12.04.2013 Views

Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

– na forma de história <strong>da</strong> comunicação ou <strong>da</strong> civilização – no interior <strong>da</strong><br />

história econômica. Ele esperava que isso servisse como uma correção<br />

ao monópolio do conhecimento que encontrava nas obras de Arnold<br />

Toynbee e outros. Em particular, ele procurava enfatizar os horizontes<br />

<strong>tem</strong>porais e a cultura em sua obra, que podiam, então, servir como um<br />

exemplo para outros, como Tom Easterbrook e Hugh Aitken, desenvol-<br />

verem. Ao contrário, McLuhan parecia muito afoito para desenvolver<br />

a comunicação como um novo âmbito e dedicava considerável energia<br />

para que isso ocorresse.<br />

Embora a obra de McLuhan não se comparasse à de Innis, no iní-<br />

cio dos anos 1950, no fim <strong>da</strong> déca<strong>da</strong>, ele foi capaz de encontrar para<br />

si um lugar como uma <strong>da</strong>s principais figuras do campo emergente.<br />

À diferença de Innis, cuja referência era defini<strong>da</strong> de modo restrito<br />

como a história econômica, a orientação de McLuhan tinha uma<br />

natureza interdisciplinar. De fato, o núcleo de seus próprios esforços<br />

de <strong>pesquisa</strong> foi o círculo de <strong>pesquisa</strong>dores com formação diversifica-<br />

<strong>da</strong>, que tomou parte no programa patrocinado pela Fun<strong>da</strong>ção Ford,<br />

sobre novas mídias de comunicação. Particularmente decisivo, a esse<br />

respeito, para os esforços de publicação de McLuhan, foi o periódico<br />

Explorations – editado pelo colega, Edmund Carpenter, que consti-<br />

tuiu o núcleo do programa na Universi<strong>da</strong>de de Toronto. McLuhan<br />

não apenas publicou com frequência, no periódico; mas, também,<br />

serviu-se de material publicado lá por seus colegas para desenvolver<br />

suas próprias ideias. De modo mais amplo, McLuhan foi muito além<br />

<strong>da</strong>s publicações para especialistas em língua inglesa, voltando seu<br />

trabalho não apenas para os humanistas em geral, mas também para<br />

os trabalhos em áreas como educação, estudos audiovisuais, assim<br />

como para o universo corporativo. Ao fazê-lo, ele também foi capaz<br />

de atrair a atenção de formadores de opinião influentes – como, por<br />

exemplo, Harry J. Skornia, presidente <strong>da</strong> National Association of<br />

Educational Broadcasters e Herbert E. Krugman, diretor de pes-<br />

quisa de opinião pública corporativa <strong>da</strong> General Electric. Figuras<br />

Conhecimento empírico crítico: extensões de • 267<br />

McLuhan na comunicação • 267

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!