12.04.2013 Views

Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

O balanço <strong>da</strong> fortuna historiográfica brasileira será feito no próximo<br />

subcapítulo, de modo a garantir oportuni<strong>da</strong>des de comparação sincrôni-<br />

ca e de avaliação diacrônica.<br />

Estados Unidos<br />

Densa, plural e contínua, a contribuição dos Estados Unidos reflete,<br />

inegavelmente, a legitimi<strong>da</strong>de cedo alcança<strong>da</strong> pelo campo <strong>da</strong> comuni-<br />

cação, tanto o campo social quanto o campo acadêmico. Para entender<br />

esse processo histórico, pode ser útil a consulta aos ensaios críticos de<br />

Marshall McLuhan (1951) e de Christopher Brookermann (1984) sobre<br />

as interações orgânicas entre cultura erudita, massiva e popular.<br />

O principal artífice <strong>da</strong> historiografia norte-americana foi, sem dúvi-<br />

<strong>da</strong>, Wilbur Schramm, cujos primeiros balanços históricos sobre o avanço<br />

<strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong> em comunicação <strong>da</strong>tam de 1954, quando publica seu livro<br />

Process and effects of mass communications. Essa obra tornou-se uma espé-<br />

cie de ‘bíblia’ dos iniciantes no campo. A seleção dos textos ali incluídos<br />

revela sua linha de análise histórica do conhecimento comunicacional<br />

acumulado, no país, concepção que ele explicitará em 1961, ao inaugurar<br />

uma série de palestras sobre o novo ramo do saber. Logo traduzido, no<br />

Brasil (1964), abrindo a coletânea Panorama <strong>da</strong> comunicação coletiva (Rio,<br />

Fundo de Cultura), tal ensaio difunde a tese dos quatro ‘pais’ fun<strong>da</strong>dores<br />

<strong>da</strong>s ciências <strong>da</strong> comunicação nos EUA. Mas, sua contextualização só<br />

seria conheci<strong>da</strong> integralmente, quando apareceu seu livro póstumo The<br />

Beginnings of Communication Study in America (1997) . Editado por dois<br />

de seus diletos ex-alunos, esse volume contém uma segun<strong>da</strong> parte, na<br />

qual os discípulos Steven Schaffee e Everett Rogers reconhecem Wilbur<br />

Schramm como o ver<strong>da</strong>deiro fun<strong>da</strong>dor do campo.<br />

Antes disso, a tese de Schramm já vinha sendo contesta<strong>da</strong> por jovens<br />

<strong>pesquisa</strong>dores, como Daniel Czitrom (1982), que reivindicava esse mé-<br />

rito para cientistas <strong>da</strong> Escola de Chicago, como John Dewey e Robert<br />

Pesquisa <strong>empírica</strong> e o campo aca<strong>da</strong>mêmico <strong>da</strong> comunicação • 27

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!