Forms,” Explorations<br />

3, 1954, 123.<br />

Conhecimento empírico crítico: extensões de • 277<br />

McLuhan na comunicação • 277

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